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História More Than This - Dois lados.


Escrita por: Peace

Notas do Autor


Boa noite \õ/ Tô tão orgulhosa de mim, postei três vezes em uma semana só *O* Calma, ainda tô tentando decidir o título... Povs do Harry \õ/
Ficou horrível u-u
Espero que gostem do capítulo e não sei mais o que dizer auhsuahs. Espero que gostem amores, boa leitura :*

Capítulo 72 - Dois lados.


Acordei cedo, deviam ser quatro e meia da manhã. Tive um pesadelo. Não lembro muito bem como foi, mas lembro que foi triste e eu estava sozinha.
Rolei pra um lado, rolei para o outro e nada do sono vir. Não era isso o que eu esperava já que minha madrugada se resumiu em choro e malas para arrumar, roupas para escolher e o processo cansativo de: escolhe, tira do cabide, dobra, põe na mala.
 Meu voo está marcado para 7:30 da manhã. Toda minha bagagem está na sala ao pé da porta, não há como me atrasar ou esquecer algo. Meu plano original era acordar às seis horas, me arrumar e já sair de casa às 6:30, mas se eu não consigo dormir, o que irei fazer até as seis?
 Não posso simplesmente ficar deitada aqui, irei me lembrar de tudo o que aconteceu na noite passada, e depois de tanto chorar até ser vencida pelo cansaço, sinceramente não quero mais deixar lágrimas rolarem.

Zanzei pelo apartamento meio que sem saber o que fazer. Por fim parei no banheiro, antecipando o banho.

Um dos meus planos para hoje, era tomar café no aeroporto para não correr o risco de me atrasar, mas agora acho que posso muito bem fazer isso em casa sem pressa alguma.

 Estou ansiosa para retornar a minha cidade natal, para ver minha mãe, meus amigos e até mesmo meus irmãos que irão passar o natal conosco. Matheus, Megan e Karen, não os vejo desde que papai se foi.
 Não sei se as coisas estarão do mesmo jeito que eu deixei quando me mudei para cá. Talvez mamãe tenha entrado no meu quarto e fuxicado minhas coisas. Talvez não.
  Talvez Gabriela e Juliana tenham tomado o rumo certo na vida e tenham parado de frequentar tantas boates e beber tanto ao ponto de quase entrar em um coma alcoólico. Acho que Gabriela deve estar realizando o seu sonho e já esteja fazendo algum tipo de curso de estilista ou então esteja fazendo teatro, investindo em seu sonho de ser atriz. Tenho quase certeza de que Juliana entrou na faculdade e está cursando direito, mesmo que o seu sonho fosse medicina, embora ela não tenha estomago para ver alguém sangrar.
Espero que Luan esteja bem, vivendo uma vida feliz. Não guardei magoas ou rancor em relação ao que ele fez comigo, não mesmo, pra mim são águas passadas, mas espero que ele nunca tenha feito nenhuma outra garota ter passado por aquilo.

Tomei um copo de café com leite e comi pão com queijo. Ainda são 5:25 da manhã, parece que a hora está se arrastando.

Lavei a louça e coloquei tudo em ordem e subi correndo para o meu quarto, para me arrumar.

*
Eram exatamente 6h da manhã quando eu peguei minha mala, minha mochila e uma bolsa de mão e sai do apartamento. Me atrapalhei com todo aquele peso na hora de trancar a porta. Dei uns três passos para trás e fiquei ali por alguns míseros segundos fitando a porta do apartamento do Styles. Eu sentia algo estranho, como se ele estivesse atrás daquela porta me olhando pelo olho mágico.

Besteira.

Depois de tudo que foi dito ontem, tenho certeza de que ele não perderia tempo com isso. Tudo o que ele disse ontem...

Meus olhos ficaram marejados. Respirei fundo, peguei minha bagagem e fui para o aeroporto.

*

  - Você está bem? – minha tia me perguntou quando me viu chegando na sala de embarque. Ela parecia preocupada.

  - Estou ótima – menti descarada.

Não, não estou ótima. Estou com as palavras do Harry ecoando na minha cabeça desde a maldita hora que eu saí de casa para vir para cá. Essa é a verdade.

  - Chegou cedo... Vai ir comer algo? – perguntou.

  - Não, já comi em casa.

Sentamos e esperamos a hora para embarcarmos no avião. Minha tia tentava tranquilizar Wilmer que estava com medo de entrar no avião. Não que essa seja a primeira vez dele dentro de um, não mesmo, mas ele entra em pânico toda vez que tem que voar em um.

Todo o tempo em que fiquei ali, não conseguia parar de me machucar: lembrava-me das palavras ditas por Harry na noite passada e ao mesmo tempo me lembrava de todos os bons momentos que vive com ele. Era como se fosse um filme, os bons momentos eram as cenas, e o áudio eram as palavras dolorosas ditas por ele na noite passada.
Por mais doloroso que aquilo tenha sido, por mais durona que eu tenha tentado ser, eu não posso negar que a cada segundo que se passava eu o imaginava atravessando o portão da sala de embarque correndo e pedindo para que eu ficasse, dizendo o quão arrependido estava e declarando o seu amor por mim. Porém isso não aconteceu. Aliás, acho que essas coisas só acontecem em filmes.

