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História More Than This - Londres


Escrita por: Peace

Notas do Autor


Hello beeeaaaaaaaaaaars \o/ Hoje é o aniversário do nosso cupcake lindo, ele cresceu tão rápido :') Eu achei esse capítulo meio chatinho... Poreeem o próximo irá compensar muahahaha, porque no próximo as pessoas que vocês tanto estão esperando irão aparecer \o/ Obs: Eu vou postar esse capítulo ainda hoje *o* Todo mundo feliz agora? Não? Não? Ah então ta bom. E esse é o último capítulo chato que tem por aqui \o/ Eu espero que vocês gostem do capítulo, e me digam o que acharam, ok? Pelo menos o capítulo é grande e eu não sei se isso é bom auhsasuh' Bom beijiinhos e até a daqui a pouquinho :*

Capítulo 7 - Londres


- Kath, acorde, nós já chegamos – quando abri meus olhos, vi a claridade das luzes artificiais, vinda do lado de fora, pela janelinha do avião. O céu ainda estava escuro.

As pessoas já se dirigiam à porta de saída.
  
 Levantei-me, meio desnorteada e com dor de ouvido. Droga, porque o avião tem que dar tanta dor de ouvido?

    Dentro do aeroporto estava um caos.
 As pessoas gritavam desesperadas e felizes, assim que reconheciam seus parentes saindo do avião.
Minha tia e eu fomos direto pegar nossas bagagens, e dois homens que aparentemente conheciam minha tia, nos ajudaram já que eu levei seis malas. 

Quando saímos, havia um carro esperando por nós.

    Mesmo de madrugada, Londres é estonteante. Tive que vestir minha jaqueta, pois estava fazendo bastante frio. Frio a ponto de fazer meus dentes baterem. Tia Alicia me disse que eu assim, porque meu corpo estava costumado ao clima tropical do Brasil, mas logo me adaptaria a temperatura local. Esperava que ela estivesse certa.

Mesmo que tenha dormido a viagem inteira, ainda me sentia cansada. 

  Enquanto nos dirigimos para a casa de minha tia, deslumbrei-me com Londres adormecida, pela janela do carro. É madrugada, mas há pessoas nas ruas. Luzes brilhantes para todos os lados. Vida.
 
 Não demoramos muito para chegar a um prédio, que mais se parecia com um aranha céu, de tão alto. 

  - Hoje, bem cedo, lá pelas 10h da manhã, eu precisarei usar o carro, tudo bem? – minha tia falou com o motorista, assim que adentramos a garagem.

  - Sim, madame. O tanque já está abastecido. – respondeu sorridente.

  - Katherine, hoje à noite nós iremos a uma festa. Uma garota vai fazer uma festa de 16 anos e ela contratou a banda. E sabe quem estará lá? A One Direction – ela disse sorridente, como se aquilo que ela disse fosse capaz de me fazer feliz.

  - Eu não sei quem são esses, tia – respondi indiferente.

  - One Direction, eles participaram de um programa de TV ano retrasado... Não sabe quem são? – ela perguntou surpresa, enquanto entravamos no elevador.

  - Não.
 
 - O que você escuta? – ela perguntou querendo me entender
 
 - Pop – respondi casualmente, não querendo prosseguir com o assunto.

  - É exatamente o que eles cantam. Talvez não tenha estourado no Brasil ainda.

  - É... Talvez – suspiro.

********

  O apartamento dela é deslumbrante. Imenso. Ótimo para fazer uma festa daquelas... O que nunca deve ter sido feito aqui...

 Ela guiou-me pelo apartamento escuro, acendendo as luzes por onde passávamos.
Mostrou-me onde ficava cada cômodo.
  Havia até uma sala de jogos, com Playstation, Nintendo, Xbox com Kinect e toda a parafernália que os adolescentes, ou pessoas viciadas em vídeo games, gostam. 

  Logo ela me mostra o quarto aonde iria me hospedar. Não pude resistir; fiquei encantada! A cama era de casal, imensa! Cabiam pelo menos, umas quatro pessoas na cama, e se espremesse mais um pouco, aposto que caberiam cinco.
A parede atrás da cama era de cor roxa, em seu tom mais puro. As outras paredes eram brancas na parte de cima e laranja na parte debaixo, com um belo rodapé de madeira. O quarto era do tamanho da sala da minha antiga casa. Só o closet ocupava uma parede inteira, a porta do mesmo era toda espelhada. Quinze pessoas, talvez menos, conseguiriam se olhar naquele espelho, se todos ficassem lado a lado.

