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História Herança Veela - Cap 24 - Um pouco de meu passado:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Ooolá gente e...

'0' '0' '0' '0' '0' '0' '0' '0'
...
'0' '0' '0' '0' '0' '0' '0' '0'
...

Não... Não é uma alucinação, não é uma visão... Também não são os cogumelos.

Eu estou mesmo postando um capítulo veela, menos de uma semana depois do ultimo! Posso ouvir o coro de aleluia?

Bem... Na verdade, eu terminei esse capítulo dois dias depois de terminar o outro, por que eu estava super ansiosa para começar a escrever na minha nova fic (fica pra depois) então... Aqui está um capítulo novinho em folha! E se querem saber... Cheio de POTARIA! CHEIO! de Drarry mais ainda, só tem Drarry nessa bagaça.

Mas vou deixar vocês se divertirem... Não se esqueçam de me encontrar nas notas finais. Bjs!

Capítulo 24 - Cap 24 - Um pouco de meu passado:



Cap 24 - Um pouco de meu passado.



Harry foi dormir cedo.


Pelo menos, era isso que Rony e Hermione achavam quando viram seu amigo subir depois de despedir-se bocejando... Bem, o que eles não contavam é que apenas alguns minutos depois, o pequeno veela estaria se esgueirando pelo salão comunal de baixo de sua capa de invisibilidade, esperando por alguém para abrir o maldito quadro. Ficou quase dez minutos esperando, revezando entre olhar para o quadro ou olhar para os seus amigos... Ele até se sentia culpado mas... Ele iria encontrar Draco, então estava fazendo aquilo por uma boa causa.


Finalmente alguém entrou e ele pode agradecer a Merlin por ser pequeno, se não, não teria conseguido passar a tempo... Não que gostasse de ser pequeno, mas... Enfim.


Andou silenciosamente pelos corredores, uma vez ou outra esbarrando em algum casal se atracando ou só namorando. Em todas as vezes que isso aconteceu, suas bochechas ficaram muito vermelhas, pois toda vez ele pensava nele próprio junto com.... Draco, obvio. 


Finalmente chegou no sétimo andar, na frente da pintura de Barnabas o Bárbaro. Malfoy ainda não estava ali, então ele se escorou a parede e esperou, sem retirar a capa de invisibilidade.


Não esperou muito tempo até ouvir o som de passos, virou seu rosto na direção do som para ver os cabelos loiros platinados, os olhos cor de prata, o corpo bem definido os lábios finos e rosados, nada mais, nada menos que Draco Malfoy.


                                                                     oOo


Das escadas do quinto andar ele já conseguia sentir o doce aroma de seu parceiro. Aquele cheiro que sempre o embriagava... Mal podia esperar para sentir mais de perto, para tê-lo em seus braços. 


Apertou ligeiramente os passos, apenas concentrado no seu objetivo. Chegando no sétimo andar, teve que pensar um pouco até se lembrar de onde ficava o lugar indicado no bilhete. Dirigiu-se até lá, se sentindo embriagado com cheiro doce de lírios e tudo mais o que adorava. Entrou no dito corredor e sabia, sabia que ele estava ali... Foi se guiando pelo aroma e finalmente o encontrou, como daquela vez em que o encurralou em uma sala vazia... Era estranho pensar que tinham passado por isso e que naquela época nem sabiam muita coisa...

Com certeza nunca iria imaginar que estariam ali hoje.


      — Olá Harry. — Ele falou, em nenhuma direção em especial, apenas parado no corredor, em frente a pintura descrita no bilhete. — Posso pelo menos saber onde você está, ou quer brincar de esconde-esconde?


Imediatamente ouviu o som baixo de passos cautelosos, se aproximando. Então finalmente sentiu que tinha alguém ali, parado bem na sua frente. Devagar levantou a mão, tocando onde deveria ser o rosto de seu parceiro. Nessa hora ouviu algum som um tanto distante, mas não ligou. Apenas fechou seus dedos sobre o que parecia ser o ar, mas sentiu a textura de seda. Puxou e logo seu belo parceiro apareceu. Os olhos verdes brilhantes o olhavam parecendo um tanto receosos. as bochechas coradas lindamente e os lábios carnudos e vermelhos entreabertos... Era uma visão e tanto.


      — Bem, pretende me contar o que estamos fazendo no meio do corredor, ou vai ficar só me admirando? — O loiro perguntou divertido.


Viu a adorável boca forma um "o", talvez ele realmente estivesse distraído o admirando, no final das contas. Não podia culpa-lo, ele era mesmo irresistível.


