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História Herança Veela - Cap 03 - Um Veela?


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Oi! Aqui tem mais um capítulo da fic, muito obrigada á quem comentou! Bjs, seus lindos!

Capítulo 3 - Cap 03 - Um Veela?



Cap 03 - Um Veela?


Ordem da fênix? O que raios é a ordem da fênix? Harry estava prestes a perguntar isso quando aquele pedaço de pergaminho em suas mãos começou a pegar fogo. Gritou de susto e o soltou, em segundos o pedacinho de papel era apenas cinzas. Em choque o garoto olhou para Olho-Tonto que foi o responsável pelo feitiço inflamável. 


      — Não grite! — Ele rosnou — Quer que todos saibam que estamos aqui?


      — Mas o que...? 


      — Pense no que você acabou de ler Harry. — Falou Lupin.


O moreno o encarou por alguns segundos pensando naquilo... "O quartel general da ordem da fênix pode ser encontrado no número 12, Grimmauld Place, Londres." Numero 12... Pensando nisso ele olhou para frente, em direção as casas numero 11 e numero 13, uma ao lado da outra. Ou aquilo estava errado ou ele não sabia mais contar... Afinal, não tinha nada entre essas casas, nem uma misera brecha. O que era o Grimmauld Place afinal?


Então de repente as casas começaram a se afastar, dando espaço a novas janelas e a uma nova porta, como se o número 12 estivesse brotando ali no meio. 


      — Apresse-se Garoto! — Falou Moody puxando Harry pelo braço, ele queria protestar e dizer que aquilo o estava machucando, mas se recusava com unhas e dentes a fazer isso. Quando ele tinha começado a ser tão delicado?


Lupin tocou com a varinha na porta com maçaneta em forma de uma serpente enrolada e instantaneamente sons metálicos começaram, em questão de segundos a porta abriu. Harry espiou pelo vão, mas não era possível ver nada lá dentro por causa da escuridão. 


      — Entre rápido Harry — Sussurrou o lobisomem — Mas não vá muito longe nem toque em nada.


Ele entrou e deu apenas alguns passos, ficando parado em meio a escuridão em quanto esperava os outros entrarem. Tudo ali estava silencioso, isso deixava o garoto muito apreensivo, pois ele não sabia onde estava nem o que encontrar quando as luzes se acendessem. Depois de devolver luz á rua ali fora, Moody entrou e se aproximou de Harry que se afastou um passo sem nem perceber.


      — Aqui... — Tocou com a varinha em sua cabeça e uma sensação quente se espalhou pelo corpo do menor, ele voltara ao normal — Agora todos fiquem parados enquanto eu providencio alguma iluminação.


Com um pequeno ruído varias lâmpadas a gás de acenderam tornando-se fogo vivo ao longo das paredes. Quase todos os móveis ali tinham detalhes ou formatos de serpentes, isso fez Harry se sentir na sala comunal da Sonserina novamente. Então ele ouviu o barulho de alguém vindo pela porta lateral, essa se abriu dando espaço á uma mulher de estatura baixa, ruiva e mais magra do que ele já havia visto alguma vez. Aquela era a Sra. Weasley, mãe de seu amigo Rony.


Ele parou na porta observando a todos, mas quando ia abrir a boca para falar alguma coisa seu olhar encontrou o de Harry. Ela o examinou dos pés a cabeça e olhou nervosamente para o Professor Lupin. Harry conseguiu captar com o canto do olho um mínimo aceno de cabeça. O garoto sabia o que estava acontecendo, afinal ele já tinha se olhado no espelho e muito mais que isso, já tinha sido trancado, agarrado, expulso e estrangulado por sua nova aparência. O moreno só não sabia por que ninguém perguntara nada para ele, não que fosse adiantar muito pois ele mesmo não sabia de nada, mas a impressão que tinha era que os outros estavam escondendo algo dele.


      — Oh, Harry, como é bom ver você! — Ela sussurrou, o puxando para um abraço bem apertado que foi retribuído com ansiedade pelo garoto, um abraço era o que ele mais precisava agora, não sabia o porque da mulher não ter falado nada, mas não iria criar um caso com isso agora, estava cansado, com fome, assustado e atordoado com tudo que acontecerá esta noite. — Você parece faminto! Não se preocupe o jantar logo vai ser servido.


