História I do - Shop com os amigos - Shop with friends

Continuei conversando e rindo com Marcele.

Nós fizemos brigadeiros e comemos.

Ela foi embora.

Estava lavando os pratos sujos de brigadeiro, que aproposito, estavam maravilhosos.

A luz foi desligada. 

Primeiro sentimento: medo. 

Fiquei paralisada, comecei a suar frio e meu coração parecia que iria sair pela boca.

Duas mãos rodearam meu corpo.

Senti beijinhos no meu pescoço. Me arrepiei. Com certeza era Justin.

Ele me virou. Minhas mãos sujas de sabão.

Ele me paga pelo susto

- Ah! - dei um grito histérico de medo.

 

Escultei uma gargalhada.

Vai tomar na cara

Segui a gargalhada e passei a mão no rosto dele.

Comecei a rir feito uma doida.

Cai no chão e ri mais. Não conseguia parar. Acho que ele não estava ali.

A luz voltou. Ele apareceu.

Eu continuava rindo como tonta.

Ele parou e olhou estranho pra mim, parecia estar vendo uma coisa muito estranha.

Eu to rindo

Parei de rir e encarei-o.

- Que foi? - ele balançou a cabeça.

- Que risada é essa? 

- A unica que eu tenho. - era obvio.

- Não, você tem umas mais normais. - ele falou se sentando e apontando pra sua cara cheia de espuma.

- Você mereceu. - respondi sabendo o que ele iria perguntar.

- Eu não te sujei.

- Mas me fez quase ter um ataque cardíaco. - ele riu pelo nariz.

 

Me levantei.

Ele me segurou pela cintura e subiu a escada comigo.

Entramos no meu quarto e ele fechou a porta.

Me sentei na cama e ele repetiu o processo.

Fez biquinho e apontou pra cara.

- Você vai ter que limpar. - ele tentou ser fofo, mas ficou somente na tentativa.

- Não. - fui rude e me deitei.

- Vai sim. - ele me puxou. 

 

Em questão de segundos eu estava tancada no banheiro.

- Abre essa porta! - gritei.

- Não. - ele respondeu divertindo-se com a situação.

 

Quer saber? To nem ai. Ele não quer que eu fique presa aqui no banheiro? Então vou aproveitar e fazer o que se faz em todo o banheiro, tomar banho.

Comecei a tirar o sapato e prender o cabelo.

Tirei a camisa. Ele olhava com malicia pra mim.

- Vai fazer o que? - ele perguntou com uma sobrancelha arqueada sem perder a malicia.

- Tomar banho. - respondi sem olhar em seus olhos.

- Também vou. - respondeu.

 

Tirei a calça e abri o box.

Antes de entrar, liguei o ipod que ficava no banheiro para eu escutar musica no banho.

Estava de sutiã e calcinha no box, contando e rebolando. Sorri com a loucura que estava fazendo.

Meu sutiã foi aberto e recebi chupões no pescoço. 

Me virei e vi Justin nu. 

Segui meu olhar de seus olhos, passando pelo tanquinho de Deus Grego que ele tem e terminando em seu membro totalmente ereto.

Tem como resisti?

Mordi o lábio e ele também.

(...)

 

O sol estava queimando os meus olhos.

Sorri e me virei.

Justin dormia como um anjo.

Me levantei e segui ao banheiro. Escovei os dentes, penteei o cabelo e passei um lápis de olho. Me vesti simples.

Saí do banheiro e fui até a mesinha pegar o meu iphone.

Tinha uma mensagem nova. 

"Vamo sair hoje ás 15:30 pra uma reunião amigável como antigamente. Vai rolar shop com o pessoal e você pode ir com o Drew ;). XoxoGostoso"

Sorri com o "gostoso".

Respondi.

" Vamo, mas o Bieber eu nem sei. Ele tá parecendo um morto. : /. XoxoMoon"

Coloquei o celular e fui em direção a porta pra descer.

- Amor? - me virei.

 

Tive a visão de Justin com o cabelo bagunçado, cara de sono, um olho aberto e sorriso de lado.

PERFEITO

- Vou tomar café. Se arruma e desce. 

 

Estava na cozinha pegando o pão com presunto e queijo juntamente ao meu fraputino.

Fui pra sala e liguei a televisão. Estava passando o Bob Esponja.

Eu ria das coisas sem noção que ele dizia.

Justin sentou no outro sofá e me encarou.