Então sem dizer nada, Harry o puxou pela mão e o levou para andar alguns passos, então abruptamente mudou de direção o levando na direção oposta e virou novamente, repetindo esse processo duas vezes.
   
      — Deseje o que você quer dentro dessa sala. — Ouviu o outro dizer, antes de fechar os olhos e começar a mexer os lábios em um pedido mudo.


Não tinha entendido muito bem, mas fez o que lhe foi pedido. O que ele iria querer numa sala onde só estivesse ele e Harry? Hum...


Então algo incrível começou a acontecer, na parede, começava a "nascer" uma porta de madeira. Não parecendo tão surpreso assim Harry que ainda estava segurando sua mão o levou até ali, abrindo a porta e entrando na sala.



                                                                      oOo


Mas que diabos...?


Fora obviamente uma má ideia pedir para Draco pensar em alguma coisa, com certeza. Já que aquele loiro oxigenado não tinha NADA NAQUELA CABEÇA LOIRA! Ora, mas que... Argh!


De um lado da sala, estava uma lareira de aparência aconchegante, na frente um sofá de dois lugares na cor vermelha parecendo confortável, havia ainda alguma decoração naquela parte da sala, como o vaso de flor em cima da mesinha perto da lareira... Agora, do outro lado da sala... Bem, fora obviamente a parte que Draco imaginara... Ou pedira, sei lá. O importante é que... Aquilo era uma cama! Uma cama! Não uma simples cama... Era uma cama enorme! com lençóis verde esmeralda com dosséis de cortinas pesadas de um verde escuro, em volta e em cima da cama, podia-se ver varias pétalas de rosa branca.  E se um lado da sala era iluminado pela lareira e por tochas nas paredes, o outro tinha apenas como luz poucas velas em volta da cama, deixando uma luz perturbadoramente fraca no local.


Olhou para o loiro indignado, esse por sua vez olhava o local maravilhado.


      — Nossa, Harry! Esse lugar é incrível! — Ele falou sorrindo. — Não me diga que foi essa a sala que...


Então ele abaixou o rosto em sua direção e provavelmente sentiu o perigo.

 


      — Harry...?
      — No que, exatamente, você estava pensando quando pediu uma cama, Draco Malfoy? — O pequeno veela falou entredentes, cerrando os olhos.


      — Que... — Ele parecia estar pensando bem, antes de falar. O que já era um progresso e tanto. — Estou com sono?


Bufando e largando a mão do maior, o moreno saiu a passos largos em direção ao sofá vermelho, sentando no canto e cruzando os braços, o olhar fixo na lareira. Lentamente Draco andou até lá, sentando bem ao seu lado e passando os braços por seu ombro o trazendo para perto.


      — Não está chateado, não é Harry? — Sem resposta... — Desculpa, foi só... Hum, delírio por parte minha. Não precisamos fazer nada do que não queira, está bem?


"Hunf" por parte do menor.


O silencio ainda durou alguns momentos, em que Draco pensava no que estava acontecendo e no que ele teria que fazer.


      — Mas... Anjinho... — Chamou pelo apelido que ele carinhosamente tinha dado, já que seu parceiro era realmente um anjo, e era pequeno, então logicamente, era um anjinho. Mas não entendeu o porquê do olhar ultrajado que recebeu — Por que me chamou aqui afinal?


Harry mexeu o corpo desconfortável, descruzando os braços.


      — Ah, eu... Hum... Eu apenas... — Ele falava baixo. — Eu queria conversar.


Ah, bingo. Aí está o problema. 


Seu parceiro queria conversar e ele já o tinha colocado em seu quarto imaginário, fora realmente uma má ideia, mas quando Harry pediu para pensar em alguma coisa... Ele pensou naquilo. Como poderia pensar em algo diferente considerando o ser completamente delicioso que era seu parceiro? Mas... Autocontrole era tudo.


Harry se sentia um poço de cariencia enquanto admitia que só queria "conversar" como se fosse uma pessoa completamente sozinha e sem amigos, claro que tinha seus amigos e poderia conversar tu... Quase tudo com eles. Mas era aí que estava, com Draco ele poderia conversar tu... Quase tudo. Ok, de qualquer forma conversar com Draco era especial.


      — Vamos conversar, então. — Ele falou, ajeitando melhor seus braços ao redor do menor, quase conseguindo faze-lo deitar em seu peito, mas ainda havia certa resistência. — ... Sobre o que?


