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História Hyuuga - Capítulo VI - Descobertas


Escrita por: Emeraude

Notas do Autor


Oi! ^^
Desculpem a demora. Mas comigo, vocês já deveriam saber com o que contar. kkkk
Mas aqui tá mais um cap. e espero que gostem! ^^

Bjs

Capítulo 6 - Capítulo VI - Descobertas


Naruto estava ocupado no seu escritório, quando bateram à porta.

- Entre!

- Naruto.

- Ah! És tu, Konan! Entra! Desculpa a desarrumação, mas é que não me foi possível antes fazer uma limpeza geral.

- Ok. Mas devo dizer-te que tens visitas.

Naruto quase que caia da cadeira. Ela o havia apanhado desprevenido.

- O quê?!

- Como te acabei de to dizer. – lançou-lhe um olhar de lado – Tens visitas.

- Quem?

Estava curioso e ao mesmo tempo a achar aquilo muito estranho. Não estava à espera de ninguém.

Konan virou-se para a porta e chamou alguém para que se aproximasse. Assim que viu de quem se tratava, ele arregalou os olhos na hora.

- Hinata!

Hinata acenou-lhe timidamente, enquanto Konan olhava desconfiada para ela e para o colega.

- Bem…é melhor eu deixar-vos a sós.

Antes de sair ainda lançou um olhar de aviso para Naruto. Ele tinha muito o que lhe explicar mais tarde.

- V-Vim em má altura…?

- Não, não! – respondeu todo atrapalhado, levantando-se e pedindo que esta se sentasse na cadeira da frente – Só não contava ter visitas hoje. – sentou-se e empilhou para um lado os papéis que tinha espalhados pela secretária – Bom… - aclarou a garganta – Para tu estares aqui é porque pensaste no que te cheguei a dizer no outro dia, certo?

- S-Sim… - desviou o olhar para as mãos que tinha sobre o colo – Pensei muito e…acho que o melhor para mim é saber quem eu sou na realidade.

Naruto esboçou um pequeno sorriso.

- Uhum. Tens toda a razão. Mas antes preciso de saber uma coisa. – pousou os cotovelos sobre a secretária, unindo as mãos junto ao rosto. Estava com um ar sério. – Disseste que eras adoptada pela família Uchiha, não é verdade?

- Sim. Quando era muito pequena. Devia ter para aí uns três anos quando o meu pai, quero dizer, quando o senhor Fugaku me levou para casa dele e me adoptou.

- E antes disso? Lembraste de alguma coisa?

Hinata começou a puxar pela memória.

- Vagamente. Quando fecho os olhos e tento me lembrar do que eu era antes de conhecer a família Uchiha, a única coisa que me vem à cabeça são imagens de um incêndio.

- Incêndio? – perguntou curioso. Aquilo estava a ser interessante e, para não perder tempo, pegou numa folha de papel e numa caneta e preparava-se para escrever tudo o que a menina de olhos perolados tinha para lhe dizer.

- Sim. Fogo por todo o lado. E depois…uma sensação de vazio. Como se tivesse a noção de que estava sozinha e de que ninguém estaria ali para me ajudar.

- Interessante… - murmurava o jornalista, enquanto escrevia. Depois pousou com determinação a caneta, a olhando como se já tivesse resolvido um complicado quebra-cabeças. – Sendo assim, acho que já não tenho mais dúvidas. – Hinata o olhava com a cabeça inclinada para o lado. Não estava a entender nada. – Tu és… - deu um largo sorriso – uma Hyuuga!

- U-Uma…H-Hyuuga…?

Uau! Ele era mesmo bom! Apenas lhe tinha dito uma meia dúzia de palavras e ele já sabia de quem ela se tratava na realidade.

- Sim. Uma Hyuuga. Para dizer a verdade… - passou a mão pela cabeça – A única Hyuuga.

- C-Como assim?

