1. Spirit Fanfics >
  2. Herança Veela >
  3. Cap 31 - Trabalhando juntos:

História Herança Veela - Cap 31 - Trabalhando juntos:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Heeey... Errm... Então...

Olá seu lindos! ^^'... C-Como estão? Tudo de boas? ^^"

Demorei né.... e.e'''

Gente me desculpa e.e eu tentei muito terminar isso antes do meu ultimo dias de férias... Por que é meu ultimo dia de férias... Eu tinha vários planos, vários livros para ler e animes para ver, mas que eu só ia fazer, reparem, depois de terminar esse capítulo... E o que aconteceu? Terminei hoje! E aí? Cabo as féria! .... Palmas pra mim, gente, mereço...

...

O negócio é que, parece que todos da minha familia resolveram nascer em janeiro, e morar longe também. Então, tive que ir de lá pra cá e não tinha taaanto tempo assim para escrever e eu já tava ficando meio louca por que no meio de qualquer coisa eu pensava "preciso escrever" isso sempre acontece na verdade, mas tava pior agora. E me desculpem caso tenha algum erro no capítulo, mas eu to morrendo de sono... Por que ontem dormi tarde, tipo... Muito tarde, pra acordar cedo nessa madrugada também dormir tarde, porém, acordar mais cedo ainda. Tudo só pra poder dormir cedo hoje pra não parecer um zumbi atropelado amanha... Sabe, eu acho que não vai funcionar... Mas vocês sabem do que eu to falando né, por favor, me digam que pelo menos um de vocês também tem essa tecnica ninja pra acordar cedo no primeiro dia de aula... Eu sempre fico igual a um vampiro nas férias, dormindo de dia e acordando de noite e.e''' Mas é o fim né o sonho acabou e... Meu deus, como estou falando. e.e''' Perdão...

Ah, e de novo eu planejei um capítulo com muito mais coisa do que tinha aí, mas não me julguem por que poderia ser menor, terminei ele duas vezes antes de terminar realmente por que eu achei que ele estava pequeno e nem estava na verdade, mas como demorei, passei os ultimos dias fazendo o maximo possivel e só não tem muuuito mais aí... Por que é realmente o ultimo dia de férias e... né ;-;... Mas fiquem calmos, já vou dar um jeito de continuar escrevendo o próximo. Espero que gostem e... Estou sentindo que esqueci de falar alguma coisa... Mesmo depois de ter falado tanto... Mas ok né, o que vocês fizeram nessas férias? Já estão em aulas? Começam amanhã junto comigo?

Bem, é isso. Boa leitura. Bjs!

Capítulo 31 - Cap 31 - Trabalhando juntos:



Cap 31 - Trabalhando juntos:


      — O QUE? — Draco e Sirius gritaram ao mesmo tempo.


Os dois se encararam em incredulidade, Draco segurou a mão de Harry com mais força e o menor pensou que talvez, ele estivesse nervoso. Poderia se pensar que tal coisa seria bobagem, mas considerando a diferença de objetivos dos... "dois homens de sua vida", tal sentimento poderia ter seus fundamentos... Considerando que Sirius queria a todo custo cuidar de sua... Hum, "inocência". E seu namorado, por sua vez, estava tentando a todo custo tira-la.


Deveria parar de pensar certas coisas em publico, o menor refletiu enquanto corava. Graças a Merlin ninguém estava prestando atenção em seus devaneios.


      — Ahn... Tem certeza que isso é uma boa ideia mãe? — Fred perguntou, depois de alguns momentos de silencio por parte dos espectadores.


      — Não que tenhamos algo contra. — Jorge completou. — Adoraríamos ver o que iria acontecer, seria como colocar um cachorro e um gato em uma caixa pra ver o resultado.


      — Claro, mas... Talvez Harry ainda queira seu, hum, companheiro inteiro depois que voltar do hospital. — Fred olhou sugestivamente para o pequeno veela, que corou. Porém internamente o pequeno concordava com cada palavra.


      — Ora meninos, não sejam ridículos. — A Sra. Weasley falou colocando as mãos na cintura. — Sirius já é um adulto e vai saber lidar perfeitamente com a situação, enquanto Malfoy também já é grandinho o suficiente. Não é?


" É, com certeza Malfoy é 'grandinho'" Fred sussurrou para Jorge, imitando algum tipo de gorila com os braços.
Sirius olhou com incerteza para Molly, mas ao mesmo tempo tentando parecer alguém adulto. Então olhou para Draco e suas sobrancelhas franziram. O loiro por sua vez não estava gostando nada disso, teria que ficar longe de seu namorado e ainda por cima sozinho na mesma casa que Black, o cara que queria "proteger a inocência de seu afilhado". E ele, por um acaso, já tinha tentado tirar essa mesma inocência algumas vezes.


Sentiu-se grato por ninguém saber disso além dele e Harry ou suspeitava, não estaria inteiro agora. Era forte, com toda certeza o era. Porém, tinha certeza absoluta que se encostasse um único dedo em Black, seu gracioso parceiro nunca mais o deixaria toca-lo. Irônico, de certa forma.


      — É... É, tem razão Molly. Está tudo bem, então. — Sirius falou suspirando, mas Harry suspeitava que ele só estava aceitando isso tão bem, pois afastaria Draco de si por algumas horas. — Pra mim não tem problema nenhum, acho que... Pra você também não, não é Malfoy?


E encarou o loiro que engoliu em seco discretamente.


      — Não, claro que não. — Ele respondeu.


      — Muito bem, chega de enrolação. — Moody falou de repente. Estava usando uma roupa que deveria ser para se camuflar entre os trouxas e o mais bizarro de tudo, era o chapéu estranhamente inclinado para tapar o olho mágico, o deixando perecido com um vilão de desenho animado.


Todos se apressaram para fora e Harry também já ia, porém sentiu Draco puxar sua mão.


      — Hey, se cuida tá? — O maior sussurrou, colocando os dedos no rosto do menor delicadamente, o puxando para um breve beijo. Se separaram rápido pois Sirius emitiu um ruído muito parecido com um rosnado. O pequeno veela olhou sem jeito para o padrinho e corou, então voltou os olhos para os de seu namorado e sorriu brevemente.