      — Bem... Lembra das Aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas? — Falou casualmente, deliberadamente se recusando a deitar sua cabeça no peito forte do outro, mas não podia negar que o aperto dos braços que o envolvia estava agradável.


      — O que...? Ah, claro. — O brilho do entendimento passou pelos olhos prateados. — Continue.


Então Harry contou como foram as aulas. Claro que, deliberadamente escondendo alguns detalhes. Principalmente os flertes e acidentes por sua causa. O loiro parecia genuinamente interessado.


      — Pareceu realmente interessante... Melhor do que eu imaginei realmente. — Falou sem pensar, recebendo um olhar atravessado. — Foi bem, quero dizer, considerando as circunstancias... Pelo menos os alunos cooperaram. Vai ter mais?


      — Uhum.


      — E quando eu vou poder participar?


      — O quer dizer? — Harry se fez de confuso, desviando o olhar para o fogo que crepitava. — Sabe que... Sabe que não dá.


O maior suspirou, trazendo o moreno para mais perto, que finalmente cedeu e apoiou a cabeça no peito do outro.


      — É, eu sei... Mas o que custa sonhar, não é mesmo? — Falou, dando um pequeno sorriso.


      — Hum. 


Passou alguns minutos em meio ao silencio, no que os dois apenas continuaram meio abraçados, vendo o fogo se movimentando. Até que Draco resolveu romper o silencio.


      — Então... Me chamou aqui só pra conversar mesmo?


      — Ah... É. — O pequeno veela respondeu, de forma tímida.


      — Então por que não fazemos isso? 


      — Que? — Harry levantou o rosto na direção do outro, o olhando confuso.


      — Conversar, sabe? Não que eu não goste de estar aqui com você, juntinho... Mas viemos aqui para, hum, "conversar". — Draco falou sorrindo. — Então vamos fazer isso.


      — Ok, tudo bem. — O menor respondeu, sorrindo levemente, mas logo parou de sorrir quando viu que o outro ainda o encarava em expectativa. — ... Que?


      — Conversa Harry! Puxe um assunto. 


      — Ah! Tudo bem... — Então ele pareceu pensar um pouco, pensou e pensou mas nenhum assunto lhe vinha a mente, nada que fosse bom o suficiente. Então chegou a conclusão que puxar assuntos não era seu forte. — Eu... Eu não sei sobre o que falar...


      — Harry... Pode ser sobre qualquer coisa! Não consegue pensar em nada? — Recebeu um triste balançar de cabeça como resposta, então resolveu tomar as rédeas da conversa. — Bem, então é minha vez, de qualquer forma... Do que você gosta?


      — Hum, como assim? — O pequeno veela o encarou seriamente, franzindo as sobrancelhas. — O que eu gosto?


      — É, gosta de fazer alguma coisa? Comer alguma coisa? Quais suas coisas preferidas?


      — Minhas... Coisas preferidas...? — Por que... Por que era tão difícil responder uma pergunta tão simples?


Talvez, porque ninguém nunca tinha perguntado antes, era algo realmente novo para ele. Nunca se preocupou em gostar realmente de uma coisa, um objeto, uma comida. Afinal, nunca teve nada e era difícil comer algo que gostasse, já que sua tia se esforçava para não deixar sobrar quase nada para ele comer e menos ainda quando sabia que ele gostava daquele prato. Nunca teve brinquedos, nunca teve objetos especiais... Ele tinha Edwiges, com toda certeza amava ela. Mas... O que mais? Sua capa de invisibilidade? O mapa? Era tudo o que tinha... Não podia dizer que gostava de suas roupas velhas e largas.


      — E-Eu... — Se afastou do loiro, sentando novamente no canto do sofá e evitando o olhar do outro. — Eu acho que não sei.


Draco achou extremamente estranha a reação de seu parceiro. O que será que tinha acontecido, ele apenas tinha feito uma simples pergunta. Quando ele se afastou, saindo de seus braços, percebeu que as coisas estavam sérias. 


      — Não sabe...? — Ele perguntou devagar, mas recebeu um olhar de pleno desconforto do menor, então resolveu parar de insistir, não queria que seu pequeno parceiro se sentisse mal. — Bem, eu posso começar, se quiser... Bem, eu gosto de... Hum, bem... Dormir até tarde, torta de maça, e... Você. Trufas de chocolate belga... Você, claro, como eu poderia me esquecer. Caminhar na praia também e... Ah, claro. Você.

As bochechas de Harry imediatamente ganharam um tom carmim intenso, mas não pode deixar de sorrir, mesmo morrendo de vergonha.