Hinata estava confusa. Era uma Hyuuga, mas era a única? Como isso era possível? A não ser que…

- Como to hei-de explicar. Vejamos… - levantou-se e foi buscar a uma prateleira um jornal que guardava. Depois se virou para ela e deu-lho – Gostaria que o lesses. Acho que o que está aí escrito vai responder à tua pergunta de ainda há pouco.

Hinata pegou nele. Engoliu em seco. Aquilo de desenterrar o passado era um pouco assustador. Assim que leu o título da primeira página do jornal, percebeu logo que aquilo seria uma leitura um tanto dolorosa.

Nem queria acreditar. As lágrimas começaram a lhe sair livremente pelos olhos. Se perguntava como é que aquilo havia acontecido. Como é que um clã tão bem conhecido, tão bem afamado, virava cinzas?

Assim que terminou de o ler, pousou-o cuidadosamente na secretária.

- É…horrível… - a sua voz saia-lhe fraca. Estava de cabeça baixa, agarrando com força a saia que lhe cobria as pernas – Foi horrível o que aconteceu ao clã Hyuuga… - levantou o rosto - Quem poderá ter feito algo assim tão horrível?

- Isso Hinata - levantou-se, foi ter com ela e com dois dedos no seu queixo fez com o olhasse nos olhos – Isso é o que descobriremos.

- C-Como?

Naruto a compreendia e, por isso, a olhava de forma enternecedora.

- Da maneira mais conhecida. Investigando. Uma investigação na qual tu, Hinata, serás a peça essencial.

- Eu? Porquê eu?

- Porque como já te disse, tu és uma Hyuuga.

- Como o sabes?

- Hã?!

- Como sabes que eu sou uma Hyuuga?

- Pelos teus olhos.

Hinata corou.

- Se-Senhor Uzumaki…

O Uzumaki riu-se da situação.

- Hinata. Acho que me interpretaste mal. Embora eu ache os teus olhos bonitos, não foi com essa intenção que eu disse o que disse. A verdade é que são os teus olhos que te identificam como uma Hyuuga.

- A…sério? – perguntou baixinho, já envergonhada por ter feito figura triste.

- Sim. Segundo relatos que eu pude averiguar, os olhos perolados eram a principal característica que os identificava como um clã. Tal como os cabelos e olhos negros nos Uchiha.

- Tou a ver… Mas...tenho uma dúvida. – ele fez um movimento de cabeça no qual lhe dava autorização para continuar – Porquê todo esse interesse neste clã?

- Porquê? Porque, desde o momento que eu li essa notícia, a que acabaste de ler, algo dentro de mim despertou. Algo que me dizia que não me podia ficar por ali. Se um dos grandes clãs de Konoha havia sido exterminado era porque alguém assim o quis. E com tudo isto é isso o que pretendo descobrir. Quem está por detrás deste massacre. No entanto, o que realmente pretendo, para além disso, é que as pessoas valorizem o meu trabalho. E nada melhor do que lhes dar uma óptima primeira página.

- Eu não estou a acreditar no que estou a ouvir… - confidenciou para si mesma baixinho.

- Disseste alguma coisa, Hinata? Podes estar a achar tudo isto um absurdo. Que não se devia brincar com a vida de milhares de pessoas que já estão mortas e que não se podem defender, mas eu também preciso de pensar no meu trabalho. – passou as mãos pelo cabelo de forma desesperada – Droga! Só Deus sabe o que eu me esforcei para conseguir chegar onde cheguei! Sou um jornalista ora bolas! E ir atrás de uma boa notícia é o que eu sei fazer! Por isso, Hinata, não me olhes assim. – pediu-lhe encarecidamente – Eu não sou má pessoa. Também fiquei sensibilizado com toda esta história. Pensei até desistir. Mas depois que me cruzei contigo no outro dia em que estavas acompanhada por um rapaz Uchiha, soube logo que estava a ter uma segunda oportunidade. Que a esperança ainda não tinha morrido. Hinata. – pôs-se diante dela e ajoelhou-se. – Como a sobrevivente do clã Hyuuga tenho a certeza de que me poderás ser de grande ajuda. Com o teu depoimento de ainda há pouco e com os meu faro de jornalista, com certeza havemos de descobrir o responsável. Por isso… - pegou-lhe nas mãos, colocando-as entre as suas, enquanto a olhava nos olhos – Hinata. Quero que me ajudes a realizar tal proeza. Ajudas-me? – Hinata não respondia. Estava indecisa, já que não estava à espera de uma atitude daquelas por parte dele. – Por favor…

