História I do - Retomando a amizade - Resuming friendship

Levantei-me e suspirei.

Preciso de espaço

Minha direção foi tomada a minha secretária. 

Avisei a mesma de que iria sair e precisava pensar, então o resto do dia seria de folga.

Imprevisível, é isso que ela é

Não conseguia tirar Moon da cabeça. 

Estava no carro sem rumo. Até que lembrei da praia que íamos quando pequenos. Era pra li que estava indo. Lembrar do passado. Das boas memórias com ela.

POV. Moon

Um mimadinho de pavio curto, não aguentou a ideia de ser esquecido. De coitado aquele desgraçado não tem nada.

Estava na praia em que costumava ir com ele quando pequena. 

Eu sei. Eu não devia estar ali. Mas minha mãe me trazia aqui também. Ela era tão boa.

Suspirei, mordi o lábio inferior para reprimir lágrimas, o que não adiantou. Elas invadiram meu rosto em guerra, um combate para saírem e lavarem minhas pupilas. 

Se houvesse alguém naquela praia teria escultado o meu choro. Mas não havia. Eu era a única ali. Sem ninguém para me julgar.

Minha tristeza era profunda. O vento fazia meu cabelo flutuar no ar. Olhava para baixo sentindo a dor em meus pensamentos.

Era melhor quando você estava viva

Ela no momento estaria me fazendo rir e me chamando de retardada. Com aquelas piadas sem graça, com aqueles ataques de riso contagiantes e com o seu bom humor. Na verdade se você estivesse aqui nada de ruim teria acontecido. Você é meu anjo da guarda.

A lembrança veio a minha mente.

Flashback

- Hey, Mou, querida, não vai comer? - minha mãe perguntou.

- Não, mãe. Eu quero o papai. - respondi chorosa.

- Ele esta ocupado, querida. - ela respondeu reprimindo um riso.

- Com o que mamãe? - desde pequena era curiosa, principalmente quando o assunto era meu pai.

- Sendo um retardado. - e assim rimos feito duas hienas.

Flashback

Sei que não era engraçado, mas era um momento que passamos juntas, um dos poucos. Eu procurava estar sempre feliz enquanto ela estava perto. Mas agora não há mais motivo de felicidade.

Senti uma aproximação de mim.

Era um ser totalmente inesperado.

- Justin? - estava assustada, então minha voz saiu fraca.

- Por que esta chorando? - sua expressão era desconfiada. Sua voz não discordava.

- Minha mãe. - corri para seus braços.

Ele me acolheu e afogou meu cabelo.

o único som era de meus soluços do choro. 

Era bom ter alguém para desabafar. Para chorar sem ficar me perguntando toda hora se estou bem ou se quero algo. Precisava dele ali mais do que nunca.

- Ela esta em um lugar melhor, te olhando e sorrindo. - sussurrou no meu ouvido.
 

Mesmo se passando tantas mudanças, tantas dificuldades, ele continuava a ser o mesmo Justin que eu conheci antes dos meninos. O que era legal e confortante. O meu melhor amigo. 

Aproximei de seu ouvido e tomei coragem para lhe contar.

- Senti sua falta. - foi sussurrado.

- Também senti a sua.- ele respondeu.

Me sentei na areia. Drew fez o mesmo.

Encostei minha cabeça em seu ombro. Justin passou o braço em volta do meu corpo, me levando para mais perto dele.

Estava olhando o pôr do Sol. Sorria boba. 

O Sol estava meio amarelo e meio laranja. A água estava meio cinza e meio amarelada. A luz do Sol refletia em sua superfície. Era encantador o som que as gaivotas emitiam. Elas giravam na altitude do céu. Estava tudo tão perfeito, tão romântico. 

Até escultar uma risada gostosa vinda do meu lado.

E lá estava rindo Justin, feito um idiota.

- O que foi? - perguntei rindo pelo nariz.

- Você tava parecendo uma abestalhada olhando pro Sol. - parou de rir aos poucos.

- Idiota. - sussurrei para mim mesma. Com a intuição de que ele não escutasse.

Falhei

- O que disse? - ele se virou para mim sorrindo torto.

- Eu? Nada. - respondi sacanamente.

Como eu consegui ficar tão cara-de-pau?

- Você me chamou de idiota. - ele afirmou indignado e sem perder o som brincalhão e ameaçador em sua voz.
 

Me senti sendo carregada.

Ele colocou-me em sou ombro.

Sabia que estava em péssimas futuras condições.

To fudida

Me debatia e socava suas costas, mas ele nem se importava.

Sou muito fraca

- Justin! Me solta! - gritei.

- Agora você vai ver quem é o idiota. 

- Não!

Senti uma água gelada. Como se acabasse de cair em uma bacia entupida de gelo derretido.

Estremeci. Nadei até a superfície e de longe pude ver ele rindo de mim.

Não perde por esperar