Por cima dos ombros do garoto ela lançou um olhar interrogativo para os outros.


      — Mas, venha, venha... — Ela passou um braço por seus ombros e o empurrou pela porta. — Rony está no quarto, vai adorar vê-lo.


Então as pessoas seguiram em direção á outra porta, onde aparentemente já tinha algumas pessoas. Harry e a Sra. Weasley seguiram pela porta onde a mulher entrou a principio. 


      — Sra. Weasley onde nós...


      — Shhh! Mantenha sua voz baixa nesse corredor querido. — Ela falou bem baixinho — Não quero que nada seja acordado.


Harry não sabia se ouvira aquilo direito, mas mesmo assim não falou nada nem retrucou, apenas se deixou ser levado para onde quer que fosse. Passaram por uma estranha coleção de cabeça de elfos e subiram uma escada.


      — É ali querido, aquela porta a direita. — Ela ia descendo as escadas quando no meio do caminho se voltou de novo para ele. — Sei que está confuso, mas... Tudo vai ficar bem, ok?

 
E saiu, deixando Harry parado em frente a porta do quarto que deveria ser o de Rony. Sua cabeça estava rodando com varias perguntas ao mesmo tempo. Onde ele estava, o que estava acontecendo ali? Ele ainda fora expulso de Hogwarts? Sua varinha seria quebrada? Ele não sabia de nada. Mas... Aquelas ultimas palavras da Sra. Weasley... "Tudo vai ficar bem, ok?" O fez se sentir muito melhor, afinal ele realmente queria acreditar que tudo estaria bem. 


Tocou a maçaneta em forma de serpente e a girou. Entrou em um quarto com duas camas, em uma delas um garoto ruivo, que parecia ter crescido vários centímetros dês da ultima vez que Harry o viu, estava deitado olhando para o teto com uma expressão pensativa. Ele entrou e fechou a porta, chamando a atenção de Rony que ficou de pé em uma velocidade absurda. Eles se encararam por alguns momentos, o moreno sem saber o que dizer, sem saber explicar a sua aparência a qual era mais do que obvio que o ruivo já havia percebido, principalmente pela sua cara de espanto e a boca aberta.


      — Rony...? — Harry tentou


O outro pareceu assustado, como se não entendesse como ele sabia seu nome. "Ai meu deus, será que ele não sabe que eu sou... Eu?" Harry pensou com indignação e cruzou os braços, tá certo que Ronald Weasley não era nenhum exemplo de pessoa atenta, mas não reconhecer o melhor amigo? Talvez ele também devesse relevar que o outro nunca esperaria que ele alguma vez na vida tivesse curvas, cabelo arrumado, e pele macia... 


      — Rony... Sou eu. — Ele falou devagar.


      — Eu? Eu quem? Te conheço? — O outro respondeu, agora na defensiva. O moreno bufou.


      — Sou eu... Harry. — Ele falou olhando diretamente nos olhos azuis do ruivo. — Harry Potter.


Rony arregalou os olhos tanto que parecia que a qualquer momento eles pulariam para fora, olhou o menor dos pés a cabeça e depois sacudiu a cabeça devagar para um lado e para o outro debilmente.


      — Não é não.


      — Sou sim!


      — Não, você não é! — Ele exclamou apontando o dedo — Harry Potter é um cara de óculos redondo e bem magro... E você... Você...


Ele corou um pouco nessa hora, olhando mais uma vez dos pés a cabeça de Harry, esse por sua vez também corou.


      — Ah é? Então, se eu não fosse o seu melhor amigo, Rony, como eu iria saber que você morre de medo de aranhas, pois quando você era criança os seus irmãos Fred e George transformaram o seu ursinho de pelúcia favorito em uma aranha? — O moreno falou, logo depois descruzando os braços e fazendo um gesto em direção a seu próprio rosto. — E-Eu também não entendo.


Rony piscou algumas vezes e fechou a boca, engolindo em seco.


      — Cara... O que fizeram contigo?


