História More Than This - Reconciliação

Eu não conseguia pensar em como explicar para o Harry sem colocar a culpa em Eleanor. Me faltavam palavras e o tempo passava.
Eu tentei ser o mais cautelosa o possível ao responder.
  - A Eleanor me chamou para ir à uma boate – comecei hesitante.

 - E?

  - E eu aceitei. Me desculpe.

  - Só?
 
- E eu fingi estar passando mal pra ir pra boate. Me desculpa, de novo.

  - É só isso o quê você tem pra me falar? – ele engoliu em seco.

  - Sim.

Ele se virou indo embora.
 
- Espera – chamei-o.

 Ele ignorou.

  - Harry, espere por favor – implorei.

 Ele virou-se, no entanto permaneceu em silêncio.

  - O que mais você acha que tem pra eu falar? - perguntei desesperada sem entender o que mais ele queria ouvir.

  - Você é quem deve me dizer – suas palavras foram tão frias quanto gelo.

Ele se voltou para a porta indo embora e dessa vez eu não o impendi. Olhei mais uma vez para o jornal.
Mas é claro!

  - Harry, Harry! – gritei chamando-o no corredor. Tarde demais, ele já estava no elevador.
Desci correndo pela escadaria na esperança de que o encontraria lá embaixo

Ele estava no saguão, quase chegando na portaria.

  - Harry – chamei-o novamente e corri até ele parando na sua frente – eu não tive nada com aquele garoto! – disparei ofegante. Eu sabia que era isso o que ele queria ouvir.

 Ele fechou os olhos e por um segundo ele parecia aliviado. Colocou as mãos no rosto de modo que os dedos pressionassem suas têmporas.

  - E por que eu acreditaria em você? Por que eu confiaria em você? – suas palavras foram tão dolorosas, mais afiadas que uma navalha.

  - Por que é isso o que os namorados fazem – senti meus olhos marejados.

  - Você mentiu pra mim.

E isso bastou para que eu quisesse me desmanchar em lágrimas. Eu sabia muito bem o que aquilo significava, significava que eu havia perdido sua confiança.

  - E o que isso significa? – perguntei esperando pelo pior.

  - Pensei que já tivesse percebido.

  - Você quer terminar? – engasguei engolindo em seco.

  - Não! – ele estava incrédulo.

  - Se você não quer terminar, então o que quer?

  - Eu não sei.

  - Não prefere subir? – perguntei.

  - Não.

 Eu queria conversar com ele em um lugar mais privado. No saguão do prédio estavam passando em média cinco pessoas a cada minuto, iam desde pessoas indo para o trabalho até os entregadores de pão.

  - Eu só quero te contar o que aconteceu. Contar a verdade.

  - E por que não conta?
  - Por que você não quer acreditar no que eu digo – rebati.

  - Do mesmo modo eu gostaria de ouvir – ele se mostrou paciente. – Eu deixei Eleanor se divertindo com as amigas e fui beber – comecei, mas parece que ele não gostou muito de saber que eu bebi. Apenas ignorei e continuei – lá apareceu um cara que perguntou se podia me pagar uma bebida – Harry fechou a cara ficando emburrado – eu não aceitei é claro. Terminei de beber e saí de lá e o garoto me seguiu... – e eu continuei a contar e quando eu disse que o garoto me agarrou eu vi um Harry irritado.

  - Ele te agarrou? – Harry estava extremamente irritado.

  - Sim, e ele tentou me beijar.

  - O quê? – Harry berrou.

  - Você vai me deixar contar ou vai ficar me interrompendo? – eu estava louca para terminar de contar.

  - Ok, vou ficar calado – prometeu.
Eu continuei a contar até a parte em que cheguei a minha briga com a garota.

  - Ela me bateu, puxou meu cabelo, nós estávamos no chão, eu por cima tentando impedi-la de me bater. Eu não reagi para não arrumar confusão desnecessária. E sabe o que aconteceu? – perguntei
Ele fez que não com a cabeça.

  - Ela disse “Você se acha o máximo só por causa do namorado. Você é uma golpista de merda! Aposto que já está até grávida só pra segurar ele por ser rico“ – eu me lembrava nitidamente de cada palavra dita.

  - Você não deveria ligar para isso – ele me reconfortou enxugando as lágrimas em meu rosto.
Eu estava chorando?

  - Me desculpa – pedi de novo. E acho que só agora que eu fui perceber que eu praticamente estava me afogando em lágrimas. – Eu só não quero te perder – confessei passando as costas da mão no rosto.

  - Calma, calma. Eu não vou a lugar algum – ele me deu um abraço reconfortante. – Quer subir?

  - Só se você subir comigo.

