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História Herança Veela - Cap 18 - Isso não é um encontro.


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Yei! OLÁ MEUS LINDOS.

Como estão? Tudo bem... Caham *disfarça* ...

Ok, tudo bem, eu admito, demorei. e.e Deeesculpa, serio gente, mas é que nada ajuda, sempre tem alguma coisa pra atrapalhar '-'. Ai ontem eu tive um tempo e dei um turbo no capítulo e acabei escrevendo tudo. Graças ao senhor Jesus, pq né. Enfim.

Esse capítulo é bem especial na verdade... A coisas importantes na relação dos dois e também, eu lamente em dizer... É o ultimo.

Espero que gostem. Bjs!

Capítulo 18 - Cap 18 - Isso não é um encontro.



Cap 18 - Isso não é um encontro.


No dia seguinte ao seu pequeno descontrole na frente dos amigos, Harry acordou com uma pequena dor de cabeça. Era suportável, pois já estava familiarizado com ela, mas mesmo assim incomodava. Ele também estava morrendo de sono, pois tinha acordado no meio da noite depois de um sonho muito estranho do qual não conseguia se lembrar muito bem, mas tinha a sensação de algo familiar nisso. 


Sim era estranho, mas era assim que Harry se sentia, mas normalmente era assim com os sonhos não é? Você não consegue se lembrar deles detalhe por detalhe, por mais que queira. No entanto, parecia que ele já tinha tido esse sonho... 


Enfim, depois de acordar um pouco antes de amanhecer, não tinha mais conseguido dormir, por causa da dor chata que tinha começado mais necessariamente em sua cicatriz. A dor nesse local preocupava Harry, mas ele não queria pensar sobre isso, não agora. Ele tinha coisas mais urgentes para pensar, como por exemplo... Como seria o dia de hoje?


Estava um pouco tenso enquanto andava para o salão principal na companhia de Rony e Hermione, não sabia como deveria agir. Bem, obviamente ele não iria chegar na mesa da Sonserina, sentar-se ao lado de Draco Malfoy e começar uma conversa amigável... É, ele não iria fazer isso com toda certeza.


Não por falta de vontade, claro. Seria bem legal se tudo fosse simples assim. Apesar de não conhecer muito bem Mal... Draco, ele se sentia bem ao seu lado. 

Mas, porém, entretendo... Como a vida não é colorida, muito menos a de Harry. Ele não poderia nem olhar para o... Seu parceiro "Merlin, isso soa tão estranho" com algo menor do que raiva ou nojo, sem que Hogwarts inteira começasse a inventar boatos loucos sobre a relação dos dois. 


Mas, alguns desses boatos loucos, poderiam não ser tão loucos assim... Harry não poderia se dar ao luxo de ter sua possível relação com Draco completamente comprometida só por uma tolice sua. Sabia muito bem que havia alguns "mini comensais" na Sonserina, loucos para dar uma informação dessas ao seu querido Lord. Draco deveria ser um deles, aliás... Mesmo sua cabeça sabendo disso, seu coração ignorava. Mas Harry não queria colocar alguém em perigo de novo por causa dele, não dessa vez. 


Quer dizer, talvez Voldemort fosse achar essa fofoca um pouco estupida, não é? Que coisa mais idiota para se pensar... Que Harry Potter e Draco Malfoy de repente estão tendo um... Um caso talvez? Era uma coisa idiota demais para se levar a serio. Mas... E se não fosse? Qualquer chance de mata-lo não poderia ser desperdiçada não é? Isso soava um pouco paranoico? Talvez, mas Harry não queria testar sua sorte...


Ele tinha que se controlar.


Então quando entrou no salão comunal aquela manha, usou todo o pouco auto controle que tinha para não olhar para a mesa da Sonserina. Sentou-se normalmente, de costas para a mesa, só por segurança... E começou a tomar seu café da manha.


Até ai tudo normal. A comida estava boa, Rony olhava feio para os garotos sentados ao redor, que em sua maioria nem eram Grifinório, apenas estavam ali com alguma esperança que Harry lhes desse uma chance ou... Seja lá o que eles queriam. Mione lia um livro entre uma colherada ou outra em seu mingau de aveia e Harry tentava não olhar para trás, além é claro, ignorar os olhares famintos em si. 


Estava começando a se acostumar com isso. Não era algo agradável, mas aos poucos ele foi aprendendo a ignorar, claro que uma vez ou outra tinha um garoto mais atrevido que vinha falar com ele, nessas horas ele agradecia por Rony sempre estar ao seu lado, pois parecia que qualquer coisa que falava parecia incentivar mais ainda a pessoa, como se sua voz por si só fosse um convite, independente de suas palavras. Felizmente de qualquer forma... Acidentes como o que ocorrera no corredor das masmorras dias atrás não se repetiram... Ou quase.