      — P-Praia? — Ele falou tentando mudar de assunto.
 
      — Uhum, já foi?


      — O que? Ah, não... Eu... Nunca fui. — Ele respondeu, torcendo as mãos, mas Draco não notou.


      — Sério Harry? Merlin! Isso quer dizer que nunca viu o mar? — Malfoy parecia realmente impressionado com a ideia de Harry nunca ter ido á uma praia.


      — ... Não.


      — Uau eu nunca tinha conhecido alguém que nunca tivesse ido a praia. — Ele parecendo realmente espantado. — Mas então o que sua família faz nas férias? Eles não viajam, ficam só em casa? Ou vão pra outro lugar?


Harry estava dividido entre mentir, o que seria bem mais fácil, então ele não teria que explicar nada, ou... Responder a verdade. Seu coração vai mais rápido que a cabeça e acabou respondendo.


      — Na verdade, eles... Eles já foram pra praia, minha... "Família" quero dizer. — O maior estranhou a forma como ele disse "família" — E realmente viajam as vezes, já foram a vários lugares... Pelo menos eu já vi algumas fotos.


Draco ficou realmente confuso por um momento, pensando no que o outro queria dizer com aquele tipo de coisa. Então se lembrou de algo importante, de quando Harry lhe dissera como sua família o tratava, do armário e... De como ele ficou sabendo de sua historia. Sentiu-se muito burro quase que imediatamente, era obvio que ele nunca teria ido à praia, muito menos aquela gente o teria levado para viajar nas férias. Como queria ter mantido a boca fechada.


      — Ah! Harry eu, me desculpe... Eu me esqueci.  — Falou, pegando na mão pequena tentando chamar a atenção do menor, ficou fazendo pequenos círculos com seu polegar na pele macia.


      — Sem problemas. — O pequeno virou o rosto na direção do maior sorrindo levemente. — Eu só... É um pouco difícil sabe?


Abaixou o rosto novamente, fechando os olhos. Não queria lembrar de seus tios agora, muito menos da forma que era tratado. Sentiu uma mão em seu queixo levantando seu rosto.


      — Quer conversar sobre isso? 


      — Conversar? — Perguntou confuso encarando os olhos prateados. — E-Eu... Eu não sei...


      — Vamos, pode falar. — A mão em seu queixo agora acariciava sua bochecha. — Tenho certeza que nunca falou disso com ninguém. Quem sabe falar te ajuda, claro se quiser... E, se está se sentindo confortável para isso é claro, não quero te forçar a nada, só... Só acho que se sentiria melhor se falasse sobre isso.


Harry olhou bem para ele, pensando se realmente deveria entrar nesse assunto. Era verdade que nunca tinha falado muito sobre isso com ninguém. Todos os anos que sofreu nos Dursleys eram guardados no lugar mais fundo de sua mente, e ele se esforçava para nunca se lembrar de nada, não eram lembranças agradáveis de infância como as outras crianças tinham, não valiam a pena.


Mas... Falar isso com alguém, não simplesmente alguém, falar isso com Draco. Era algo bem diferente. Ele queria mesmo fazer isso? Talvez precisasse, quem sabe. O que poderia ter de mal? Não seria uma surpresa para Draco, ele já tinha contado como seus tios o tratavam e... Nunca tinha falado sobre isso. É, talvez não fosse ser má ideia... Né?


      — Ok, tudo bem Draco... — Harry respirou fundo e encarou o maior. — Bem... Quando você me perguntou antes, do que eu gostava... Eu não soube como responder por que... Eu... Ah, isso é difícil, me desculpa!


Então o veela dominante pegou seu parceiro e trouxe para perto, o fazendo deitar a cabeça em seu peito novamente, dessa vez não houve resistência por parte do menor, então o apertou ali e começou a fazer leves carinhos no cabelo macio.


      — Isso... Eu nunca tive isso Draco. — O menor disse de forma dolorida e Draco percebeu que sua voz parecia tremer, junto com as mãos que apertavam sua camisa. — Ninguém nunca fez carinho em mim...


Um soluço sacudiu o pequeno corpo e mesmo que não visse, o loiro quase podia sentir as lagrimas escorrendo e molhando sua roupa. Quando era criança, quando acordava suando e assustada, as vezes até mesmo chorando depois de um sonho ruim com uma luz verde estranha, tudo o que mais queria era carinho. O mesmo que Duda ganhava, fazer a mesma coisa que Duda fazia quando tinha um sonho ruim, queria poder ir dormir com seus tios para saber que estava protegido. Mas não podia, nunca pode. Ele sempre teve que se acalmar sozinho e se encolher no seu armário escuro, esperando que o medo passasse e o dia chegasse logo.


