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História Herança Veela - Cap 30 - Protegendo a inocência alheia:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Dingou béu dingou béu
Acabou papél!
Não faz mal, não faz mal, limpa com jornal, HEY!

Oláááá seus lindos? Como estão? Bem eu espero.
Sentiram saudades????

Bem, para inicio de conversar eu esqueci de dizer capítulo passado, que teria um especial de natal...
...
O que foi bom, por que na verdade não vai dar para fazer e.e''' Eu realmente queria fazer, tava super animada e tals por que o natal de verdade iria chegar junto com o da Fic... Mas não vai dar tempo. eu não poderei escrever dias 24,25 e 26 eu vou viajar para ser madrinho de reecasamento (me diga quem raios se casa um dia depois do natal? '-') então, eu só poderei escrever quando voltar. De uma forma ou outra o capítulo ia sair bem grandão e com o natal e tals... SE eu não estivesse postando hoje, que é sinceramente o meu presente de natal para vocês. O capítulo de natal aí vai sair... Depois do natal e.e''' mas enfim. Eu não poderia ir viajar sem deixar um capítulo de presente para vocês! Espero que gostem, vejam se acertei o numero pois se ficar errado, não tem como trocar >.<

Esse capítulo é sóó o inicio da relação Draco <> Amigos de Harry. Só para deixar claro.

Fiquem aí com o capítulo então. Bjs!

Capítulo 30 - Cap 30 - Protegendo a inocência alheia:



Cap 30 – Protegendo a inocência alheia:



      — Mas o que...? — Sirius foi o primeiro a se manifestar. Provavelmente tão confuso quanto qualquer um ali.


Ao ouvir a voz de mais alguém na cozinha, Harry separou rápido os lábios dos de Draco, tendo o leve som de vácuo. Observou com os olhos arregalados a plateia que os observava. Draco ainda tinha os braços em volta de si, porém também parecia ter acordado para as pessoas ali.


Esqueceu-se dos Weasley, de Hermione e até mesmo seu padrinho. Todos assistiram a cena que ele acabara de fazer. Ou seja... Seu segredo se fora, dessa forma tão abrupta.


      — Harry, o que está fazendo? — Seu padrinho perguntou devagar, olhando para ele, para Draco e então para os braços em volta de sua cintura.


Toda a felicidade que estava sentindo congelou, literalmente ele achava, já que tinha gelado dos pés a cabeça, ao mesmo tempo que seu rosto se encontrava queimando em vergonha. 


O que... O que estava pensando? Merlin! O que ele tinha feito. O que... O que ele estava fazendo?


Desvencilhou-se rápido dos braços de seu parceiro.


      — Ahn, Sirius... N-Não é o que está pensando. — Ele gaguejou, sentindo-se idiota por esse ser o melhor argumento em que pensou.


      — Estou pensando em várias coisas Harry. — Seu padrinho respondeu, em seguida passando as mãos pelos cabelos. — Mas agradeceria se me dissesse o que é ao invés do que não é. E claro, não podemos esquecer esse detalhe... O QUE ESSE BASTARDO LOIRO ESTÁ FAZENDO AGARRANDO VOCÊ?


Harry engoliu em seco, Draco deu um passo para trás. Não soube quem exatamente, mas suspeitava que fosse um dos gêmeos a murmurar "Ora, mas o que ele estava fazendo era obvio, não é?" e então a resposta em uníssono dos ruivos. "Agarrando."


No entanto qualquer resposta foi interrompida com o abrupto feixe de luz e um sonoro "clic"


Ao mesmo tempo, todos viraram o rosto lentamente em direção a porta. Onde Ginny Weasley se encontrava segurando uma maquina fotográfica bruxa, assim como a que Collin Creevey usava. A ruiva abaixou a câmera e olhou perplexa para o casal no meio da cozinha.


      — O que estão fazendo? — "É o que todos queremos saber" De novo, um dos gêmeos. — Continuem o que estavam fazendo agora mesmo! Eu não tive tanto trabalho para achar essa câmera só pra vocês se desgrudarem agora.


      — Ginny! Me entregue essa câmera agora mesmo! — Molly se levantou acenando freneticamente com as mãos. Bufando, a garota andou até lá, entregando a câmera para a mãe e sentando na cadeira mais próxima, então cruzou os braços e fez uma carranca emburrada por não ter conseguido as fotos que queria.