                                                                        oOo


O cérebro Draco estava entrando em curto circuito. Como bom Soncerino que era, tinha que manter a posse fria e indiferente de sempre. Mas estava sendo quase impossível se manter impassível sendo que o SEU parceiro ainda não lhe dirigira um olhar se quer, levando em consideração o ocorrido da noite anterior, ele esperava pelo menos, sei lá. Um beijo caloroso de bom dia. Só isso.


Claro, ele entendia que Potter não queria fazer alardes com a relação dos dois, por causa de toda aquela besteira de Voldemort e essas coisas. E ele com certeza não era uma pessoa insegura, ele era lindo, gostoso e loiro, se garantia. Mas como o moreno era completamente e inteiramente imprevisível, Draco estava em uma pilha de nervos. Sempre sem demonstrar é claro.


Não sabia se Po... Harry estava apenas fingindo, ou se realmente resolvera ignorar tudo do que se passou. Merlin queira que não fosse essa a situação. Tinha conseguido um progresso enorme para voltar atrás agora... Ele precisava falar com o moreno, o mais rápido possível. Só não atravessava o salão principal e o pegava em seus braços para correr bem longe dali, pois toda sua vida como Soncerino e principalmente um Malfoy, conseguiam superar seus instintos veelas. Ele tinha uma imagem a manter não é? Talvez.


Ah, e ainda tinha aquele bando de urubus rodeando seu belo parceiro... O loiro adoraria poder castrar um por um daqueles carniceiros. Nessas horas ele até poderia agradecer o Weasel. Que como fiel escudeiro que sempre foi, rosnava com a boca cheia de comida e olhava feio para cada garoto e ousava se aproximar demais. Draco intimamente admirava a habilidade que ele tinha de comer e fazer qualquer outra coisa ao mesmo tempo.


Ao seu lado Pansy tagarelava sobre qualquer coisa, Crabbe e Goyle devoravam seu café da manha como se fosse a ultima refeição e Theo e Blaise conversavam sobre alguma coisa que se passou no jornal. Draco não estava prestando atenção em nenhum deles, seus olhos varias vezes se desviavam do próprio prato para a bela nuca amostra de Potter. Suspirou audivelmente e passou a mão pelos cabelos, fazendo varias garotas em volta suspirarem e morderem os lábios.


Sorriu de canto com isso. Tinha a população feminina de Hogwarts complemente aos seus pés... E ele não queria nenhuma delas.


Potter sempre teve esse talento de estragar tudo. Bem quando ele pudesse ter quem quisesse, ele só queria Potter, quer dizer Harry. Ele tinha que se acostumar com isso também. Usar o primeiro nome já era alguma coisa, os deixava mais íntimos... Porém Draco gostaria de outro tipo de intimidade. Gostaria tanto de poder ir se sentar com o outro, falar normalmente e quem sabe, beija-lo, dar comida na boca... Merlin! Quando tinha se tornado tão... Tão... Ele nem tinha uma palavra para isso. Ele, Draco Malfoy nunca se imaginou fazendo isso com ninguém, é obvio que ninguém nunca chegou a merecer isso de um deus grego que nem ele. 
Mais uma vez Harry Potter o estava tirando do serio. 


                                                                          oOo


Mais um dia de detenção com Umbridge se passou, nesse momento Harry respirava aliviado fora da sala da sapa cor de rosa. Sua mão latejava e sangrava, felizmente ele se lembrara de trazer um lenço para enrolar no ferimento, assim não sairia pingando sangue, nem chamaria a atenção de ninguém para aquele local.


O dia estava acabando e até ali nada fora do comum acontecera, para a alegria de Harry. Ou não. Ele não sabia se estava feliz ou não por Malfoy não ter feito nada o dia inteiro, estava aliviado que o outro não tivesse feito nada que revelasse o que ocorria entre os dois, mas... Uma parte dele queria mais alguma coisa, fazendo sentir-se bobo por isso.


Já estava perto do seu salão comunal quando escutou alguém o chamando, de primeira não conseguiu descobrir quem era então se virou, imediatamente se arrependendo pois já tivera péssimas experiências muito parecidas com essa.


      — Potter, para espera! — Era Draco Malfoy, andando em sua direção a passos largos do fim do corredor.


Não sabia o que fazer, não sabia como agir. Ia ficar ali e esperar? ir de encontro a ele e dizer "olá, tudo bem?" ou sair correndo? Ele não sabia. Mordeu os lábios e torceu os dedos nervoso.

Porém, ao torcer os dedos a mão enfaixada pulsou dolorosamente. Olhando de canto de olho para sua mão, gelou ao constatar que o lenço se encontrava completamente sujo de sangue.
"Ah meu Merlin. Malfoy não pode ver isso. Nem ele é tão tapado de não ligar a detenção com o sangue nessa cicatriz idiota, merda o que eu faço?" Harry pensou em desespero. Se o loiro visse aquilo ia pensar que alguém ainda o estava machucando e Harry não queria chamar a atenção para aquilo de jeito nenhum, ele ia perguntar de novo quem fora e sabia que não poderia correr com a resposta por muito tempo. Olhando para os lados, nervoso deu meia volta e virou o corredor, parando logo na esquina em um lugar onde Draco não conseguiria vê-lo.


