História A Little Crush - Convites Irrecusáveis.

Capítulo 10 – Convites Irrecusáveis.

Aquela já era a milésima vez que eu me revirava em minha cama, quase 4h00 da manhã e eu não tirava aquelas palavras da minha mente. Como se não bastasse ele ter que atormentar minha mente durante o dia, Zayn também tinha que fazer isso à noite. O maior problema é que começava a imaginar nós dois em cima daquela cama, cometendo loucuras. Eu imaginava seus lábios em minha pele, me deixando fogo por onde passava, imaginava minhas unhas cravadas naquelas costas largas e morenas.

Se Zayn já me enlouquece sem ao menos triscar um dedo em mim, imagina fazendo outras coisas? Aquilo já estava começando a me torturar. Eu adorava estar e conversar com ele, eu amava quando ele dizia coisas safadas e me olhava daquela forma sedutora. Uma coisa que eu tinha muita curiosidade, era de saber como era o beijo dele, com certeza deveria ser quente, muito quente.

Mas que merda! Porque você faz isso em mim Zayn? Daqui a pouco Amanda chega e eu ainda estou acordada. A ameaça dele ainda martelava a minha cabeça e eu queria que chegasse logo o dia que ele fosse me castigar. Não achei que eu fosse capaz de ter tais pensamentos. Eu não aguentava mais ficar ali deitada sem conseguir dormir e com Zayn nos meus sonhos.

Ainda tento entender como eu fui me meter nessa, a pouca mais de uma semana minha vida era bem diferente. Eu não desejava ninguém e muito menos tinha desejos sexuais. Se aquele dia eu não estivesse na igreja, e não tivesse o visto, tudo serial normal. Mas quem disse que o normal tem graça?

Olhei para o relógio ao lado da minha cama e já eram quase 6h00. Levantei-me logo e ouvi a porta ser aberta. Amanda. Fui direto para o banheiro, despi-me lentamente e sem pressa. Girei o registro e entrei debaixo da água. Por um segundo eu imaginei Zayn ali debaixo comigo, passando a mão por todo o meu corpo e me beijando loucamente.

Terminei de enxaguar meu cabelo e depois terminei. Me enrolei em uma toalha vermelha e peguei um creme corporal, que cheirava a rosas com alcaçuz. Passei primeiro nas minhas pernas e depois nos braços. Um pouco nos ombros e por fim no pescoço indo até a nuca. Aquela parte me lembrava dos beijos de Zayn. O meu ponto fraco ele tinha descoberto que era o pescoço e tomava proveito disso.

Penteei meu cabelo e depois me vesti (1). Depois desci e encontrei Amanda na cozinha preparando o café. Sorri animadamente e ela retribuiu.

- Bom dia.  –Falei e me sentei-me à mesa.

- Bom dia Emma.  –Ela respondeu colocando a garrafa com o leite em cima da mesa.   – Tinha uma mensagem na secretária eletrônica, era sua mãe. Ela me pareceu meio brava.

- Sabe que horas ela mandou essa mensagem?  -Perguntei.

- Creio que foi durante a noite, ela mencionou algo como ‘’onde você está à uma hora dessas’’?   -Ela se virou para o fogão e meu coração palpitou forte.

- Acho que eu deveria estar dormindo, vou retornar a ligação.  –Sorria amarelo e corri para a sala onde estava o telefone. Digitei o numero de seu celular, mas agora quem não atendia era ela. Tentei mais umas duas vezes e nada, desisti.   – Vou tentar ligar mais tarde.

Voltei a me sentar e tomei o café da manhã.

. . .

- Quero que prestem muita atenção, esse vai ser o trabalho que irão salvar a nota de muitos de vocês, então eu...  –O professor explicava o projeto de física até um dos inspetores o interromper.

- Com licença, estão chamando a senhorita Posey na direção.  –Ele falou e o professor olhou pra mim. Ele fez um gesto com a cabeça, afirmando que eu podia sair.

