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História A Última Gota - Capítulo sete


Escrita por: NinaF

Notas do Autor


Como estão vocês, pessoas? (: Ta ai mais um capítulo pra vocês.

Capítulo 8 - Capítulo sete


Acordo com o sol batendo na minha cara, mas de um jeito estranho, mais intenso. Focalizo onde estou e me assusto: Dormi na sala. Violet ainda dorme no sofá da frente. É engraçado o jeito que ela dorme, de lado, quase de bruços, com a cabeça encima de um braço flexionado enquanto o outro está dependurado, quase encostando no chão. Não me lembro quando adormecemos, a ultima coisa que me lembro é de estarmos conversando, deitados mesmo, sobre o que faremos na Arena. Decidimos por bem, não armazenar os suprimentos na Cornucópia e sim em dividi-los entre nós todos, somos sete, vai ficar fácil, cada um leva uma mochila grande e pronto.

- Quantas horas? – a voz sonolenta de Violet faz com que eu me sobressalte.

- Não sei. Talvez seis e meia...

Ontem a noite Violet estava até mesmo alegrinha, mas agora está séria e sua voz sem emoção. Ela se senta esfregando os olhos.

- Será que alguém viu que a gente dormiu aqui?

- Acho que não, parece que ninguém acordou até agora.

Nós dois nos levantamos e vamos para a sala de jantar juntos, pode ser que já tenha alguma coisa de comer lá.

Não, não tem só comida. Todos já estão acordados e nos olhando. Eles tentam disfarçar, mas é evidente que viram que eu e Violet dormimos na sala.

- Bom dia. – diz Megara.

- Bom dia. – respondemos os dois juntos.

Nós nos sentamos a mesa e comemos pouca coisa. Três horas para a Arena, meu apetite some instantaneamente.

Depois de alguns minutos silenciosos nos levantamos todos juntos, como se fosse ensaiado. Megara abraça a mim e a Violet tão forte que quase nos sufoca, ela diz que somos os melhores tributos que já acompanhou e nos deseja sorte.

- Eu e Mark vamos fazer tudo o que pudermos por vocês aqui, vão e honrem o distrito dois, tudo bem? – diz Alicia.

- Nós vamos trazer a vitória pro nosso distrito, pelo menos um de nós. – diz Violet.

- Nós prometemos. – digo.

Alicia nos abraça forte e depois nos olha encorajadora. Mark abraça Violet e aperta minha mão.

- Eu vou conseguir o maior numero de patrocinadores possível, se bem que acho que vocês já fizeram isso sozinhos. Se mantenham vivos e boa sorte.

Violet e eu vamos para os nossos quartos, cada um com seu estilista.

Mars me trás uma camiseta preta, calça bege escura e botas de cadarço. Em alguns minutos estamos indo ao telhado para que eu seja levado pelo aerodeslizador. Violet e seu estilista aparecem pouco tempo depois que já estou na fila de tributos. Mars e Victor saem, eles vão na frente e nós nos encontramos assim que chegamos na Arena.  Violet está vestindo uma roupa igual a minha, na verdade todos estão com a mesma roupa, o que muda é a apenas a cor da camiseta. Distrito um, cinza. Distrito dois, preto. Distrito três, laranja. Distrito quatro, azul. Distrito cinco, amarelo. Distrito seis, branco. Distrito sete, marrom. Distrito oito, roxo. Distrito nove, verde. Distrito dez, rosa. Distrito onze, azul marinho. Distrito doze, vermelho.

Dentro do aerodeslizador existem vinte e quatro assentos, cada um ocupa o que quiser. Eu e Violet ficamos um defronte ao outro. Ryan está na extremidade perto da porta, Revlon a uns três de mim. Owen e Jay estão sentados lado a lado e defronte a Ryan. Kaya está a dois assentos de Violet.

Violet está branca como um fantasma e balança as pernas freneticamente, seus olhos se arregalam ao ver a seringa que uma mulher segura nas mãos, a seringa que injeta o rastreador. Ela começa numa extremidade e vem para o nosso lado, a cada pessoa que passa Violet vai se contraindo mais em seu assento. Assobio e ela me olha horrorizada.

“Calma” Digo sem emitir som.