Não estou disposta a perdoa-lo, mas seria ótimo vê-lo rastejando por mim, implorando meu perdão. Ah sim, séria ótimo!


Me lembrei de Zayn, havia pensado em dar uma explicação para ele ontem, dizer que viajarei  para o Brasil e que voltarei alguns dias depois das festas de fim de ano, mas agora, acho que ele não merece explicação alguma. Mas também não fico com raiva dele. Perrie deveria ficar, afinal ela é a namorada dele, e eu só mais uma com que ele transou. Mas tenho quase certeza que a coitada nem tem ideia do ocorrido.
Ele não me traiu, ele traiu ela, já que quando estávamos ficando, eles ainda estavam namorando, e agora tudo se encaixa perfeitamente bem! Ele não queria ser visto sozinho comigo para que não houvessem suspeitas, então carregava o Harry para tentar disfarçar.

Como eu fui burra! Eu nunca pensei nisso, nunca havia chegado a essa conclusão! Burra!

Talvez as coisas com o Zayn não mudem muito. Eu deveria ter me lembrado de Perrie, no primeiro momento em que fiquei com ele, mas eu só pensei em curtir o momento.

Meu voo foi anunciado pela primeira vez, minha tia não queria embarcar agora, preferia esperar até o segundo anuncio, sabemos que irá demorar até o segundo, mas ela disse que é melhor do que ficar lá dentro sem fazer nada.

Embarcamos porque eu fiz birra e fiquei de cara feia.

*

Minha tia e Wilmer sentaram-se juntos e eu fiquei bem atrás deles, sozinha. Mas eu queria realmente ficar sozinha, preciso pensar.

Não sei por onde começar, eu tenho medo de tentar retomar qualquer lembrança da noite passada e acabar me desmanchando na frente dessas pessoas que já estão ocupando seus lugares nos assentos do avião. Estou sendo o mais cautelosa o possível, estou até contando de um à um milhão, apenas pra tentar manter minha mente ocupada e não me lembrar de absolutamente nada.

*

Assentos ocupados, avião lotado, eu continuo sozinha, agora no escuro. As luzes foram apagadas para que os passageiros possam dormir, afinal ainda é cedo. Uma luz de leitura ou outra estava acesa, e essa era a única iluminação que se tem aqui, que de qualquer forma não faz diferença.

E foi ai que eu perdi o fio da meada, o escuro só piorou tudo pois é vazio e é assim que eu me sinto, vazia. Sou refém de mim mesma, das minhas lembranças que estão a me atormentar. Tanta coisa foi dita, eu disse coisas que não queria dizer, eu desabafei e cuspi na cara dele tudo o que sentia, tudo o que guardada aqui dentro, tudo o que me consumia aos poucos. Ele mereceu. Mas as palavras que ele ateou para mim me consumiram mais que fogo em palha seca, elas me destruíram. Nem o tapa que eu dei em seu rosto, ou o quão dolorida minha mão ficou depois de ter praticado tal ato, doeram mais do que as palavras dele. Ah sim, as palavras dele foram mais dolorosas que qualquer agressão física.
Agora eu sei que aos olhos dele não passo de uma vadia fácil. Faz um tempo que as coisas não vem sendo fáceis na minha vida, mas quando eu encontrei Harry, achei que havia encontrado a luz no fim do túnel. Mas foi decepcionante porque quando cheguei no fim do túnel, tive que pagar a conta da luz.
 Eu confiei, amei, me entreguei para ele, de corpo e alma, fiz o que nunca havia feito por ninguém, fui feliz como nunca depois de tanto tempo e no final, bom, no final eu acabei pior do que estava antes. Essa ida para o Brasil está sendo-me um benefício, assim como quando vim para Londres e consequentemente escapei de toda aquela coisa ruim que estava acontecendo na minha vida. Agora está sendo praticamente acontecendo a mesma coisa, só que trilhões de vezes pior.

Povs Harry

Acordei com uma barulheira vinda do apartamento do lado. Pensei em levantar para ver o que era, mas não queria olhar para ela.
Ela disse palavras duras, mas eu sei que o que eu disse foi muito mais doloroso, eu me exaltei. Foi errado, eu não queria brigar com ela, se eu pudesse voltar atrás desfazia aquilo tudo. Como foi que as coisas chegaram àquele ponto? Como eu pude magoá-la? Eu nunca havia pensado daquele jeito, nunca havia pensado o quão doloroso pode ter sido para ela enfrentar a nossa separação. A noite poderia ter terminado de forma diferente, poderia ter terminado com nós dois felizes na cama... e dessa vez eu não a deixaria escapar tão facilmente.  
Eu largaria a Taylor para voltar com ela. Ela estava certa, ainda me têm em suas mãos e só bastaria um estalar de dedos para que eu voltasse. Pena que eu percebi isso tarde demais, pena que eu só percebi isso depois de magoá-la na noite passada.