- Bob Esponja? Jura? – ele perguntou incrédulo.

- Sim. Algum problema?

- Todos.

-Então guarde eles somente para você.

 

Como é que pode? Fala mal do meu Bob e ainda diz que tem problemas com ele. Ah vá tomar no c*!

Ele estava sentado, me encarando com um olhar de morte, e eu, bom, eu nem me intimidei. Deixei ele lá me encarando e comecei a rir das palhaçadas que eu assistia.

Lembrei-me que íamos sair hoje.

- Justin? - me virei pra ele, que no mesmo estante deitou-se e virou para televisão - Eu vou pro shop com a galera, você vai?

- ...

 

Coisa mais infantil, dar gelo. Quando eu tinha cinco anos de idade eu fazia isso, mas agora? Poxa que infantilidade, nunca pensei isso dele.

- Se não quiser ir tudo bem, mas eu vou. - respondi e me deitei corretamente no sofá para assisti TV.

 

Ele se levantou e estava subindo as escadas.

Em um passe estava subindo atrás dele. No meio puxei seu braço e colidi-me com seu corpo.

- Desculpa, mas você falou do meu Bob. - fiz biquinho.

- Mas eu não gosto. - ele respondeu deixando a boca de lado.

- Então respeite. - respondi.

 

Senti seus lábios quentes encostarem nos meus. Pediu passagem e eu cedi. Invadi sua boca com necessidade, ele sorriu entre o beijo. Senti uma vontade de respirar, mas me faltou ar.

Me separei.

Recuperamos o folego e voltamos a nos beijar.

Envolvi meus braços em seu pescoço, ele segurou meus glúteos e deu-me impulso para subir ao seu colo. Cedi.

 

(...)

 

Colocava meu sapato para ir para o "shop com os amigos".

Terminei e esperei Justin voltar com o seu carro esportivo favorito. Ele tinha ido para sua casa se arrumar, e claro ele queria trazer roupas para ficar aqui.

Namorado folgado

Escultei a buzina do carro.

Desci as escadas e abri a porta.

Fui até a saída e entrei no carro, nem cavalheiro pra abrir a porta ele é. To me arrependendo desse cara.

- Oi. - falei sorrindo pra ele.

- Oi. - ele foi rápido, seco, rude e ignorante.

 

Idiota, imbecil, chato, feio, insuportável e incrivelmente infantil.

O carro estava tedioso.

Decidi ligar o rádio.

Levei a mão ao som e procurei o botão de ligar. Finalmente achei, era um vermelho, apertei e uma rádio locutando um jogo apareceu. Justin pareceu interessado.

Mudei para seguinte e achei Crazy Kids, Ke$ha. 

Amo essa música

Comecei a cantarolar.

Justin meteu a mão no som e mudou.

Olhei incrédula pra ele e ele nem ligou.

Mudei de volta pra música.

Ele mudou.

Eu mudei.

Ele mudou.

Eu mudei.

Ele mudou e colocou a mão na frente do som. Teve que passar a marcha e eu mudei.

- Dexa lá Moon! - ele gritou.

- Não! - gritei no mesmo tom.

- Você vai deixar porque o carro é meu. - ele rosnou.

- Não vou, não. O carro é seu e a mão é minha, mudo se eu quiser. - respondi e voltei a cantarolar.

 

Ele começou a contar de um a dez. 

Isso atrapalhou-me de escultar a música.

- Para! - eu berrei.

- Para é o CARALHO! - ele gritou.

 

Parou o carro e destravou a porta.

- Desce logo! - ele mandou.

 

Obedeci e desci.

Estava na frente de um racha.

Que bom

Adoro rachas.

Justin já tinha ido.

To pouco me fudendo mesmo

Atravessei a rua e entrei.

Estava assistindo tudo.

Os carros estavam na partida, uma mulher sexy e pouco bonita deu um tiro para cima dando inicio para as competições.

Eu estava torcendo pra uma Lamborghini Murciélago LP640 preta com detalhes dourados.

Ela estava ultrapassando todos os carros. É um daquele carro que eu quero.

Senti meu celular vibrar na bolsa.

Peguei e apertei Play para ligação.

Ligação on

- Alô?

- Moon? Que droga! Cadê você? - o alguém estava irritado.

- Quem ta falando? - perguntei interessada.

- Como assim quem ta falando? So eu Rayn! Cadê você? - ele gritou.

- To num racha aqui em algum lugar. - respondi abaixando a voz.