      — Potter! Harry! 


"Droga, droga, droga" Desenrolando rapidamente o pano, sem se preocupar com a dor em sua mão, Harry retirou a varinha da capa. Claro que fazer a cicatriz desaparecer ele não conseguia, mas limpar o machucado e o lenço, isso ele poderia fazer tranquilamente. Então murmurou um feitiço de limpeza e enrolou o lenço novamente, bem a tempo de ter um enorme corpo colidindo com o seu quando Draco virava quase correndo o corredor.


Um braço forte lhe rodeou a cintura, impedindo que caísse. Teve seu corpo colado ao do outro e com o rosto em chamas ousou olhar para cima.


Malfoy estava com o rosto lindamente corado pela quase corrida, seus cabelos normalmente bem penteados tinham alguns fios dourados caindo por sua testa. Harry corou mais ainda.


      — Harry, por que estava correndo de mim? — Ele perguntou com a voz baixa, o encarando diretamente nos olhos.


O moreno ficou momentaneamente sem fala, como iria explicar que não estava correndo dele? Abriu sua boca uma, duas vezes mas nada saiu. Antes que seu cérebro voltasse a funcionar, ouviu passos atrás de si, alguém estava descendo as escadas que eram criticamente perto.


Tirando força não se sabe de onde e aproveitando que já estavam bem pertinho, Harry agarrou Malfoy pela camisa e o arrastou até a sala vazia mais próxima que conseguiu encontrar. Entraram ali e o menor logo tratou de fechar a porta, porém deixando uma fresta para que pudesse ver quem passava. Para sua sorte, ou não, era apenas Filch e ele parecia tão concentrado em resmungar sobre o quanto odiava limpar bombas de bosta de teto, que nem os percebeu.


Suspirando aliviado, Harry fechou a porta.


      — Pronto...ainda bem que ele-Aahn! — Ele tapou a boca com as duas mãos, corando até o dedo do pé com o gemido em alto e bom som que tinha saído de seus lábios.


Ele não entendia muito bem o que tinha acontecido, foi tarde demais quando percebeu que Draco o agarrou pela cintura e afundou em seu pescoço inspirando longamente e provavelmente o que provocou o seu vergonhoso gemido foi o meio beijo, meio chupão que se seguiu naquela área.


Harry virou-se e praticamente se grudou na porta, tentando se fundir a madeira de tanta vergonha. Aquele som que sairá de sua boca tão repentinamente fora completamente vergonhoso.


      — M-Malfoy! Que droga pensa que esta fazendo? — Ele perguntou, olhando desconfiado o maior, ainda muito corado. O sorriso safado no rosto do outro era desconcertante.


      — Desculpa Harry, não consegui me controlar com você tão perto. Seu cheiro me enlouquece. — Sua voz se tornou mais baixa e sensual nas ultimas palavras. Provocando um arrepio pelo corpo do menor — Desculpe mais uma vez por isso, mas o que você queria? Me trazendo para essa sala vazia assim, até parece que está tendo segundas intenções comigo... Eu sou um monitor sabe? Não deveria permitir esse tipo de coisa... Mas, para você, acho que posso deixar para lá.

Harry achou que estava fervendo agora, tanto de vergonha tanto de raiva contida.


      — Eu... Eu não... Que droga Malfoy! Eu não quero fazer coisa nenhuma com você, quer dizer não agora. — Levou um momento até que Harry se desse conta do sorriso que tomou conta do rosto de Draco e então finalmente do que dissera. — Ah! E-E-Eu não, que dizer, o que eu queria dizer não era isso, droga Malfoy para de sorrir assim! Eu disse que agora eu te puxei para cá por que Filch estava passando por aqui e não seria bom se ele nos visse, foi isso. N-Não tem nada a ver com... Fazer esse tipo de coisa.


Ele falou isso tudo incrivelmente rápido e quando finalmente acabou não sabia se poderia encarar o loiro mais uma vez. Por que seu cérebro tinha que entrar em horário de almoço logo agora? Sentiu uma pontada de raiva quando ouviu o outro rindo, provavelmente da sua cara.


      — Ah Harry... — Ele tentava parar de rir. — Você é... A coisa mais adorável que eu já vi.
Agora o menor estava seriamente com raiva. Ele estava ali tentando manter uma conversa seria e o loiro ria de si e ainda por cima dizia que era adorável?


      — Malfoy! Qual, seu, problema?! — Disse as palavras pausadamente enquanto distribuía tapas pelo peito e braços do outro. Então finalmente parou e cruzou os braços, encarando o chão e fazendo bico. — Eu estou tentando manter uma conversa seria aqui, caso não tenha percebido.


Draco ainda achava que ele era a coisa mais adorável que já vira, ainda mais agora. Porém, para sua segurança, ele não comentou isso em voz alta.