Harry se ofendeu com essa ultima parte, mas quando ia responder a porta atrás de si se abriu, dando espaço á uma garota de cabelos castanhos e cheios. Ela vinha lendo um livro, distraída com o ambiente a sua volta, até fechar a porta e tirar os olhos do livro, olhou Rony primeiro que ainda observava intrigado o ser a sua frente, então seu olhar foi para Harry. Ele piscou varias vezes e inclinou o rosto para o lado, confusa.


      — H-Harry... O que?


      — Nem pergunte, pois eu também não sei responder.


Ele o olhou por inteiro por um tempo. Harry já estava se cansando disso, mas esperou pacientemente. Então de um movimento subido ela o abraçou.


      — Ah Harry... E-Eu fiquei tão preocupada! Você deve estar chateado com a gente, tenho certeza... Me desculpe, por favor. Fizeram-nos prometer que não contaríamos nada. — Ela praticamente despejou tudo isso sem nem respirar, então se afastou dele e continuou a falar — Achamos que você iria fazer algo estupido se não tivesse noticias, então esta noite recebemos a noticia que você foi expulso de Hogwarts por ter estuporado um trouxa e sua varinha seria destruída! Harry, o que aconteceu?


Então de uma hora para a outra a felicidade por rever seus amigos foi desaparecendo ao poucos, enquanto uma sensação fria se apossava de seu coração. Ele estava magoado? Era isso? 


      — Como assim? Quem fez prometer que não contariam nada? Contar o que? — Ele perguntou olhando de um para o outro. Os dois encaram o chão como a coisa mais interessante do mundo, a primeira a falar foi a garota.


      — Harry... Dumbledore achou que você ficaria mais seguro com os trouxas...


Então a raiva tomou conta do garoto, todos os momentos em que ele se sentiu sozinho, confuso, com medo e preocupado voltaram em sua mente, então as memorias do que tinha acontecido mais cedo aquela noite. A sensação de medo novamente, de impotência e a sensação de estar se afogando quando foi beijado. Então o desespero por ter sido expulso do único lugar que um dia se sentiu seguro e amado, um lugar onde tinha amigos... Ou pelo menos ele achava que tinha.


      — O que aconteceu, você perguntou? — Ele sibilou estreitando os olhos. — Meu primo me agarrou foi isso o que aconteceu!


Harry até poderá rir da expressão que Rony havia feito se não estivesse com tanta raiva, Hermione colocou a mãos na frente da boca escancarada, não acreditando no que acabara de ouvir.


      — Eu tive que estupora-lo para não... Se não ele ia... — Harry fechou os olhos e tentou se controlar, tentou não pensar no que poderia ter acontecido. — Eu fui expulso por me defender! Por que estaria mais seguro com os trouxas que me espancam, me fazem passar fome e que me obrigam a trabalhar que nem um escravo! 


Ele nem reparou nas lagrimas que já estavam enchendo seus olhos, estava ocupado demais se controlando para não falar mais alto do que já estava. Rony ainda tinha uma expressão muito estranha no rosto em quanto Hermione parecia estar entre abraça-lo e interrompe-lo. O garoto não a deixou fazer nem um dos dois pois continuou a falar.


      — Não sabem como me senti o verão todo, com medo o tempo todo, me sentindo sozinho, achei que... Que tinham esquecido de mim. — As lagrimas finalmente começaram a escorrer por seu rosto. Neste momento a garota de cabelo castanho foi lá e o abraçou, também estava com lagrimas nos olhos, pois estava morrendo de remorsos, nunca achou que seu amigo sofria tanto. 


A garota esperou seu amigo se acalmar, enquanto Rony parecia muito desconfortável ali, sem saber se consolava o moreno também ou se continuava ali observando... Resolveu fazer a segunda opção. 


      — Mas Harry... O que aconteceu com você? — Ele enfatizou a ultima palavra — Quero dizer... Você está... está... Diferente.