  Trouxe seis malas imensas, que quase não fecharam, e sei não vão ocupar nem a metade do espaço do closet. Havia uma mesinha com um computador em cima, impressora e tudo mais. Uma grande TV ficava na parede de frente para minha cama.
A tapeçaria parecia ter sido feita a mão.
Havia duas portas brancas de vidro com um espaço aberto lá fora. A minha tia acompanhou o meu olhar.

  - É  a sua varanda, quer dar uma olhada? – fiz que sim e fui até lá. Eu não tive coragem de olhar para baixo. Era muito alto. Sentia como se estivesse no alto de uma montanha. Alto demais...
  Por um momento me senti a Rapunzel. Eu era a garota presa no alto de uma torre, que apenas tinha o simples desejo de voltar para o Brasil. Meio contraditório. As últimas horas em que passei no Brasil só me fizera querer sair do país, agora sinto falta dele.

  Daqui de cima, eu podia ver uma grande parte de Londres adormecida, mas ainda assim encantadora. Estava frio, então decidi voltar para o quarto. 

  - Se a claridade a incomodar, você pode usar essa cortina – ela disse puxando uma cortina de cor cinza, com um tecido grosso que não deixava a claridade vinda do lado de fora entrar – Chama-se blackout... Agora vou te deixar sozinha, se precisar de qualquer coisa é só me chamar. Estarei na sala – disse fechando a porta. 

  Todas as minhas malas estavam perto da porta, mas de jeito nenhum eu irei desfazê-las agora. Sei que dormi a viagem inteira, porem estou exausta como se tivesse permanecido acordada.
 
  Procuro na mala qualquer coisa que eu possa usar para dormir.
Não achando o meu pijama, pego uma calça moletom mesmo e uma camiseta puída do Mickey.
Vou para o banheiro que fica do lado do gigantesco closet. O banheiro também é grande. Com um espelho imenso em cima da bancada de mármore, paredes cor de creme, chão branco, e latrina cinza, os outros detalhes são prateados.
Vim com boa condição financeira, mas o banheiro da minha antiga casa não pode ser nem comparado a este. Parece banheiro de revista de decoração.

 Espera ai. Eu estou mesmo falando sobre banheiros?  Londres está me deixando louca.

Encaro meu reflexo no espelho. Prendo o meu cabelo em um coque, vejo as marcas de chupões escondidos sobre as camadas de maquiagem.

 O nojo de mim mesma volta com a mesma intensidade do primeiro dia.

Estremeço.

 Decido ignorar enquanto retiro a maquiagem.
   
Fico um bom tempo debaixo do imenso chuveiro, aproveitando a água quente.

  O frio da madrugada londrina é gélido, mas de qualquer modo, não me impede de ligar o ar condicionado. Estou acostumada com o zumbido do aparelho.

Deito-me na imensa cama e me sinto solitária. É tudo grande demais para uma pessoa ficar tão sozinha.

*****

  - Katherine, querida, acorde. Vamos ao shopping – Tia Alicia me sacude levemente enquanto eu despertava aos poucos – vou deixar você se arrumar. 

  Sentei-me na cama, esfregando os olhos enquanto bocejava.

   Me levanto desnorteada, estranhando o quarto. Onde eu estou? O meu cérebro pela manhã trabalha no ritmo de uma lesma.

Aos poucos vou começando a perceber, com tristeza onde estou. 
 
Vou cambaleante até as portas de vidro, a fim abri-las para o ar circular no quarto. Removo a cortina da frente, empurrando-a para o lado enquanto os raios de sol adentravam o recinto, fazendo o quarto clarear, depositando um clarão amarelado no piso branco.

 Meus olhos se fecham instantaneamente, ainda não adaptados à claridade.

 Mesmo com o sol ali presente, uma lufada de ar gélido invade o quarto, fazendo-me tremer.

Quando vou procurar minhas malas perto da porta, querendo encontrar algo para usar, percebo que elas não estão mais lá... Estranho.