Suspirando alto, Sirius se virou novamente para Draco e Harry e apontou de um para o outro.


      — Agora, me respondam. — Ele falou. — O que... O que acabou de acontecer aqui?


Hesitante o pequeno veela olhou para seu parceiro, que retribuiu o olhar parecendo incerto.


      — Dumbledore já sabe Harry... — Ele falou baixo. — Talvez seja melhor que eles saibam também... São sua família não é? Além do mais, nem mesmo eu sei uma desculpa para isso.


O menor assentiu lentamente, então se voltou para seu padrinho e o encarou, engolindo em seco antes de começar a falar.


      — Sirius, Draco e eu... Nós somos... — Ele olhou para o loiro mais uma vez, que segurou sua mão, lhe dando segurança. — Nós somos parceiros.


O homem apenas estreitou os olhos, como se essa não fosse a resposta que queria ou o termo "parceiros" não lhe trazia nada a mente. Ao ver isso, Snape soltou um som de obvio deboche.


      — Por favor, Sr. Potter, clareie as coisas para seu padrinho, parece que ele ainda está um pouco... Confuso. — O professor falou, ganhando um olhar cortante do animago, porém antes que ele pudesse revidar, Harry começou a falar.


      — Bem, Sirius eu... Eu sou um veela, lembra? Metade veela, ou algo assim. — O menor começou, olhando incerto para Draco, que mais uma vez, assentiu. — E Draco... Draco também é.


Alguns ofegos por parte dos espectadores, mas Sirius apenas olhou o loiro da cabeça aos pés.


      — É, bem... Longa historia. Mas o que importa é que... — Harry não sabia como continuar, então apenas simplificou as coisas. — Que nós somos parceiros. Parceiros veelas, quero dizer. Pronto, é isso...


      — O que? — Hermione finalmente parecia ter saído do choque e começava a falar. — Harry, do que... Como isso aconteceu? Há quanto tempo? Por que não falou nada pra gente?


      — Quantas perguntas Granger. — Draco observou, vendo que seu pequeno se encontrava levemente confuso.


      — Pode começar respondendo a primeira então. — A garota falou. 


Eles se fitaram por um curto período de tempo até o loiro desviar o olhar para o teto, tentando lembrar qual era a primeira pergunta.


      — Como? Foi isso o que perguntou? — Hermione assentiu brevemente. — Ok... Bem... É difícil dizer o que você está perguntando exatamente, já que é obvio como isso aconteceu, como Harry já respondeu, nós somos veelas, ou parte veelas pelo menos. De qualquer forma, caso não saiba, veelas dominantes tem formas de encontrar seus parceiros, então quando encontrei o Harry... Depois de receber a herança, eu soube que tinha algo diferente, mas demorei um tempo para aceitar e... Entender o que acontecia. Depois eu só tive que... Falar com ele.


Harry corou intensamente, fitando nenhuma parte do chão em especial, lembrando dos momentos em que Draco "falou" com ele.


      — ... Quando? — A castanha continuou, observando Harry atentamente.


      — No trem. — Draco respondeu rápido. — Quer dizer, foi quando aconteceu nosso primeiro contato, mas... Acho que nenhum dos dois sabia. Não sei exatamente quando começamos.


      — Ok... Então, por que esconderam isso da gente?


      — Hermione eu... — Agora era Harry quem respondia. — Eu achava que era errado, estava confuso... Não queria meter vocês nisso e eu... Fique com medo.


Hermione o olhou de forma estranho, era como se estivesse dizendo o quão idiota ele era, mas ao mesmo tempo, que aceitava completamente.


      — Ou ou ou... Ou. — Rony se levantou, sinalizando como se quisesse que alguma coisa parece. — Então quer dizer que... Oh meu Merlin, Harry. Vocês estão juntos? Juntos?! Você e Malfoy? Juntos?


      — Sim... — Harry o olhou suplicante.


      — Juntos, juntos. Ou juntos como... — O ruivo empalideceu, não conseguindo continuar.


      — É. Juntos.


Agora ele parecia que iria vomitar, a palidez passando para vários tom de verde.


      — Oh Harry... — Era Sirius quem falava agora, no entanto não olhava para si, estava com os olhos fechados enquanto passava as mãos pelo cabelo parecendo agoniado. — Harry, Harry... Você é jovem demais para isso! Merlin, não está vendo? Malfoy só quer abusar de você!


