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História More Than This - Fora de controle


Escrita por: Peace

Notas do Autor


Hello beears! Eu particularmente A-M-E-I escrever esse capítulo porque eu me identifiquei demais com ele :) Mentira, não me identifiquei nada rçrçrçrç' Maaas amei escrever *-* E é um capítulo graaandee!! Aeee \õ/ Espero que gostem do capítulo e me digam o que acharam, ok? Nas notas finais irei deixar o link das roupas das garotas pra quem quiser ver. Bom, beijiinhos e até a próxima :*

Capítulo 5 - Fora de controle


      Naquela noite, iríamos para uma boate com o Luan. Juliana, Gabriela e eu, estávamos extasiadas.

  Não nos preocupamos muito com as vestimentas. Eu sentia que nós estávamos muito simples, mas havia pessoas até de chinelo lá, então fiquei tranquila.

   Assim que cheguei, um garoto veio até mim e o reconheci imediatamente.

Luan. 

  - Uau, você está uma gata – ele assobia – Hm... Qual é o seu nome mesmo? – ele pergunta sorrindo.

  - Kath. – respondo – Hm... Katherine, mas pode me chamar de Kath – sorri.

  - Ok, Kath. Que tal uma bebida? – ele oferece.

   Nós bebemos, nos beijamos, e eu já não sabia onde Juliana e Gabriela foram parar.

   Nós dançamos, e ele colocava a mão na minha cintura, enquanto me abraçava por trás, fazendo com que eu rebolasse contra seu corpo. Aquilo se parecia mais com um movimento erótico do que com uma dança.

 As luzes piscavam frenéticas de tal maneira que parecia deixar tudo em câmera lenta.

   Meu organismo já estava adaptado a receber bebida de maneira que, eu não ficava bêbada fácil. Estava começando a me sentir menos vulnerável; já havia bebido 3 latinhas de cerveja, 2 caipivodka e 4 copos de vodka com big Apple e energético.

Eu não me sentia tão bêbada, meio tonta talvez e bem animadinha. 
 
   Mesmo com a iluminação que deixava tudo mais lento, tudo parecia ocorrer rápido demais, ou era impressão minha? Luan disse que iria ao banheiro e eu decidi ir também, mas só para me olhar no espelho.

    No caminho haviam umas áreas reservadas separadas por grandes divisórias que privava aquela área do resto da boate. Eram bonitas as divisórias, havia algumas brechas, fazia parte do entalhamento, deixava sofisticado e... Para tudo! Eles estão fazendo orgia ali?

Oh meu Deus do céu!

  Aquela ali no meio é a Gabriela? O que deu nela? Senti-me meio enojada, dava para ver que ela havia vomitado, e ela também estava toda suja de... Sêmen?

  Saí dali para procurar por Juliana.

  Avistei-a sentada em um banquinho, com a bebida na sua frente, em cima do balcão, enquanto o garçom limpava o mesmo. 

  - Você sabe o que a Gabriela está fazendo? – perguntei, percebendo o tom desesperado que assumiu a minha voz.

  - Sim, eu acabei de sair de lá. – respondeu indiferente, tomando um pouco de sua bebida – Porque você está tão preocupada? Ah sim, coisa de virgens... – Pude ver seu cabelo pós-sexo que sim, ela estava lá fazendo aquilo – Ah, Katherine! Você está muito preocupada, toma isso, vai ajudar – ela me deu um comprimido que estava enrolado em um pedaço de papel higiênico.

   Engoli-o, bebendo um pouco do que havia restado no copo dela, enquanto ela protestava por eu estar acabando com sua bebida.

Pelo gosto que, deduzi que deveria ser uísque ou conhaque. 

  - O que era isso? – perguntei curiosa, lambendo os lábios, referindo-me ao comprimido.

  - Êxtase – droga, vou perder o controle. 

Nós duas seguimos para a pista de dança.

 Luan já havia voltado, estava com um balde com gelo onde continha energético, cerveja e vodka... Hm... Vodka com energético.
 