      — Tudo bem, mas eu ainda insisto que me chame de Draco. — Ele comentou. — Mas por que Filch não pode nos ver? Eu sou monitor lembra? Alguém como Filch não é problema para mim.


      — Mal-Draco, não to' falando disso. — O menor disse. — Não é seguro ninguém nos ver juntos. Já esqueceu tudo que eu disse? Pois se quer sair por ai ignorando tudo, então acho melhor pararmos por aqui e...


      — Ok ok! Então ninguém vai nos ver juntos. — O loiro rapidamente concordou, qualquer coisa para não faze-lo andar pra trás agora. — Foi por isso que nem olhou pra mim hoje? 


      — Foi... — Harry não deixou de notar um pouco de mágoa na voz do outro. Mordeu os lábios, sentindo-se mau por isso, mas não tinha o que fazer. Tinham que ser discretos mesmo que não estivessem fazendo nada realmente além de conversar.


      — Certo... Mas Harry, como vamos tentar nos entender se não quer que ninguém saiba sobre nós? — O loiro perguntou medindo o sarcasmo na sua frase.


      — Hum... Bem, a gente  pode conversar, mas nas refeições está completamente fora de questão e com toda certeza nas aulas também não.


      — O que? Mas desse jeito só sobra tempo depois das aulas, e isso quando não tem treino de quadribol, detenções suas ou meu trabalho como monitor. — Draco suspirou. — Harry... Por favor, pense melhor nisso, não tem problema se nós...


      — O que? Jogarmos conversa fora enquanto almoçamos no salão principal? — Harry debochou. — Tem razão, afinal quase ninguém presta atenção em nós não é mesmo? E mesmo que prestem, tudo bem. Afinal ninguém quer saber nada sobre mim mesmo, um louco, veela, mentiroso que aparentemente grita aos quatro cantos do mundo que Voldemort voltou!
O moreno nem percebeu que já estava quase gritando.


      — Quer dizer... Me desculpe por isso. — Ele controlou seu tom de voz. — Mas entende o que eu digo? Não tem como ficarmos juntos sem chamar atenção. E eu sou um veela, você é meu parceiro, filho de um dos comensais mais importantes de Voldemort, que por acaso é o cara que quer me matar. Entende que seria a coisa mais fácil se ele resolvesse te usar para me atingir? Eu... Eu não quero isso Draco, não quero que você fique em perigo por minha causa.


Draco sorriu gentilmente e se aproximou, ficando feliz em perceber que não foi afastado ou nada do tipo, então tomou libertado e abraçou o corpo pequeno, apoiando seu queixo na cabeça do menor.


      — Ok Harry... De certa forma fico feliz que se importe comigo. — Ele falou calmamente. — Significa que gosta de mim.


O moreno ficou feliz que o outro não estivesse vendo seu rosto corar e seus olhos se arregalarem. No entendo, ele não disse nada para negar. Harry não estava exatamente incomodado com a situação, era realmente agradável aquele abraço. Mas não achou seguro continuarem assim, então se afastou e encarou Malfoy.


      — Acho que nossa única escolha é se encontrar depois das aulas então, não é? 


      — Aparentemente... — O loiro deu de ombros.


      — Os monitores se revezam, não é? — O outro assentiu. — Quando é seu próximo turno?


      — Nessa sexta, por quê?


      — Podemos nos encontrar nessa sexta então, ninguém vai desconfiar por que você vai estar vigiando como monitor e é meu ultimo dia de detenção com a Umbridge. — Harry disse a ultima parte um pouco rápido, não querendo chamar a atenção para suas detenções. — Mas tem de ser em um lugar aonde ninguém vai...


      — Na torre de astronomia, que tal? — Draco sugeriu. — Normalmente os monitores ficam encarregados dessa area e como eu sou monitor... Ninguém vai nos incomodar.


O moreno não pode deixar de notar o tom malicioso da frase, desviando os olhos para o chão imediatamente.


      — M-Mas nós não vamos fazer nada demais, entendeu Malfoy? — Fez questão de usar o sobrenome, só para deixar as coisas bem claras. — Vamos só conversar, tudo bem?


      — Se vou me encontrar com você... Tudo não poderia estar melhor. — Então ele pegou a mão enrolada no lenço novamente e beijou por cima do tecido.


Corando pela decima vez em menos de uma hora, Harry começou a falar, nervoso.


      — T-Ta tudo bem, quer dizer, só estou usando para não... Chamar a atenção... — Ele sentiu a necessidade de explicar, ou melhor mentir sobre isso, mesmo que não tivesse sido lhe questionado. 


      — Certo... — Draco o encarou um pouco e depois suavizou a expressão. — Contou para Granger e Weasley?


      — Sim. — Harry assentiu.


      — Bom.


Um silencio desconfortável se instalou entre os dois, onde Harry mudava o peso dos pés desconfortavelmente e Draco aproveitava o tempo para admirar seu lindo e delicado parceiro.