      — Hey! — Draco avisou, segurando a mão pequena entre a sua mais firmemente. — Eu garanto que minhas intenções com Harry são as melhores possíveis Black. Não poderia fazer-lhe nada de mal nem mesmo se quisesse. Harry é meu parceiro, isso significa que irei protege-lo a qualquer custo.


O "aaaaawn" de Ginny foi ignorado solenemente pelo pequeno veela que se encontrava completamente vermelho, mais uma vez.


      — Mas... Mas... — Sirius parecia querer achar novas desculpas para impedir aquilo. — Droga Malfoy! Meu afilhado é inocente demais para esse tipo de coisa!


      — Sirius por favor! — Harry finalmente falou. — Eu amo Draco, por favor não me faça ficar longe dele, por favor não tente impedir isso... Eu não posso... Não escolhe-lo. Ele é meu parceiro e... No inicio eu tentei lutar contra isso, mas agora... Depois de ficar longe dele, eu sei que não dá, é impossível pra mim. Por favor, não me faça escolher entre vocês por que... Vou sentir muitas saudades suas.


Aquilo foi como um tapa na cara do moreno mais velho, que encarava seu pequeno e inocente afilhado parecendo perplexo. Não gostava nem um pouco da ideia de ter aquele loiro enorme tocando seu precioso afilhado, loiro esse que supostamente deveria ter quinze anos, mas era mais musculoso que ele por conta da estúpida herança veela. Porém, que escolhas tinha? Ele não poderia ficar longe de Harry, muito menos fazê-lo sofrer, então... Então a escolha era obvia, apesar de indesejada.


Olhou para Malfoy e então para Harry, suspirando em seguida.


      — Tudo bem. — Falou por fim. Levantando os braços como se estivesse se rendendo. — Tudo bem. Vocês... Vocês tem a minha benção.


Harry sorriu tão brilhantemente, que Sirius quase achou que estava valando a pena. Porém o que ele não percebeu, foi que seu pequeno afilhado deve que se segurar para não beijar seu parceiro uma vez mais.


      — Mas! — O homem pareceu se lembrar de algo importante. Draco e Harry trocaram um rápido olhar. — Nada de... De... Nada. Meu afilhado é um jovem puro e eu quero que permaneça assim.


Harry corou em vários tons de vermelho nesse momento.


      — Você é puro né Harry? — Mais um troca de olhares por parte do mais novo casal e Harry agradeceu por já estar mais vermelho do que era possível para um humano, ou teria derretido agora mesmo.


O menor apenas acenou violentamente com a cabeça, ignorando o som baixo de riso de Draco, que apenas ele, felizmente, pode ouvir. Bem, ele era... "Puro", não tããão completamente puro, mas certamente o era. Sirius suspirou aliviado e se sentou. Aliás, não apenas ele como Rony, Fred e Jorge também. Ginny parecia decepcionada.


      — Então — Snape chamou a atenção de todos na sala. — Agora que... Está tudo resolvido, devo me retirar de volta a Hogwarts. Aparentemente tenho negócios a tratar com a Sra. Parkinson. 


O homem deu meia volta, sua capa se movimentando de forma estranho como de costume. Draco estava ansioso para perguntar que negócios eram esses com Pansy. Não que estivesse preocupado, longe disso, afinal se fosse algum tipo de castigo, só ficaria triste em não poder participar. Não iria perguntar ali, já que poderia atrair assuntos indesejados. 


      — E avisarei seus pais que ira passar o natal fora, Draco. — Observou o fogo verde queimando em volta de Severus e então ele desaparecer, deixando o local em pleno silencio.


Ele tinha ido até o escritório do diretor no meio da noite, por Harry. Tinha se declarado mais uma vez e cedido suas memorias, por Harry. E agora estava ali, completamente vulnerável no meio de um bando de Grifinórios, por Harry.


Aliás, ele ainda devia pedir desculpas devidamente.


      — Se... Se não for pedir muito — Ele se virou para as pessoas na mesa. — Eu gostaria de um tempo a sós com Harry, eu ainda... Tenho coisas a dizer.


Olhou intensamente para os lindos olhos esmeraldas. O menor desviou o olhar envergonhado.


      — Olha, eu acho que — Sirius começou, mas foi interrompido.


      — Que qualquer coisa que tenham pra falar, pode ser aqui, não é? — Ginny olhou em volta — Mãe, onde está a câmera?


Molly apenas a encarou feio, em uma briga muda. Ginny revirou os olhos.