Talvez eu deva ir na casa dela agora mesmo e pedir desculpas, não só pelo que falei ontem à noite, mas por tudo o que eu fiz. Talvez eu deva levar flores e deva contar que dormi no sofá.
Por que eu falaria que dormi no sofá? Isso é o de menos agora. Talvez seja o nervosismo, ou, a idiotice costumeira dando as caras.

Não sei bem com que cara olhar para ela daqui pra frente, mas sei que não preciso me preocupar com isso já que ela nunca mais vai querer olhar na minha... vai ser difícil.

Algum tempo depois, não sei quanto precisamente, houveram três batidas na porta. Eu não queria levantar para atender. Será que é ela? Mas talvez eu deva...

  - Oi docinho – Taylor enroscou os braços ao redor de meu pescoço e me beijou.

  - Oi – respondi me afastando.

  - Você está bem? – perguntou preocupada.

  - Estou.

  - Querido, você está estranho há um tempo – observou.

  - Você acha?

  - Acho. Talvez faça duas semanas que você não é o mesmo... você ainda me ama?

Eu não sei.

  - Claro que eu te amo.

Os olhos dela brilharam.

  - Você sabe que eu estou voltando para casa hoje à noite...

  - Sei – respondi.

  - Mesmo que não passemos o natal juntos, ainda temos a nossa virada de ano juntos e a viajem no primeiro dia do ano – ela lembrou.

  - É.

  - Também vai ser bom que eu vá para casa hoje, você irá passar o natal com a sua família, eu com a minha. E eu vou poder arrumar minhas malas para a viagem...

Emiti um som de concordância.

  - Nós temos poucas horas antes que eu viaje e só volte dia 31... – aproximou-se de mim. Tirou o casaco que estava vestindo e empurrou a alça da blusa para baixo.

Eu não quero.

  - Nos damos tão certos juntos – ela sussurrou em meu ouvido. – Você é tudo o que eu preciso, agora. – Seus lábios roçaram em meu pescoço. – Ponha suas mãos em mim, Harry. Me toque – suplicou arranhando de leve minha nuca.

Permaneci estático.

Ela percebeu minha falta de interesse e se afastou rapidamente.

  - Harry, faz umas duas semanas que você está agindo de forma estranha e quatro dias que não transamos. Está acontecendo algo que eu não saiba? – perguntou cruzando os braços.

  - Não.

  - Você não tem mais interesse em mim? É isso? É isso, não é?

  - Não é isso, só está muito cedo para transarmos.

  - Mas é o único tempo que nos resta juntos.

  - Desculpe-me, estou sem vontade.

  - Tudo bem, eu entendo – ela respondeu e ajeitou a alça da blusa, logo depois colocou o casaco. – Talvez seja melhor eu ir...

  - Eu te levo até a porta. Quer dizer, está cedo – acabei emendando a última coisa apenas porque não queria ser grosso e magoá-la.

  - É. Eu já vou – respondeu fria.

Suspirei e segui-a até a porta.

  - Nos vemos dia 31? – perguntou.

Assenti.

  - Mal posso esperar – toda contente beijou-me.

*

Eu queria ficar deitado nesse sofá pelo resto da minha vida, porque ele me traz lembranças da minha última noite feliz com ela, Kath.

Peguei a revista, cuja ela era capa. Ah Katherine, o que foi que eu fiz com você? Você parece tão diferente, tão mudada, tão mais madura... Eu estivesse confuso por tanto tempo e agora posso aos poucos enxergar a verdade que meus olhos se recusavam a ver: Eu te amo.
Queria ter sido homem o suficiente, corajoso o suficiente pra naquele dia seguinte ao da nossa última vez, ter podido tentar reconquistá-la novamente. Mas como eu sou um idiota apenas soltei um “Só quero a sua amizade, estou feliz com a Taylor”. Talvez se ela não estivesse de rolo com o Zayn... Talvez se o Zayn não estivesse tanto curtindo ficar com ela...
Isso tudo é culpa minha. Ah Katherine, te olho agora nessa revista e você se parece tão diferente, ainda é a garota pela qual me apaixonei, e agora estou vendo que ainda amo, mas parece que você nunca mais vai querer trocar uma única palavra sequer comigo.

Uma ideia um pouco estupida surgiu na minha cabeça: Mexer nas configurações do meu celular e colocar para o meu número aparecer restrito. Com isso feito, eu ligaria para ela. Preciso tanto ouvir o som de sua voz.

Tentei ligar para ela, porém, seu celular estava desligado. Decidi ir em sua casa.

 


Notas Finais


Eaeee, o que acharam amores? Espero que tenham gostado e que não tenham achado que ficou tão merda (como eu achei que fiquei)
Gente, os comentários de vocês são tão lindos, eu já disse isso antes? *O*
Enfim, espero que tenham gostado, me digam o que acharam e se tiverem sugestões podem dar. E é isso. Beijinhos :* e até a próxima bears <33


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