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História Herança Veela - Cap 15 - Algumas Conversas:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


OIE SEUS LINDOS!

Eeeehh nem demorei tanto dessa vez né \o/ Feliz ano novo para todos vocês. Como ta indo esse inicio de ano? Tudo legal? Aproveitem antes que as aulas comecem :P

Ok, chega de falar de algo tão corta clima quanto "aulas". Aqui está o novo capítulo da fanfic e espero que todos gostem. Com mais uma musiquinha ainda. Serio, tipo, toda musica que eu escuto automaticamente uma cena entre o Draco e o Harry se forma, eu tenho até uma lista com musicas e momentos para se usar :P, pois bem, chegou a vez dessa. Clarity.

Se querem minha opinião concelho a ouvir a versão glee ou a versão da Madilyn Bailey, é só jogar no youtube... São realmente lindas. Espero ter acertado.

Bem, sem mais conversinhas. Aproveitem. BEIJO PARA TODOS VOCÊS, SEUS LINDOS.

Capítulo 15 - Cap 15 - Algumas Conversas:



Cap 15 – Algumas conversas.


Estava tão bom ali onde estava. Estava quentinho, ele se sentia protegido e aos poucos, suas lagrimas estavam parando de cair e seus soluços se tornando menos frequentes. Quando sua respiração se normalizou, seus olhos abriram-se novamente, ele realmente nem havia percebido que estava de olhos fechados. Talvez por que ver, não importava agora. De qualquer forma, ele piscou algumas vezes para clarear sua visão ainda um pouco marejada.


Se moveu um pouco, lentamente levantando sua cabeça. É não tinha como negar, os cabelos loiros platinados, os olhos prateados e a pele branca, não pálida igual a sua, a dele chegava até á ser sutilmente dourada. Aquele era Draco Malfoy.


      — Oi. — Ouviu a voz rouca lhe sussurrar. Assustou-se um pouco a principio, não havia percebido que o estava encarando.


      — O-Oi... — Olhou diretamente para os olhos do outro e desviou logo depois, sentindo que estava corando.


Rapidamente se afastou, espalmando suas mãos no peito forte do outro e se empurrando para trás. Limpou rapidamente o rastro de lagrimas de seu rosto e tentou se levantar, enquanto o loiro o observava ainda ajoelhado. O esforço se mostrou inútil quando novamente se encolheu em dor, segurando o abdômen no lado direito. Malfoy o amparou, cuidando para que não caísse.


Quando estava novamente sentado, o loiro fez um movimento precipitando suas mãos para a barra do suéter de Harry que por sua vez, se encolheu imediatamente e o olhou assustado.


      — Eu... Me desculpe. — Draco falou, batendo-se mentalmente pelo o que havia feito. Com certeza Potter achou que ele queria "abusar" dele também... Não poderia culpa-lo. — Prometo que não vou fazer nada, apenas deixe-me ver se está machucado, sim?


Ainda o olhando cautelosamente, Harry afastou as mãos da área dolorida. Com calma, como se estivesse tratando de um coelho que poderia fugir a qualquer sinal de movimento brusco, o loiro levantou à roupa, deixando a mostra a pela alva. O moreno arrepiou-se com o toque daqueles dedos, mas tentou não demostrar isso.


                                                       oOo


Draco teve que segurar a respiração para não fazer nenhuma besteira quando finalmente viu o tamanho do estrago que aquele animal rastejante tinha feito. Um circulo consideravelmente grande, roxo com alguns pontos vermelhos, surgia cada vez mais forte no lado direito do abdômen do menor. Não sabia como aquilo havia sido feito e nem queria saber agora, ou ele faria besteiras. De qualquer forma, abaixou com cuidado as vestes do moreninho e com um movimento ágil, mas não brusco para não machuca-lo mais ainda. Pegou Potter em seus braços.