      — Bem, eu... — Harry falou. — Vou levar ele até algum lugar onde possamos conversar, tudo bem?


Ele encarou Sirius em expectativa, que inspirou fundo e soltou o ar alto, parecendo nervoso, porém assentiu. Harry sabia que estava sendo difícil para ele, assim que parecia estar sendo difícil para Rony, que parecia pronto para falar algo. Porém, saiu de lá antes que pudessem falar algo contra, levando Draco pela mão.


Guiou Draco pelos corredores e escadas, entrando no primeiro quarto que achou. Era decorado como o resto da casa, de maneira fria, que não passava calor algum, como a toca passava. Deveria ser um dos quartos principais, afinal os do hospedes estavam arrumados com camas extras.


Fechou a porta atrás de si e apreensivamente olhou para Draco. E ele lhe encarou de volta.


De repente, sentiu sua cintura ser agarrada e ele também abraçou o pescoço de Draco. Suas bocas se juntaram de forma aflita, querendo recuperar o tempo perdido. Precisavam de contato, precisavam um do outro. Saber que ele estava ali, novamente consigo, em seus braços. Ele nos braços dele, novamente. Era tão perfeito.


Draco mordeu os lábios vermelhos, não com força para machucar, apenas para provocar, e logo foi agraciado com um gemido do menor. Explorava o pequeno corpo como se fosse a primeira vez, louco para matar a saudade. Explorou com a língua cada canto da boca que era doce, recebendo um gemido vez ou outra. Sentiu tanta falta disso... Tanta falta dele.


E precisava dizer isso.


      — Harry espera. — Ele separou o beijo. Observando com dificuldade de se controlar, os lábios rubros abertos em busca de ar, as bochechas rosadas e os olhos esmeralda brilhando em desejo.


      — Hum? — Harry pareceu confuso.


Tinha que confessar que também estava com saudade de Draco, muita, muita saudade. Mesmo depois daquilo que acontecera na torre, ele sentia que ainda amava seu parceiro e com certeza foi o que mais doeu. Ter ouvido tudo aquilo da pessoa que amava, e se achava idiota por sentir isso, por querer que tudo fosse mentira e pudesse ter mais um encontro com ele... Agora que tudo estava resolvido, queria tanto recuperar o tempo perdido e as lagrimas derramadas. 


Foi guiado pelo loiro até cama. Foi instruído a se sentar e Draco fez o mesmo.


      — Harry... — Ele falou, olhando fundo nos olhos verdes. — Me desculpa.


O pequeno veela apenas piscou confuso, o fitando de volta.


      — Mas Draco, — Falou o menor. — Eu já te desculpei.


      — Eu sei... — Segurou a mão do menor entre as suas duas. Fazendo carinho de leve. — Mas é que... Eu lamento tanto. Lamento por tudo que tenha passado, eu nunca quis te ver sofrer. Eu só queria te proteger, tudo bem? Lamento que tenha que ter passado por isso. Talvez... Talvez se tivéssemos falado com Dumbledore desde o inicio ele poderia ter ajudado, então eu não teria que ter te feito chorar, nem sofrer...


Harry continuou encarando o loiro, porém por algum motivo seus olhos estavam embaçados.


      — Draco... Eu sei agora, que você nunca quis me machucar, que só fez o que fez pra me proteger. — O moreno falou, parando por um momento para limpar a lagrimas que escorria com a mão livre. Droga de hormônios, era essas horas que odiava ser um veela submisso. Bem, essas e muitas outras. — Eu... Eu sofri, sofri bastante. Odiei cada segundo desde o que aconteceu na torre de astronomia. Mas isso não importa mais, estamos aqui. Estamos juntos e tudo está bem. É isso o que importa.


      — Harry... — O maior sorriu, mais feliz do que ele se lembrava em muito tempo. No entanto, seu sorriso se foi com um pensamento repentino. — Ahn eu... Harry.


Segurou o pequeno rosto entre suas mãos, recebendo um olhar estranho dos olhos brilhantes.


      — Eu percebi que, nunca tornamos isso oficial, então, agora que não temos... Quase, nada nos impedindo... — Draco falou. — Você quer namorar comigo?


O olhar de surpresa foi imediato. O moreno segurou suas mãos, afastando de seu rosto e por um milésimo de segundo, Draco teve medo da resposta. O menor olhou para baixo, mordendo os lábios e quando o fitou novamente, viu o brilho das lagrimas nas esmeraldas.