      — Shiiiii... — Malfoy beijou o topo dos cabelos pretos. — Está tudo bem Harry... Tudo bem...


      — D-Draco, eu não conseguir responder aquilo por que... Por que... — Uma pausa, em que ele tentava controlar o choro. — Eu nunca tive nada... Eu... Nunca pude comer algo que realmente gostasse, a não ser aqui em Hogwarts, mas... É diferente. Eu nunca tive objetos legais, ou até mesmo meus, que não fossem quebrados e usados. Nunca viajei, nunca vi a praia por que... Por que meus tios não me queriam por perto, me achavam uma aberração... Então me deixavam com a vizinha... Eu gostava. Era quando eu podia ter paz, não ter que limpar a casa e comer sossegado... Ela até tinha uns gatinhos...


E mais soluços. O maior teve que se controlar para não sair dali e ir direto dar uma boa lição nesses trouxas malditos. Como tiveram coragem de tratar de forma tão vil seu delicado e pequeno parceiro? Eles iriam pagar, com certeza... Um dia.


Por enquanto se preocupou em apenas acalmar seu delicado e pequeno parceiro. Quando sentiu que os soluços diminuíam, ele tentou falar.


      — Tudo bem Harry? — Ele perguntou, ouvindo um nariz fungando como resposta. — Talvez não tenha sido uma boa ideia falar sobre isso...


      — Não... Tudo bem. — O ouviu responder baixinho. — É só que... É difícil... Não foi uma infância muito legal, sabe?


      — Sei... — Respondeu dessa vez um tanto distante.


Pegou-se pensando em sua própria infância. Também não tinha sido uma das mais felizes e cheia de carinho, na verdade o carinho era quase nulo. Fora treinado sua vida inteira para ser um perfeito Malfoy e também mais tarde... Um comensal. Quantas noites teve de passar em claro por causa dos feitiços de "treinamento" de seu pai? Já tinha perdido as contas... Felizmente ele ainda tinha sua mãe, uma mulher elegante e fria perto das outras pessoas e até de seu próprio marido, mas com Draco ela era a mãe gentil e carinhosa de que ele precisava... Na maioria das vezes.


No fim, ele sempre tinha sua mãe, mas e Harry? Ele nunca teve ninguém. Não conseguia imaginar como alguém poderia ter crescido não sabendo quem era, sem ter alguém para cuidar de si e ainda sendo maltratado... Abraçou seu parceiro apertado, distribuindo beijos no topo da cabeça.


      — Não precisa se preocupar mais Harry, eu estou aqui. — Observou calmamente os olhos verdes levantarem em sua direção. — Eu vou cuidar de você.


O coração de Harry se encheu de imediato, algo como alegria, felicidade e... Amor. Dançando lá dentro de mãos dadas. Antes que pudesse pensar direito, foi ele que juntou seus rostos dessa vez. "Eu vou cuidar de você"


Ele tinha alguém para cuidar dele agora... Alguém estaria cuidando dele agora... Draco cuidaria dele. 


Esse tipo de frase não parava de se repetir em sua mente, enquanto mexias os lábios contra o do maior, passando seus braços em volta do pescoço do outro e sentando em seu colo. Draco poderia estar um pouco sem ação a principio, até mesmo um pouco surpreso, mas logo se recuperou e enlaçou a cintura fina, correspondendo ao beijo.


Mordeu e chupou os lábios carnudos, brincando com a língua alheia ao mesmo tempo em que explorava o corpo convidativo. Entrou com as mãos em baixo do suéter da uniforme do menor, arranhando de leve e provocando suspiros. Sua boca passou para a mandíbula, fazendo um caminho molhado até o pescoço e mordendo ali de leve, escutando um gemido como resposta.

Suas mãos subiram, procurando os botões rosados, fez pequenos círculos em volta deles antes de finalmente passar o dedo de leve provocando mais arrepios. Apertou-os ao mesmo tempo em que mordeu o lóbulo da orelha do moreno. Ouvindo um grande gemido como resposta.

Harry estava complemente sem ar, extasiado com os toques. Seu corpo estava quente e por onde as mãos de Draco passavam parecia pegar fogo, a boca dele em seu pescoço o estava levando a loucura, já que aquele local era muito sensível. O maior parecia saber exatamente onde tocar para leva-lo as nuvens. 


      — D-Draco espera. — Ele falou, tentando tomar um pouco de folego.