Ele se afastou dela, fungando e limpando as lagrimas com as costas das mãos. Sentiu-se mal em chorar, principalmente na frente de Rony, mas era como se antes daquilo ele estivesse prestes a explodir, transbordando em tantas emoções diferentes. Agora ele se sentia mais leve, chorar nos braços de Hermione, sua amiga, fez Harry sentir uma sensação quente no peito novamente, uma coisa que ele não sentia a muito tempo já.


      — E-Eu não sei muito bem... F-Foi no dia do meu aniversario. — Ele se disse, tentando se lembrar — Estava normal no dia anterior, bem, na verdade estava me sentindo um pouco doente mas... De qualquer forma, no dia seguinte eu acordei assim.


      — Oi? Foi só isso? — Rony perguntou confuso — Você simplesmente acordou assim? 


      — É. — Harry respondeu sem jeito, pois isso era tão ridículo que parecia mentira. — Sei que parece estranho, mas foi o que aconteceu.


      — Cara, será que te enfeitiçaram?


      — Não sei, também já pensei nisso. — O moreno respondeu, na verdade já tinha pensado nas coisas mais absurdas para esclarecer a sua nova aparência, porem nada parecia se encaixar. — Mas não ter como eu ter sido enfeitiçado... Quero dizer, eu teria percebido não é?


      — Ou não, uma vez, meu pai me contou uma historia de um cara que... — Harry deixou de ouvir o que Rony estava falando, até agora Hermione não falara nada e aquilo o estava intrigando.


A olhou e percebeu que ela parecia perdida em pensamentos, mas ainda, a sua expressão passava a ideia de que ela tentava se lembrar de algo que já vira a muito tempo. Então, depois de alguns instantes ela estalou os dedos e exclamou, Rony a olhou ofendido pela interrupção na historia e Harry a olhou mais curioso ainda.


      — Harry! Você disse que estava se sentindo mal no dia anterior á seu aniversario? Aniversario de quinze anos? — Ela perguntou o olhando intensamente, recebeu apenas um aceno de cabeça tímido em resposta — Ah, não sei se estou certa, mas... Tudo indica isso! A sua aparência, o aniversario de quinze anos e o mal estar... Mas tem algumas coisas que não se encaixam...


      — Mione! Para só um pouquinho. — Rony levantou as mãos fazendo sinal para a garota parar. — Do que é que você está falando?


      — Já li sobre isso, ano passado. Quando... Passava muito tempo na biblioteca. — Ela desviou o olhar nessa parte, Rony bufou e murmurou algum tipo de praga cuja única palavra Harry conseguiu distinguir foi "Krum". — Não sei como não me lembrei antes. 


      — Se lembrar do que? Mione dá pra parar de falar coisas sem nexo e dizer logo o que tudo isso significa? — Harry falou, então se apontou. — Você sabe alguma coisa sobre... Isso?


      — Eu posso estar enganada, mas... Harry, eu acho que você é um...


Hermione não conseguiu terminar sua fala, pois neste exato momento a Sra. Weasley colocou a cabeça para dentro do quarto, ela carregava uma expressão bem cansada e o olhar dirigido á Harry foi de pesar. Ele não conseguiu entender o significado daquele olhar, nunca antes aquela mulher o olhou assim, o que será que havia acontecido?


      — Harry querido, venha até aqui um instante, sim? — Ela falou gentilmente — Nós precisamos conversar algumas coisas com você.


      — Espere Sra. Weasley, nós podemos ir também? — Perguntou Hermione.


A mulher pensou um pouco antes de responder, mas logo assentiu, saindo logo depois.


      — Como assim, Hermione? Você sabe sobre o que eles querem falar comigo? E sobre o que você estava falando? Eu sou um o que? — Apesar de tantas perguntas, Harry ficaria muito feliz se pelo menos uma lhe fosse respondida.


      — Vamos descer. — A garota falou já indo em direção á porta — Acho que você logo vai ficar sabendo...


E saiu. Harry bufou, será que ela não poderia responder nada agora? Ele e Rony saíram também do quarto. O moreno os seguiu para onde quer que fosse, já que ele não conhecia nada naquela casa. Entraram na cozinha, onde antes os membros da ordem tinham entrado, agora porem estava com muito menos gente. Assim que entrou Harry conseguiu notar que na mesa estavam, Professor Lupin, a Sra. Weasley, Dumbledore que parecia cansado e examinava alguns papeis, e por fim seu padrinho Sirius.