      — E-Eu quero. — Respondeu finalmente.


Aproximou os rostos mais uma vez, roubando um beijo dos lábios doces. Apreciando o cheiro de lírios e maça em seu pequeno. Limpou a lagrimas solitária que escorria com a boca, lambando a trilha húmida, deixando mais molhada ainda. Levou sua língua até o lóbulo do moreno e o ouviu suspirar de prazer. Mordeu e conseguiu um gemido, apesar de contido.


Harry delirava com os toques, sentindo-se tão bem quanto possível. Nada poderia ser melhor do que estar novamente nos braços dele... Sentiu mais falta do que achou que sentiria caso algo assim acontecesse. No inicio ele achou que poderia evitar, mas agora... Nunca poderia fazer isso. Ainda mais agora que estavam... Namorando.


Oh Merlin, ele estava namorando!


      — Harry? — Não abriu os olhos ao ouvir a voz rouca ao pé de seu ouvido.


      — Hum? — Foi o único som que conseguiu emitir.


      — Você está brilhando. 


Abriu os olhos rapidamente, levantando as mãos na altura dos olhos só para conferir que realmente, ele brilhava levemente.


      — É-É que eu estou feliz Draco. — Falou baixinho, anda fitando as próprias mãos, sentindo-se um tanto embaraçado por isso. Era irritante não ter controle sobre o próprio corpo e do nada começar a virar um vaga-lume.


Draco as pegou e abaixou, recebendo um olhar do moreno que foi retribuído.


      — Eu também estou Harry. — E o beijou mais uma vez. Dessa vez lenta e calorosamente. As bocas se exploravam como se fosse á primeira vez.


Sentiu a boca quente ir para seu pescoço e mordeu os lábios, sentindo-se ser mordiscado naquela região sensível. As mãos trabalhavam ágeis em seu corpo, hora apertando, hora fazendo carinho. Pensou no que isso poderia dar... E finalmente lhe passou onde estavam.


            — Draco! — Ele empurrou os ombros do outro, o encarando seriamente. — Não podemos fazer isso aqui! Lembra o que Sirius disse.


Quando recebeu um olhar um tanto acusador do maior, corou.


      — Não diga nada. — Abaixou o rosto, envergonhado. — Eu não posso ferir a confiança dele bem de baixo de seu teto.


Sentiu seu rosto ser levantado.


      — Por Merlin Harry, — Draco parecia desesperado. — Quer dizer que nós nunca mais vamos...


      — N-Não... Não é isso... — Harry murmurou rolando os olhos, ainda sim suas bochechas se encontravam em um lindo tom de carmim. — É só que... Aqui, não.


Draco soltou um lamento e juntou seus rosto, não para roubar mais uma beijo apenas ficar perto de seu anjinho. Abruptamente o puxou para se deitar na cama, de frente um para o outro.


      — Pelo menos... — Ele sussurrou, já que não havia necessidade de levantar o tom de voz, pois seus rostos se encontravam a poucos centímetros de distancia. — Podemos ficar assim juntinhos?


      — Uhum. — Harry piscou os olhos lentamente, sentindo a noite mal dormida exigindo suas horas de sono. Não sabia que hora era, mas poderia jurar que estava tarde, bem tarde.


Vendo o pequeno veela piscar molemente, o que particularmente ele achava adorável, Draco puxou a varinha de dentro da capa, que só agora notou que ainda vestida. E apagou as luzes, deixando o quarto na mais pura penumbra. Ajeitou melhor o menor em seus braços, percebendo que ele também já se aninhava... Tão diferente de alguns dias atrás, quando eles eram obrigadas a ter presa sempre que se viam. Talvez ele pudesse se acostumar a isso.


Afastou as mexas sedosas da testa de seu parceiro em um leve carinho, tendo plena visão da linha fina em forma de raio, que formava a tão famosa cicatriz. Cicatriz essa feita anos atrás pelo assassino de seus pais. O mesmo destino que seus próprios pais também poderiam ter se não tomasse cuidado.


      — Boa noite anjinho. — Sussurrou, logo em seguida beijando de leve a cicatriz, se demorando com os lábios ali. Sentiu Harry remexer em seu abraço e o estreitou mais ainda em seus braços, também se preparando para dormir.


Fechou os olhos e enterrou o nariz nos cabelos do menor, sentindo-se no céu com aquele doce aroma. Nada poderia arruinar aquele momento exceto...