      — Hum, bem... — O menor falou baixo. — Acho melhor eu ir agora... Até mais então, Draco.


      — Até mais... Harry. — Draco disse relutante.


Então Harry abriu a porta e saiu, deixando o loiro ali dentro, pensando no quanto seria bom o beijo de despedida que não aconteceu.


                                                                        oOo


Draco não sabia exatamente o que pensar, deitado em sua cama no dormitório da Sonserina sem conseguir dormir ele refletia a conversa que tivera com seu parceiro algumas horas atrás. Era engraçado por que com o pequeno ao seu lado, não conseguia se preocupar com as coisas, estar ao lado de seu parceiro já era o suficiente para deixar seu dia inteiro mais feliz, mas quando ele ia embora, os problemas aproveitavam sua ausência para ficar martelando em sua cabeça. Harry estava certo? Você-Sabe-Quem poderia usa-lo para chegar até ele? Quer dizer, seu pai deixaria?


Esse era um tópico que o deixava nervoso, seu pai. De fato eleera um dos comensais do Lord das trevas. Mas será que ele o entregaria? Ou melhor, ele poderia fazer alguma coisa contra o Lord se sua segurança e principalmente a de Harry estivesse em jogo? Muito provavelmente não e Draco nem se iludia achando que ele o faria se pudesse. Lucius sempre colocou o poder e as aparências acima de tudo, até mesmo do próprio filho. 

 

Obviamente sabia que Draco era um veela, assim como também o era, porém... Nunca lhe contara nada sobre o modo de como os parceiros eram escolhidos. Talvez na esperança de que ele nunca encontrasse um e então pudesse ter um casamente arranjado com uma moça que ajudasse a promover o nome de sua família? O loiro apertou o tecido fino das cobertas pensando sobre isso. Seria só mais uma das manipulações de seu pai, estaria apenas cumprindo o que sempre lhe foi ensinado desde que nasceu. Honrar o nome dos Malfoy acima de tudo. 


Talvez tenha sido isso o que ocorreu com seu pai, afinal também tinha sangue veela e se casara com Narcisa Black, que com certeza não era uma veela, mas não tirava a possibilidade de ser sua parceira escolhida também. Ou nunca encontrou seu parceiro e acabou casando com quem mais convinha de qualquer forma. De um jeito ou de outro, Lucius obviamente não estava contando com a possibilidade de Draco achar seu parceiro em Hogwarts, muito menos dele ser o próprio Harry Potter.


Draco suspirou e virou-se na cama. Pensar em tudo isso estava lhe dando dor de cabeça.
Seja o que for, ele não estava disposto a abrir mão de Harry. Ter um parceiro fora a coisa mais maravilhosa que pudera lhe acontecer. Estar ao lado do seu pequeno era como experimentar a felicidade em cada partícula de oxigênio, o cheiro, a pele, os olhos, tudo. Tudo era perfeito. Draco sentia que podia ser ele mesmo, de um jeito que nunca fora antes afinal sempre se preocupou em manter a aparência fria, tanto por que era lhe exigido de seu pai e também por que a Sonserina era realmente um ninho de cobras como todos diziam, não tinha amigos realmente, qualquer um ali estaria louco para apunhala-lo pelas costas se tivesse a chance. Até mesmo Pansy, que tanto rastejava aos seus pés. Draco não duvidava que o tal casamento vantajoso para a família Malfoy fosse com ela, já que sua mãe era próxima dos Parkinsons que por sua vez também tinham certos negócios com o Lord das trevas, como boa família puro sangue que eram.


De qualquer forma não é como se ele fosse se casar com alguém que não fosse Harry, isso ele tinha certeza. Não sabia qual seria a reação de seus pais, nem estava curioso para saber. Seu pai, o que faria? Aproveitaria a situação e entregaria os dois para o Lord em troca de poder, ou abandonaria tudo por seu filho? Draco não gostava nada do que achava que seria a resposta. Mas e sua mãe? Ela talvez o apoiasse. Tinha certeza que ela o amava e ele retribuía esse sentimento.


Narcisa nunca fora um mãe calorosa que expressava seus sentimentos com beijos e abraços, na verdade ela nunca dissera um "Eu te amo" ou o colocara para dormir quando tinha pesadelos. Mas ela o amava mesmo assim. Quando Lucius inventava de treina-lo até a exaustão pois ele tinha que ser o melhor, sempre o melhor não importava no que fosse, Draco lembrava-se exatamente da cena... Seu pai com uma expressão de desgosto na face, pois seu filho não conseguia ser forte o bastante, Draco nunca era o bastante para ele. Depois que o homem saia do cômodo onde haviam treinado algum feitiço até ele cair de cansaço, sua mãe o recolhia do chão e tratava seus ferimentos, sempre cuidadosa e carinhosa. 


Sua mãe era um paradoxo, assim como ele próprio. Frio sua vida toda, até descobrir sua herança veela e de brinde seu parceiro, que fora um raio de sol em sua vida.