      — H-Hey!! — O outro exclamou se agarrando assustado em seu pescoço, gemendo baixinho de dor. — Que pensa que está fazendo?


      — Te levando á enfermaria oras. — Draco falou calmamente já começando a andar. Não dando a mínima ao corpo moribundo que ficava.


      — A-Assim? — Ouviu a voz adoravelmente indignada. — Eu sei andar, sabia?


      — Claro que sabe Potter, eu também aliás. Não é lindo? Temos algo em comum. — Falou não conseguindo segurar as palavras na boca.


      — Q-Que? Me coloca no chão! — O menor exigiu com as bochechas com uma linda cor carmim e o beicinho que fazia e parecia não perceber. — Agora!


O garoto se remexeu em seus braços buscando descer, mas logo se encolheu gemendo de dor.


      — Claro, Potter... Fique quietinho sim? — Ele falou — Só estou te levando a enfermaria, não é o fim do mundo sabia? Ou prefere ir sozinho?


O que quer que o moreno fosse falar, parou assim que ouviu a ultima pergunta. Draco se sentiu mal por disser aquilo, é obvio que ele não queria andar sozinho por aí por que ainda estava assustado. Mas se aquilo o fazia parar de reclamar e deixar-se levar para a enfermaria. Então estava tudo bem.


                                                 oOo


Harry podia morrer de vergonha a qualquer hora. Não acreditava que estava sendo carregado no colo como se fosse um bebê ou uma princesa, ainda mais por Draco Malfoy. Claro, ele estava agradecido por... Ser salvo. E com toda certeza se sentia agradecido.


Nem queria pensar no que poderia ter acontecido se Malfoy não tivesse aparecido. Quer dizer, havia sido algo tão rápido. Ele estava simplesmente andando de volta ao salão comunal da Grifinória quando aquele garoto, o qual nem tinha observado muito o rosto, atacou ele e começou a... Harry se encolheu um pouco buscando proteção inconscientemente e se aconchegando contra o peito do outro sem perceber.


Estava com tanto medo naquela hora, nem conseguia pensar direito. Céus, ele tinha uma varinha, era só... Só estuporar o outro, ou deixa-lo com furúnculos tão grandes nas partes intimas que ele nunca mais conseguiria andar direito. Não sabia o que acontecera consigo, mas sentiu-se um completo inútil na hora, sentia-se sujo e, oh meu Merlin, tanto nojo do que estava acontecendo. Não conseguiria pensar nem em feitiço de levitação.


Porém, Malfoy chegou, não é? Ele estava seguro agora...


Claro, ele estava completamente confuso com a situação em que se encontrava. Só para começar, o loiro o protegera, sendo que antes ele mesmo o molestara... Harry corou e abaixou a cabeça tentando não mostrar. Depois... Ele fora gentil e... o Abraçara e confortara. Ah e agora o estava levando para a enfermaria como se fosse uma donzela indefesa... Bem, ele até tentou andar mais... A cada tentativa de esticar seu abdômen parecia um novo chute, além a claro, da mordida em seu pescoço estar latejando ainda, apesar do sangue já estar seco e provavelmente coagulando ali.


Então, ele apenas ficou quieto e se deixou levar, como o outro mesmo fez questão de dizer, andar sozinho não lhe parecia uma boa ideia... Assim, ele apenas ficou quieto e tenso nos braços do outro, o olhar baixo enquanto aguardava o caminho até a enfermaria. Ele torcia internamente que ninguém o visse naquela situação.


Finalmente chegaram á enfermaria e como ótima enfermeira que era, Madame Pomfrey chegou imediatamente. Os observou e arregalou os olhos e em um segundo uma expressão indignada tomou conta de suas feições.


      — Potter! Como conseguiu se machucar agora? — Então seus olhos se fixaram em Draco — Andaram brigando novamente?
  
      — N-Não é isso madame Pomfrey, nós... Nós não brigamos. — Harry falou rapidamente.


