Notas do Autor
Oi! ^^
Desculpem a demora, mas não deu para ser mais cedo. Por isso, por favor, não me matem!
Em compensação têm aqui o tão inesperado novo cap., que é a continuação do anterior.
Sendo assim, desejo-vos uma boa leitura! ^^
Bjs
Capítulo 4 - Capítulo IV - A Maioridade (Parte II)
Hinata engoliu em seco, enquanto olhava nervosa para o documento. Era agora. Tinha mesmo de lhe dar uma resposta.
- Eu assino. – disse, por fim, um pouco a medo, após muito pensar – Basta só me dizer outra vez onde devo assinar, que eu assino.
Fugaku não podia estar mais feliz naquele momento, porque estava prestes a alcançar o seu tão ansiado objectivo.
- Sábia decisão, Hinata. – pegou numa caneta e deu-lha para assinar – É aqui, Hinata. - apontou-lhe de novo o espaço onde deveria assinar.
Hinata, tendo conhecimento do espaço onde devia assinar, posicionou a caneta na mão direita de forma a poder escrever o seu nome no papel.
O bico estava quase a tocar no papel branco.
De repente, Sasuke, atarefado, entrou de rompante no escritório, fazendo muito barulho, o que fez com que os dois se assustassem. Principalmente a Hinata, que quase que dava um salto da cadeira, o que fez com que largasse logo a caneta da mão, que deslizou pela mesa e terminou caída no chão.
- Hinata! Afinal era aqui que estavas! Ainda bem que te encontrei!
- Sasuke! – exclamou perplexa, levantando-se.
- Sasuke! Isso não são maneiras de entrar no meu escritório! – reclamou, Fugaku, furioso – Por acaso a tua mãe não te avisou de que eu e a Hinata estávamos numa reunião e que não queríamos ser interrompidos?
- Sim. Ela deu-me o recado. Mas achas que eu ligo alguma coisa a isso? Hinata. – virou-se para a amiga e, aproximando-se dela, pegou-lhe nas mãos – Anda, Hinata! Vem comigo! Andei todo este tempo à tua procura, porque quero te amostrar uma coisa. Tenho a certeza de que vais gostar!
- M-Mas…S-Sasuke… - Hinata olhava de forma nervosa para o documento que se encontrava sobre a mesa atrás de si e para o amigo que estava à sua frente todo contente com um largo sorriso nos lábios. Ela olhava de um lado para o outro, como se estivesse indecisa.
- Anda! – exclamou, Sasuke, puxando-a devagarinho para si – Prometo que vai ser divertido!
Hinata sorriu, deixando-se guiar por ele até à porta. Quando se tratava do Sasuke, não havia como recusar.
- Sasuke! O que vem a ser isto? – não estava nada a gostar daquilo – Primeiro entras no meu escritório sem autorização, e agora queres levar a Hinata daqui para fora só porque lhe queres amostrar uma coisa?! Isso não pode ficar para mais tarde? É que, caso não tenhas reparado, eu e ela estávamos a tratar de um assunto importante.
Sasuke, que já estava à porta com Hinata, virou-se para o pai.
- Eu sei, pai. Mas é que eu não aguento esperar mais! Tinha combinado com a Hinata passar o dia todo com ela. É o seu aniversário, não é? Além do mais…o que eu tenho para lhe mostrar tem mesmo que ser agora, porque senão perde a graça. Agora se nos der licença… - sem dizer mais nenhuma palavra, despediu-se do pai com uma ligeira curvatura da cabeça e saiu dali e, por conseguinte, de casa, levando a Hinata consigo.
Assim que os dois haviam saído, Fugaku e Mikoto, que estava na cozinha naquela altura, ficaram pasmos com o que acabara de acontecer.
Fugaku, despertando do transe em que estava, olhou para a mesa e viu o documento sobre esta. Pegou nele e, só pelo simples facto de o estar a olhar, uma raiva imensa começou a bulir dentro dele, o que fez com que amassasse o documento por inteiro com as duas mãos.
- O que se passou, querido? – perguntou, Mikoto, entrando no escritório.
- Droga!!! – exclamou furioso, atirando o papel amassado para o chão. Depois passou uma mão pela cara. - Tive tão perto…tão perto… - frustrado, Fugaku, deu com o punho um grande estrondo na mesa.
Mikoto, só com esta reacção por parte do marido, deduzira logo que as coisas não tinham corrido como eles haviam planeado, o que fez com que também partilhasse da sua raiva, apertando as mãos em punho contra o seu corpo.
Aquilo não ia ficar assim. Ainda iam dar a volta por cima.
[…]
Depois de algum tempo a correr, Hinata começou a ficar cansada, mandando o Sasuke abrandar e parar um pouco. Estava muito confusa. Não sabia o que se estava a passar com ele. O que lhe tinha dado para entrar no escritório daquela maneira e tirá-la de lá, mesmo que isso fosse uma afronta contra o próprio pai.
- Hinata…
- Posso saber…o que se está…a passar? – perguntou, tentando recuperar o fôlego – O porquê de me tirares às pressas do escritório como se não houvesse amanhã? – Sasuke desviou o olhar. Havia conseguido evitar o pior, mas não tinha tido em consideração o que Hinata pudesse vir a sentir em relação a isso. – Eu estava prestes a ter a minha liberdade! Será que não o entendes? Foi o que sempre quis e agora…
- Agora nada, Hinata. – respondeu sério. Aproximou-se dela e pousou as mãos nos seus ombros – Se fiz o que fiz foi para teu bem. E é nisso que tens de acreditar. Tu sabes que eu seria logo o primeiro a ficar feliz com isso.