Ouviu a porta sendo aberta. Ia olhar quem era, porém sentiu Harry sendo tirado de seus braços.


Quando olhou quem era, não conseguiu acreditar. Sirius Black arrastou o pequeno veela adormecido com cuidado, até a beirada da cama, o deixando no lado oposto e o meio da cama livre. Então, sem mais nem menos se deitou ali de barriga para cima.


Draco o encarava fixamente, como se estivesse vendo um trasgo de três cabeças.


      — Olha, não é só por que eu "aceito isso" — Fez as aspas com os dedos no ar, falando em um tom baixo. — Que tenho que tolerar vocês dormindo juntos. Então, fica na sua e dorme aí.


O loiro pensou seriamente em reclamar, falar alguma coisa. Porém, achou mais sensato não retrucar, Black já tinha fechado os olhos e parecia que iria dormir ali, entre eles. Suspirou e também virou de barriga para cima. Talvez isso não fosse ser tão fácil assim...


                                                                   oOo


Harry se mexeu na cama, sentindo um estranho frio. Lentamente isso foi virando desconforto então ele teve que acordar.


Devagar, abriu os olhos, piscando e tentando se acostumar com a luz fraca do sol que vinha de algum lugar. Quando finalmente conseguiu permanecer com os olhos abertos, se espreguiçou longamente e virou-se para o lado, procurando por Drac-...


O que...?


O que Sirius estava fazendo ali?


Seu padrinho estava dormindo logo do seu lado. Babando, na verdade. E além disso, roncava em alguns momentos. Sentou-se rápido na cama e não acreditou no que viu. Draco também estava ali e estava... Abraçando Sirius.


Seu namorado e seu padrinho estavam dormindo de conchinha.

Sirius parecia estar no melhor dos sonos, com a boca aberta e um filete de baba escorrendo dela. Em alguns momentos um ronco enchia o quarto. Draco estava completamente aconchegado em seu padrinho, com os braços em volto de sua cintura e o rosto quase em seu pescoço, o abraçava como se fosse um travesseiro. Ele deveria sentir ciúmes ou o que...?


O que raios tinha acontecido depois que ele dormiu?


Sem querer saber realmente, se arrastou lentamente para fora da cama, o mais silenciosamente que conseguiu. Pé ante pé andou até a porta e com cuidado a abriu. Deixando o quarto.


Já era de manhã, mas ele sentia que não tinha dormido nada. Ainda estava morrendo de sono, mas não queria continuar naquela cama, o clima estava um tanto estranho, para se dizer o mínimo.


Desceu até a cozinha e encontrou todos ali para o café da manhã, provavelmente também não haviam dormindo, depois de tudo o que aconteceu na noite passada... E nem estava falando de sua reconciliação com Draco, mas claro que isso fazia parte do pacote.


      — Oh, bom dia querido. — Foi Molly quem o viu primeiro, dando a deixa para que todos virassem para ele, até mesmo Rony com a boca cheia de ovos e bacon. — Venha, sente-se aqui e coma um pouco.


Mais timidamente do que deveria ao lado de seus amigos, ele foi se sentar no lugar indicado. Ficou de cabeça baixa, porém completamente que todos os olhares estavam nele. Um prato com o café da manhã foi posto em sua frente pela Sra. Weasley, mas antes que pudesse comer, Fred pigarreou, chamando a atenção de todos.


      — Bom dia Harry. — Ele falou sorrindo. Harry apenas acenou com a cabeça em resposta. — Então... Onde está Malfoy?


Todos na cozinha se olharam, em meio a suas ações. Rony até mesmo parou de comer.


      — ... Dormindo. — O menor respondeu baixo, sentindo-se envergonhado.


      — Oh querido, não é melhor acorda-lo para tomar café? — Molly perguntou. — Falando nisso, onde está Sirius?


Porém, antes que Harry pudesse responder, um sonoro grito ecoou por todo o Grimmauld Place e desta vez, não era Walburga Black. O primeiro grito, foi seguido por outro grito, de uma pessoa diferente. Todos na cozinha estavam estáticos.


      — Mas o que está acontecendo agora? — A matriarca dos Weasley murmurou.


Não demora, passos passados já eram ouvidos se aproximando. Em questão de segundos, Sirius entra na cozinha com o rosto vermelho de raiva.


      — Seu bastardo! Quero você fora daqui já! — Ele gritou.