      — Bem, então o que aconteceu? — Ela perguntou finalmente.


Harry olhou para Draco levemente alarmado e antes que o loiro pudesse abrir a boca, ele se pôs a falar.


      — E-Eu cai. — Ele falou, se enrolando com as poucas palavras... Talvez por que era mentira. Evitou o olhar de Malfoy, mas sabia que o outro o encarava.


      — Caiu...? — A mulher repetiu, logo fazendo um gesto vago com as mãos. — Bem, que seja, Sr. Malfoy, por favor, coloque Potter nesta cama, sim?


Prontamente Draco levou Harry até a cama, mas não se afastou, ficando logo ao lado da cama e de seu companheiro ferido. Harry por sua fez mantinha-se encolhido, já que o hematoma ainda latejava.


A enfermeira se aproxima e com a varinha fez alguns feitiços não verbais, e logo após o movimento que ela passar a varinha por cima do corpo de Harry, checando onde havia ferimentos. Uma fraca luminosidade laranja apareceu em alguns locais do corpo pequeno. A luz era mais forte no pescoço, onde havia sido mordido e é claro, no abdômen.


      — Potter, pode deitar-se por favor? — Ela pediu.


Com certo esforço, Harry estivou as pernas devagar e ainda mais lentamente ele se recostou, colocando a cabeça no travesseiro com um gemido dolorido.


Draco teve ganas de acariciar o rosto do menor, que se retorceu de dor enquanto tentava se deitar. Fez o máximo que pode para se controlar e apenas continuar observando.


Madame Pomfrey levantou o suéter o rapaz de observou o grande hematoma quase completamente roxo agora além de inchado. Apertando os lábios, suas mãos seguiram até o pescoço do garoto, não conseguiu segurar a expressão surpresa ao notar as visíveis marcas de dentes ali. Seus olhos se voltaram Draco e ali ficaram por instantes. O loiro quase recuou um passo, mas não o fez. Aquele olhar parecia o acusar de ter feito aquilo com Potter. Não poderia julga-la, afinal, era a segunda vez em menos de um mês que ele aparecia ali com Potter em seus braços, ferido... MAS, nenhuma das vezes fora ele com o machucara, muito pelo contrario, aliás.


      — Então... Caiu não foi? — Ela perguntou, já se virando e pegando algumas poções que mantinha sobre a cômoda.


      — Sim. — Harry sussurrou olhando para a parede. Não queria contar o que acontecera.


      — Muito bem. Tome isso. — Ela lhe estendeu um copo que dentro continha uma poção vermelha. — Vai ajudar a estancar esse sangue em seu pescoço, além de cicatrizar sem deixar marcas.


Harry tomou sem reclamar e devolveu o copo. Madame Pomfrey então abriu uma das gavetas e tirou o que parecia ser uma pomada. Passou um pouco do produto nas mãos e o moreno conseguiu sentir o cheiro forte de ervas que aquilo tinha.


      — Relaxe, sim? Isso pode ser um pouco dolorido no inicio. — Dito e feito. Harry teve que se controlar para não gemer de dor e fugir do toque. A mulher passou as mãos sujas de pomada sobre o hematoma em movimentos circulares, fazendo uma massagem. Felizmente, a dor estava passando lentamente.


Quando olhou para baixo novamente, ele só conseguiu ver uma marca avermelhada no lado de sua barriga. Olhou para o lado e fitou Malfoy. Por um momento bem pequeno, os dois sorriram timidamente.


Porém, nesse exato momento, as portas da enfermaria foram praticamente escancaradas enquanto Snape, junto ao direto Dumbledore e para arrepiou de Harry, um garoto desmaiado em uma maca flutuante, entravam na enfermaria.


      — Mas o que...? — A enfermeira parou de guardar a embalagem na gaveta e se virou fitando gravemente a entrada do lugar, logo seus olhos se arregalaram. — Diretor Dumbledore, professor Snape, o que aconteceu?