Claro que ainda não era uma relação muito firme a dos dois, principalmente por parte de Potter, mas as coisas estavam andando a passos lentos... Tinha certeza que uma hora Harry cederia.


Pensando nisso, Draco finalmente sentia o sono chegando, junto com algumas ideias para a noite de sexta feira. Deixaria tudo perfeito para o encontro dos dois.


                                                                                           oOo


Durando toda a detenção Harry sentiu-se tenso. Quase nem sentia mais dor, apenas a dormência em sua mão, mas mesmo assim ele não se importava. Só pensava em como os poucos dias passaram quase que voando e que sexta feira a noite finalmente chegara, seu ultimo dia de detenção. 


Porém não era por isso que estava nervoso, e sim com o que ocorreria depois. Seu encontro com Draco. 


Ele não sabia o que esperar e isso o deixava ainda mais nervoso.
 
Quando Umbridge o chamou em sua mesa para verificar seu pequeno "trabalho" Harry nem chegou a prestar atenção no que a mulher dizia. Simplesmente recolheu suas coisas e saiu da sala.


O moreno entrou no banheiro mais próximo e tratou de lavar sua mão machucada, todo cuidado era pouco já que não queria chamar atenção para nada que tivesse  relação com aquela cicatriz horrível. Enrolou o já conhecido lenço em sua mão e suspirou. Mirou espelho que havia em cima da pia e observou a si mesmo. Ali estava o Harry pequeno e frágil que ele tanto odiava. Pegou sua mochila do chão e saiu rapidamente dali, já fazia algum tempo que andava evitando espelhos, não conseguia suportar a própria imagem.


Caminhou com certo nervosismo até a torre de astronomia, estava carregando sua capa de invisibilidade caso voltasse muito tarde de seu encontro... "Espera, isso não é um encontro! Ou é...? Droga, claro que não!" Ele pensou quase dando meia volta. "Meu primeiro encontro... Não. Não. Isso não é um encontro, vocês vão apenas conversar Harry Potter, só... Conversar. " Não tinha por que o nervosismo se era apenas uma conversa não é? Claro que não era um encontro, casais tinham encontros. Eles eram um casal por algum acaso? Bem, parceiros talvez, mas... 


Harry parou de andar quando finalmente chegou nas escadas que davam varias voltas até finalmente chegar a torre. Hesitando um pouco ele colocou o pé no primeiro degrau a começou a subir, se parasse agora não subiria mais, então apenas continuou sem pensar muito.


Estava ofegante quando a subida finalmente acabou e pode visualizar a torre de astronomia. 
Harry achou que estava tendo alucinações.


Varias velas flutuantes como as que tinham no salão comunal decoravam o ambiente, no canto afastado das grades de observação uma manta de cor vinho estava estendida no chão e varias almofadas de cores variadas estavam sobre ela. E como não poderia faltar a cereja do bolo. Malfoy estava sentado no meio das almofadas descansadamente enquanto lia um livro. Harry de repente se achou mal vestido com seu uniforme enorme observando o loiro, esse por sua vez vestia uma calça preta com sapatos combinando e apenas uma camisa cinza que parecia realçar seus incríveis olhos prateados. O moreno prendeu a respiração e mordeu os lábios quando os belos orbes se focaram em si e os lábios rosados sorriram. Malfoy fechou o livro e o colocou logo ao seu lado.


      — Olá Harry. — Falou com a voz rouca. — Estava te esperando.


      — O-Oi... — Mas uma vez seu cérebro estava em greve, por que ele fazia isso justo nas piores horas? — O... O que é tudo isso Draco?


      — Você gostou? — O loiro respondeu sua pergunta com outra pergunta. — Achei que seria legal criar um ambiente melhor para o nosso primeiro encontr...


      — Isso não é um encontro! — Harry se achou dizendo, antes que o outro pudesse terminar sua frase. Corou quando Malfoy lhe olhou confuso.


      — Por que não é um encontro?


      — Por que... — O menor desviou o olhar para uma das velas flutuantes. — Por que casais têm encontros... Nós... Nós não somos um casal.


      — Ainda. — O outro disse sorrindo de uma forma que conseguia tirar o folego do moreno.


      — M-Malfoy... — Harry murmurou envergonhado, mas com um mínimo tom de alerta.


      — Tudo bem, me desculpe Harry, por favor, já falei para me chamar de Draco. — Ele respondeu divertido. — Vamos, sente-se aqui.


E assim Harry o vez, fazendo questão de deixar sua mochila entre os dois. Houve um momento em que os dois apenas ficaram sem nada o que falar, Harry torcia a barra do suéter nervosamente e Draco não conseguia evitar admirar os belos traços de seu parceiro, o jeito adorável com que ele mordia os lábios vermelhos e as bochechas ficavam em um tom carmim quando envergonhado.