Logo atrás veio Draco, parecendo assustado e confuso. Ao localizar Harry, seu olhar de confusão diminuiu, mas nem tanto.


      — Sirius! O que pensa que está fazendo? — Molly falou colocando as mãos na cintura. 


      — Molly, não o defenda! Eu acordei e ele estava me agarrand- — Sirius parou no meio da frase, como se percebesse a besteira que tinha feito quando os gêmeos fizeram “huuuumm”.


A situação poderia ficar mais estranha? Claro que Harry já sabia, ele mesmo tinha visto, mas ainda não sabia como, nem por que. Então se sentia tão confuso quanto qualquer outro ali.


      — A culpa não é minha! — Draco tentou se defender. — Foi você que se arrastou para aquela cama no meio da noite, só para proteger a honra de seu afilhado! Se quiser saber, ele sabe se proteger melhor que você.


Harry sentia que seu padrinho seria capaz de pular no pescoço de Draco a qualquer minuto, então, resolveu mudar o foco... Um pouco.


      — Sirius! — Ele exclamou. — Isso é verdade? Por que raios você estava dormindo com a gente?


      — Eu estava protegendo a sua inocência Harry! — O homem exclamou. — Nem imagino o que aconteceria se eu não tivesse chegado lá ontem a noite.


"E esqueceu-se de proteger a própria inocência" O moreno torceu para ninguém mais ter ouvido o comentário dos gêmeos.


      — Por Merlin, Sirius. — Ele brigou. — Draco não quer se aproveitar de mim, ok? Ele nunca faria isso e quer saber? Eu sei me proteger muito bem!


O animago fez uma expressão que dizia claramente que discordava.


      — Oh deixe disso Sirius! — Molly falou acenando com as mãos, dizendo claramente para deixar pra lá. — Esqueçam esse assunto e venham tomar café, a comida está esfriando.


Mais do que feliz em esquecer o assunto, Draco foi sentar-se no lugar ao lado de Harry, que o olhou divertido e pela primeira vez, o loiro corou, desviando o olhar.


O clima na mesa era de certa forma tenso, Harry desejava desesperadamente que isso não se prolongasse muito mais, pois não queria ter de agir daquele jeito entre seus amigos e... Namorado. Ah, conceito era tão estranho, nunca se imaginou namorando... No máximo tivera pequenos delírios com Cho Chang no quarto ano, mas mesmo antes dele e Draco... "Brigarem", ele não tinha pensado em namoro. Era algo mais por instinto do que por qualquer outra coisa, não eram duas pessoas que se conheceram por acaso, então se gostaram e resolveram se conhecer... Quer dizer, talvez fosse quase isso.


Porém de repente ouviram mais gritos, dessa vez do quadro de Walburga. 


       — Acho que eles chegaram... — Molly limpou as mãos no pano mais próximo e foi ver quem era.


As pessoas na cozinha ficaram em silencio se olhando. Com certeza depois de tudo o que acontecera, a fome de todos já havia ido embora.


Quando Molly desceu novamente, estava acompanhado de Olho tonto Moody e Tonks. Foram instruídos pela mulher a ir para cima e trocar de roupa, Harry não sabia o porquê, mas assim o fez. Suas malas haviam chegado ali em alguma parte da noite, mais necessariamente no quarto que Rony dividia consigo em Grimmauld Place, momentos depois descobriram que a mala de Draco estava em cima de uma nova cama extra no quarto que fora destinado aos gêmeos...


O pequeno veela realmente temeu as situações vergonhosas que seu parceiro provavelmente iria passar dormindo no mesmo quarto que eles, nem mesmo queria pensar nas perguntas. Esperava que Draco conseguisse aguentar firme.


Em todo momento em que estavam juntos no quarto procurando roupas, ele e Rony não trocaram um palavra se quer, apenas se olhavam as vezes, não havia nada como raiva no olhar do ruivo, o que já deixava Harry um tanto esperançoso, mas talvez o maior não estivesse pronto para falar com seu melhor amigo sobre o mais novo namorado que ele estivera escondendo desde o inicio do ano. Rony saiu para se trocar no banheiro mais próximo em silencio, dando privacidade ao pequeno veela.


De forma alguma Harry gostaria de continuar naquele clima com seu melhor amigo. Assim que pudesse iria tirar as coisas a limpo. Com alguma sorte, iria até mesmo fazer Draco e Rony se entenderem de uma vez por todas.