Mas quem seria e o que queria? Eu fiz algo de errado?

- Ele está ali.  –Espera um segundo ‘’ele’’?  Caminhei até ‘’ele’’ não acreditando no que meus olhos viam.

- Zayn? O que você ‘tá fazendo aqui?  -Falei meio alterada.

- Eu esperava um ‘’que bom ver você’’.  –Ele tirou os óculos escuros e me fitou.

- Fala logo o que você quer, eu ‘tô perdendo uma matéria importante.  –Em partes aquilo era verdade, mas, eu não me importava com aquilo agora.

- Vim te fazer um convite.  –Ele respondeu e eu fiquei esperando ele continuar.   – Vim te convidar para comigo a uma boate amanhã, é a festa de um amigo meu e eu queria te levar.

- Deixa eu ver se entendi. Você veio aqui na escola, me tirou da aula pra perguntar se eu quero sair com você?   -Falei como se não acreditasse naquilo.

- É isso aí.  –Ele sorriu irônico.

- Não podia esperar eu ir embora?

- Na verdade sim, mas, eu gosto de fazer as coisas do meu jeito.   –Ele deu dois passos em minha direção.   – Então, você vai?

Eu não conseguia negar algo pra ele.

- Tudo bem, agora eu tenho que ir.  –Falei dando meia volta.

- Te encontro na hora da saída. 

Ouvi aquilo e voltei para a sala. O professor passava os tópicos do trabalho na lousa e eu tratei logo de copiar tudo. Algo dentro de mim mal podia esperar pra ver Zayn de novo. Eu já estava viciada em ouvir sua voz e sentir seu cheiro todos os dias. Pergunto-me se quando mamãe voltar eu vou ter essa mesma liberdade, ainda mais com aquele que ela considera um delinquente.  

Eu não me importo com a opinião dela.

. . .

Passei pelo portão encontrando Zayn escorado no carro e fumando um cigarro. Atravessei a rua e ele sorriu safado.

- Cada dia que passa eu acho que você realmente é um louco.  –Falei. Senti ele me puxar pela cintura e meu corpo se colar ao dele.

- Loucura seria se eu te beijasse na frente de toda essa gente agora.  –O dedo indicador fazia um carinho em minha pele arrepiada.  – Devia se considerar uma garota de sorte.

- Por quê?

- ‘Tá vendo aquela garota de verde conversando com uma morena?  -Ele disse e eu assenti.  – Ela está com ciúmes de você aqui comigo.

- Como pode saber uma coisa dessas?  -Falei dando um tapa em seu braço.

- Ela não para de olhar pra cá e sussurrar para a amiguinha.  –Dei uma risada e balancei a cabeça.   – Vamos nos divertir amanhã.  –Ele jogou o cigarro no chão.

- Você é a única pessoa que eu conheço, que vai para uma balada no meio da semana.  

- Mas vai ser legal, e eu sei você vai gostar.  –Agora suas mãos desciam até o meu bumbum, antes que ele pensasse em fazer algo eu dei uma afastada e ele percebeu isso.   – Eu não sei como eu ainda não transei com você.

- Talvez você não seja bom o suficiente.  –Falei e me virei ficando de costas pra ele. Suas mãos fortes agarraram minha cintura e me puxaram outra vez. Gelei ao sentir algo chocar contra o meu bumbum. Zayn era mais alto do que eu, e aquela sua parte ficava roçando em mim.

- Não me provoque Emma, você não sabe do que é capaz.  –Ele beijou meu pescoço e subiu até o meu ouvido.   – Mas se quiser saber, eu posso te mostrar isso mais tarde.  –Tombei minha cabeça para trás alcançando seu ombro.  

Não tinha quase ninguém em frente a escola, apenas alguns alunos brincando entre si. Meu corpo estava quente, e começando a soar. Essas eram as reações de Zayn provocava em mim. Eu também gostaria de saber como eu ainda não transei com você, Zayn Gostoso Malik.

Continua...