      — Oh, olá Papoula. — Dumbledore falou virando-se em sua direção enquanto Snape levitava o aluno moribundo para cima de uma cama logo em frente a de Harry. — Receio que, as condições que me trazem aqui não são nada agradáveis. Esse aluno foi gravemente ferido, porém, felizmente ainda se encontra vivo.


      — Ferido? Alvo, alguém enfeitiçou esse aluno?


      — Na verdade não Papoula, quem o encontrou foi Severus enquanto caminhava até minha sala. Esse aluno, parece que na verdade foi agredido... Fisicamente.


      — M-Mas, alguém... Ele está em um estado deplorável, quem, em nome de Merlin, poderia ter feito isso? — A Mulher falou, caminhando prontamente para o lado da cama do garoto e fazendo os mesmos feitiços que fizera com Harry.


      — Essa é uma ótima pergunta. — Dumbledore disse. Por coincidência ou não, nesse momento ele se virou e seus olhos focaram Draco e logo depois Harry. — Oh, que não tão bela supressa devo disser. Sr. Malfoy, Harry... Aconteceu algo?


Draco que até agora rangia os dentes olhando furiosamente para o corpo machucado logo a frente, voltou seus olhos para Dumbledore, então rapidamente para Harry e de volta para o diretor.


Harry que também não desgrudara os olhos do corpo do aluno, porém apreensivo e não deixando de prestar atenção na conversa. Retornou o olhar de Malfoy e logo se adiantou.


      — E-Eu cai da escada diretor Dumbledore. — Ele falou mirando o chão.


      — Caiu hein? — o diretor falou um tanto pensativo. — Também caiu Sr. Malfoy?


      — Na verdade não diretor. — O loiro falou cuidadoso. — Eu estava fazendo meu trabalho como monitor, quando Potter fez o favor de cair e se quebrar todo. Eu apenas o trouxe até a enfermaria.


      — Ah claro, claro... — O mais velho falou e por poucos segundos Harry podia jurar que os olhos azuis do ancião brilharam de um jeito diferente. — Excelente trabalho, aliás.


      — Oh sim, pode se retirar já Sr. Malfoy. — Madame Pomfrey falou seu levantar o olhar dos ferimentos do garoto.


Draco trocou o peso dos pés, olhando para a saída e discretamente para Harry. Com passos incertos ele se retirou da enfermaria.


Harry por sua vez queria pedir que o outro ficasse ali, estava desconfortável e dolorido, de certa forma o loiro lhe passava uma sensação de conforto... E ele sabia o porquê, mas não admitiria isso nem por imperius. Além é claro, que o garoto que tentou estupra-lo estava logo ali na frente... Quase morto... Mas ali. Isso não exatamente o fazia se sentir seguro. Porém, o que ele poderia fazer? Contar a verdade?


...


Por que não...?


Talvez por que ele não quisesse parecer um completo inútil, nem uma donzela indefesa e...Ah, fala serio, isso seria... Estranho. Não seria? Quer dizer, o que exatamente o diretor Dumbledore e a enfermeira poderiam dizer? Ah, claro que também tinha o professor Snape ali, mas ele não queria pensar nisso agora.


      — Diretor. — Snape finalmente falou. — Como pretende descobrir quem fez isso a um de meus alunos? Se quer minha opinião, tenho quase certeza que foi um Grifinório, a julgar pela violência quase animal que esse garoto foi submetido.


O moreno quase poderia rir agora, mas se esforçou para não fazer isso já que podia sentir o olhar do professor de poções em cima de si.


      — Ora Severus, não devemos tirar conclusões precipitadas. — O diretor disse calmamente. — Apesar da já conhecida briga entre Grifinória e Sonserina, existem muitos alunos estudando nessa escola, não há maneira de descobrir quem foi exatamente sem uma testemunha. O que nós podemos fazer agora, é evitar que isso aconteça novamente.