  Depois de tanto beber, senti-me corajosa e não conseguia pensar em nada. Estava tão desinibida e empolgada, que só vi minha boca na da Juliana.

Eu. Beijei. A. Ju.

 Não, não sou lésbica, bissexual talvez, e lá estávamos nós.
 

 Nossas línguas estavam a se explorar, de modo desesperado e voraz.

  Quando paramos o beijo, finalizando com um selinho, nós começamos a rir, uma olhando nos olhos da outra.
Começamos a cantar o refrão de I kissed a girl, animadamente, numa versão diferente. Em uma versão que só os bêbados entendem.

   Bem mais tarde, eu me sentia exausta. Estava caindo de bêbada. Minha cabeça girava,  não conseguia nem andar sem ameaçar cair no chão.

Pedi para o Luan me tirar de lá.

Ele dirigiu. O que foi um erro, já que havia bebido bastante, mas não parecia estar tão bêbado quanto eu.

Logo percebi a diferença: ele sabia se controlar, eu não.
 
 O carro parou, pouco tempo depois, em um lugar bem iluminado com algo escrito em neon. Não consegui ler, a luz forte ofuscava a minha vista e minha cabeça girava.

Assim que adentramos o local, ele foi falar com alguém, que deu uma chave para ele.

  Logo em seguida, guiou-me por um corredor, onde ouvi gritos e gemidos abafados pelas paredes e porta dos cômodos.

Eu não sabia onde estávamos.

Entramos em um quarto.

  Luan me beijou, suas mãos ágeis tiravam a minha blusa rapidamente. Só ai eu percebi onde estamos. Em um motel.

  Bêbada e drogada. Não tinha muito controle sobre mim, mas o que me restava, me fazia tentar pedir para que parasse.
 No entanto, o que saía de minha boca era incoerente, e ele tomava isso como incentivo para que prosseguisse. 
 
Quando eu estava só de roupa intima, foi a sua vez de se despir.

  Eu continuava a balbuciar palavras incoerentes. Não pronunciava nada com clareza, nem eu entendia o que tentava falar.

  - Pare – pedi, num momento de clareza.

   Ele ignorou meu pedido e voltou a me beijar, dando chupões fortes no meu pescoço, por todo o meu seio, colo e em seguida em minha clavícula.

Tão rápido que eu mal tive tempo de piscar eu estava nua.

  - Pare, Luan – pedi mais uma vez.

 Ignorada, mais uma vez.

  Ele continuou a me dar chupões. Eu ia pedir, novamente, para que parasse, então senti uma dor forte.

 Ele estava me penetrando. Eu queria gritar.

A sensação era de estar sendo rasgada por dentro, lá embaixo...

 Fechei meus olhos esperando que acabasse, enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto.
 
 Eu estava com nojo de mim mesma. Nojo de ver o ponto em que havia chegado. Eu não sabia mais quem eu era.

  Comecei a chorar e ele aumentou a velocidade, me machucando ainda mais.
Engoli o soluço, chorando em silencio.

Mais rápido do que eu esperava, ainda bem, ele gemeu. Já não estava mais dentro de mim.

Ouvi ruídos. Ele estava se vestindo? Com uma rápida olhadela, confirmei: sim, ele estava.

Fechei meus olhos e permaneci assim por algum tempo. Ouvi a porta do quarto bater.

Ele havia saído, pressupus.

Abri os olhos e não o encontrei. Ele havia ido embora.

  Havia uma folha de papel dobrada ao meio em cima da cama. Tateei com a mão sobre o lençol branco para pega-la, então li:

           “Até que foi bom, mas eu nunca havia visto antes uma prostituta virgem. Se bem que, é uma putinha bem gostosinha. Ai está o seu pagamento, vadia.”

  Havia um nota de 50 reais em cima da cama.

 Eu me senti suja.

 Nunca me senti tão suja na minha vida.

Era como se tivessem enfiado uma estaca no meio do meu peito.
Além de suja, me sentia frágil, quebrada.

 Retomei o choro, dessa vez alto, soluçando.