      — Pode deixar. — Ele falou.


E saiu, acompanhando a família Weasley, Hermione, Alastor Moody e Tonks.


                                                     oOo


Enquanto pegavam o metro, a única pessoa que parecia disposta a conversar com Harry era Tonks, já que Rony parecia que o estava ignorando e conversava com Hermione, está por sua vez lhe lançava olhares de desculpas. O moreno não sabia como se sentir em relação a isso. Com certeza estava triste pela atitude do ruivo, mas... Deveria compreender pelo menos, afinal depois do que acontecera ontem...


Ah ele corava só de lembrar. Toda aquela cena na frente de todos os seus amigos... Merlin. 


Mas desejava que Rony pudesse compreender, a ultima coisa que queria era se afastar de seus amigos por causa de Draco. Eles tinham que entender que ele não tinha escolha. Merlin sabia o quanto ele tentara lutar contra isso. Lembrava das coisas terríveis que seu parceiro já dissera contra ele, Rony e Hermione, mas... Agora ele era outra pessoa. Ou algo assim.


Tonks, no entanto, não estava preocupada com nada disso e parecia muito interessada na historia toda.


      — Então Harry... — Ela falou sorrindo, mas o pequeno sabia que não deveria vir coisa boa por aí. Ela era bastante falante e já havia feito um interrogatório sobre videntes em sua família, considerando o sonho que ele tivera. Então o assunto chegou em "por que meu primo estava em Grimmauld Place?" — Como você e meu priminho acabaram juntos?


      — Err... B-Bem... — Ele corou, encarando um ponto muito interessante perto do chão. — É uma longa historia.


Ele riu sem graça, passando as mãos nos cabelos. Um homem sentado próximo a eles deixou o jornal cair e quando ele olhou, teve pelo menos a decência de disfarçar que estivera olhando o tempo todo. Pelo menos, tinham chegado.


Desceram numa estação que ficava no centro de Londres. O alvoroço das pessoas ao sair, permitiu que deixasse Fred e Jorge ficaram entre ele e Tonks. Não queria ter mais nenhuma conversa constrangedora.


Andaram pelo subsolo por um pouco mais, até finalmente saírem em uma rua movimentada e cheia de lojas. Harry foi pego pelo ar frio de Londres e tentou abraçar a si mesmo, amaldiçoando-se por não ter colocado um casaco mais quente. Moody andava bastante perto de si e isso o estava deixando nervoso, lembrava-se do episódio de antes do inicio das aulas. Felizmente, ou não, o homem só queria garantir sua segurança e que não se separasse do grupo por algum acidente.


Chegaram até uma loja de aparência antiga, porém grande. Feita de tijolos vermelhos e na faixada lia-se "Purge & Dowse Ltda." O lugar parecia já ter visto dias melhores, a vitrine possuía alguns manequins tortos ou sem algumas de suas partes, com perucas tortas ou sem elas. Desnecessariamente na porta tinha um grande aviso que dizia "Fechado para Reformas". 


Todo o conceito de ter um hospital para bruxos ali era bizarro, quer dizer, olhe todas aquelas pessoas passando por ali fazendo suas comprar... Mas a ideia era fazer os bruxos se misturarem a população trouxa, trazendo facilidade para eles irem e voltaram.


      — Certo. — Tonks se pronunciou, parando em frente a vitrine. — Estão todos prontos?


Harry acenou com a cabeça, olhando em volta e vendo que os outros faziam a mesma coisa, se aproximando. Moody precisou dar um "leve" empurrãozinho no ombro do moreno para que ele também desse um passo a frente.


      — Wotcher — A garota disse para o manequim além da vitrine, Harry franziu o cenho. — , estamos aqui para ver Arthur Weasley.


O menor apenas encarou abismado a cena. Com certeza já tinha visto varias coisas estranhas, mas nunca estaria preparado para ver o manequim responder com um aceno de cabeça e logo em seguida um gesto com os dedos articulados. A garota de cabelos coloridos agarrou Giny e a Sra. Weasley e entrou pelo vidro para... Harry não pode ver para onde, elas simplesmente desapareceram.


Não deveria ter perdido o ar com aquilo, mas perdeu. Claro que era praticamente o mesmo truque da plataforma 9¾, mas esse era o tipo de coisa que uma pessoa não pode se cansar de ver, não é?


Fred Jorge e Rony foram logo atrás deles. Harry olhou em volta para ver se não tinha ninguém olhando ou se quer achando estranho um grupo de adolescentes e três adultos sendo sugados pela vitrine... Não, ninguém achou estranho.


      — Ok, vamos logo. — Moody rosnou, empurrando-lhe "delicadamente"


Sentiu-se sendo impulsionado em direção ao vidro e levantou as mãos esperando o impacto, mas obviamente ele não veio e acabou tropeçando em Rony, que o olhou estranho e parecia que iria falar alguma coisa, no entanto apenas se endireitou e andou mais pra frente, indo para perto da Sra. Weasley. O pequeno veela suspirou triste, queria ir falar com seus amigos, mas talvez agora não fosse a hora...


Observando o local, ele percebeu que estavam em um tipo de recepção. Estava amontoada com bruxos e bruxas, acomodados em simples cadeiras de madeira. Cada um parecia em uma situação mais estranho ou penosa que o outro. Sentia-se mal, mas internamente agradecia por isso, já que por conta de seus próprios problemas, ninguém parecia notar o grupo de adolescentes recém chegado e muito menos... Ele.


Alastor Moody os guiou até o balcão onde poderiam ser orientados e enquanto isso, Harry via varias pessoas andando para lá e para cá, vestindo robes verde-limão e sempre anotando coisas em suas pranchetas, assim como Umbridge fazia. A lembrança da tão querida professora fez o menor estremecer.


Queria muito perguntar a Rony o que eram eles, mas tinha medo da resposta. Então, se esgueirou para o lado de Hermione.