“ É mais forte que eu” Ela diz da mesma forma, a mulher está a apenas duas cadeiras dela.

Aponto para meus olhos e os dela se fixam nos meus. Quando chega sua vez ela estende o braço relutante, mas sem tirar seus olhos âmbar dos meus. Eu sorrio encorajando-a e ela sorri de volta, estremece quando a agulha a perfura, mas continua me olhando. Quando acaba ela cutuca o braço, no lugar onde seu rastreador foi injetado e me olha confusa. Injetam meu rastreador e então me inclino pra frente, apoiado nos joelhos.

- Foi tão difícil?

Não esqueço que ela poderá entrar em pânico quando levantarmos vôo então tenho que mantê-la distraída. Nós conversamos por sussurro sobre o nosso distrito e eu conto a ela como é o Curral. O nome correto é Sala de Lançamento, mas as pessoas chamam o local de Curral mesmo, afinal, vinte e três tributos ali são mesmo bezerros indo pro abate. É lá que terminamos de nos arrumar e passamos os últimos momentos fora da Arena. Quando chegamos somos todos separados e levados cada um pro seu Curral. Quando chego Mars já está me esperando, há pato assado com batatas mas eu não estou com fome.

No ano passado minha estilista era um saco, ela ficou me enchendo o tempo todo mas Mars não. Ela simplesmente sorri e me deixa quieto.

Falta no máximo meia hora para que os Jogos comecem, para que eu volte para a Arena. Qualquer passo em falso que eu der pode custar minha vitória, minha vida. É claro que eu pretendo ganhar e vou fazer tudo para conseguir, mas é impossível não pensar que pode ser que eu esteja a dias da minha morte. De uma coisa eu sei, alguns dos tributos que estão nos outros currais estão a minutos de sua morte e vai ser pelas minhas mãos...

Meu primeiro objetivo na Arena daqui a pouco será correr para a Cornucópia, catar uma espada e matar quantos forem até sobrarem só os carreiristas, depois iremos dividir os suprimentos e sairemos pra caçar. Geralmente a primeira dezena de mortos sai do banho de sangue e o resto os carreiristas caçam.

Não dá pra falar muito pra onde vamos primeiro já que eu nem tenho idéia de como vai ser a arena esse ano. Só espero que não seja um cenário apocalíptico ou um deserto. Pelas roupas já percebo que não vai ser algo cheio de água ou muito frio.

“Sete minutos” Fala uma voz metálica.

- Vamos lá, Cato. – me diz Mars.

Me demoro a levantar, parece que minhas pernas endureceram mas com algum esforço nós vamos até a outra parte do curral. Um grande tubo contém uma plataforma na qual vou ser içado para a Arena, uma arara num canto contém um casaco preto. Mars o pega e me ajuda a vestir.

- Sabe... sei que deve ser seu momento de concentração, mas quero te desejar boa sorte

- Obrigado.

- E dizer que... pra mim é uma honra dizer que fui sua estilista. – ela para. – Já vou começar a desenhar o terno para sua entrevista ok?

Fico confuso e ela logo sorri.

- Sua entrevista como vitorioso, garoto.

Eu rio.

- Eu quero um dos bons, ok?

- O que quiser.

Ela sobe o zíper do casaco e me olha. Seus olhos começam a se encher e talvez numa tentativa de esconder isso ela me abraça.

Mars nunca foi de firulas comigo como os outros estilistas, é claro que nunca foi rude também, mas agora o abraço dela me passa coragem e confiança.

 

“Dois minutos”

 

Entro no tubo e me viro para ela.

 

“Um minuto”

 

O cabelo amarelo de Mars é a ultima coisa que vejo e logo a escuridão me engole para logo depois de uns dez segundos a luz me cegar. Sinto o vento quente e umido e então ouço a voz de Claudius Templesmith.

 

“Senhoras e senhores, bem vindos a septuagésima quinta edição dos Jogos Vorazes”

 

Olho ao redor e vejo arvores altas: A Arena é uma floresta.


Notas Finais


Preparados para a arena?? To curtindo porque to vendo que a fic já tem uma boa quantidade de leitores fiéis e isso me impulsiona muito. Mereço comentários? Beijos!


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