  Até uma semana atrás, eu era uma garota normal, e agora, era o oposto disso. Agora, segundo Lua, eu era uma prostituta. 
Não sei como isso foi acontecer, aquilo era o ápice. Era como estar no fundo do poço.

  Vomitei, impiedosamente, no chão. Finalmente, o excesso de álcool em meu organismo estava sendo posto para fora.

 Eu sou uma repulsa total.

  Senti-me pequena, diminuída, humilhada como nunca fora antes, sozinha e carente. Precisava do meu pai aqui comigo.

Fui diminuída ao tamanho de um grão de areia.

Não queria ficar mais nem um segundo sequer naquele lugar.

Levantei-me, ainda tonta, e completamente dolorida. Andar me causava incomodo na minha intimidade.

Avistei a mancha vermelha, que se destacava no lençol branco.

Ignorei-a.

Vesti-me e saí, eu só precisava ir para casa.

   Quando estava no corredor, lembrei-me do que aquele maldito tinha deixado. Voltei para o quarto e rasguei a nota de cinquenta reais.

  Eu não podia ficar com aquele dinheiro ofensivo, nem ninguém podia ficar. Era humilhante, sujo, ridículo. Uma completa prova de imaturidade e babaquice.

***************

 Estava chovendo lá fora.

  Deixei a chuva me molhar, enquanto a brisa fria congelava meu rosto e beliscava meu nariz.
Meu salto estava na mão e eu andava descalça, pisando nas pedrinhas da rua.

  Perguntava-me se as pessoas na rua sabiam o que eu havia feito há pouco tempo. Na minha cabeça, era como se elas também sentissem nojo de minha e de minha situação deplorável.

  Virgindade sempre foi uma coisa que eu prezei. Pode soar cliché, mas não esperava perde-la dessa maneira.

Nossa, Katherine, quanto drama! Fala sério!

  Pode até ser, mas sempre almejei perde-la com alguém que eu amasse. Com um namorado, talvez. Queria que fosse com alguém que, sei lá, continuasse transando comigo por mais algum tempo, algo fixo.

Que ironia, acabei perdendo-a como se fosse uma puta, recebendo para isso.
 
  Assim que cheguei em casa, peguei as chaves reserva debaixo de uma pedrinha falsa no chão.
Fui para o meu quarto. Assim que entrei no banheiro do meu quarto, me olhei no espelho. Meu cabelo estava feio, molhado e desgrenhado. Meu rosto meio inchado, meus olhos bem inchados e vermelhos, com a maquiagem toda escorrida.
Não me reconheci.
 Parecia uma drogada.

  Tomei banho com a água escaldando. Esperava que água quente fizesse a minha pele suja cair.
 Lavei o cabelo uma, duas, três... Várias vezes e não conseguia me livrar da sensação de suja.
Nada podia me limpar.

 Assim que me deitei, já se passavam das seis horas da manha.

A porta do quarto se abriu. Fingi que estava dormindo.
Ouvi um suspiro de alívio e alguém ligou o ar condicionado. Não demorei a dormir.   
  

  Acordei relativamente cedo, por volta das onze da manhã. A luz do sol que adentrava o recinto pela janela, me despertou. Tentei voltar a dormir. Não consegui. Decidi me levantar.
Estava morta de ressaca.

 Olhei-me no espelho.

  Encontrei hematomas arroxeados, alguns meio vermelhos com algumas partes azuis violeta, que os chupões deixaram. Estavam espalhados pelo meu corpo, mas a maior parte se encontrava no meu pescoço e seios.

  Novamente, me senti nojenta. Tentei esconder os diversos chupões com maquiagem, e botei uma blusa que cobrisse bem o meu colo, para que os chupões fossem menos visíveis. Deixei o cabelo solto para esconder meu pescoço.
 
  Quando estava no patamar da escada, pronta para descer, avistei minha tia Alicia. Estava sentada no sofá junto com minha mãe, meu padrasto e uma mulher vestida formalmente.
  Mas espera aí. A minha tia Alicia não morava em Londres?


Notas Finais


Não sejam leitores fantasmas, contem-me o que acharam, eu não mordo u_u


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