      — Diretor Dumbledore, quer dizer que vai deixar essa agressão sair impune?


      — Ah não ser que consiga achar o culpado... — Então ele não precisou completar. Snape olhou com rancor para seu aluno e logo após saiu porta afora com sua capa esvoaçando atrás de si.


      — Bem... Se tudo já está resolvido, acho que também devo me retirar. — Dumbledore acenou educadamente para Pomfrey. — Até logo... Harry.


Talvez estivesse enganado mas... Harry podia jurar que Dumbledore piscara para ele. Ou quase, por que ele não o encarou realmente. De qualquer forma será que aquilo era algum tipo de sinal ou ela só estava sendo simpático? O diretor poderia saber que... Quem quase matou aquele garoto fora Malfoy? E mesmo assim deixou ele ir sem falar nada. Quem sabe, mas se ele soubesse disso, também saberia o que... Acontecera consigo?


Ele se remexeu desconfortável na cama.


      — Hum... Madame Pomfrey será que eu... Poderia ir embora agora? — Harry perguntou.


      — Ainda não senhor Potter, espero um minuto, sim?


Enquanto se sentava na cama para aguardar, o garoto mirou a cama da frente, prestando atenção no rosto do garoto. Agora que estava sem todo aquele sangue no rosto e o inchaço e todo aquele... Roxo. E é claro, não estava tentando viola-lo. Harry pode notar onde já tinha visto ele realmente. Era o garoto Soncerino da sua turma de poções... Lembrou-se de seu rosto, olhos piscando, boca esticada lhe mandando um beijo... É, era ele.


Mais alguns feitiços e uma poção para dormir, não que ele estivesse precisando e madame Pomfrey finalmente veio em sua direção. Também recitou feitiços em si, algumas áreas doloridas ficaram imediatamente boas novamente e por ultimo tomou uma poção, para garantir que tudo cicatriza-se corretamente. 


Ficou feliz quando finalmente saiu da enfermaria. Não poderia dormir ali sabendo que o seu "colega de classe" dormia ali tão perto. Cuidadosamente voltou pelos corredores, pagando mais atalhos que o normal, não leve a mau ele não estava com medo nem nada mas... Apenas queria chegar mais rápido no salão comunal.


                                                                      oOo


O dia do treino de quadribol finalmente chegara. Ele iria treinar junto com Rony e esperava que ele fosse realmente bom, ou então só razoável. Angelina, porém parecia uma pilha de nervos enquanto gritava com o time, sentia certa pena de seu amigo ruivo, afinal os gritos não estavam fazendo bem ao sua já tão exaltada ansiedade.


Harry atuou como artilheiro enquanto o ruivo lutava para pegar as goles. Ele foi até... Bom. Se não contar as goles que ele perdeu por falta de atenção, ou acidentes. As vezes que ele realmente se esforçava ele ia bem. Talvez a falta de atenção do time se devesse aos comentários nada discretos do grupinho Soncerino nas arquibancadas. Parkinson, Malfoy, Crabbe e Goyle.


O moreno não se sentia exatamente confortável sabendo que o seu... Ahn, Malfoy o assistia. Mas sua atenção era frequentemente desviada pelos comentários ácidos de Pansy Parkinson enquanto o loiro apenas sorria de lado, impressionantemente não fazendo um comentário ainda mais maldoso sobre as habilitardes do time, ou a vassoura velha que o novo goleiro tinha. Na verdade até parecia um pouco desconfortável. Apesar de achar isso estranho, Harry não pensou muito nisso, já que tinha um treino para terminar.


O treino acabou terminando mais tarde do que se era previsto por que Angelina se recusou a deixar que os outros saíssem sem que tivessem no mínimo um treino descente.


Quando finalmente ele achou que poderia descansar, Hermione o convenceu junto a Rony a terminaram as tarefas acumuladas. Então agora lá estava ele sentado em frente a lareira com um pergaminho esticado na sua frente e uma mão dolorida de tanto escrever. Suspirou alto quando Hermione corrigiu mais uma vez a redação do ruivo.