- Sasuke…
- Logo, se não o fico é porque não é coisa boa, certo? Daí que, Hinata…queria que me fizesses um favor.
- Q-Que tipo de favor?
Sasuke a olhou nos olhos.
- Promete-me que, caso o meu pai volte a mostrar-te aquele documento, nunca o vais assinar. – Hinata estava relutante – Por favor, Hinata! Eu nunca te pedi nada até agora. Por isso…por favor…atende só a este meu pedido… É para o teu bem. Prometes?
Hinata estava confusa. Outrora pensara que o “pai” fosse mesmo lhe dar a tão esperada liberdade, mas pelos vistos era mentira. Sasuke, naquele momento, estava a insinuar de que tudo não passara de uma grande mentira. Será que ele estava a dizer-lhe a verdade? Tinha vergonha de o perguntar e, por isso, não o fez, porque talvez ele viesse a ficar ofendido.
No entanto, assim que viu a expressão serena e um pouco infantil no rosto dele, aquela que uma criança faz toda vez que quer levar a sua avante, não deu como não negar-lhe qualquer coisa. Se ele estava a dizer que era para o seu bem, então era verdade. De todos naquela casa era o único que se importava com ela, dai que ele merecia esse voto de confiança.
- Prometo.
Um sorriso largo apareceu no rosto do Uchiha mais novo. Sem conseguir conter a sua felicidade por saber que tinha a confiança da amiga, elevou-a, rodopiando-a, no ar pelas axilas.
- Vamos! – exclamou assim que a pousou no chão – Tenho uma coisa para te amostrar!
- Hã?! – sentia-se zonza com tanta volta que havia dado.
Sasuke mostrava estar bem mais descontraído do que antes.
- Sabes, nem tudo o que disse ao pai era mentira. Hoje é o teu dia, Hinata! – exclamou, aproximando-se dela para emoldurar-lhe o rosto com as mãos – E, como tal, quero muito passá-lo contigo. – fez um ar travesso - Para além de que tenho um presente muito especial para ti.
Hinata sentiu-se comovida. Os olhos estavam húmidos, quase à beira do choro.
Carinhoso, Sasuke limpou-lhe as poucas lágrimas que lhe saíam pelos seus lindo olhos.
- Hinata… Não chores… Anda lá! Agora quero ver esse sorrisinho! Afinal não é todos os dias que se faz anos. – disse com um ar brincalhão só para a conseguir animar.
Obedecendo-lhe, a filha adoptiva dos Uchiha pôs o melhor sorriso que tinha. Sem perder tempo, Sasuke estendeu-lhe uma mão, a qual ela aceitou e, juntos, foram-se embora, rumo ao melhor dia de anos de sempre.
[…]
A tarde foi magnífica. Os dois almoçaram juntos num bar e depois ele, todo animado, a levou até a um determinado lugar, tapando-lhe os olhos, um com cada mão.
Quando chegaram lá, ele destapou-lhe os olhos e, assim que ela os abriu e vira o que estava diante de si, apenas exclamou um simples “Uau!”.
- Espero que tenhas gostado. – disse-lho ao ouvido – Este é o meu presente. Parabéns, Hinata.
Hinata arrepiara-se toda. Quando ele sussurrava com aquela voz aveludada ao seu ouvido, ela sentia uns tremores a invadir o seu corpo. Só Sasuke tinha esse efeito nela.
O sítio para o qual ele a tinha levado fora a um grande jardim da época clássica, cheio de estatuas mitológicas e rosas, lírios e orquídeas de toda a variedade, que embelezavam o próprio jardim e envolviam, por sua vez, um pequeno coreto de ordem jónica.
Parecia quase surreal, mas ao menos havia arrancado um lindo sorriso por parte dela. O que deixou o Uchiha mais novo mais embevecido do que já estava.
- Obrigada, Sasuke! Este é sem dúvida para mim o melhor dia de anos de sempre!
[…]
A determinada altura, quando Sasuke e Hinata estavam de regresso a casa, passou por eles um homem alto, que vestia umas calças beges e uma camisa branca sob um casaco castanho e nos pés tinha uns sapatos a combinar com o casaco.
Pareceu surpreso quando virou a cabeça para o lado e se deparou com o rosto de Hinata. Ele até parou e começou a olhar para trás para ver se tinha visto direito o que pensava ter notado nela. Uns olhos estranhamente peculiares. Olhos esses que, ultimamente, lhe apareciam em sonhos e consumiam-lhe a mente. «Será que vi direito?», questionou-se a si próprio. Depois, passado um bocado, abanou a cabeça. «Não…Deve ter sido imaginação minha…».
Soltando um suspiro pesado, ele retomou o andar com as mãos enfiadas nos bolsos das calças. «Tou mesmo a precisar de um bom banho. Ai se estou! ».
Notas Finais
Sim! Eu sei que tá curtinho, mas era assim a continuação. hehe
Mas e aí? Gostaram? Se sim, não se esqueçam de o comentar! XD
Bjs