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História More Than This - Se adaptar a mim.


Escrita por: Peace

Notas do Autor


Boa noite gente linda \õ/ Deem meus parabéns a seus pais :3 Eu ia postar mais cedo, mas passei o meu dia com o meu pai :3 Então é isso auhsuahs' ACIMA DE TUDO TENHO QUE SUPER AGRADECER A whynotlarry (é o user do tt dela, eu esqueci de perguntar se ela tem conta no a.s auhsuhas) PELO CAPÍTULO. Então muito obrigada meeeeeesmo! O cap. tá um pouquinho grande sabe... mas tá legal aushuhas' Bom, espero que vocês gostem e boa leitura :*

Capítulo 63 - Se adaptar a mim.


  Me senti péssima, via nos olhos da minha tia que ela estava se sentindo traída, eu me sentia cada vez mais traindo ela. Sangue frio, eu deveria agir com sangue frio, mas, não consegui, apenas abracei-a de um modo que já não fazia mais a um bom tempo. Já estávamos sozinhas na sala, pedi para que Eleanor esperasse na sala.

Me afastei de minha tia e olhei-a com receio. 

   -Tia, eu preciso conversar serio com você  –  comecei.

Ela assentiu com a cabeça esperando que eu começasse.

  - Vamos Katherine  –  Eleanor gritou impaciente na sala.

Suspirei.

  - Quando eu chegar nós conversamos. –  Conclui sabendo que o quê eu tenho para conversar com ela será um assunto demorado. –  Me espere voltar, é sério, preciso conversar com você .

  Ela assentiu e continuou a me fitar com aquele olhar como se estivesse me culpando de algo, ou se culpando,  por umas coisa que seria boa para ela. 


  Corri até a sala, e Eleanor começou a falar mil coisas: tagarelou que iríamos nos atrasar, e que eu era enrolada demais...

*
  Chegamos na academia em menos de 10 minutos, e a primeira coisa que o instrutor nos falou, quebrando totalmente o costume inglês de ser convidativo, foi que estávamos erradas de irmos de carro.

 Eleanor seguiu  uma mulher que parecia ser uma colega dela. A moça que será minha Personal Trainer, uma mulher super malhada, fez uma avaliação em mim.

  - Tanto você quanto a sua amiga terão de me trazer um atestado médico comprovando que vocês são saudáveis e estão em condições para praticar atividades físicas – ela me falou logo após de anotar minhas medidas em uma prancheta.

*
 Não deviam ter feito nem 20 minutos que eu estava lá, e já me sentia exausta.

Às horas começaram a se arrastar, os segundos transformaram-se em minutos, e eu não tinha nem a tagarela da Eleanor pra me motivar ou me distrair.

  Depois de fazer uma hora de diversos exercícios em maquinas variadas, a minha personal trainer me disse que eu estava liberada.

Oh céus,  nunca senti tanta liberdade em toda a minha vida.

Eleanor ainda estava correndo na esteira. Fui até ela.

   - Como foi? –  Eleanor me perguntou descendo da esteira.


   - Cansativo  –  confessei.

Ela não me olhava, sua atenção estava presa bem atrás de mim. Seus olhos estavam fixos ali. Virei me para ver o que havia chamando sua atenção. Ela estava olhando para uma massa de homens sarados que estavam bem atrás de mim. Alguns deles levantando peso e conversando com os outros, eles interagiam entre si, e puts, eles são absurdamente gostosos!


   - Olha amiga, seu eu fosse você, com o Tomlinson daquele que você tem, não ficaria olhando para esses homens que não tem nada a oferecer, o Louis pelo menos entraria numa briga por você, ou com você – lembrei-a.

Olhei para ver qual seria sua reação: em se rosto brotou uma expressão ofendida. Chegava a ser cômico.


  - Não sei se eu quebro a sua cara por falar do meu homem e ficar esfregando as coisas na minha cara, ou se concordo com você por ter toda a razão sobre as qualidades dele – ela rebateu brincalhona.