Parou de escrever e apoiou a cabeça nas mãos, olhando para nenhum lugar em especial. 
Levou um susto quando achou que a lenha da lareira de repente estava muito parecida com seu padrinho.


      — S-Sirius...? — Harry murmurou, mirando fixamente a lareira. Sem perceber, ele escorregou pra fora da cadeira e se ajoelhou em frente ao fogo aceso.


      — Harry...? — Hermione chamou o olhando como se ele fosse levemente louco.
     
      — Err... Harry? — Rony falou olhando para os lados um pouco incerto. — O que você ta fazendo?


      — Acho que vi a cabeça do Sirius aqui dentro. — Ele respondeu normalmente, não deixando de encarar o fogo.


Os dois se entreolharam com expressões muito estranhas. Porém, Hermione arfou quando viu a luz piscou levemente e em um passe de mágica... A cabeça de Sirius realmente aparecer ali no meio.


A cabeça, ou Sirius na verdade. Começou falando sobre a carta que Harry mandara, que não era seguro e os códigos eram quebráveis, mesmo assim dizendo que a de Harry estava ótima. O moreno se sentiu melhor por isso, não queria por tudo em risco por causa de um erro bobo.

Então finalmente falaram sobre a dor em sua cicatriz e em como aquilo acontecia quando Voldemort sentia emoções fortes. O garoto não conseguiu fingir sua tristeza quando Sirius lhe afirmou que isso iria acontecer mais frequentemente já que Você-Sabe-Quem voltou.


      — Treinados em combate? — Harry exclamou irritado quando Sirius mencionou uma informação do ministério. — É isso o que acham que estamos fazendo? Um exercito bruxo?


      — É exatamente o que eles acham que estão fazendo. Fudge teme que Dumbledore estava criando seu próprio exercito privado para assim, poder derrotar o ministério e tomar seu cargo.
Depois de uma pausa onde os três tentavam filtrar o que acabaram de ouvir, Rony se pronuncia.


      — Merlin, isso é mais ridículo do que as coisas que a Lovegood fala.


Então o motivo de não estarem tento aulas de Defesa Contra As Artes das Trevas e nem usando magia era esse? Harry era culpado de certa forma então... Não é? Bem, isso ele já deveria ter adivinhado. Sua vida conseguira mais uma vez dar uma virada, com certeza ruim, desde que ele havia abrido sua maldita boca depois do torneio tribuxo... Claro, ele não poderia saber que Fudge agiria como um completo idiota. Mas, se também não tivesse falado não faria diferença alguma certo? Voldemort ainda nem agira... Que ele soubesse.


Sirius continuo a falar e Harry tentou prestar atenção em tudo o que ela falava, porém apesar de estar com saudades dele, até ele sabia que uma visita a Hogsmeade não era boa ideia, então ele e Mione quase deram um ataque quando ele mencionou sua ideia. 


      — Você é menos parecido com seu pai do que imaginei. — O homem falou com uma frieza palpável na voz. — O risco teria sido o que faria ser divertido para James.


Harry recuou um pouco com a aspereza daquelas palavras, fitou com os olhos arregalados e incrédulos antes de Sirius dar uma desculpa esfarrapa e encerrar o contado. As palavras pareciam ecoar em sua mente... E-Ele não era parecido com seu pai? Quer dizer, ele deveria realmente se importar com isso? Ele nunca o havia conhecido, mas todos que ele conheceu falavam a mesma coisa, que ele era realmente parecido com James. Naquele momento sentiu-se extremamente só, como se seu padrinho só gosta-se dele, pois ele era parecido com seu pai mas... Ele não era seu pai. No fim ele só não queria que a sua única família estivesse em Azkaban novamente. 


