História Meaning Of Life - Daughter ??

- CARALHO EU JÁ DISSE QUE ESTOU BEM.- gritei novamente.

- EU SÓ ESTOU TENTANDO TE AJUDAR PORRA.

- QUER AJUDAR? ENTÃO SOME COM ESSAS VADIAS DAQUI.

- A CASA É MINHA E ELAS IRÃO FICAR SIM! NÃO SERÁ VOCÊ QUE ME IMPEDIRÁ ISSO.- respirei fundo.

- Ou elas ou eu.- disse por fim fazendo sua face mudar rapidamente.

- não me peça isso.- pediu em um sussurro porém neguei.- elas são meu trabalho.

- Elas ou eu.- repeti e ele abaixou a cabeça.

- já entendi, elas são mais importantes que uma simples namorada.

E assim sai batendo a porta do quarto irritada, já disse que minha vida é uma bosta? Bom, ela é.

- Kimberly volta aqui.- chamou-me Justin porém o ignorei.

- você já fez sua escolha.

- Kim.- chamou novamente.

- Não começa Justin, por favor.

- Porra, você quem me faz escolher meu trabalho e você, que saco, você sabe que os dois são importantes.

- não é o que parece.

- Para de fazer drama, você não é assim.- parei e me virei.

- Pois é, eu mudei e pelo que entendi, você também mudou, porém para pior.

Como todas as vezes sai batendo a porta e indo para algum lugar longe de dele e de todos. Estava sentada em baixo de uma árvore em um pequeno parque do outro lado da cidade, tudo estava quieto, apenas se ouvia o som dos pássaros e o vento até meu celular toca, decidi não atender mas tocou novamente e então atendi já sem paciência porém percebi ser um numero de Atlanta, estranho? Demais.

- Alo?- disse após atender.

- Kimberly Gray?-perguntou o homem do outro lado da linha.

- quem esta falando?

- Aqui é do Hospital central, queremos fazer urgentemente com Kimberly Gray.

- é ela, o que você quer?-perguntei confusa.

- Queremos avisar que encontramos sua filha.- O que?

-Filha? Desculpe senhor, mas eu não tenho nenhuma filha.

- Você se lembra quando a senhorita veio após sentir dores e dizer que perdeu o bebê que esperava a alguns meses?

- Sim, mas o que isso tem a ver?

- Você não o perdeu, uma das enfermeiras após seu parto sumiu com ele mas não se preocupe, a policia a encontrou.

Ok, isto é loucura.

- Você só pode estar de brincadeira.

- Desculpe, mas não estamos, se a senhor poder vir essa semana mesmo aqui, entregaremos sua filha, não se preocupe, ela esta bem.

Assustada, era isso que eu estava neste momento. Que história é essa que eu tenho uma filha e não sabia? CARALHO.

Levantei rapidamente do chão e fui até o carro dando partida ao mesmo, ao chegar em meu destino fui rapidamente ao caixa.

- o que posso ajudar?-perguntou a moça.

- Uma passagem para Atlanta,  mais rápido possível.

- Temos um voo daqui a 5 minutos.

- ótimo.

- sua identidade por favor.- entreguei a moça e em seguida fez todos os procedimentos certinho.- boa viagem.

Peguei minha passagem junto ao meu passaporte e segui até o portão de embarque, entreguei a passagem e já entrei, isso era loucura mas se for realmente verdade, eu estava fudida, com iria cuidar de uma criança no meio disto tudo, ainda mais sozinha?

.......

- Dr. Glauco compareça a sala de cirurgia 5.- a voz soou em meu ouvido após entrar naquele enorme hospital.

- como posso ajudar?-perguntou a moça da recepção.

- Sou Kimberly Gray, me ligaram avisando ter encontrado minha filha.

- ah claro, Sr. Gray, vou avisar ao Dr. Wesley que a Sr esta aqui.- assenti e caminhei até a cadeira me sentando em seguida.

Alguns minutos se passaram e um homem alto e loiro apareceu na recepção.