 
 Comecei a rir alto e ela não se segurou, me acompanhou dando uma risada gostosa de se ouvir.

Quando passamos pela recepção para irmos embora, a recepcionista lembrou-nos de que deveríamos levar o atestado da próxima vez.
Seguimos para o estacionamento onde deixei meu carro.

  - Da próxima vez temos que nos lembrar de estacionar uma rua antes – Eleanor riu relembrando o sermão que levamos mais cedo.

  - Dá próxima vez nós iremos vir a pé.

  - Ah não, a pé não – ela choramingou entrando no carro.

 Deixei a em casa e pisei fundo no acelerador, seguindo para minha casa.

Eu preciso conversar com minha tia, isso é fato, é que não saberia como abordar o assunto, não sei como começar, nem como explicar o porquê.

Estacionei o carro na garagem e subi para meu andar.

 Respirei fundo três vezes, ainda do lado de fora do apartamento. Fiquei fitando a maçaneta da porta por alguns instantes enquanto repassava o discurso mental que havia preparado durante o trajeto de volta para cá.

Tomei coragem e abri a porta, adentrando na sala de estar.

  Minha tia fingia ver televisão enquanto me esperava. Hesitei um pouco, de duas uma, ou ela realmente não me viu chegando, ou fingiu não ver. Joguei as chaves sobre a mesinha de centro, na esperança de chamar a atenção dela. Funcionou. Sentei ao seu lado, respirei fundo e quando estava prestes a soltar tudo de uma vez só, ela quebrou o meu roteiro e tomou a palavra.


  - Minha querida, eu pensei muito sobre o que você quer conversar comigo, e já tenho uma opinião, quero saber de você, me conte o que você realmente quer e por quê quer – ela começou apreensiva.

Hesitei um pouco, minha voz ficou presa na garganta. Engoli em seco.

Era complicado explicar isso a ela. E não podia simplesmente soltar um "Tia eu só quero deixar você e o Wilmer transarem em paz".

Respirei fundo enchendo meus pulmões de modo que minha caixa torácica se expandisse de um modo que eu não achava que fosse possível. Tirei coragem de não onde e então despejei todo o meu discurso, planejado, para ela.

  - Tia, você está buscando sua felicidade, esta amando e isso é umas das melhores coisas do mundo  –  comecei meu discurso. Ela se ajeitou no sofá de modo que ficasse de frente para mim. Segurou minhas mãos e as apertou levemente. Considerei isso um encorajamento. –   Eu quero que você seja feliz, eu quero que você se case com o Wilmer e seja muito feliz. E eu não quero deixar de ser importante pra você, mas quero  que você tenha sua privacidade com seu marido, que vocês dois construam uma muralha dentro de um lar que é só de vocês. Eu não quero estar aqui e atrapalhar o espaço de vocês –  Percebi que minhas palavras estavam a emocionando quando vi algumas lagrimas começando a rolar por sua bochecha.


Não Katherine, você não vai chorar. Só dê a se mesma esse luxo quando terminar o que tem para dizer.

  - Vamos juntar o útil ao agradável, vocês proporcionam um para o outro um lar, e eu vou atrás de uma independência e maturidade da qual eu preciso. – continuei   –  Agradeço todos os dias por você ter me dado tudo o que eu precisava. Agradeço por mesmo que de forma indireta, tenha me feito fazer ótimos amigos, meus melhores amigos. Lógico que eu sinto saudade de minha mãe e meus irmãos, que sinto saudades da minha casa e do Brasil, mas isso aqui nunca foi tão... certo. Eu quero me mudar e me achar de novo, eu estou em uma situação muito difícil e nem parei pra pensar nisso. Só não quero ver em seus olhos um sentimento de reprovação. Não faço isso por ingratidão, muito menos por insatisfação. Tente me entender, faço isso com as melhores das intenções! 


Nunca me expus daquele jeito pra ela, nunca agradeci por ela me ajudar tanto. 