  Abro o closet pela primeira vez, e lá estão elas. Não ocuparam nem a metade do closet, como eu havia presumido. 
  
Peguei a primeira coisa que vi pela frente. Tomei um banho rápido, depois de fazer minha higiene matinal.

Vesti-me às pressas e fiz um rabo de cavalo, mas logo desisti e deixei o cabelo solto. Gastei uma grande quantidade de maquiagem nos chupões. 

  - A Dona Ally arrumou suas coisas no closet. Ela é nossa governanta – disse minha tia quando cheguei à sala.

  A senhorinha com cabelos loiros, meio grisalhos, e olhos azuis disse algo em inglês.
 Parei um instante para pensar e fui obrigada a pedir que ela repetisse. Não consegui acompanhar o que ela havia dito. Até agora, desde quem cheguei ao país, minha tia só havia falado comigo em português, e quando ouvi àquela senhora falando em inglês, me enrolei um pouco. 

  - Bom dia senhorita Jowett, meu nome é Ally. Deseja alguma coisa? – ela repetiu e agora eu entendi.

  - Não obrigada. – respondi simpática e ela me retribuiu um sorriso.

  - Podemos ir? – perguntou minha tia, pegando o celular em cima da mesinha de centro.

  -  Podemos – respondi indo em direção à porta.
  
Já no carro, pedi para que conversássemos em inglês para que eu pudesse treinar. Se eu ia morar aqui, tinha que ser fluente na língua nativa. 

    Já no shopping, nós tomamos nosso café da manhã. 

Minha tia estava com pressa e era objetiva. Não andou pelo shopping inteiro atrás de nossos vestidos, seguiu para uma loja especifica. Nada naquela loja agradou-me.

  - Aqui antigamente vendia uns vestidos que eram até bonitinhos – ela sussurrou para mim. 
 
 - Eu não gostei de nada daqui. – disse sinceramente.
 
 - Nem eu – ela me respondeu, puxando-me para fora da loja.

Não demorei a avistar um vestido cinza, lindo, em uma vitrine. Ok, não era tão lindo assim, mas dava para o gasto. Tinha manga comprida e cobria bem o colo, o que seria ótimo para esconder as marcas. E iria combinar, com certeza, com os meus sapatos.

  - Aquele – eu disse apontando para a vitrine, para que a minha tia pudesse vê-lo.
 
 - Ah... – Ela avaliou por um momento – Gostei.

Nós entramos na loja, e eu dei mais uma olhadela no vestido.
 Sim este seria perfeito, e o preço também era bem acessível, já que eu não queria gastar tanto dinheiro assim. Minha tia encontrou um belo vestido dourado, em um manequim perto dos provadores. Ótimo, já tínhamos nossos vestidos.
 
  - Agora já podemos ir? Eu ainda não vi as meninas e preciso verificar o figurino delas, ver quais as músicas que a aniversariante escolheu e ver se as meninas ensaiaram. Também preciso ver se todo o equipamento já foi para o salão da festa – Ela respirou fundo, claramente cansada só de pensar. – Vou te deixar em casa, e se você quiser, tem um salão no final da rua a leste. Se você quiser, pode ir lá fazer o seu cabelo para ir à festa...
 
 - Tudo bem – respondi sorridente. Tudo bem, irei ficar sozinha em casa, pensei.

Depois de chegar em casa, percebi que não havia nada a fazer. Pensei em ligar o computador... Não, computador não... Televisão talvez? Também não...

 Droga! Não há nada para se fazer nesse lugar?

 Comecei a andar sem rumo pela casa. Dona Ally perguntou se eu queria algo, respondi que estava com fome.

Fico na cozinha observando a preparar uma omelete para mim. Depois de ter comido, volto à minha excursão pelo apartamento.

Encontrei uma sala toda equipada com instrumentos e achei um violão azul.

Ahhh... Quanto tempo faz que eu não toco violão?

  Tiro o violão do apoio de onde ele estava e sigo rumo à varanda de meu quarto, sentando em um dos grandes puffs que estavam ali. Tento tocar Califórnia King Bed, da Rihanna, mas a minha unha esta grande demais e atrapalha, elas batem nas cordas e provocam um som irritante quando tento fazer alguma nota. Guardo o violão.

 Realmente, não há nada para fazer.