      — O que foi Harry? — O loiro falou tirando a cabeça do pescoço do outro para olhar em seus olhos. — Não tem ninguém aqui, não tem ninguém pra acordar, só tem nós dois aqui, qual pode ser o problema hoje?


      — N-Não é nada disso...  — Ele falou corando. — É que... Bem...


Não sabia como iria falar aquilo, estava quase morrendo de vergonha só por ter pensado algo assim, mas... Achou que Draco merecia.


      — É que... Que... — Draco já o olhava confuso, sem saber o motivo de tanta vergonha, o rosto que já estava vermelho por causa dos toques, parecia ainda mais rubro agora. — Bem é que... Você sempre faz esse tipo de coisa por mim então... Eu estava pensando si... Si eu poderia...


      — Meu Merlin Harry... Está dizendo mesmo isso? — O maior mal podia acreditar, levou uma mão até o rosto do menor, enquanto a outra ainda estava em sua cintura. — Você quer... "Fazer esse tipo de coisa pra mim"? É sério? Sério mesmo?


Teve como resposta um aceno tímido, sem ser encarado nos olhos. Sorrindo tão completamente feliz, colocou as duas mãos no rosto delicado e o puxou para um beijo acalorado.


Harry estava tomando coragem para fazer o que queria, teria que ter muita mesmo... Toda sua coragem Grifinória teria que se manifestar, por que... Estava quase morrendo de vergonha e ainda não tinha feito nada. Devagar, muito devagar mesmo... Saiu distribuindo pequenos beijinhos até o pescoço de Draco, sentindo as mãos dele indo para sua cintura, as suas segurando com força a frente da camisa do maior. Ouviu Draco suspirar discretamente e chupou com força o pescoço alheio, sentiu as mãos em sua cintura se apertando e sorriu. Agora ele quem teria que explicar o porquê de ter uma marca roxa em seu pescoço.


Com as mãos tremulas, tentou desabotoar a primeiro botão da camisa de seu parceiro. Foi abrindo o melhor que pode, até estar com o peito musculoso completamente a sua mercê. Encarou a pele bonita e com cuidado e mordeu os lábios. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, sentiu a mão grande sobre a sua, levando diretamente para tocar a pele quente. Encarou os olhos prateados e segurou a respiração ao ver o tamanho desejo que continha neles.


Juntou seus lábios novamente, explorando o abdômen, peito e arranhando do mesmo jeito que lhe fora feito antes. Quando tiveram que se separar para respirar, desceu seus lábios fazendo uma trilha molhada até o peito musculoso, passando pelos mamilos e continuando a descer. Desceu e desceu até não estar mais no colo do loiro. Com muita, muita coragem, mais coragem do que a vergonha em que estava. Ajoelhou-se no meio das pernas do maior. Suas mãos estavam tremendo, ele não sabia se conseguiria levar aquilo adiante...


      — Hey... — Ouviu a voz rouca do outro, encarou os olhos pratas brilhando e isso lhe deu confiança, assim como as palavras ditas a seguir. — Não precisa fazer nada que não queira Harry, se não se sentir confortável... Tudo bem.


      — N-Não... — Falou baixo. — E-está t-tudo bem...


Tremulamente abriu o cinto e respirando fundo... o zíper. Desceu a calça levemente e já podia ver o volume por baixa da cueca. Estava quase desistindo mas continuou... Abaixou a cueca e viu o membro de seu parceiro pular par fora, duro. Merlin, Merlin, Merlin! Era tão... Tão grande!

Quase perdeu a coragem, mas mesmo assim respirou fundo e continuou.


Harry ainda nem tinha tocado ali, mas só a ideia de tê-lo tocando... Era o suficiente para excitar Draco.


Lentamente e engoliu em seco, levou a mão até ali, fechando os dedos em volta do pênis. Ah deus, estava com tanta vergonha. Draco o olhava com os olhos brilhando e mordendo os lábios. Com cautela aproximou o rosto, umedecendo os lábios e se aproximando mais ainda.

Fechou os olhos com força e deus a primeira lambida, apenas na cabeça. Mais uma e finalmente colocou a cabeça inteira na boca, sentindo o gosto e a textura. Não era ruim. Viu o loiro segurar a respiração. Mexeu sua mão lentamente enquanto apoiava a outra na coxa do outro. Devagar mexeu sua boca, indo para cima e para baixo, não conseguia colocar muito daquilo na boca, era enorme. Então acariciava com a mão o que não podia colocar na boca. 