  - Minha pequena Kath, eu estou me sentindo muito orgulhosa de você. Muito obrigada por ver esse lado que nem eu tinha enxergado, e obrigada a você por estar aqui comigo. Eu entendo que você queira me dar espaço, mas você também quer seu espaço. Eu deixo você achar um apartamento pra você, você tem todo meu apoio. Você não vai deixar de ser minha sobrinha, e eu estou te dando mais um voto de confiança, eu quero que você tenha seu espaço mas com algumas condições e você já sabe quais são.


 Eu estava completamente pulando por dentro, sorrindo de orelha a orelha. Irei morar sozinha, melhor impossível.

Nos abraçamos e corri para um banho.


  Sentei em uma cadeira perto da janela enquanto penteava meus cabelos, e me bateu uma nostalgia, um medo, uma vontade súbita de correr para os braços fortes de Harry. Eu me senti vulnerável por um instante e me lembrei de como era ter seus braços protetores ao meu redor, me senti tão mal por ter feito sexo com Zayn. Mas não me arrependia, jamais, por mais irônico que fosse. Me sentia mal porquê ele é meu melhor amigo, e eu tenho medo de nossa amizade se esvair, de que ele mudasse depois. Então tomei a decisão de ligar para o Zayn. 

Abri a terceira gaveta da escrivaninha para procurar o carregador do meu celular, e lá estava uma camisa branca do Harry, levei-a ao rosto sentindo o cheiro dele.  Senti ardência em meus olhos, não chorava, só queria, parece que estava ali de propósito, só para eu me sentir nostálgica, só pra eu colocar a culpa em mim por perdê-lo, mas minha parte racional dizia que era ele o culpado, ele que brincou comigo, ele que me traiu. E por mais que eu saiba que a culpa é dele, as vezes culpo a mim mesma: talvez eu não tenha sido boa o suficiente para ele. Mas o que a minha parte racional diz é que na verdade ele é que não foi bom para mim. Eu sentia vontade de bater a minha cabeça por força na escrivaninha, só pelo fato de tê-lo em meus pensamentos.

 Limpei meu rosto e liguei para o Zayn, enquanto chamava comecei a rir da minha cara de pau de ligar pra ele depois de ontem, ele quem deveria me ligar e não o contrario. Nem percebi quando ele atendeu, estava morrendo de rir, levei o maior susto quando ele bem humorado perguntou:

Ligação on:

 
   - Kath, o quê é isso?

  - Ah desculpa, estava lembrando de umas coisas – Katherine sua cara de pau! Você vai desligar isso em 3,2...


  - Já está com saudades de mim? 


Toma Katherine, toma!
Eu ri sarcástica.

  - Não. Eu quero conversar com você, e preciso da sua ajuda.


  - Ih, qual a encrenca da vez? 

  - É uma coisa boa cara! – garanti.

  - Vindo de você? – perguntou zombeteiro.

  - Nossa você está muito engraçado hoje sabia? Dormiu com algum palhaço? – Inconsequente, isso que eu sou.

  -  Se você for uma palhaça, resposta certa  –  ele respondeu num tom sexy.


 Corei completamente.

   - Zayn  –  fiz uma pausa tentando criar coragem pra continuar  –  Depois de amanhã você têm tempo livre para mim? 


  - Tenho Jowett!


  -  Te ligo então, beijos.


   - Beijos.

Desliguei o celular e liguei o computador, adiantei algumas coisas da faculdade, e logo recebi uma chamada da Eleanor no Skype


  - Gata?

  - Fala gostosa – respondi.


Ela riu.

 - É rápido, preciso que você vá em um lugar comigo amanhã um pouco antes da academia. Passe aqui com três horas de antecedência.


  - Essa não, outra encrenca? Já quer me pôr em outra furada? Eleanor eu ainda vou me cansar de você.


Ela revirou os olhos e resolveu explicar.


 - Preciso que vá comigo no primeiro ensaio de amanhã. Topa? – perguntou esperançosa.


Eu vou, ou não vou?

    - Claro, esteja me esperando de frente ao seu prédio, combinado?