      — Eles são médicos? — Perguntou baixinho, olhando um deles.


Ela o observou por alguns momentos e então sorriu levemente.


      — Não Harry, são medi-bruxos.


O moreno ergueu as sobrancelhas, assentindo em compreensão. Eram a mesma coisa afinal, não é? Mas você não chama os médicos de medi-trouxas. Talvez por que os médicos não soubessem nem mesmo o que são trouxas. No sentido bruxo da palavra, quer dizer.


Finalmente, depois do homem com o sapato "comendo seu pé", tiveram a oportunidade de serem atendidos. Sra. Weasley se aproximou do balcão.


      — Olá — Ela disse. —, meu marido, Arthur Weasley estava para ser transferido para outra ala esta manhã, você poderia nos dizer...?


      — Arthur Weasley? — Harry ouviu a bruxa que atendia falar. — Sim, primeiro andar, segunda porta à direita, Ala Da Llewellyn.


      — Obrigada. — A mulher ruiva respondeu. — Venha, vocês todos.


Ela os guiou até o caminho indicado, Harry teve que desviar de uma mulher que passou correndo com as sobrancelhas pegando fogo.


                                         oOo


Tic... Tac...


Tic... Tac...


O relógio fazia.


Tic... Tac...


O tempo passava.


Tic... 


O tempo passava devagar...


Tac...


E mais uma vez ouviu o suspiro alto e nada discreto do homem do outro lado da mesa. Draco já estava ficando louco com isso. Parecia que já estava a horas ali, dias na verdade. E no entanto não fazia nem alguns minutos que seu anjinho o havia deixado.


Claro que estava longe de suas primeiras opções, ficar na cozinha com Sirius Black, sozinho. Com toda certeza teria preferido subir e quem saber, com alguma sorte, dormir. Sozinho dessa vez, felizmente ou... Infelizmente. E só acordar quando seu lindo companheiro estivesse de volta. Mas não. Black não o queria sozinho lá em cima, sabe-se lá o porquê. Nunca conseguiria entender a mente perturbada do outro, que diabos ele poderia fazer?


Então agora estavam os dois ali, sentados um em cada lado da grande mesa, graças a Merlin calados e cada um com seus próprios pensamentos. Queria tanto ter ido dormir... Na verdade nem ter acordado. Então não precisaria ficar sozinho com seus pensamentos.


A verdade é que estava preocupado. O que iria pensar seu pai quando não o visse de volta em casa para o natal? Iria... Desconfiar de alguma coisa? Ele pelo menos iria ligar? Merlin queira que não. Mas sua mãe com toda certeza iria notar, disso ele não tinha duvidas. Mas como ela nunca confrontava Lucius com nada...


      — Então Malfoy... — Ouviu a irritante voz e virou-se para olhar, estreitando os olhos. Não poderia vir nada de bom daquela boca. — Vocês nunca fizeram nada né? Quer dizer, você e Harry...


Gargalhou. Internamente.


Seria tão divertido se pudesse contar, com detalhes, de preferencia... Será que Harry iria perdoa-lo?


                                                                  oOo


Seguiram pelo caminho indicado e aos poucos Harry ia percebendo que... Nunca tinha ido a um hospital antes. Isso simplesmente nunca tinha lhe ocorrido, mas era a verdade. Talvez, não pensara nisso até agora por causa de suas inúmeras visitas até a ala hospitalar, mas agora, sentindo o cheiro estranho que lá havia, a movimentação dos medi-bruxos em suas vestes verde-limão, percebia que realmente nunca estivera em um lugar como aquele.


Deveria se sentir feliz por isso não é? Não precisara ir a nenhum hospital por toda sua vida... Mas na verdade não era como se ele não tivesse se machucado, não é? Porém sua tia sempre dizia que ele poderia se curar sozinho... Ela estava certa, ele estava ali agora, curado de todos os machucados de sua infância. Físicos, pelo menos.


      — Está tudo bem Harry? Você estava com uma expressão estranha... — Hermione falou de repente e só agora ele notou que ela o estivera observando discretamente.


      — Hum? — Ele a encarou por um breve momento, então sorriu tentando disfarçar. — N-Não, não tem nada de errado Mione.


Ele riu da forma mais convincente que conseguiu e a garota fingiu acreditar da melhor forma que conseguiu.
Chegaram a segunda porta a direita e o grupo parou.


      — Nos esperamos aqui fora, Molly. — Tonks falou. — Arthur não vai querer muitos visitantes de uma só vez... Deve ir apenas a família primeiro.


Olho tonto murmurou algo que deveria ser uma aprovação e se recostou a parede do corredor, seu olho magico sempre alerta. Harry já estava pronto para esperar ali fora também, mas a Sra. Weasley o puxou para dentro.


      — Não seja bobo Harry, Arthur com certeza quer agradecê-lo.


Sem escolhas, a seguiu. Não que não quisesse entrar realmente, é só que se sentia muito nervoso. Novamente aquela sensação estranha de culpa o invadia, não sentia como se devesse ser agradecido.


Havia apenas três pacientes na ala. O Sr. Weasley se encontrava ocupando a cama no final, ao lado da pequena janela. O moreno não pode descrever seu alivio ao vê-lo escorado ao travesseiro, acordado e lendo um jornal. Conforme se aproximavam, chamaram sua atenção.


      — Olá! — Ele disse jogando o profeta diário de lado, sorrindo. — Gui acabou de sair, Molly, teve que voltar ao trabalho mas ele disse que fala com você depois.


      — Como você está Arthur? — Perguntou a Sra. Weasley, curvando-se para beijar a bochecha de seu esposo. Logo depois falou ansiosa — Você ainda está parecendo um pouco doente.


      — Eu me sinto absolutamente bem, não tem com o que se preocupar. — Disse o Sr. Weasley, logo se ajeitando para poder dar um abraço em Giny, a forma lenta como ele o fez não passava a sensação de "absolutamente bem" o que fez Harry morder os lábios em nervosismo. Por que estava sentindo culpa, afinal? — Se eles pudessem tirar essas bandagens eu estaria bom para ir pra casa.