[…]

Hinata, depois do seu encontro com Naruto, contou ao Sasuke, assim que teve a oportunidade, tudo o que havia acontecido. Toda a conversa que houvera entre eles. Como tinha um coração grande, não fora capaz de dizer que não ao jornalista. Ela, bem lá no fundo, também queria saber quem era o responsável daquele massacre que vitimou o seu suposto clã.

Sasuke, apesar de ter as suas desconfianças quanto ao caso, apoiou Hinata na sua decisão. Ao menos ela já sabia que era uma Hyuuga. Um clã que já não existia e do qual era a sua única sobrevivente. Se a apoiou até ali, não iria desistir. Iria apoiá-la em qualquer decisão que tomasse até ao fim dos tempos se assim o fosse.

[…]

Haviam-se passado duas semanas desde então. Naruto trabalhara no duro. Graças à ajuda de Hinata e sempre sob a supervisão da sua chefe Konan, que pedia sempre para apressar com a investigação.

Quanto à Hinata, esta, para além dos encontros que tinha semanalmente com o Uzumaki, ao qual já se dirigia pelo primeiro nome, ainda tinha que dividir o seu tempo com a família Uchiha, que não parava de lhe azucrinar o juízo, principalmente o Itachi. Este parecia uma pedra no seu caminho. Para qualquer lado que fosse da casa, enquanto ele estava lá, sempre dava um ar da sua graça para cima dela. Começava a ser irritante! Só mesmo o Sasuke. Ele conseguia ser o único, ele o Uzumaki, a aliviarem um pouco o ambiente que estava a viver. Eram grandes amigos!

[…]

- Hinata! Ainda bem que estás aqui! Nem queiras saber o que aconteceu!

- O-O quê?

Hinata fora apanhada desprevenida pelo súbito entusiasmo do Naruto, enquanto entrava no seu escritório, fechando a porta.

- Finalmente cheguei a uma conclusão quanto ao caso Hyuuga. E já tenho o suspeito.

Hinata sentiu o coração a bater mais rápido dentro do seu peito.

- A sério?

- Sim. Mas senta-te. Porque acho que para ti vai ser um choque saber quem ele é.

- Naruto…já me estás a assustar… - disse um tanto receosa ao mesmo tempo que se sentava na cadeira.

- O assunto é sério.

- E então, Naruto? – indagou – Quem é o responsável pelo assassinato do meu…clã? – ainda não estava muito acostumada a ter o sobrenome de Hyuuga em vez do de Uchiha - Do clã Hyuuga?

Naruto pegou-lhe nas duas mãos e acariciou-as entre as suas. Não sabia como lhe contar o que tinha descoberto. Já estava a ver a reacção dela. Iria ficar chocada.

Respirou fundo.

- Fugaku Uchiha.

- Hã?!

- O assassino. Após muito investigar, tudo indica que o dito assassino seja o senhor Fugaku Uchiha.

- Não…

Hinata levou as mãos à boca com os olhos arregalados. O chão havia lhe sumido dos pés. Como assim a pessoa que ela chamava de pai ter sido a responsável por aquele massacre que se passara anos atrás? E ainda por cima adoptar um deles? Não. Não podia ser verdade. Aquilo parecia surreal!

- Hinata, eu sei que isto deve estar a ser difícil de ouvir, mas…

- Mas o quê…Naruto?

Naruto não gostava mesmo de a ver naquele estado.

- Mas é que tudo leva a crer que foi ele. Mais do que ninguém, Fugaku Uchiha tinha motivos para querer acabar com os Hyyuga. Segundo o que averiguei, há 15 anos atrás, quer os Uchiha quer os Hyuuga, que eram na altura as duas famílias mais poderosas de Konoha, cada um deles tinha um património avaliado em biliões de ienes. Daí que diziam que havia uma certa rivalidade entre estes eles.