Merlin! Merlin! Isso era muito bom, Draco estava definitivamente indo a loucura. Ter a boca quente de seu parceiro o envolvendo, mesmo que pouco, era simplesmente demais. Nunca imaginou que Harry iria ter uma iniciativa como aquela, mas quem era ele para reclamar, de qualquer forma? Levou suas mãos até os cabelos macios, fazendo carinho e o ajudando nos movimentos.


Harry foi se soltando conforme se movimentava, se assustou com a mão em sua cabeça, mas logo acostumou com o carinho, ouvindo os suspiros de Draco e uma vez ou outra um gemido estrangulado. Queria fazer seu parceiro gemer, sentir prazer como ele fazia consigo. Tirou o membro da boca e lambeu, da base até a cabeça, fazendo círculos com a lingua ali em cima, tentando lembrar-se do que Draco fizera quando estava naquela situação com ele na enfermaria. Como premio recebeu um lindo gemido.


      — Oh, oh Harry... 


Engoliu novamente, tentando ir mais fundo e mexendo sua mão com mais velocidade, deixando bem molhado o pênis de Draco que estava muito duro agora, ele até podia senti-lo pulsar em sua mão, crescer em sua boca. Merlin... Que situação... Mas não se sentia mal assim, estava dando prazer á seu parceiro.


Esse processo durou ainda mais alguns minutos, até o loiro começar a gemer coisas de forma desconexa.


      — H-Harry, não... Ah! Harry! Pare, pare eu vou... 


Ao ouvir isso, ele sugou com mais força, mexendo sua mão rápido e finalmente sentiu, o liquido quente preencher sua boca, quase o fazendo engasgar.


      — Harry... Harry... — Draco gemia, com a respiração falha. O menor levou a mão a boca, sentindo seu rosto sujo pelo esperma que não conseguira pegar.— Espere. Me mostre.


Com o rosto vermelho, abriu a boca, mostrando o liquido esbranquiçado dentro de sua boca, por seus lábios e até em sua bochecha. Draco quase poderia gozar novamente só com aquela imagem. Inclinou-se para frente e trouxe seu pequeno parceiro novamente para seu colo, tomando sua boca em um beijo, apreciando o seu gosto junto com o gosto doce de seu parceiro. Lambeu tudo o que estava sujo em volta da boca vermelha. Quando se separaram, um fio de saliva ainda os ligava, os dois com o rosto afogueado e levemente descabelados, principalmente Harry.


      — Isso... Isso foi simplesmente incrível Harry. — Draco falou sorrindo radiante. — Você é incrível.


      — O-Obrigado... — Ele respondeu timidamente. sentindo-se orgulhoso.


      — Mas ainda não acabou. — O loiro olhou para o lado, em direção a cama. — Seria uma pena ter que desperdiçar algo como aquilo...


O moreno arregalou os olhos ao ouvir aquilo, se segurando com força no pescoço do outro quando sentiu-se ser levantado, com as penas envolta da cintura dele. Sentiu-se ser praticamente jogado na cama, vendo algumas pétalas caindo. Viu Draco subir em cima de si lentamente, até ficar com o rosto sobre o seu, a apenas alguns centímetros de sua boca.


      — Minha vez. — A voz rouca foi o suficiente para fazer seu corpo se arrepiar.


Malfoy mordeu seus lábios, puxando e lambendo logo depois, então desceu lambendo seu pescoço, levantando seu suéter e mantando uma mão segurando daquela forma enquanto atacava um dos mamilos, o fazendo gemer. Lambeu e mordeu de leve, até deixar durinho, fazendo o mesmo processo com o outro Harry já sentia seu corpo quente novamente. Sentiu a língua fazendo uma trilha até sua calça o fazendo se arquear. Draco abriu com presa a peça de roupa que o impedia de chegar onde queria e tirou com mais presa ainda, jogando em algum lugar perto da cama, junto com a cueca. Harry logo teve o impulso de se cobrir, mas teve suas pernas abertas e o maior entre elas. Fechou os olhos quando sentiu o loiro engolir por inteiro de primeira, quase gritando de prazer.


Sentia suas coxas sendo apertadas com força, era bom. A boca quente o envolvendo era melhor ainda. Só conseguia gemer, feliz sabendo que ninguém iria ouvi-lo. Mas isso durou pouco e Draco logo parou seu trabalho, fazendo o menor soltar um gemido e protesto e o olhar confuso. Exclamou em surpresa quando suar pernas foram levantadas, suas canelas quase perto de seu rosto, deixando sua retaguarda muito exposta.


      — D-Draco... — Gemeu sem ar.