* Eu tive que me conter para não agarrá-lo dentro do elevador lotado. Mas não pude me conter no corredor vazio.
 Eu senti tanto medo de que perdê-lo, que agora tudo o que eu queria era desfrutar do que tinha.
Enrosquei seus cachos em meus dedos e puxei sua boca para mais perto da minha. 
 

 Ele estava hesitante um pouco assustado com minha voracidade repentina. Eu queria sentir tudo de uma vez só.
 

 Beijei seus lábios de modo feroz, não demorou muito para que ele correspondesse a minha intensidade.

 Nós seguimos pelo corredor até a porta de meu apartamento, sem cessar os beijos.
Paramos o beijo totalmente ofegantes, eu precisava abrir a porta, mas isso foi bom pois aproveitamos para retomar o fôlego.

   - Você nunca me beijou assim antes – ele riu satisfeito enquanto entrava.

  - Eu posso fazer muito melhor do que isso – abri um sorriso malicioso,

  - Se isso é para se reconciliar comigo, acho que deveríamos brigar mais vezes – ele me tomou de novo em seus braços. Apertou com força as minhas coxas subindo com as mãos até meu quadril apertando-os.

  - Acho que pode ser uma boa idéia – sorri beijando-o novamente.

Nós fomos para o quarto e ele me jogou na cama. Ele não perdeu tempo ao tirar a blusa. Eu mordi os lábios, eu ficava excitada só de vê-lo sem camisa.

Tirei minha blusa. Ele continuou em pé estático apenas me olhando.

  - Eu poderia ficar o dia inteiro aqui, em pé, apenas te olhando – ele sorriu.

 - Eu prefiro que faça outra coisa – sentei-me na cama e o puxei pelo ombro.

 - Você está bem apressadinha hoje.

  - Não gosto de perder tempo – respondi desabotoando a calça.

  - Desde quando você é assim?

  - Assim como? – perguntei curiosa tirando a calça.

  - Safada – ele estava com um olhar malicioso.

  - Sempre fui – respondi sorridente tentando desabotoar os botões de sua calça.

  - Quer ajuda?  – perguntou colocando seus longos dedos por cima dos meus e tirando a própria calça junto com a cueca.

  - Achei que eu fosse rápida – brinquei.

  - Só não quero ser o lerdo da história. Mas me surpreende você ser tão rápida e ainda estar de calcinha – ele observou.

Corei.
Fui o mais rápida que pude ao tirar a roupa intima, mas ele ainda foi mais rápido ao colocar o preservativo.
  - Acho que estamos em pé de igualdade   – puxei o para mais perto.

  - É o que veremos agora – ele respondeu me penetrando.

 E agora eu me sentia satisfeita.
Ele me segurava com força pela coxa enquanto me penetra com força e velocidade.
Eu comecei a gemer feito uma louca enquanto arranha unhas costas.
Eu não fui à única que se superou hoje. Ele estava imbatível.

Ele se abaixou tentando selar os lábios nos meus não conseguiu. Fechou os olhos com força e eu sabia que ele estava chegando ao ápice.
 

Mas eu me enganei, ele não ia ter um orgasmo sem mim.
Continuou a investir com força se abaixando, encostando o próprio corpo no meu. 
Ele começou a gemer em meu ouvido enquanto mordia o travesseiro com força. Mas em segundo algum diminuiu a velocidade.

Eu estava começando a sentir o coração acelerar, sabia que estava chegando ao clímax. Ele percebeu.
Nós gozamos juntos. Ele finalizou com estocadas enquanto me beijava.

-  Eu te amo   – sussurrei.

*   -Harry, – chamei-o  – eu quero tomar banho, estou me sentindo... suja – soltei uma risadinha maliciosa.

  - Tudo bem, mas... – me puxou pela cintura me fazendo ficar por cima de seu corpo. Cheirou meu pescoço e com as mãos segurou meu rosto e espalhou beijos no mesmo me fazendo sorrir. –   Você não está fedendo ou suja, está cheirosa como sempre.

  - Gosta do meu cheiro? – perguntei.

  - Você tem cheiro de flores, eu amo seu cheiro – respondeu com o sorriso mais lindo que eu já vi.

Como em pouco tempo eu consegui me apaixonar por Harry? Parece que ele me completa de tal forma que não é possível explicar
Eu o amo e não quero perdê-lo, ele é perfeito, lindo, sexy, cheiroso, amoroso, ele é tudo do bom e do melhor. Ele é o Harry... Meu Harry, a melhor coisa que já me aconteceu.

  - Vai ficar ai a me olhar com essa cara, ou vai tomar banho? – Harry me perguntou, tirando-me dos meus devaneios.

  - Ah sim, desculpa, me distrai. – Levantei-me rápido e fui para o banheiro.
Harry veio logo atrás de mim.