Assim que o viu Sirius levantou, o garoto mais que depressa o abraçou.


      — Sirius! — Falou com a voz abafada pois estava com a cabeça apoiada no peito do padrinho.


      — Harry... Eu estava tão preocupado. — O outro falou apertando o abraço, logo depois se afastou e observou o afilhado. — Vamos, sente-se aqui. Nós precisamos esclarecer algumas coisas.


Depois que todos se sentaram o silencio encheu a cozinha. Todos estavam extremamente quietos, os adultos e Hermione olhavam para nenhum lugar em especial, Rony parecia estar tão confuso quanto Harry e Dumbledore continuava a examinar os papeis á sua frente, sem nem uma única vez lançar um olhar ao garoto. Então o moreno resolveu se manifestar.


      — É sobre o meu julgamento? A minha varinha vai ser quebrada? — Ele perguntou as duas coisas que mais estavam martelando em sua cabeça. Havia varias outras como: onde estavam, o que estava acontecendo ali, e do que Hermione estava falando antes de Sra. Weasley chegar, mas isso poderia ficar pra depois.


      — Sim e não, Harry. — Dumbledore finalmente falou, mas seu olhar ainda não era dirigido ao garoto e sim ao centro da mesa. — Com certeza você percebeu... Essas mudanças em seu corpo, não é?


      — S-Sim. — Ele respondeu lentamente. Sem entender para onde a conversa se encaminhava.  


      — E você sabe por que isso aconteceu? — O senhor perguntou calmamente.


      — Não senhor. — O menino respondeu sinceramente, afinal não tinha a mínima ideia de como nem por que estava daquele jeito. Na verdade, apesar de ser o centro de tudo ali, ele parecia ser o que menos sabia.


      — Hum... Você pode nos disser quando isso aconteceu? — Todos sentados à mesa ouviam atentamente a conversa, quase sem piscar.


      — Foi no dia do meu aniversario.


      — Lembra-se de se sentir mal, antes ou depois disso? — E mais uma vez a falta de contato com o olhar de Dumbledore estava intrigando Harry.


      — Sim, no dia anterior... Eu me senti muito enjoado e estava com febre. — Disse Harry — Então, quando acordei no outro dia, eu... Estava assim.


O garoto não sabia aonde aquilo ia levar, mas respondia tudo com precisão. Queria saber o por que da sua nova aparência, mas não sabia o que todos os outros tinham a ver com isso, ele torcia para que fosse apenas um feitiço e que tivesse uma poção ou algo do tipo para reverter tudo aquilo.


      — E Harry, depois disso alguém agiu de forma... Diferente, com você? — Dumbledore perguntou.


Nessa hora Rony e Hermione se olharam nervosamente, com certeza estavam com medo de que Harry começasse a gritar novamente. Porem, ele estava ansioso demais por respostas para estragar a única chance que tinha de tê-las, depois de tanto tempo.


      — Sim, o meu primo ele... Ele... — Harry simplesmente não sabia como falar aquilo, finalmente engoliu a saliva e tomou coragem para falar, começando pelo o que era mais fácil. Ele então descobriu que se lembrava de outras reações que seus "familiares" tiveram— Primeiro foi no dia que mudei, meu primo me encarou em um tipo de transe e só parou quando minha tinha chamou ele... Depois, meu tio ele... Deixou de me bater, ele me olhava da mesma forma que Duda tinha feito mais cedo.


Quando Harry falou "bater" Sirius cerrou os punhos fortemente, Remus que estava sentado á seu lado pôs uma mão em seu ombro. Rony e Hermione se olharam mais uma vez, depois para Dumbledore, talvez esperando uma reação que não veio. A Sra. Weasley que estava sentada no lado de Harry também pareceu indignada com isso, fez a mesma coisa que Lupin havia feito, Harry se sentiu grato por isso. Vendo que ninguém ia interromper ele continuou a falar.


      — Então essa noite, Duda entrou no meu quarto e... Me atacou. — Harry não conseguia encarar ninguém agora, olhava para os próprios tênis como a coisa mais interessante do mundo.