   - O quê? – ela estava boquiaberta  – Como assim você topou tão rápido? – perguntou desconfiada. –  Têm alguém ai com você lhe ameaçando – semicerrou os olhos.
 

Comecei a rir e ela também 

   – Te vejo na porta do prédio.


E desligou sem se despedir, nunca vou me acostumar com isso. 


*
 Terminei de fazer minhas coisas e fui dormir. Mal coloquei a cabeça no travesseiro e já adormeci.


*
 Acordei cedo e fiquei deitada na cama esperando a hora de levantar para ir me arrumar e ir ao encontro de Eleanor.


* Encontrei Eleanor sentada na escadaria do edifício onde mora. Ela entrou no carro e eu dirigi para o endereço que ela informou.

Chegamos ao local onde haveria o ensaio. Eleanor estava nervosa.
Eu estava morrendo de fome. Avisei a ela que iria procurar uma lanchonete para tomar um café da manhã e ela pediu que eu trouxesse algo para ela comer. Então ela foi se preparar e eu fui tirar a barriga da miséria.

* Voltei vinte minutos depois, os muffins de Eleanor estavam dentro de uma sacola de papel em minha mão, e na outra mão o frapuccino que ela não pediu mas sei que é o preferido dela.

 
  Enquanto eu me aproximava do set de filmagens onde elas, Eleanor e as outras modelos, irão fazer um comercial publicitário para uma campanha de conscientização do uso de protetor solar pude ouvir os berros estressados de um homem, a cada passo que eu dava em direção a porta de entradas, os gritos ficavam mais altos: “COMO ASSIM ELA NÃO CHEGOU? QUE IRRESPONSABILIDADE! QUE TIPO DE PROFISSIONAL É ESSA QUE VOCÊS CONTRATARAM? O PEDIDO FOI BEM CLARO, OITO GAROTAS! OITO! NÓS SÓ TEMOS SETE!" os gritos aumentavam-se a medida em que eu me aproximava da sala, passei da porta e todos que estavam ali pararam o que faziam para me olhar.
Quem parecia ser o diretor gritou

  - É essa? A irresponsável é essa? – ele perguntou aos berros apontando ara mim.

Encolhi-me.

Todos negaram.
O homem me examinou de todas as maneiras possíveis e então, sua voz rude se tornou algo mais suave quando ele enfim concluiu:

  - Mas agora é essa – ele forçou um sorriso para mim – Está contratada, digníssima. Um 1 mês de experiência, e o cachê você olha com aquela velha ali do canto  – Ele apontou para uma senhora grisalha que exalava simpatia.

 
 - Mas eu não sou modelo – eu tentava não me engasgar com todo o tumulto, mesmo que me sentisse sufocada.


  - Não era minha flor, não era. Mas agora eu contratei tá contratada. Agora você é modelo.

  - Mas eu não quero  – informei.

 

Olhei para Eleanor que combinou um assentir com a cabeça e um olhar, um gesto para que eu aceitasse a proposta.

Oh céus, o que eu faço? Que merda que eu estou fazendo aqui? Estou ferrada!

  - Tenho certeza que você quer – o homem me olhou de um jeito que eu achei a pensar que aquilo foi uma ameaça, isso se realmente não tiver sido. Como eu não falei nada contra, ele sorriu vitorioso e já  cantou vitória  – arrumem ela.


Ele saiu de perto, e um bando de profissionais me esmagaram.
Eleanor agradeceu pelo café da manhã que comprei para ela, pegou-os e colocou-os em cima da mesa, logo após entregou-me um biquíni.

  - Espero que sirva, era da garota que não apareceu – Eleanor falou depois de me entregar a vestimenta,

.

Troquei-me no banheiro e depois disso acho que não durou nem 20 minutos: deram um jeito no meu cabelo enquanto outro me maquiava, enquanto outro passava um liquido que fazia minha pele parecer um tom mais bronzeado e pronto. Depois disso eu já estava estonteante, com um biquíni minúsculo, mas linda.