Ele entrou no banheiro e me deu-me um beijo em minha testa

  - Meu bem, posso tomar banho com você?

  - Depende do que pretende fazer...

  - Só pretendo tomar um banho com a linda da minha namorada – ele me deu uma piscadela.

Sorrimos ao mesmo tempo, parecia até que foi planejado.
 
Retirei minha roupa, abri a água quente e me sentei na banheira. Harry me olhou, sorriu e fez o mesmo que eu. Sentou-se de frente para mim. Coloquei minhas pernas por cima das penas de Harry pegou minha mão e levou até sua boca, sem tirar os olhos de mim, a beijou:

  -  Viu como é bom tomar banho a dois? Podemos ficar conversando sobre como será nossa vida daqui a dez anos, depois tomamos um banho e saímos. Começando os planos agora, o que você quer pra hoje? – ele me perguntou com certa expectativa.

  -  Podemos jantar hoje?

  - Claro, conheço um bom restaurante, tem uma bela vista – ele estava pensativo como se tentasse se lembrar de como o restaurante era.

  - Vai pagar a conta? – brinquei.

  - Claro, sua boba - respondeu se inclinando para frente para me beijar

* As oito eu fui para o tal restaurante que Harry mencionou mais cedo.Havia marcado de encontrá-lo ali perto.

 Encontrei-me com ele perto de uma avenida. Ele estava lindo, confesso me senti uma sortuda por ter ele. 
Ele estava de camisa branca, gola V, uma jaqueta preta e calça jeans da mesma cor.

  - Você está tão linda  – sorriu e me beijou. Um beijo doce, calmo, apaixonante.

 Eu estou com um vestido vermelho um pouco curto,  decotado, colado ao corpo e uma jaqueta preta. Cabelo amarrado em um coque por uma fita vermelha e um salto preto.

Entre beijos Harry disse:

  -   Você fica tão sexy de vermelho, tão sexy de salto.

Mal sabe ele que minha lingerie também e vermelha e de renda.

  * Assim que saímos de nossos amassos em plena a avenida, seguimos para o restaurante. 
Fui olhar a vista, realmente perfeita, o luar estava lindo, noite de lua cheia quase e não havia nuvens no céu: a noite estava estrelada.

 Quando voltei de meus devaneios, Harry já tinhas pedido o que iríamos comer.

  -  O que pediu?   – perguntei distraída.

  - Comida Árabe Shawarma, uma delicia.

Não me importei por ele ter pedido e não ter me dito nada e nem ter perguntado o quê eu queria. Na verdade eu não sei o que é Shawarma...

Quando o garçom colocou o prato na mesa eu percebi: O Harry queria me matar pela boca, a quantidade de comida que tinha ali era impossível que apenas duas pessoas comesse.
 
  -  Está me achando magra demais? – perguntei brincando.

  -  Hã? Por que a pergunta?   – Me olhou confuso.

  -  Aqui tem frango, carne, pão, legumes, pão e mais pão. Eu já sou muito gorda. Se eu comer isso aqui, desse jeito virarei uma bolinha.  – expliquei.

  -  A bolinha mais linda do reino das Bolinhas. – Sorriu.

  -  Você é muito cara de pau, sabia? – soltei uma pequena risada, eu estava feliz como nunca.

  -  Você é boba, não está gorda, é linda, você é perfeita para mim. Agora, vamos comer – ele sorriu.

 Harry parecia uma criança comendo. Ele fala dos outros meninos da banda mais, come igual a eles.
Quando ele terminou de comer, mexeu no bolso da calça e me mostrou uma caixinha vermelha – como a decoração do restaurante, as luzes, e meu vestido! Tudo vermelho!

  -  O que é isso? – perguntei surpresa.

  -  Um presente, para você saber que eu te amo.

 
Ele me fez menção para que eu pegasse a caixinha, eu so percebi o que estava tremendo quando estendi minha mão para pegá-la.

 Ele me ama mesmo depois de eu ter me metido em uma briga, mentido feio para ele. Ele se reconciliou comigo, eu tenho o melhor namorado do mundo, que nunca vai me deixar.

 Dentro da caixa havia uma correntinha de ouro. Era linda, e deve ter custado uma fortuna. Mas não importa, Harry como todos sabem tem muito dinheiro. Também havia um cordão com coração, atrás havia o nome dele. Ele me mostrou que também tem um, com meu nome escrito.

  - Harry,isso é lindo – sorri, meus olhos marejavam e eu queria chorar. – Obrigada –agradeci

  - Você sabe o quanto eu sou apaixonado por você, por cada centímetro do seu rosto, cada olhar seu, cada expressão, cada sorriso, por tudo. Desde seus cabelos castanhos até seus pequenos pés. Eu te amo. – Aproximou-se e me beijou.