      — Como assim ele te atacou, Harry? O que ele fez? — Quem perguntou foi Sirius.
Harry fechou os olhos com força e apertou as mãos em baixo da mesa, se tinha uma coisa que não queria fazer era compartilhar aquilo com todos aquelas pessoas presentes. Mas já que não tinha escolha, ele começou a falar.


      — Ele... Ele me tocou e me... — Harry terminou de falar com a voz muito baixa, quase um murmúrio — Me beijou.


Todos na mesa estavam de boca aberta, a não ser Dumbledore que tinha um semblante pensativo e cansado.


      — Se... Se eu não tivesse o estuporado... Não sei o que ele teria feito comigo. — De novo os olhos de Harry se enchiam de lagrimas. "Lagrima idiota, fica ai dentro!" Ele pensou com raiva de si mesmo por estar tão emocional ultimamente.


      — Lamento dizer Harry, mas acho que você... É uma criatura magica. — Dumbledore finalmente disse, cortando o silencio. — Mais precisamente um veela.


Harry e Rony o olharam de bocas abertos e olhos arregalados, a voz do menino parecia estar presa em algum lugar de sua garganta. Hermione com certeza, pela sua expressão, confirmou suas suspeitas. Todas as outras três pessoas, apenas observavam a reação do garoto.


      — Veela? Como aquelas mulheres que vimos na copa mundial de quadribol? — O Professor Lupin assentiu lentamente, apenas confundindo mais ainda a cabeça do moreno — Como pode? Eu não sou mulher nem nada, como de repente eu posso ser um veela?


      — Não, não um veela inteiro, mas apenas parte veela. O que quero dizer é que um de seus pais tinha um parente veela, mais provavelmente um tataravô ou algo similar. — Dumbledore respondeu, sem nunca o olhar diretamente.


      — O que quer dizer? O meu pai... Ele não...? — Novamente ele olhou procurando resposta em Sirius e Remus, porem agora eles pareciam tão confusos quanto Harry.


      — O que quer dizer Dumbledore? James não era veela, nem nunca ouve um único veela na família Potter. — Sirius disse.


      — Receio que não seja James e sim, Lily. — O mais velho falou, e Harry sentiu uma pontada de irritação ao ver que o olhar de Sirius era correspondido. Seria possível que Dumbledore estivesse com nojo dele ou algo do tipo? Mesmo sabendo de tudo que o mais velho tinha feito consigo esse verão, não conseguiu deixar de se sentir triste com esse pensamento — Entenda, o sangue veela não se manifesta em trouxas ou nascidos trouxas. Em minha opinião a família de Lily Evans nem sempre foi trouxa... Acho que algum deles foi um aborto que continuou sua família, mantendo o sangue, como posso dizer... Quieto. Até se manifestar em Harry, um bruxo mestiço.


Agora sim, todos pareciam perplexo. Harry se sentiu muito feliz em saber que desta vez ele não era o único que não sabia das coisas.


      — Mas, se sou um veela... O que vai acontecer agora? — Harry perguntou e toda a atenção estava no mais velho novamente.


      — Temo que isso ira mudar em muito o resultado de seu julgamento, meu garoto.


Ah, agora sim... Além de ser um veela, ele também tinha ser lembrar do julgamento. 


      — Espera, Professor Dumbledore. — Harry resolveu perguntar o que o mais preocupou a noite toda. — Eu fui mesmo expulso de Hogwarts?


      — Ainda não, consegui fazer com que decidissem isso no julgamento de 12 de agosto. — O mais velho voltou a falar — Sendo um veela, Harry. Você já está praticamente inocentado, veja bem, os veelas não tem culpa do encanto que transmitem, então não é crime um jovem veela se defender. Porem, com todos os últimos acontecimentos... O ministério pode ter se tornado um tanto mais rígido.


      — O que quer dizer professor?


      — Você não tem lido os jornais Harry? — Dessa vez quem falou foi Hermione. — Então inventando varias mentiras sobre você, o ministério não quer que ninguém saiba que Você-Sabe-Quem voltou... Estão dizendo que você é louco e mentiroso.