      — Então... Como foi seu dia? — O loiro tentou iniciar uma conversa.


      — Normal. — Harry se bateu mentalmente por dar uma resposta tão sem rumo para uma conversa.


      — Normal? Serio? — Draco riu. Logo fechando a expressão um pouco — Já se acostumou com todos aqueles urubus em sua volta?


      — Ah, é, bem... Eu não tive muita escolha não é mesmo? — Harry tentou responder de maneira amigável, tinha notado muito bem o ciúme do outro. — Ou os ignorava ou seria pior. Nessas horas sempre agradeço por ter Rony por perto.


      — O Weasel com certeza faz um bom trabalho como cão de guarda.


      — Draco! — Harry advertiu. — O nome certo é Weasley e você sabe disso, não fale dele assim.


      — Ok, me desculpe. — Draco falou. — Mas sabe que eu faria um trabalho muito melhor não é?


Imediatamente Harry se lembrou do garoto que o atacou caído no chão, coberto de sangue e a face praticamente deformada. Encarou Draco com os olhos arregalados e um pouco pálido.


      — ... O que? — Draco hesitou ao ver a expressão do seu pequeno parceiro. — Ah eu não quis dizer que agrediria todos eles! Quer dizer, só alguns... Não, não, espera. O que eu quis dizer é que se eu estivesse ao seu lado, eles não se aproximariam.


      — Já falamos sobre isso, não é? — Harry falou franzindo as sobrancelhas.


      — Ok, tem razão... — Draco teve que concordar, não queria entrar nesse assunto logo agora. — Mas já está acostumado com atenção, de qualquer maneira, não é?


      — Ao contrario do que você sempre pensou Draco — Harry sibilou um pouco o nome do outro, não gostando a insinuação que o outro fizera. — Eu nunca gostei de atenção.


      — Serio? — Ao perceber a expressão nada amigável do outro, o loiro tentou arrumar. — Ora, vamos Harry. Todos sempre prestam atenção em você não importa o que faça.


      — Mas não significa que eu goste não é? — Ele falou seriamente. — Nunca fiz nada querendo atenção, na maioria das vezes eu só queria passar como um aluno normal mas... De algum jeito algo sempre dá errado.


      — Como seu nome ter saído no cálice de fogo?


      — É.


      — E falar Perseltongue fazendo com que todos pensassem que era o herdeiro de Sonserina?


      — É...


      — Ser o veela mais lindo que toda Hogwarts já viu?


      — É. Espera, não... — Harry teve que rir também quando Draco começou a gargalhar de seu pequeno erro.


      — Eu estava brincando nessa ultima parte mas... É a mais pura verdade. — O loiro falou olhando diretamente nos olhos verdes, arrepiando completamente o menor.


      — ... Me acha lindo? — Harry perguntou bobamente.


      — Está brincando Harry? Você é lindo. A coisa mais perfeita que eu já tive o privilegio de ver em toda minha vida.


      — Fala isso só por que eu sou um veela. — O menor disse ainda corado. — Me lembro muito bem que antes disso acontecer, quer dizer minha herança veela. Você me chamava de testa rachada, quatro olhos e sempre aproveitava da menor oportunidade para fazer minha vida um inferno.


O maior o encarou, era visível a magoa nos olhos esmeraldas. Chutou-se mentalmente pois sabia que o outro estava com a mais absoluta razão, mas como Malfoy não iria dar o braço a torcer tão facilmente.


      — Eu sei me desculpe por isso Harry, eu era uma criança, claro não que sejamos muito experientes agora, temos quinze anos. — Draco concluiu. — Mas eu me lembro também que você recusou minha amizade no expresso de Hogwarts, foi por isso que eu agia daquele jeito com você... Sempre tive raiva por ter recusado minha amizade.


      — Mas você foi um completo idiota com a primeira pessoa que foi legal comigo em toda minha vida e ridicularizou meu primeiro amigo. — Quando obteve apenas como resposta um olhar confuso demais para o maior, que quase fez Harry rir ele tentou esclarecer. — Hagrid e Rony... Você falou mal de Hagrid na loja de roupas quando ainda não sabia quem eu era e depois insultou a família do Rony, não lembra?


      — ... O que? Eu lembro mas... Como assim? — Ele indagou confuso. — O que quer dizer com "a primeira pessoa que foi legal comigo" e "meu primeiro amigo" está brincando? Como isso é possível? Você é Harry Potter!


O moreno empalideceu levemente nesse momento, achou que não precisava ter falado sobre isso logo no primeiro encontro... Mas como ele podia adivinhar que o outro iria se apegar bem a esses detalhes?


      — Bem... É que... Eu nem sempre soube que era Harry Potter sabe? — Não, pela expressão no rosto do outro ele não sabia. — Meus tios me disserem que meus pais morreram em um acidente de carro e que eu sobrevivi apenas com essa cicatriz. Se não fosse por Hagrid, eu ainda não saberia que era um bruxo.