Talvez tivesse sido melhor ter aceitado se encontra não é? Talvez assim seu padrinho ainda gostasse dele. 


Céus, que tipo de pensamentos eram esses? Ele estava simplesmente enlouquecendo, nunca fora tão melancólico em toda sua vida antes... Mas as coisas nunca deram tanto errado em toda sua vida antes. Nem na sua infância. Tudo que ele queria agora, era alguém para dizer que tudo ficaria bem e... Sentir que estava bem.


Para seu completo assombro a pessoa que veio em sua cabeça com esse pensamento, tinha cabelos loiros, corpo musculoso e... Sentiu Hermione tocar seu ombro, chamando sua atenção.


      — Harry você ta bem? — Ela perguntou. — Foi melhor assim, não podemos arriscar a segurança dele... Mesmo que ele não se importe com isso.


      — Tudo bem, obrigado Mione. — Harry sorriu, porém não atingindo seus olhos. Os três se levantaram e voltaram as redações que faziam. Mas Harry não tinha mais cabeça pra isso naquele momento. — Erm... Acho que já estou indo dormir, amanha cedo eu termino o resto, tudo bem Mione?


Ela o olhou por um momento, logo assentindo com a cabeça.


      — Claro Harry. Eu te ajudo se quiser.


      — Tudo bem, obrigado. — Ele guardou suas coisas na mochila, pronto para subir ao dormitório. — Boa noite.


      — Boa noite. — Os dois responderam em uníssono.


                                                            oOo


Harry mais uma vez se virou na cama, não conseguia dormir não importa o quanto tentasse contar carneirinhos, ou mudar sua posição. Ele simplesmente não conseguia se desligar e dormir. Os pensamentos enchiam sua mente como um enxame de abelhas zumbindo e zumbindo. Resolvendo que aquilo não estava funcionando, ele colocou os pés pra fora da cama e se levantou, colocando o robe por cima do pijama. Olhou para a janela e observou a lua cheia, já devia ser bem tarde agora. De qualquer forma, ele iria usar sua capa de invisibilidade. Então estava tudo bem.


Desceu a escada do dormitório e antes de dar o primeiro passo na sala comunal, verificou se não havia ninguém. Vendo que estava tudo limpo, Harry colocou sua capa antes de sair pelo retrato da mulher gorda e quando estava pronto, empurrou o objeto, apenas ouvindo a pintura roncar levemente.


Saiu caminhando pelos corredores, tomando sempre cuidado quando ouvia algum barulho, afinal encontrar Filch não seria nada legal aquela hora... Não que fosse legal em qualquer hora, mas enfim. Depois de passear um pouco, ele seguiu para o lugar onde realmente poderia ficar em paz e pensar, sem se preocupar se alguém o encontraria.


Assim, Harry foi até a torre de astronomia.


                                                           oOo


Draco estava inquieto aquela noite, tanto que ainda nem havia ido dormir e ficou na sala comunal com a desculpa de estar fazendo a tarefa de Runas Antigas. Ele simplesmente não conseguia admitir que ainda não tinha conseguido nada com Potter. Quer dizer, aquela besta ficava andando sozinha por aí, exibindo aquele corpo que era uma perdição por si só, provocando todos aqueles animais que eram os adolescentes cheios de hormônios da escola. Alguns comentários pelos corredores fazia Draco ter ganas de arrancar fora a cabeça de quem apenas pensou uma coisa daquelas.


Ele se sentia mais inquieto ainda, desde quando o idiota fora atacado por um de seus colegas Sonserinos. Seus sentidos pareciam completamente em pânico, como se a cada pessoa que apenas olhasse para ele fosse lhe fazer mal. Draco não podia permitir isso. Mas como ela iria evitar? Ou pelo menos ficar perto o bastante dele? Por essas e outros que hoje ele havia sugerido a Pansy que fossem humilhar um pouco os Grifinório no treino de quadribol. Foi uma boa maneira de ficar observando o por um tempo. Na verdade, não só ele como as arquibancadas pareciam estar especialmente cheias naquele treino, em sua maioria garotos. E Harry parecia não reparar em nenhum deles, nem nos comentários. Ele nunca o fazia.