Harry desejava que isso fosse verdade, mas de acordo com o próprio Sr. Weasley em todas as vezes que eles tentaram retirar as bandagens, o sangramento tinha voltado com força total, como se tivesse acabado de ser mordido... Deveria ser algo com o veneno da cobra de Voldemort, o menor achava.


Uma série de diálogos se seguiu sem que ele desse muita atenção, até a seguinte frase por parte do homem ruivo:


      —  O Ministério não quer que todo mundo saiba que uma suja e gigante serpente entrou no...


      — Arthur! — Molly o advertiu e Harry franziu as sobrancelhas com a estranha atitude.


      — Me ent...r...ou com as presas. — Sr. Weasley emendou rapidamente. Era só um palpite, mas talvez não fosse isso que ele realmente iria dizer.


      — Então onde você estava quando isso aconteceu, pai? — Jorge perguntou pertinentemente.


      — Isso é problema meu. — Disse o homem, disfarçando com um pequeno sorriso. Então pegando novamente o profeta diário e dizendo — Eu estava apenas lendo sobre o poder de Willy Widdershins quando...
Ok, isso era realmente muito estranho. Era obvio que estavam escondendo alguma coisa, alguma coisa que até Molly sabia. Com certeza seria algo da ordem... Não é? Tinha que ser algo muito importante para arriscarem o Sr. Weasley dessa maneira, Merlin ele quase... A cobra quase o havia matado.


      — Você está guardando ela, não está? — Jorge finalmente falou, de maneira grave. Ignorando todo o rodeio que seus pais tentavam fazer com o assunto. — A arma? A coisa do Você-Sabe-Quem?


      — Jorge, fique quieto! — Interrompeu Sra. Weasley e Harry teve de morder a língua para não falar nada. Sentia que precisava saber mais sobre o que quer que fosse essa tal de "arma".


Arthur voltou a tagarelar sobre algum acidente sobre uma privada trouxa, mas os gêmeos estavam inquietos.


      — Você não disse que Você-Sabe-Quem tem uma cobra, Harry? — Perguntou Fred e o moreno gelou levemente. — Uma massiva? Você viu isso na noite em que ele retornou, não é?


      — Já basta. — Disse Molly Weasley parecendo nervosa. — Olho-Tonto e Tonks estão do lado de fora, Arthur, eles querem vir e ver você. E vocês podem esperar do lado de fora. Podem se despedir depois, agora vão.


Sem oportunidade para mais nada, tiveram que sair, dando lugar a Tonks e Alastor Moody. Ficaram do lado de fora encarando a porta por alguns segundos até que Fred começou a revirar freneticamente os bolsos.


      — Onde...?


      — Procurando isso? — Jorge falou, segurando o que parecia uma mistura de barbantes coloridos.


      — Você leu minha mente. — O outro respondeu sorrindo. — Vamos ver se St. Mungus colocou impertubadores nessas portas da seção.


Então, os dois se livraram do barbante e separaram cinco orelhas extensíveis, um para cada um deles. Harry hesitou em pegar um, talvez não devesse ouvir, era um assunto particular, não?


      — Vai em frente Harry, pegue isto! Você salvou papai, merece mais do que ninguém espiar.


Por mais que estivesse curioso, tudo em si gritava para seguir o bom senso e não ouvir a conversa alheia, mas... Seguindo aquela logica e... Todos os outros já haviam colocado seus barbantes. Finalmente pegou um também.


      — Ok, vai! — Fred falou baixo.


Os barbantes coloridos se agitaram de uma forma estranha, como minhocas realmente compridas e estranhas por de baixo da porta. Primeiro não se podia ouvir nada e então deu um pulo com o súbito conjunto de vozes em sua cabeça.


Estavam falando sobre a cobra de Voldemort, aparentemente não tinham conseguido encontra-la em lugar nenhum... Isso não surpreendia totalmente. Porém em algum momento, o assunto pulou para ele. Remexeu-se sentindo-se desconfortável.


      — Dumbledore parecia amedrontado em relação ao Harry quando eu fale com ele essa manhã. — Sussurrou a Sra. Weasley e o menor se sentiu estranho. Dumbledore estava... com medo de si? Por que...? Não era culpa sua ter visto o que aconteceu, ele tentou ajudar o Sr. Weasley, não era sua culpa... 


      — É claro que ele está com medo. — Rugiu Moody. — O menino está vendo coisas por dentro da cobra de não-sei-quem, além de estar se envolvendo com aquele mini projeto de comensal. A única coisa que me impede de um "pequeno interrogatório" foram as ordem expressas de Dumbledore de que isso não seria necessário. Mas aquela ratazana nunca vai me convencer de que tudo isso não seja apenas mais um plano para facilitar Você-Sabe-Quem em possuir Potter.


Todo o corpo de Harry estremeceu e gelou ao mesmo tempo, ficou completamente sem ação. A primeira coisa que fez foi tirar a orelha extensiva com um puxão, olhando assustado para o barbante. Olhou em volta e percebeu o olhar de todos fixo nele, parecendo inesperadamente amedrontados.


                                          oOo


Isso não era um plano? Não é...? Draco nunca faria isso consigo... Oh por favor, depois de tudo... Não tem como isso ser tudo planejado não é? Draco nunca tocou no assunto ou nada parecido, não tinha a mínima possibilidade...


Talvez isso não era o que mais deveria o estar assustando e sim o fato que Voldemort queria possui-lo. Bem isso com toda certeza era assustador e lhe causava náuseas cada vez que pensava, mas... Não era nada comparado com a dor que sentia em seu coração ao pensar que Draco poderia estar junto disso. Junto ao homem que queria mata-lo.


Está certo que com a morte de um companheiro veela, o outro morreria. Mas isso só aconteceria depois que a... "Ligação" dos dois fosse feita, ou seja, a primeira vez. Será que era por isso que Draco não tentara isso até agora? Eles nunca chegaram lá, afinal.


Esperava que não, ainda ontem tudo fora tão... Perfeito, quer dizer, aquele "incidente" com Parkinson nunca teria acontecido se isso fosse mesmo um plano não é? Ou fora um imprevisto? Ou na verdade tudo planejado? Como poderia saber? 