Volto para o quarto, e o relógio da cômoda me mostra que são 14h45min.
Sinto meu celular vibrar em meu bolso. Uma mensagem de Juliana:    

      Amiga, onde você está? Estou com saudades... Soube de umas coisas da noite de sábado... Você nem me contou nada, não é mesmo? Estou arrasada por você, aquele garoto é ridículo, amiga. Não liga para ele. Babacas assim não merecem sua atenção. Me liga assim que possível.

   Ligo para ela, mas o número cai na caixa postal.
  
  Fico deitada por um tempo, tentando cochilar, mas depois de tanto dormir, sinto como se estivesse ligada do 220.
Lembro que minha tia havia dito sobre um salão no final da rua.

Pego minhas chaves e a capa de chuva e

  - Aonde tem um guarda chuva por aqui? – Pergunto a dona Ally, que estava aspirando o tapete da sala.

  - Só um segundo – ela desaparece no corredor e volta alguns segundos depois, me entregando o que fora pedido.

 Saio rumo ao salão.

 A vontade de estar no Brasil me domina. Neste momento lá deve estar com o céu azul, livre de nuvens, e um sol tão quente que o asfalto devia estar a ponto de pegar fogo. Ou talvez lá o sol ainda não estivesse tão forte a esse ponto... Ou estava?  Arg, fuso horário!
 
    Cheguei ao salão e fui direto falar com a recepcionista.

  - Olá, boa tarde, quero fazer as unhas e o cabelo, tem horário? – será que é assim que se fala aqui?

  - Final do corredor – a mulher com cabelos loiros me indica um corredor atrás de mim.


  - Olá querida, meu nome é Léo o que deseja? – perguntou um homem supersimpático.

  - Fazer as unhas e preciso de um penteado – respondi objetiva.

  - Penteado para casamento, festinha, o que? – perguntou gesticulando, sorria como o gatinho da Alice.

  - Festa de aniversário, 16 anos – respondi tentando parecer simpática.

  - Ótimo, querida. Podemos lavá-lo? – eu aquiesci com a cabeça. 

  Depois de todo o procedimento de lavagem, ele resolveu fazer uma hidratação no meu cabelo, enquanto quatro mulheres vinham fazer minhas unhas.

Uma em cada mão e pé.

Por um momento, me senti uma perua. Não pude deixar de me imaginar como aquelas patricinhas dos filmes de Hollywood.
 Mesmo com uma boa condição financeira, sempre fui simples. Sempre fiz minhas próprias unhas, mas queria arriscar fazer alguma besteira na unha, logo hoje que eu as queria bonitas para ir à festa.
  
    Conversei bastante com o Léo, que se mostrou ser um amor. Sim, ele era homo e uma das melhores pessoas que já conheci.

Demorou um bocado, mas quando terminou, eu estava impecável. Léo encheu meu cabelo de cachos nas pontas e prendeu-o, fazendo um topete como o da Amy Winehouse, porem numa versão bem, bem menor.

  Voltei para casa e tomei um banho rápido, tomando o maior cuidado possível com meu cabelo, para que nem um fio saísse de seu devido lugar.

Coloquei o vestido e o salto, enquanto andava de um lado para o outro, me olhando no espelho.
Procurei algum cordão que combinasse, alguns anéis, e meu brinco de perola.
Pus a minha maquiagem na bancada do banheiro e maquiei-me de forma simples. Nada muito exagerado. Fiz um esfumado nos olhos, caprichei no rímel, passei o blush cor bronze e um batom nude meio rosado.

 Depois de pronta, decidi pegar uma bolsa de mão. Não queria levar celular e as chaves na mão. Não mesmo.

  Me olhei no espelho pela ultima vez, certificando-me de que tudo estava em seu devido lugar.
  Tia Alicia já estava à minha espera na sala. Não deixo de ficar deslumbrada com ela. Uma bela de uma loira, oxigenada, estava estonteante até dizer chega. Alguém precisa ensinar limites a ela.

  - Vamos lá, finalmente você vai conhecer os meninos da One Direction – ela sorri – Você só tem 17 anos e é tão mal informada – ela brinca.

Me faço de ofendida e ela ri.

Seguimos para a festa.


Notas Finais


Não sejam leitores fantasmas, afinal, eu não mordo u.u


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