As modelos eram agradáveis. Nós nos divertimos tirando as fotos. Eleanor adorou a ideia de trabalharmos juntas.
A sessão de fotos não durou nem uma hora, trocamos de biquíni umas  vezes. Concluímos que eu preciso de biquínis próprios para o meu tamanho: meus seios ficaram estufados quase saltando para fora do tecido pequeno.

O homem, cujo nome é Patrick, ajeitou comigo toda a papelada de contrato e logo após me entregou um roteiro de apenas quatro falas, eu terei que gravá-las para poder fala-las quando gravarmos o comercial.
 
  - Kath, você foi ótima! Adorei, ficou mais do que linda, e o Patrick te amou! Você fez um trabalho incrível, nem parecia uma principiante – Eleanor não parava de me elogiar enquanto eu diria para um restaurante onde iriamos almoçar juntas.


  - Você ficou linda também. Você estava incrível – elogiei-a.


  - Vai fazer o que amanhã? - Ela me perguntou eu hesitei em falar que irei sair pra comprar um apartamento, com o Zayn.


   - O que você vai fazer? –  Perguntei mudando o lado.

 - Eu perguntei primeiro – ela reclamou, mas de qualquer modo respondeu – Amanhã eu vou sair com o Louis, quero passar dia com ele  – em um tom tão apaixonado... com uma admiração.


*
Almoçamos juntas e depois eu a deixei em casa.

Quando cheguei em casa, contei pra minha tia o que aconteceu no meu, ela riu e disse que eu mereço isso tudo.

Mandei uma mensagem para Zayn 

  "Te busco na sua casa amanhã às 9:00, por favor não se atrase, não vou subir pra te arrastar, beijinhos Kath"


Ele respondeu segundos após.

  "Tá bom, às 9h, fechado. Zayn:)x"


*

Tomei banho e me deitei, comecei a lembrar de vários momentos bons, de momentos com o Harry, comecei a me lembrar da forma que ele me olhava, me fazendo acreditar que eu era um sonho bom. Em noites como essa, eu desejava nunca ter conhecido ele. Me sentia tão boba por pensar nele, mas era muito inevitável, eu não tinha nenhuma explicação do que aconteceu, ele só me trocou por outra como em jogo, ele o rei e eu um pião, a Taylor outro pião se achando a rainha do xadrez.

 

Eram 9:30h e eu estava jogada no sofá da casa do Zayn esperando ele acabar de arrumar. Sim, ele me fez subir e espera-lo aqui em cima. O meu plano era subir e arrasta-lo até o carro, numa tentativa de não demorarmos tanto. Em vão, já estou sentada no sofá da casa dele há vinte minutos.

  - Ah não Malik, desisto de você, eu quero ir comprar minha casa, pelo amor de deus anda depressa – apressei-o pela milésima vez.


   - Comprar sua casa? – perguntou sem entender.

 

Ele pareceu na sala vestindo uma jaqueta mais clara em contraste ao jeans médio e uma blusa vermelha.

Anotação mental: Impedir o Zayn de usar vermelho.


Fiquei um tempo sem falar nada, apenas olhando pra ele, maravilhada. Depois de me recuperar:


  - Minha tia vai casar, não quero invadir mais o espaço dela. Vou morar sozinha – fiz um resumo, rápido por que eu não queria ter que olha-lo, estava louca para desviar o olhar para qualquer lugar. Olha que formiguinha legal aquela que está subindo na estante. Ok, eu sou péssima para me distrair.

 
  - Estou irresistível hoje né? – ele se gabou  –  Fecha A boca Kath, você tá quase babando! Até que você está bonitinha.

Então seus olhos se fixaram na pele exposta da minha coxa.
De repente meu vestido pareceu muito curto, me levantei depressa.


  - Zayn, não me obrigue a te agarrar agora, vamos embora  – apressei-o novamente.

Rimos e fomos.