M-Mas e se estava sendo possuído de verdade ele... Ele tinha atacado o Sr. Weasley, em forma de cobra, mas tinha sido ele, possuído por Voldemort. Oh Merlin, era por isso que se sentia culpado afinal? No fundo sempre soube que fora ele.


Como poderia ficar junto de seus amigos, de seu padrinho agora? Voldemort poderia possui-lo a qualquer momento e se... E se o obrigasse a machucar todos eles? Nunca iria se perdoar, preferia morrer antes disso.


      — Você está bem, Harry querido? — Sussurrou a Sra. Weasley, inclinando-se levemente em sua direção conforme o trem balançava. — Você não parece estar muito bem. Está se sentindo doente?


Todos o observaram e sentiu seu estomago despencar. Sacudiu a cabeça violentamente, dizendo assim que estava bem.


Tinha sido bem complicado depois do ocorrido com os barbantes, ele não queria falar com ninguém e felizmente ou... Infelizmente ninguém também falara com ele, no máximo um olhar ou outro. Estava sendo assim desde ontem de noite, não é? Será que é por que já sabiam de alguma coisa? Ele achou que era por causa de Draco, mas e se na verdade estivessem todos com medo dele?


Finalmente chegaram em Grimmauld Place e ele não poderia se sentir mais inclinado a sair correndo antes de entrar por aquela porta. Antes que pudesse pensar em qualquer coisa, foi levado para dentro.  


Os adultos já se dirigiam a cozinha onde Sirius deveria estar, não deixou de notar o olhar torto que Moody lançou a Draco ao passar. Ao ver o loiro o coração do pequeno veela descompassou.


      — Harry! — Ouviu a voz que entes causavam-lhe arrepiou de prazer, porém que agora conseguiu apenas lhe fazer mais nervoso do que já estava. — Finalmente, eu já não aguentava mais o seu padri-... Harry?  


O grupo de adolescentes que ainda se encontrava ali o observou, então ao loiro e novamente ele. O menor não sabia o que fazer, o que seus amigos esperavam? Ainda eram seus amigos? Mordendo os lábios apenas subiu as escadas rápido e em silencio.


      — Harry! — Draco chamou. — O que...?


Andou a passos largos até a porta do quarto que compartilhava com Rony, sendo parado antes que pudesse entrar por um toque em seu ombro. Relutante se virou para encarar os olhos prateados.


      — Anjinho... — O loiro o encarou intensamente, parecendo preocupado. Harry se pegou desejando do fundo do coração que isso não fosse mentira. — O que aconteceu?


Poderia falar para Draco? Seu namorado? Sinceramente ainda não se sentia emocionalmente preparado, só queria ficar sozinho...


      — Draco, eu... — Ele desviou o olhar. — Eu estou com sono, me desculpe.


E tirou a mão do outro delicadamente de seu ombro e entrou no quarto, fechando a porta atrás de si e deixando o outro encarando a madeira escura.


As lagrimas finalmente ameaçavam cair e ele não fez nada para impedi-las. Sentou-se em sua cama se encolhendo o máximo possível enquanto soluçava em silencio. Por que nada poderia permanecer bem por muito tempo? Agora que as coisas começavam a se acertar, seu mundo caia novamente.


                                                                    oOo


Draco estava completamente confuso. 


O que estava acontecendo com seu pequeno parceiro? Achou que ele estaria feliz em retornar da mesma forma que ele se sentia em tê-lo de volta. Já não suportava mais Black o fazendo prometer pela décima vez que nunca teria nada impróprio a seu afilhado... Nada que ele não quisesse, é claro. Mas achou melhor não mencionar esse detalhe.


De qualquer forma o estado de Harry era completamente estranho. Ele estava triste e conseguia sentir isso de longe, mas o que será que poderia ter acontecido?


Achando melhor deixa-lo sozinho por enquanto, foi até os amigos Weasleys dele e a Granger, que ainda se encontravam perto da entrada, parados com cara de taxo. Definitivamente algo estava errado.


      — Hey, Granger. — Resolveu falar com a única pessoa que pensava minimamente naquele grupo. — Posso falar com você um instante?


Weasley narigudo pareceu disposto a protestar, felizmente seus nervos foram poupados.


      — Claro... Malfoy. — A morena falou, tranquilizando o ruivo com um olhar.


Seguiram até uma sala vazia ali do lado e ele resolveu não perder tempo.


      — Granger, o que aconteceu? Harry está estranho e seu que tem algo errado. — Ele falou rápido, porém de maneira clara. A garota o encarou de maneira avaliativa.


      — Bem... — Ela pareceu relutar e o loiro já estava impaciente. — Antes eu queria te perguntar uma coisa.
      — Me perguntar? — Ele repetiu confuso. — Ok, vai logo.


Ela mordeu os lábios levemente, olhou em volta e finalmente, parecia ter decidido falar.


      — Você gosta mesmo do Harry? — Ela perguntou o encarando fixamente nos olhos.


Ele apenas franziu a sobrancelha e cruzou os braços.


      — Eu não sei por que isso é relevante para você, mas... Sim, é obvio Granger, ou não entendeu nada do que eu falei ainda ontem a noite? — Disse o loiro revirando os olhos.


      — Eu ouvi, mas preciso saber se é verdade, e se quer saber, isso é muito relevante para mim por que Harry é meu amigo e não quero que ele se machuque com nada assim. — A garota falou seriamente e Draco achou que poderia começar a gosta um pouco dela. Qualquer pessoa que se preocupasse com seu pequeno era bem vinda.


Menos Black. Ele era irritantemente desnecessário.


      — Bem Granger, eu realmente gosto de Harry, não, eu o amo pra falar a verdade. — Falou de forma firme fazendo a morena erguer o cenho, para não deixar nenhuma duvida naquela cabeça crespa. — Feliz agora?


       — Hum... — Ela parecia indecisa. — Como posso confiar em você? Como posso ter certeza de que não vai machuca-lo?