- I-Isso até compreendo. Já me tinhas dito que os Hyuuga haviam sido um dos maiores clãs desta cidade. Mas…mas isso não quer dizer nada. – fechava com força os olhos, enquanto algumas lágrimas lhe escorriam pelas faces.

- Eu sei. – deu um sorriso amarelo – Mas existe um pormenor que achei relevante no meio desta investigação, o qual me levou a esta conclusão.

Hinata abriu os olhos de repente, passando a olhá-los nos olhos.

- Qual?

- Em Konoha ainda existem pessoas de idade que ainda recordam muito bem o que se passou há 15 anos atrás. E uma delas deu-me uma informação que achei ser muito interessante. Que a família Hyuuga não foi morta por assassinos normais, tipo gangsters, mas sim por ninjas profissionais. E que, na possibilidade, foram a mando do Uchiha porque, segundo esta mesma pessoa, ele dava-se bem com este tipo de gente.

Uma lembrança veio à cabeça da Hyuuga. Um homem vestido com umas roupas estranhas que lhe estendia a mão. E esse homem era…

- Hinata, estás bem? – perguntou preocupado.

- S-Sim…

- De repente achei-te tão distante…

- É que me lembrei de algo, Naruto… - o jornalista ficou atento – De quando era pequenina…

- E qual foi?

- A imagem de um homem com umas roupas estranhas que me estende a mão.

- Sim. Essa já me tinhas dito.

- Mas desta vez foi diferente. Desta vez vi o rosto do homem… - as lágrimas voltaram a sair-lhe dos olhos – acho…que…tens razão…Naruto… Foi ele…foi ele…

- Hinata… - pegou na mão dela, levantou-se, fazendo com que esta também se levantasse, e abraçou-a. Fez com que a sua cabeça pousasse sobre o seu ombro, enquanto lhe fazia carinho nela – Não chores, por favor. Tudo se vai solucionar. – soltou um suspiro pesado – Se quiseres, posso entrar em contacto com um amigo meu, que é advogado, e ele nos poderá ajudar. Mas…por favor…não chores…

Hinata não conseguia não parar de o fazer. Só de pensar que a pessoa a quem chamava de pai fora o responsável pela morte de um clã inteiro, já sentia um nó no estômago e um frio a atravessar-lhe a espinha.

Agora entendia o porquê da implicância da senhora Uchiha. Obviamente que ela seria cúmplice do crime do marido. Mas ainda havia uma questão que ainda não conseguia obter resposta: porquê que eles resolveram adoptá-la se era considerada um inimigo?

De repente ela deixou de chorar e ficou muito quieta, o que deixou Naruto preocupado.

- Hinata…

- Pode ser. – Naruto ergueu o sobrolho – Podes falar com esse teu amigo. Se ele for capaz de me ajudar, então é melhor do que nada.

O Uzumaki sorriu satisfeito.

- Ainda bem. Amanhã mesmo vou ligar para ele. – levou uma mão à cara dela e começou a acariciar-lhe uma das faces, o que deixou a rapariga um pouco nervosa e com um certo receio – Verás que não te irás arrepender. Ele é dos melhores no seu ramo.

- Espero bem que sim… - desviou o olhar do dele – Foi muita emoção por hoje e…não sei por quanto tempo irei aguentar tudo isto…

Naruto a entendia e do que dependesse dele, faria os possíveis e os impossíveis por estar a seu lado nos bons e nos maus momentos, ajudando-a a superar as tempestades que ainda estavam por vir. Agora só esperava mesmo contar com ajuda do seu amigo. Gaara no Sabaku.

Notas Finais


Agora ela já sabe que o Fugaku Uchiha está implicado no assassinato ao clã Hyuuga, mas...preparem-se, porque muito tinta ainda vai escorrer. ahahah.
Não se esqueçam de comentar! ^^

Bjs


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