- Kimberly Gray?- chamou o mesmo me fazendo levantar.- é um prazer revê-la.

- Onde esta ela?- fui direta.

- Venha comigo.- o segui até o berçário.

- Coloque isto- ele me entregou uma roupa e a vesti ali mesmo por cima da minha.

O Dr abriu a porta e me levou até um berço ao canto onde havia uma pequena criança, de mais ou menos 5/6 meses.

- é ela?-perguntei com os olhos já marejando.

- sim, como ela nasceu prematura, ela ainda é pequena.

Não respondi, apenas continuei a fitando, ela era realmente muito linda, seus olhos era iguais a de Justin, seu cabelo eram negros e sua pele branca como a neve, era uma versão bebê feminina de Justin.

- Posso pega-la?-pedi e ele assentiu. Me inclinei e assim a peguei no colo a acordando em seguida, por um momento pensei que a mesma iria chorar porém ao me fitar ela sorriu.

- acho que ela te reconheceu.

- é possível?-perguntei sem conter o sorriso.

- claro.

- Hey bebê, sou eu, a mamãe.- a pequena sorriu fazendo minhas lagrimas presas começarem a rolar sobre meu rosto.

- Vou te entregar alguns papeis para assinar e poderá já levar ela.

- obrigada.- ele assentiu e saiu.

Me sentei em uma cadeira ali e fiquei a paparicando, nunca me imaginei nesta situação até que meu celular começou a tocar.

- Alo?- disse após atender.

- Kim? Onde você se meteu?-perguntou Cait gritando.

- Justin não contou?

- Contou o que?

- Não vou mais voltar.

- O QUE? POR QUE?

- Ele prefere as prostituas do que mim.

- para de frescura e volta logo pra casa garota.

- Caitlin, me desculpe.- e assim desliguei em sua cara.

- pois é, agora é apenas eu e você- disse a fitando.

- aqui Sr.Gray.- o médico apareceu e eu a entreguei para assinar os papéis.

- obrigada.

Peguei a pequena e assim sai do hospital, entrei no taxi e seguimos para o shopping, precisava comprar roupas para ela, até por que ela ainda estava com as roupas do hospital. Comprei milhares de coisas, blusinhas, vestidinhos, calças, acessórios, bodys, tudo. Coloquei tudo a uma mala e fomos até a praça de alimentação, como eu cuidava de algumas crianças quando mais nova eu já sabia um pouco. Dei papinha para ela que havia comprado e após jantar fomos até o hotel que eu estava, a dei um banho no chuveiro mesmo e afiz dormir, deixei a mesma na cama e fui até a varanda com meu celular.

- Quem é?- perguntou ele logo de cara após atender.

- Ryan? Sou eu, Kimberly.

- Garota, você é louca ou o que?

-Nem começa.

- Você sabe que Justin é um idiota, e sabe que não pode o escutar.

- Ryan esquece isso e me escuta.

- Ok ok, fala.

- Eu estou em Atlanta.

- o que você esta fazendo ai?-perguntou confuso.

- Eu preciso de sua ajuda.

- O que você aprontou?

- Eu tenho uma filha Ryan.- disse rápida e ele riu em seguida.

- Para de brincadeira e fala logo.

- Se realmente fosse, seria mais fácil.- suspirei.- Naquela noite do acidente, eu não havia perdido o bebê.

- Como assim?

- Uma enfermeira que fez o parto com urgência fugiu com a criança, Ryan não sei o que fazer.

- Meu Deus, que loucura.

- Eu preciso de ajuda.

- Tudo bem, você precisa voltar para Londres que ai nos resolvemos.

- Não vou voltar, eu e Justin não estamos mais juntos.

- Kimberly para, ok? Deixa pelo menos ele falar com você, eu sei que ele preferiu as putas mas ele se arrependeu e depois que Caitlin te ligou ele as expulsou daqui.

- Não importa eu...- ele me interrompeu.

- Não teima comigo e vem logo porra.

- mas....

- Te espero amanhã no aeroporto.- e assim desligou, viado.