Bem, essa era... Uma ótima pergunta. Porém, ele não tinha uma ótima resposta.


      — Você não pode. Não tenho como provar nada a você. — Ele respondeu simplesmente a fazendo arregalar os olhos em incredulidade. — Mas você pode acreditar em Harry, ele sabe que eu o amo e pra mim, é tudo o que precisa.


Ela ficou em silencio por alguns segundos, o avaliando. Draco já estava perdendo a paciência, ele quem tinha que estar fazendo as perguntas para inicio de conversa.


      — Ok, uma ultima pergunta. — Hermione falou seria. — Se você tivesse que escolher, entre Harry e... E seus pais, quem você escolheria?


Ele a encarou com as sobrancelhas arqueadas, pego completamente de surpresa pela pergunta. Definitivamente não estava esperando por isso.


      — Granger, o que...


      — Apenas responda, por favor, é importante. — Ela o encarava de forma impassível e ele sabia que se quisesse saber alguma coisa, teria que responder sinceramente.


      — Bem, eu amo meus pais. — "Amo minha mãe, não meu pai" Ele completou mentalmente, mas não achava necessário falar esse detalhe em voz alta. — Mas entenda, como veela, nada nunca vai ficar entre mim e Harry... Nem meus pais. E por favor, me escute Granger. Eu já percebi que não confia em meus sentimentos por Harry, mas pelos menos, confie em minha biologia. Você provavelmente já deve ter lido sobre veelas... 


Ela estava prestes a responder, mas ele não estava interessado em parar.


      — Então, sabe que nada no mundo me fara abrir mão de Harry, não é? Por que ele é meu parceiro e eu enfrentaria qualquer coisa por ele. É mais forte que eu, é instinto. — Ele falava quase sem tomar ar. — E não pense que só se resume á isso, no inicio talvez, mas agora eu realmente o amo... Mas você não acredita nisso, não é? Pois acredite nos livros, neles á tudo o que eu disse agora. Ou seja, não posso fazer nada para ferir Harry, não de maneira intencional.


E pela primeira vez, ele vira a garota sem palavras. Sentia-se orgulhoso consigo mesmo por isso.


      — Agora pode responder minhas perguntas? — Ele falou por fim.


A morena assentiu lentamente. Talvez finalmente escolhera que confiava em si.


      — O que aconteceu? — O loiro perguntou. — Por que Harry estava daquele jeito?


      — Oh bem... — Ela parecia estar escolhendo por onde começar, organizando os pensamentos em sua cabeça. — Ontem, antes de virmos para cá, Harry sonhou com o ataque ao Sr. Weasley. Ele passou muito mal, mas a professora McGonagall nos instruiu a leva-lo ao escritório do diretor. Harry estava desmaiado, mas lembro que o diretor mencionou algo como uma ligação. Uma ligação aberta entre Harry e Voldemort.


Discretamente Draco engoliu em seco, trocando o peso dos pés. Isso era algo definitivamente... Preocupante.


      — Ele também falou que... — Ela parecia relutante em lembrar. — Que se Voldemort estivesse ciente disso, poderia usa-la como bem entendesse.


      — Harry sabe disso? — Talvez fosse por isso que seu anjinho estivesse tão preocupado? Com certeza era com razão, mas ele não parecia tão mal antes de ir até St. Mungus.


      — Eles estava desacordado quando Dumbledore disse isso, mas...


      — Mas...?


      — Ouvimos Moody dizer algumas... Coisas hoje. — Ele continuou olhando-a e ela prosseguiu. — Ele disse que desconfiava de você, achava que você poderia estar ajudando Voldemort em um plano para possui-lo.


      — Por Merlin, e ele acreditou? — Draco começava a perder a compostura. Era pior do que pensava, agora Harry poderia estar bravo consigo, novamente.


      — Eu não sei. — Hermione respondeu. — Mas agora entendeu por que tive de fazer aquelas perguntas, não é?


      — Bem, sim, mas... — O maior estava inquieto. — O que Harry disse depois de ouvir isso?


Ela desviou o olhar para o chão antes de responder em uma voz quase baixa.


      — Nada. — Ela murmurou. — Ele não falou nada desde que ouviu isso. Harry já não parecia estar se sentindo confortável, considerando o comportamento infantil de Rony, mas depois disso ele se fechou completamente. Tenho medo do que ele pode estar pensando. Se o conheço bem, deve achar que estamos com medo dele.


      — Mas isso é besteira! — O loiro elevou o tom de voz ligeiramente. — Precisamos falar com ele sobre isso.


      — Sim, você tem razão. — A garota respondeu, mas então, pareceu lembrar-se de algo importante. — M-Mas antes disso, acho que deveríamos falar com... Algumas pessoas antes.


      — O que? — Ele perguntou confuso. — Com quem?


                                       oOo


Como ele foi parar nisso? Simplesmente não sabia.


Ah sim, ele amava Harry. Sim, só podia ser por isso. Por nenhum outro motivo ele estaria em uma sala, com Granger e todos os outros Weasleys.


      — Hermione, o que essa doninha faz aqui? — O Weasel perguntou, olhando-o de cara feia.


Ele retribuiu, desgostando mais ainda da situação irritante. Mas estava fazendo isso por Harry... Tudo por Harry... Foco.


Encontravam-se ainda na mesma sala onde ele e Granger haviam conversado a principio, agora instalados os gêmeos ruivos no sofá de três lugares, com a Weasel fêmea entre eles, a garota morena sentada em uma poltrona próxima e ele e o irritante Weasley de pé.


      — Ele está aqui, Rony, por que é o... Ahn, parceiro de Harry e temos que parar com essa implicância boba, pelo bem do nosso amigo. — Hermione disse seriamente.


      — Implicância boba? Hermione! Se esqueceu de tudo o que ele já nos fez?


      — Não, mas... — Ela o encarou e ele sentiu uma sensação estranha, quem sabe fosse culpa... — A situação agora é diferente.