     — Merlin, que coisa absurda! — Draco exclamou. — Harry Potter não sabia de sua própria historia... Sendo que todas as crianças do mundo magicam sabiam quem você era. Até mesmo eu cresci ouvindo sua historia, sabe? Mas... Isso ainda não explica por que a primeira pessoa que foi legal com você foi o meio gigante. E seus tios? Você não foi deixado com eles quando seus pais morreram?


      — Sim, mas... Eles não gostavam de magia. Então, não gostavam de mim. — Harry falou baixinho. — Mesmo eles não me contando que eu era um bruxo, me tratavam como uma aberração. Nunca fui exatamente um sobrinho para eles, ou até mesmo parte da família. Meu tio dizia frequentemente que eu era apenas uma perda de espaço e dinheiro. O que também é bem engraçado por que eu nem sequer dormia em um quarto e sim no armário de baixo da escada e eles nunca gastaram um centavo com roupas para mim, aquelas roupas largas que você tanto gostava de falar antigamente pertenciam ao meu primo que é tão gordo quanto um filhote de baleia.


Essas palavras saíram mais rápido do que Harry esperava, não consegui impedir-se de dizer tudo isso, nem os olhos de se encherem de lagrimas ao se lembrar da infância miserável. Nem conseguia acreditar que tinha contado tudo para Draco, logo no primeiro encontro dos dois ainda por cima. Sentia-se péssimo agora, o que Draco estaria pensando.


      — Eu não fazia ideia... — Ouviu a voz do outro, quase distante. Draco não entendia como isso era possível. Sempre achou que Harry Potter crescera rodeado de pessoas que o amavam e puxavam o saco, com a melhor vida possível. Claro que sempre achou estranho as roupas grandes com que o outro andava por ai, mas como antes ele só queria uma oportunidade para caçoar do menor, não ligava. Agora entendia tudo. E agora sua vontade era de ir até esse trouxas malditos e aperta-lhes o pescoço. Ninguém fazia uma coisa dessas com seu parceiro e saia impune. — Harry me desculpa... Serio... Por tudo. Eu nunca quis...


      — Eu sei Draco. — Harry limpou uma lagrima que escorrera de seus olhos "malditos hormônios, fiquem calminhos ai, definitivamente não é hora de ter um ataque." pensando assim ele respirou fundo e encarou o loiro. — Afinal você não sabia de nada disso, não é? E agora sabe... Acho que na verdade não me trataria melhor se soubesse, antes eu quero dizer. Como você mesmo disse eu recusei sua amizade.


      — Isso não tem mais importância nenhuma. — Draco disse, tocando o rosto pequeno sentindo a mão molhada pelo rasto da lagrima. Levantou a face fazendo os olhos se encontrarem. — O passado não importa mais, entendeu Harry? Eu vou cuidar de você.

      — Draco... — Ele deixou-se levar, na verdade mal percebia a aproximação crescendo dos rostos. Estava completamente imerso no mar prateado que eram os olhos de Malfoy.


Quando os lábios finalmente se tocaram, foi em uma caricia calma e terna. Draco aproveitou esse tempo para aproximar mais o corpo pequeno ao seu, trazendo-o para seu colo. Passou a pontinha da língua pelos lábios carnudos de seu parceiro, pedindo permissão. Harry abriu a boca e sentiu-se derreter quando a língua do outro entrou em contato com a sua. O loiro usava sua língua para explorar a boca toda do menor, enquanto esse por sua vez apenas se deixava levar, seguindo o beijo. 


Draco sugava sua língua, mordia seus lábios o deixando louco. Harry apertava com força a camisa do loiro enquanto este passeava as mãos pelo corpo delgado.


Quando finalmente se separaram em busca de ar os rosto encontravam-se perto o suficiente para Harry sentir o hálito mentolado de Draco. Já esse por sua vez estava nas nuvens tendo o delicioso aroma tão perto de si, além do corpo pequeno em seus braços.


      — Harry... — O maior murmurou, dando mais um selinho no outro que foi pego de surpresa.


      — Draco, eu... — Ele não sabia o que fazer, só se dando conta agora que tinha ido parar no colo do loiro. Com o rosto ardendo de vergonha ele se levantou e pegou sua mochila. — Eu tenho que ir.


      — O que? Por quê? Harry! — Draco foi deixado falando sozinho enquanto via o moreno descer as escadas correndo. Dessa vez ele apenas se sentou de novo e recostou-se nas almofadas, passando a mãos nos cabelos já um pouco desarrumados e suspirando audivelmente... De certa forma as coisas correram bem.
 


Notas Finais


Feliz dia da mentira pessoal.

Claro que não é o ultimo :P nem minto tão bem assim. Mas enfim, como eu disse esse capítulo teve algumas partes importantes que vocês com toda certeza vão lembrar mais para frente. Posso adiantar uma coisa, Umbridge não é a unica vaca da historia.

Não se esqueçam de comentar, é de graça e indolor. Bjs meus delicias.


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