História Mistery 6: Meu Diario - Prologo

“Fechar os olhos quando for dormi é bom, alias de qual forma pode descansar o corpo sem fechar os olhos?”

“Pode... à como dormi de olhos abertos, eu durmo algumas vezes”.

“Tem outras vezes que não durmo, são noites em claro”.

“Motivos? Simples, apenas que ela me persegue, a família dela”.

“Não tive nenhuma namorada que esteja no meu pé, se é isso o que está pensando, se sequer beijei uma garota beijei”.

“Tem coisas que dar mais medo do que um homem armado é uma criança com uma faca na mão morta”.

“Esse é meu medo!”

“Ela não vem quando está à luz do dia, vem no escuro, quando não posso gritar, quando não tenho pra onde corre”.

“Quando durmo de olhos abertos, tenho muito medo, mais medo, por que não posso dizer pra mim mesmo ‘É só um pesadelo, quando abrir os olhos vai acabar tudo’”.

“Mas tenho medo de fechar os olhos e não abri-los por causa da menina”.

“Mas fechar os olhos e não ter hora para abri-los é ainda melhor”.

“Mas minha vida não é as 7 maravilhas... e a culpa é dela... da morta”.

“Acho que é só por hoje, meu querido diário”.

3 anos antes!

Estava com 13 anos e voltava pra escola com o meu primo, Kim Heechul, e meu irmão, Kim JongJin. Morávamos perto da escola, além que Heechul tenha 15 anos e tem idade suficiente em ir sozinho pra escola ele leva os primos.

Meu irmão tem 11 anos, temos uma diferença de 2 anos.

Sempre que dava pra minha mãe nos buscar ela buscava, mas justo hoje ela não pode.

-Olha meninos, vocês vão pra casa daqui – Heechul para meu irmão e eu no meio do caminho – vou sair com uns amigos.

-O que? A mamãe e a titia vai te matar! – JongJin dispara pra cima do primo.

-Calado moleque – Heechul fala ríspido, ele é assustador, palavras do meu irmão – Yesung tem idade o suficiente pra ir pra casa sozinho e te levar junto, também, vocês já estão perto de casa, agora vão.

-Ver se não leva bronca hyung – falei pra ele, certo que eu sou bem cuidadoso com minha família.

-Obrigado, vou ficar olhando pra vocês daqui – Heechul fala num tom mais baixo.

Batia um vento gelado, não esperava por isso. Também não tinha reparado na chuva que cairia. Acelero o passo, fazendo que JongJin corresse gritando, não entendi o por que.

Olhei pra trás e vi que havia um homem de mato preto, nos olhando. O encarei. Não sou medroso como meu irmão e primo.

-Vai pra casa Yesung!!! Agora! – escuto a voz de Heechul de longe, ele parecia incompreendido, furioso e preocupado.

Yesung é meu apelido dado por minha mãe quando tinha 5 anos, quando cantava no banho ela deu esse apelido pra mim, significa que é a voz mais bela. Mamãe fala que sou como um gato, confiante, fofo, bonito, passos lentos... poderia fazer tudo o que eu quisesse.

Com isso eu tenho uma auto confiança podendo me matar as vezes.

-Tome garoto – a voz do homem de mato preto se aproxima de mim, sem olhar nos meus olhos, sendo que estão tampados por um óculos. Ele me entrega uma caixa.

-O que é isso? – um presente de uma amiga.

-Não tenho amiga – vamos dizer que não sou um posso de educação e nem lá de sincero.

-Não minta pra mim, mesmo que eu admire sua coragem por ainda não ter morrido – ele fala sorrindo.

-Quem é você? – pergunto.

Os ventos gélidos estão mais fortes, balançando meus cabelos, meu uniforme também.

-Sou o mensageiro da morte, criança – ele responde com um sorriso maligno.

-Não, a morte se entrega sozinha – o corrijo – agora vou pra casa, se não gosta do presente, eu vou queima-lo.

 Falo frio e não esperando nada vinda dele, eu pego a caixa com as minhas duas pequenas mãos e vou em direção da minha casa.