Mais essa agora. Harry simplesmente não entendia como tudo poderia acontecer com ele, como o ministério pode achar que ele estava mentindo se no ano passado ele saiu do labirinto com o corpo morto de Cedrico Diggory, o que eles achavam? Que ele mesmo havia assassinado um colega?


      — Como assim? O ministério está se prejudicando fazendo isso, não está? — Harry disse, fazendo os adultos se entreolharem — Quero dizer, quanto mais cedo eles souberem, mais cedo podem se preparar, não é?


      — O ministro da magia acha que a volta de Você-Sabe-Quem poderia causar pânico geral na comunidade magica. — Foi Sirius quem respondeu. — Então, estão empurrando a atenção para longe disso, como por exemplo, dizendo que você é louco estão fazendo com que qualquer coisa que você diga seja ignorada, e consequentemente a volta... Dele.


O ministro estava mentindo para toda a população bruxa apenas para o bem deles... Ok, se isso fosse verdade então Harry era o garoto mais sortudo do mundo. Em todas as vezes que ele falara com Fudge, o ministro, ele nunca o achou uma pessoa tão idiota e obtusa como agora.


      — Ok, mas de qualquer forma você estão contando a verdade para as pessoas... Não estão? — Harry perguntou, com crescente desespero.


      — Bom, o meu tipo não é muito popular entre a maioria dos bruxos, Sabe? Sirius não pode sair daqui e a maioria dos membros da ordem perderia os empregos se dissessem algo. — Lupin disse, Harry não pode deixar de notar a amargura em sua voz.


      — Mas... Em quanto o ministério continuar a mentir Voldemort vai continuar recrutando novos comensais da morte!


      — É talvez... — Sirius falou, olhou para os lados como se fosse contar um segredo e inclinou um pouco o corpo para frente, na direção de Harry — Mas, já faz algum tempo que o objetivo de Voldemort vem sendo outro.


      — Outro objetivo? Como assim?


Sem deixar que Sirius respondesse a Sra. Weasley se levantou fazendo um barulho alto com a cadeira.


      — Agora já chega! Desculpe diretor, mas se isso é tudo... — E se dirigiu aos três jovens da mesa — Agora vocês crianças, vão subir e se arrumar para o jantar.


Os adolescentes não se moveram, apenas se olharam confusos.


      — Agora! 


E com o tom definitivo na voz da mulher ruiva, todos os três se levantaram mais do que rapidamente, saindo quase empurrado pela senhora Sra. Weasley. Em quanto subia as escadas Harry não conseguiu deixar de pensar nas ultimas coisas em que Sirius falou. Alguma coisa que Voldemort queria mais do que novos seguidores? O que isso poderia ser? Ah, eram muitas preocupações ao mesmo tempo, Harry não conseguia se focar em uma em especial. Ser um veela, o julgamento, Voldemort... Tudo isso fazia a sua cabeça girar... "Pelo menos... Ainda não estou expulso de Hogwarts." Harry pensou, então se lembrando do diretor, que nem uma vez o olhou nos olhos aquela noite. O menino não conseguia pensar em uma razão para essa ação do outro.


De qualquer forma, para não enlouquecer, ele resolveu se preocupar unicamente com o jantar naquela hora... Sua barriga roncou de fome, apoiando sua decisão, afinal fazia um bom tempo que não comia nada além de sopa em lata.
 


Notas Finais


Eu sinceramente não gostei desse capítulo. Teve muita fala e pouco conteúdo na minha opinião... Mas fiquem tranquilos, o próximo capítulo, super compensa esse. Vai ter um pouco mais de Harry veela, além de que nesse capítulo vocês apenas descobriram o por que de Harry ser um veela, então no próximo vou mostrar todas as informações de que isso implica. Além de um pequeno... "Acidente" e Harry começar a ter sonhos estranhos...

Esse capítulo também ficou um pouco corrido, mas eu não tive opção principalmente ali no final, já tinha dado quinze paginas no world e eu costume fazer com doze...

Acho que é só isso que eu tinha pra falar... Beijo pra vocês!

Vamos lá comente! É de graça e indolor.


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