Enquanto mexia em suas roupas deixou cair para fora da mala um estranho brilho dourado, a objeto rolou para de baixo da cama e quando se abaixou para pegar, percebeu o que era. O pingente que Draco havia lhe dado de presente. Guardou no bolço, por aquele momento.


Saiu do quarto já vestido e enquanto o loiro o esperando do lado de fora da porta, provavelmente ansioso para sair do mesmo quarto que os gêmeos Weasley.


      — Vamos? — O maior chamou, apontando com a cabeça o fim do corredor que levava até as escadas.


      — E-Espera. — Ele tocou no ombro do loiro.


      — O que foi? — Draco virou-se para encara-lo.


Lentamente Harry tirou o pingente do bolso, mostrando para ele.


      — Eu... Eu não tive coragem de... De jogar fora. — Ele murmurou. — Então, estava pensando se... Ainda posso ficar com ele?


Draco o olhou com ternura, pegando a mão do pingente e beijando. Logo tirou o objeto da mão pequeno e fez o menor se virar, abrindo o pingente para colocar em volta do pescoço fino e delicado. 


      — Ele sempre será seu. — Harry se virou, tocando o colar com carinho, sentindo o pomo dourado vibrar. — Assim como eu.


As bocas foram atraídas como por magnetismo, sem perceber já estavam se beijando. Harry abraçado Draco pelo pescoço e esse descansava as mãos na cintura esguia, aproveitando para aproximar os corpos.


      — humhum... — Ouvira alguém pigarrear e se separaram como se tivessem levado um choque.


Na porta do outro quarto estavam os gêmeos parados um de cada lado do corredor, escorados a parede. Os olhando com as sobrancelhas erguidas e um sorriso de canto. Harry sabia que era apenas para incomodar, mas não pode deixar de se sentir envergonhado, muito envergonhado. Fred e Jorge passaram por eles anda sorrindo, mas sem falar nada. Quando olhou para Draco, percebeu que ele também estava vermelho. Ao notar que era observado, Draco limpou a garganta e o puxou pela mão.


      — Vamos logo, todos já devem estar lá.


Ao descerem, perceberam que realmente eram os únicos que faltavam. Moody e Tonks estavam ali para leva-los até St. Mungus. Com toda essa confusão, Harry tinha esquecido completamente do por que de estar ali em Grimmauld Place. O ataque do Sr. Weasley. 


Estavam quase saindo quando Moody colocou a mão pesada nos ombros de Draco.


      — Malfoy. — O homem o encarou de perto com o olho estranho, provavelmente já tinha sido informado dos últimos acontecimentos pelo diretor. — Você não pode ir.


      — O que? — Draco o encarou perplexo.


      — E-Ele está certo. — Hermione falou, olhando incerta para os dois. — Será muito estranho explicar o por que de estar junto com a gente, se algum comen... Quer dizer, se alguém ver, então...


Com toda certeza a garota lembrou-se no meio da frase que os pais do "parceiro" de seu melhor amigo eram comensais.


      — Ela... Ela está certa Draco. — Harry falou, olhando triste para o loiro. Não queria ter que deixa-lo sozinho em um lugar onde nem conhecia, mas precisava desesperadamente ver se o Sr. Weasley estava bem. Seu sonho tinha sido tão real, porém anda sim... Um sonho, ou talvez quase isso. Ele queria ver com os próprios olhos se era verdade. O que poderia acontecer de mal a Draco nesse tempo, não é? Juntou as mãos dos dois e o olhou nos olhos de maneira seria. — E eu tenho que ir, preciso ver se o Sr. Weasley está bem...


      — Vou ter que ficar aqui? — O maior perguntou. Harry achou graça do biquinho que o maior estava fazendo, quase o convencendo a ficar. — Sozinho?


      — Não vai ficar sozinho! — Molly apareceu no meio de tantos ruivos, sorrindo simpaticamente. — Sirius irá lhe fazer companhia.


      — O QUE? — Draco e Sirius gritaram ao mesmo tempo.
 


Notas Finais


Ok. Primeiramente feliz natal e um feliz ano novo. Afinal é provável que eu não consiga escrever antes do fim do ano, e ainda precisa do cap da outra fic que eu estou atrasando para postar esse. MAS aquetem suas xanas, aquetem suas xanas... Não vou demorar com o próximo ok? Ok.

E não se esqueçam de comentar, é de graça e indolor! Bjs!!


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