*
 Minha tia arrumou um corretor para nos guiar. Olhamos os três apartamentos que eu havia circulado no anuncio do jornal, e mais dois que o corretor havia sugerido, no total cinco apartamentos. Os apartamentos se não eram ridículos, eram mal localizados.

Paramos ao meio dia para almoçar. Estávamos em uma conversa super animada sobre como os vegetais pareciam gosma perto de um milk shake, quando uma fã, aparentemente, da minha idade chegou perto e soltou sem nem pensar

 
  - Tão desesperada por que perdeu o Harry pra Swift, agora está tendo pegar o Zayn.


Tirei coragem do fundo do meu cérebro e fui mais irônica impossível 
 
 - Estou mais esperta que você – arquei as sobrancelhas brevemente.

 

Zayn e eu começamos a rir alto chamando a atenção. A garota bateu o pé indignada e com pisadas fortes, se afastou.

Saímos do restaurante, fomos em mais dois apartamentos 

 
  - Zayn, eu estou exausta! Será que não vou achar um raio de apartamento? – bufei depois de vermos os dois.
 
 - Só mais um na lista Jowett, ainda – ele revirou os olhos.

 

Ele pegou minha mão e fomos pro último apartamento, com o corretor,
 

Duplex, não era extenso, era perfeito, tinha uma área externa, e tinha 3 quartos, uma sala e cozinha encantadores, era perto da faculdade.

 
  - Que casa feia Kath! – Zayn criticou o apartamento ao ver minha expressão maravilhada.


Olhei ao redor e a decoração estava um lixo: pintura descascando, estofados mofados, mas eram só detalhes. Eu estava encantada por ele, o chão era de madeira num tom meio avermelhado, as portas de madeira escura, alguns moveis de madeira ainda poderiam ser aproveitados, ah, é lindo!

  - O sistema hidráulico deste apartamento é impecável. As madeiras são legitimas. O apartamento é bem arejado e tem uma boa localização. Eu já conversei com o vendedor e o apartamento será reformado em breve. Mas se você fechar contrato com este apartamento, nós podemos agilizar o processo. Creio eu que você não vá querer esses estofados  –  ele apontou para aquelas coisas mofadas  – Só umas paredes para pintar e fim. O prédio é ótimo, têm zelador e seguranças. Ah, e tem mais um detalhe, o apartamento do lado está vazio. Só dois apartamentos desse andar estão alugados.

Então serei apenas eu e mais dois vizinhos no 12° andar. É esse que eu quero.

Fechei contrato, coisa rápida, confesso que entreguei a parte burocrática a minha tia.
  - Deixarei vocês dois curtindo o novo apartamento, irei entrar em contato com o vendedor. Parabéns pela compra – e então ele saiu da sala.

*
 Eram três e pouca da tarde e eu e Zayn iríamos ficar ali por mais algum tempo.
 Acabamos encontrando um belíssimo piano calda no segundo andar


  - Eu sei tocar piano sabia, Malik? –  contei a ele.


Eu só sabia porque quando fiz sete anos de idade minha mãe insistiu que pianos eram chiques e davam um ar sofisticado a casa, resumindo, minha mãe fez o meu pai comprar um piano, um piano que ninguém sabia tocar. Quatro meses depois meu pai me matriculou em um cursinho onde ensinava a tocar. Ah, que saudades do meu pai.

  - Mentira, você não sabe nada – ele cruzou os braços duvidando.
 

 Me sentei e comecei brevemente a tocar “yesterday”, Zayn me encarava com desdém até que depois sua expressão mudou. Terminei de tocar e quando fui me virar para ficar de frente para ele e me gabar, por realmente saber tocar piano, ele me pegou no colo e começou a me rodar. gritando

  - A Kath sabe tocar, Londres, ela sabe! – ele gritava enquanto me girava.

 Enfim me pôs no chão, estávamos perto demais, respirações se misturando e não evitamos um beijo, longo, intenso e um pouco necessitado


  - Pena que o máximo que nós podemos fazer é ter uma amizade diferente – ele suspirou pesaroso.