      — Pois eu não vou simplesmente ignorar tudo o que esse loiro oxigenado já fez só por causa-


      — Só por causa de seu melhor amigo? — Draco perguntou frio. Aquele garoto já o estava irritante, no entanto, tentou se controlar. — Me escute Weasley, peço desculpas por tudo que já fiz a vocês, ok? Eu era realmente um idiota, mas acredite ou não eu... Eu mudei. — "Acho" adicionou em pensamento. — Eu cresci e você também deveria fazer o mesmo, além de parar de ser egoísta e ver que está fazendo mal á Harry.


Um silencio estranho se instalou no cômodo. Talvez estivesse sendo hipócrita, afinal lembrava que fora um perfeito idiota sua vida toda, principalmente com seu pequeno parceiro e seus amigos. Mas agora a situação era diferente e ele tinha mudado, por bem ou por mal... Teve que apelar para a culpa de Weasel, afinal ele era um Grifinório. 


Rony estava vermelho, quase da cor dos cabelos. Parecia estar fazendo um enorme esforço para pensar ou para simplesmente não explodir.


      — E como vamos saber que você não está querendo apenas se aproveitar dele? — Foi a brilhante frase que o ruivo finalmente conseguiu falar e agora, Draco quem estava se controlando para não explodir?


      — Qual é o raio do problema de vocês? Por Merlin! — Ele finalmente se exaltou. — Eu sou um veela! Assim como o amigo de vocês! E gostando ou não, estamos unidos até o fim de nossas vidas, não fomos nós quem escolheu e sim... Nossa biologia. O mínimo que poderíamos fazer é trabalhar para tornar o resto de nossa convivência o menos desagradável possível.


      — Ele tem toda razão Rony. — Granger disse e Draco agora tinha certeza, com certeza poderia gostar um pouco dela.


      — M-Mas Hermione...!


      — Ronald Weasley! — A garota finalmente se estressou, levantando da cadeira e indo até o frente do garoto ruivo.


Fred, Jorge e Ginny que até o momento pareciam acompanhar um jogo de ping-pong, seguraram a respiração.
      — Como você pode ser tão insensível! — Ele colocou um dedo no peito dele, batendo a cada palavra. — Pare de olhar para o próprio umbigo só uma vez! Malfoy já pediu desculpas e ele tem razão sim quando diz para tentarmos cooperar com a situação toda, não só por nós mas também por Harry! Ou você acha que ele estava gostando do tratamento que você deu a ele a manhã toda?


Rony estava pálido, era incrível como conseguia mudar de cor rapidamente. O garoto engoliu em seco e se afastou um passo, massageando a área onde o dedo de Granger estivera batendo, talvez ficasse roxo. E algo finalmente parecia ter penetrado aquela cabeça ruiva, aquilo no rosto cheio de sardas se parecia com culpa.


      — Então, é melhor você ir até ali apertar as mãos dele e depois, ir pedir desculpas a Harry. — A morena falou, cruzando os braços enquanto encarava fixamente o garoto.


O ruivo e fitou rapidamente e então ao loiro, que quase poderia ver o conflito dentro daquela cabeça. Lentamente ele andou, se aproximando de si. E muito lentamente ergueu uma mão, mas mantinha a cabeça baixa.


Levantando o cenho ele levou sua mão até a dele, apertando firmemente. Poderia rir agora e se gabar, mas não queria enfrentar Granger.


      — Ótimo. — A garota dissera. — Agora só falta, bem... Harry.


                                   oOo


Era isso, não poderia ficar perto de mais ninguém. 


E se Voldemort o possuísse e o obrigasse a machucar seus amigos? Ou... Á Draco.


Simplesmente se recusava a acreditar que ele estivesse em um plano contra ele, mesmo que seus pais fossem comensais, ele... Draco era diferente, não era? Queria acreditar que sim.

 


Ainda haviam tantas coisas estranhas nessa historia... Quer dizer, como ele tinha se tornado uma cobra? Ele tinha se tornado uma cobra, não é? Afinal não tinham achado nem sinal do animal, então fazia sentido. Mas então ele era algum tipo de animago? Como pudera ir de Hogwarts ao ministério e então voltar para Hogwarts?


Bem, de qualquer forma tinha acontecido e isso significava que ele era muito mais perigoso do que pensara. Não deveria estar ali, no meio daquelas pessoas de quem amava.


Enxugou uma lagrima que escorria pela bochecha e olhou em volta, seus olhos encontrando diretamente seu malão.


      — Agora que parou de se lamentar... — Ele pulou de susto, seu coração quase saindo pela boca ao ouvir a voz repentina de Phineas Nigellus no quadro na parede. — Não está pensando em fugir de nós, está?


Ele olhou a figura no quadro por alguns segundos até se dar conta que ela falara consigo.


      — N-Não, eu não...


      — Eu não achei — Phineas o interrompeu. — Que Grifinórios ficassem chorando e se lamentando, engolidos em seus quartos. Eles são conhecidos por sua coragem, afinal de contas não é? Você nunca veria um de meus Sonserinos em uma situação como essa, se for me perguntar... Se bem que, olhando melhor, você não parece um leão. Talvez um gatinho...


Harry corou intensamente e puxou as pernas ainda mais próximas de si. Já não bastava estar naquela situação, ainda tinha que ouvir aquele tipo de coisa de um quadro.


      — De qualquer forma, tenho uma mensagem de Alvo Dumbledore.


O menor o encarou interessado novamente.


      — Oh... E o que é? — Ele perguntou.


      — Fique onde você está.


...


      — M-Mas eu não me mexi... Qual era o recado? — Ele perguntou confuso.


      — Acabe de dizer a você, pateta. — O quadro disse irritado. — "Fique onde você está"


 
      — Era... Era só isso?


      — Sim, nada além. — Phineas disse, erguendo uma das sobrancelhas negras logo em seguida. — Agora escute aqui, pare de se lamentar. Por que adolescentes adoram fazer esse tipo de coisa? Você não tem motivos para se preocupar moleque, os adultos estão cuidando de tudo para que nada aconteça a você e a única coisa que consegue fazer é chorar igual á um bebê? Que patético.