- Você não sabe onde tá? O Bieber já ta aqui, eu já to, o Chaz, o Chris... Só falta você! - ele estava me estrssando, e Justin não ta lá? Por  que ele não contou onde eu to já que ele que me trousse!

- o Justin que me deixou aqui! Se quiser vir me buscar venha, mas eu to me divertindo aqui. - respondi seca e desliguei.

Ligação off

 

A Lambotghini tinha vencido.

Do outro lado tinha duas picapes pretas com o som no fundo grande e ligado.

Acho que iriam comemorar o vencedor.

Segui pra lá.

(...)

 

Já tinha tomado vodka, wisk a porr* toda. 

Estava dançando em cima do carro e duas meninas me acompanhavam.

Todos os homens me olhavam com malicia e as mulheres com inveja, nem liguei, só continuei a rebolar ali em cima.

Joguei as mãos pro alto e desci até o chão, os caras ali de baixo murmuraram um "fiu fiu" - sorri.

Fechei os olhos e só senti a música.

Alguém me puxou e me fez descer.

Ouvi um "uuuuhhh".

Olhei pra ver quem era, me aarependi.

- QUE MERDA VOCÊ TAVA FAZENDO LÁ EM CIMA?? - Justin gritou.

 

Tadinho, ta achando que é meu dono. 

Além de enganado é burro, porque todos que enxergavam viram que eu estava dançando.

- Nada que te interesse. - respondi seca e me soltei.

 

Virei e fui andando até o carro de novo.

Ia subir até me puxarem novamente.

- Você não vai subir ai. - ele mandou.

- Me impessa. - provoquei-o.

 

Me virei e fui carregada.

Estava no ombro dele e me debatendo.

- ME SOLTA JUSTIN!! VOCÊ NÃO É MEU DONO PRA TA ME MANDANDO NADA!! - gritei alterada.

- Sou seu dono sim. - ele respondeu calmamente.

- NÃO VOCÊ NÃO É NADA MEU!! - gritei de novo com raiva.

 

Ele me larga no meio do nada e depois acha que tem o direito de me ter como dele, ta muito enganado.

Me colocou no chão.

Me fez olhar nos seus olhos e ele parecia triste.

- Eu não sou nada seu? - seus olhos marejaram.

 

Me senti no meu aniversário de quatorze anos de novo. Lembrei do que ele fez comigo e que eu nunca seria capaz de fazer ele sofrer como ele me fez sofrer.

Seus mares de castanho estavam tristes e machucados.

- Infelizmente é. - respondi abaixando a cabeça e saindo dali.

 

Eu sinto algo de diferente por ele e o que fez comigo?

Primeiro: Me machucou e me fez chorar como nunca, mudou minha vida e me fez mudar de cidade.

Segundo: Me diz que me quer como só dele.

Terceiro: Fala mal do meu desenho favorito, me deixa largada no meio de um lugar desconhecido e me tira a força quando estou me divertindo.

Não tem como ser amiga ou algo próximo dele sendo menina.

É terrível.

Sem minha mãe, sem meu pai, - ele não é mais o mesmo amigo e conselheiro de antigamente - meu melhor amigo se tornou um monstro, eu não sei cadê a Mare no momento.

Odeio a minha vida!

Tinha que ser o cara que eu amo um idiota, cafajeste que não se preocupa com nada que me fira?

Estava chorando e andando até um lugar que eu conhecia.

Vi um taxi e o chamei.

Entrei e indiquei minha casa.

Cheguei e paguei ao motorista.

Entrei e fui para meu quarto.

Arranquei meus sapatos e os joguei no chão.

Tranquei a porta, a janela e fechai as cortinas.

Encostei as costas na porta es escorreguei até o chão.

Chorei.

Tudo o que eu acreditava que me faria bem me fez mais mal do que nunca.

Alguém bateu na porta.

- Quem é? - perguntei com a voz chorosa.

- Jake. - respondeu.

 

Abri a porta.

Assim que encarei-o partir para o abraço.

Chorei em seu ombro.

Ele fechou a porta e sentou-se na cama comigo.

- Calma... Me conta o que aconteceu filha. - ele pediu-me.

- O Justin é um idiota. - falei a meio de soluços.

- Shiu! Ele não vai mais te ,machucar. Vem cá. - ele respondeu me abraçando de novo.

 

"​Vai ficar tudo bem" - sussurrou no meu ouvido.