  - Eu realmente precisava falar sobre isso com você, não quero deixar de ser sua amiga, faremos um acordo de sermos só esses amigos diferentes, pode ser?
 

  - Só porque nós transamos duas vezes não quer dizer que eu não vou mais olhar na sua cara, não vou me limitar a te beijar escondido enquanto o idiota do Harry não se resolver. – Ele cruzou os braços decido.


Maldita hora pra falar dele.


  - Então não se limite.


Entrelacei meus braços em volta de seu pescoço e o beijei novamente. Quando nos separamos estávamos dando gargalhada.

*

Conversamos enquanto íamos a algumas lojas de decoração no shopping ali perto. Contei pra ele das fotos e ele fez um comentário associado a "ficar duro". E depois algo do tipo como “Vai crescer quando eu ver a foto na revista”. Nós lanchamos, e depois eu o deixei em casa. 

  - Obrigada por ter me ajudado Malikizinho – agradeci.

  - Malikizinho? Diminutivo não...

  - Oh, me perdoe ó poderoso Malikzão – brinquei.

  - Você é incrível – ele respondeu.

Nos beijamos e eu fui para casa.

*

Minha tia estava arrumando algumas coisas do novo apartamento, ela me avisou que se eu já poderia me mudar em uma semana, fiquei animada. E decidi começar a arrumar as coisas. 


*

No dia seguinte eu já estava começando a colocar minhas coisas nas caixas, Eu sabia que isso seria bom, mudar de casa, ajudaria nessa nova Katherine. O Harry talvez não seja o culpado pela minha mudança repentina – mudança em todos os sentidos, que fique bem claro – talvez já estivesse na hora de deixar de ser a garota que vive debaixo da aba da titia. Ah, vamos lá, eu tenho que começar a viver como uma adulta. E sei que não estou sozinha nessa, mesmo que eu vá morar sozinha, sei que terei apoio: Eu tenha a Eleanor pra estar sempre comigo, o Zayn que sempre me coloca pra cima, – na verdade na maioria das vezes acontece o contrário, mas tudo bem – Louis que é sempre super gentil comigo, Niall que sempre foi um grande amigo pra mim e que me faz rir com qualquer besteira que sai da boca dele, e Liam que é alguém que eu confio. Focarei na minha faculdade,  – bom, quando as férias acabarem em fevereiro  –  continuarei com minha experiência de modelo, e toparei qualquer trabalho desse que aparecer. O que eu posso dizer? Gostei de ser “modelo”.
 Eu tive que mudar e mudei. Não pelo Harry nem por mudar sem algum motivo plausível. Mudei porque era preciso, e um dos motivos é: ou eu mudava ou eu morria de desgosto a cada vez conhecesse alguém com um rostinho bonitinho ou palavras bonitas e que queira ter algum tipo de relacionamento comigo, e eu acabe me envolvendo e termine com o coração partido novamente. A antiga Katherine não saberia lidar com isso, mas a nova vai aprender.
Acima de tudo eu tenho que ser mais eu, tenho que cuidar mais de mim, se preocupar mais comigo mesma, dar valor a mim mesma, a quem eu sou, e saber apreciar todas as minhas qualidades. Tenho que fazer com que os outros se adaptem a mim e não que me façam adaptar-me a eles.


Notas Finais


Eae povão, o quê acharam? Bom, espero que tenham gostado e me contem o que acharam. Eu sei que faz um bom tempo que eu não respondo comentários mas preciso lembrar que leio a todos com o maior carinho do mundo! Eu amo ler o que vocês acham, obrigada, até porque isso me inspira, incentiva a continuar, enfim, obrigada.E BORA, TODO MUNDO AÍ ME DANDO PARABÉNS, PORQUE MEU ANIVERSÁRIO FOI ONTEM U.U Só de vocês que eu tô aceitando parabéns atrasado u.u asuhauhsau' Acho que nem preciso dizer que vocês são o meu maior presente, né? Bom, espero que tenham gostado, beijiinhos e até a próxima amoras :*


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