      — E-Eu... — Harry corou mais ainda, sentindo-se completamente inútil.


      — Lembre-se rapaz. Alvo Dumbledore nunca deixaria nenhum perigo entrar nessa casa, nem nada acontecer a nenhum de vocês. — O homem disse. — Agora, se você me desculpar, tenho coisas melhores a fazer do que ficar consolando adolescentes. Bom dia para você.


E ele se foi pela moldura, saindo de vista.


Harry apenas ficou ali encarando o quadro vazio, refletindo as palavras de Phineas. Dumbledore nunca deixaria nenhum perigo entrar ali... Isso quer dizer que, ele não era um perigo? Mas então, o que aquele sonho significava? E a historia de possessão? Isso não era perigoso? Ele se sentia tão confuso...


As palavras do antigo diretor de Hogwarts mexeram consigo com toda certeza, mas ainda não se sentia preparado para descer e encarar todo mundo, então, deitou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos. Caindo no sono logo em seguida.


                                                                          oOo


Acordou com uma gostosa sensação na sua cabeça, estava quente e confortável. Sentia alguém fazendo carinho em seus cabelos e isso não ajudava em nada seu sono a ir embora e seus olhos abrirem. Talvez pudesse ficar assim mais um pouco, estava tão bom...


      — Harry... — Ouviu uma voz rouca ao longe. — Anjinho... Acorde...


Devagar abriu seus olhos, piscando lentamente, tentando se acostumar a claridade. Olhou em volta e viu cabelos loiros e olhos prateados logo a cima de seu rosto. Então Draco sorriu e ele teve o forte impulso de retribuir.


      — Boa noite dorminhoco. — O loiro falou, ainda com a voz baixa. — Já está quase na hora do jantar.


Hora do jantar...? Quanto tempo ele tinha cochilado? Lembrava-se de apenas de ter do para o quarto depois de voltar de St. Mungus por que...


Sentou-se de súbito, quase batendo cabeça com o outro.


      — O que houve? — Draco perguntou. — Está se sentindo mal?


      — Draco, eu... — Ele o encarou por alguns momentos, sem saber o que falar.


Não sabia o que fazer. Devia falar com ele sobre tudo o que sabia, ou pensava que sabia. Talvez fosse o melhor a fazer, mas... Ainda estava em duvida. De qualquer forma, o outro o surpreendeu com a fala:


      — Harry, preciso falar com você.


      — Sério...? — Ele perguntou de forma boba, talvez ainda fosse o sono fazendo efeito. — O que?


      — Granger me falou o que aconteceu hoje no St. Mungus. — O moreno paralisou, parecia que um balde de agua fria tinha acabado de cair sobre sua cabeça. — Você não acreditou mesmo naquilo, não é?


O menor o fitou, sem saber o que falar. Abria boca e fechava como um peixe fora d'gua. Finalmente desviou os olhos e falou.


      — B-Bem... E-Eles não acharam a cobra e... Teve o sonho e então...


      — Eu não estava falando disso Harry, ou não apenas disso.


      — Hum? — O pequeno veela o encarou confuso.


O loiro então, colocou uma das mãos delicadamente na face do menor, acariciando.


      — Não acreditou que eu estivesse fazendo parte de um plano com Você-Sabe-Quem, não é? — Ele perguntou e a voz grave parecia enviar uma descarga elétrica em cada centímetro do outro. Mais uma vez ele tentou falar algo, porém nada saiu. Draco suspirou. — Por favor Harry, não acredite nessa ideia maluca por nem sequer um segundo ok? Eu nunca faria nada para machuca-lo, você é o meu parceiro, a pessoa que eu amo... E nada pode ficar entre nós, nem uma ideia maluca daquele olho-tonto, está me entendendo?


Harry nunca entendera por que as pessoas diziam que o amor era cego... Ou que deixava as pessoas bobas ou até as induzia a loucuras. Com certeza amava seu amigos e sabia do amor de sua mãe... Mas aquilo era diferente. Ele entendia agora, mesmo depois de tudo... Ele acreditava e se segurava em cada palavra de Draco, pensar que eles poderiam ser mentira lhe parecia uma coisa rude a se fazer.


      — Tem razão... — O moreno murmurou, sentindo-se de certa forma culpado. — Eu estava tão nervoso eu... Não sabia o que pensar. Me desculpe.


Draco riu alto e levantou seu rosto, encarando diretamente as esmeraldas.


      — Será que eu te perdoou? — Ele perguntou divertido, aproximando os rostos. Logo os lábios se encontraram, apenas se sentindo. Draco lambeu levemente, pedindo passagem e foi recebido prontamente pela boca pequena com um gemido baixo. Harry estava inebriado na sensação de estar de volta naqueles braços, tivera tanto medo que isso acabasse... Draco o trouxe para mais perto o segurando pela cintura e colando seus corpos. Quando o ar se fez necessário, se separaram, porém sem se afastar. — É... Acho que você está perdoado.


O menor sorriu de forma tímida, as bochechas coradas tanto de vergonha quanto por causa do beijo.


*CLIC*


E um fleche encheu o quarto, junto com uma leve fumaça. Harry olhou em direção a luz e viu Ginny segurando uma câmera pela brecha da porta levemente aberta. Se afastou do outro como se tivesse levado um choque, seu rosto ficando ainda mais corado.


      — Ah... — Draco revirou os olhos, obviamente lamentando a perda do precioso momento. Apesar de que, parecia que a Weasel fêmea poderia disponibiliza-lo as memorias da cena mais tarde.— Eu quase ia me esquecendo... Tem algumas pessoas que querem falar com você.


      — O que...?


E então Ginny, Rony, Hermione, Fred e Jorge, entraram no quarto.


Notas Finais


Oh deus, Harry... Por que tão Drama queen? Se bem que eu também ficaria pirada se soubesse que o cara sem nariz poderia estar lendo meus pensamentos ou até mesmo me possuir... Imagina se uma dessas coisas acontecem enquanto ele e Draco... Né x.x que coisa. heuehueh

Não se esqueçam de comentar, é de graça e indolor! Bjs!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...