Merlin... Obrigado. Draco agradecia. Aquela visão... Oh Merlin! Ver Harry naquela posição era tão malditamente excitante, Merlin! As bochechas afogueadas os lábios vermelhos os olhos verdes e brilhantes, e é claro... A bunda macia e rosada tão a sua disposição. Superou as bandas, observando a entrada rosada e vendo Harry fechar os olhos. Sem receio, aproximou o rosto dali, ouvindo seu parceiro gritar como nunca antes quando sentiu sua língua naquele local tão sensível.


      — Draco! — Harry gemeu. — A-Aí... Aí não... Aaaah!


Gemeu alto quando sentiu a língua quente entrar, fazendo leves movimentos para dentro e para fora simulando uma penetração. Então o outro retirou a língua, fazendo dessa vez movimentos circulares na entradinha, ouvindo Harry gemer de forma manhosa.


Então tirou o rosto daquele lugar, levantando e se abaixando novamente para beijar Harry, abaixando suas pernas novamente. Levantou apenas uma delas enquanto o beijava, acariciando a pele e apertando a coxa roliça, descendo a mão e aproximando da entradinha, passando o dedo em volta do lugar rosado. Então enfiou o dedo divagar, sentindo as paredes macias e o quanto seu parceiro era apertado, lembrando de que era o primeiro a tocar naquele lugar.


       — Ah! Ah Draco! Aaahnn... — Harry fechou os olhos com força separando o beijo. Mordia os lábios com força sentindo o dedo entrando e saindo com uma velocidade torturantemente lenta daquele lugar nunca explorado antes, por ninguém.


O maior apenas observava maravilhado as reações de seu pequeno parceiro. Agora girava seu dedo ao mesmo tempo em que entrava e saia. Querendo dar mais prazer ainda ao menor, desceu sua boca e tomou o membro gotejante em seus lábios, subindo e descendo ouvindo Harry gritar e quase revirar os olhos. Tomou a liberdade de acrescentar mais um dedo e agora o moreno não conseguia articular nem mesmo seus pensamentos.


Ao sentir o novo dedo alargando sua entrada os dedos do pé de Harry se encolheram e suas coluna arqueou, mordia o lábio com tanta força que já sangrava. A sensação era simplesmente alucinante, e quando achou que estava chegando ao seu limite, os dedos atingiram um lugar mágico o fazendo ver estrelas e gritar. Seu corpo se arrepiando e encolhendo em um orgasmo.


      — Aaahn Dracoo! — Exclamou em êxtase, sentindo seu liquido preencher a boca do loiro, que prontamente engoliu.


O loiro retirou os dedos e Harry abaixou a perna lentamente, tentando respirar de alguma forma e tentar clarear sua visão. Draco novamente engatinhou sobre si e o beijou, arrancando-lhe o pouco ar que tinha, mas não reclamou. Simplesmente apreciou o beijo, lento e apaixonado. Então se separaram e o maior deitou nos travesseiros de seda prateada, puxando seu parceiro para deitar-se em seu peito que prontamente aceitou, exausto do jeito que estava.


O moreno achou que deveria falar alguma coisa mas... Não tinha forças, seu corpo estava num estado de torpor incrível. Então sentiu uma mão carinhosa fazendo carinho em seu cabelo e seus olhos fecharam automaticamente, tentou abrir mas era quase impossível. Finalmente se deixou cair no sono naquele mesmo estado. Sem calças e com o suéter levantado até o peito, deitado em um garoto com as calças e camisa abertas.


Draco via os olhos verdes piscaram lentamente com seu carinho e não pode deixar de pensar o quanto ele era belo assim, parecendo tão sereno. Viu-o fechar e não mais abrir as pálpebras e em questão de minutos ele já ressonava baixinho e de forma calma.


É... Tinha sido um encontro e tanto.


Notas Finais


Noossa... Que encontro hein?

Mas então, lembram da fic que eu disse que iria postar? Bem, para quem queria ler, aqui está:
http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-harry-potter-hogwarts-princess-2471270

E... Nossa, gente nossa. Eu trago um capítulo novo em menos de uma semana, e ele tem mais putaria do que o capítulo com mais putaria da historia dos capítulos de putaria (da minha fic) e ainda tem uma fic nova.... Mereço ou não comentários?? Caso estejam pensando em sair daqui sem comentar, lembrem da carinha do Harry dizendo "Ela tinha até uns gatinhos..." Quero ver... u.ú'''
shaushauhsaushauhsa

Não se esqueçam, é de graça e indolor!


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