Ah, Draco teve que se controlar muito para não matar cada um deles. Cada vez que lançavam olhares cobiçosos quando o vento batia nos cabelos negros, esvoaçando e deixando as bochechas rosadas. Ele era simplesmente contagiando, pois parecia amar voar, quase fazendo com que ele quisesse voar também, junto a ele.


Draco não conseguia deixar de pensar, que se estivesse junto a ele, aquele ataque não teria acontecido... Nem outros possíveis ataques. 


Com um suspiro exasperado, o loiro a passou  pelo cabeço, desarrumando e dando um ar extremamente sexy. Se Pansy estivesse ali com certeza estaria suspirando. Deixou de lado sua redação que estava bem mal feita e decidiu andar um pouco. Talvez assim conseguisse dormir. 
Saiu andando com cuidado pelos corredores, deixando suas pernas lhe levarem. Em certo ponto, sem lembrar exatamente onde foi, Draco começou a sentir o aroma de lírios e maças... O cheiro de Potter. Com uma mistura de raiva e ansiedade, ele seguiu seus instintos veela que se mostravam cada vez mais uteis. 


Como aquela coisinha miúda podia ter tanta cara de pau, ao ponto de sair andando pelos corredores no meio da noite depois do que acontecera? Ah, Potter nunca aprende.


                                                           oOo


Harry estava debruçado sobre a grade da torre de astronomia, observando o jardim de Hogwarts, o lago, a floresta proibida e... Oh não. Eram aquelas cavalos novamente. Criaturas estranhas e magras com asas, parecidas vagamente com cavalos. O garoto observou ao longe, a silhueta voar sobre as arvores da floresta proibida e depois de alguns segundos pousar, escapando de sua visão.


Era tanta coisa em sua cabeça, que ele até havia esquecido dos cavalos estranhos que vira no inicio do ano. Agora... Eles não pareciam tão importantes. Ora, quer dizer, havia o ministério, Umbridge, as mentiras sobre si, os sonhos com Voldemort, ser um veela... Todas as consequências e mudanças que isso trazia e... Seu... Parceiro.


Se inclinando mais ainda, Harry apoiou os cotovelos na grade e usou suas mãos para apoiar seu rosto. Agora também havia tido aquela pequena conversa com Sirius. Ele queria ver seu padrinho, estava morrendo de saudades, além de que tinha varias coisas que queria falar e que o pouco tempo e a dificuldade de contato não deixavam. "Você não é tão parecido com seu pai quanto eu pensei..." O pensamento ecoou em sua mente. Ora, é claro que ele não era parecido, com certeza agora ele se parecia mais com sua mãe ou, sei lá, uma boneca. Harry pensou amargurado.


Não conseguia deixar de pensa que seus problemas seriam bem menos se apenas... Isso não tivesse acontecido. Era tudo tão estranho, ele só queria seu corpo de volta novamente.


High dive into frozen waves
(Mergulho do alto nas ondas congeladas)
Where the past comes back to life
(Onde o passado volta à vida)
Fight fear for the selfish pain
(Luto contra o medo da dor egoísta)
And it's worth it every time
(E vale a pena toda vez)
Hold still right before we crash
(Segure firme antes de nós batermos)
Cause we both know how this ends
(Porque nós dois sabemos como isso termina)
Our clock ticks 'till it breaks your glass
(Nosso relógio bate até quebrar seu vidro)
And I drown in you again
(E me afogo em você de novo)


                                                        oOo


Draco subiu a escadaria da torre de astronomia rápida, porém silenciosamente. Queria pegar Potter de surpresa e lhe dar um susto, ou uma lição, ou um... Ok. Talvez não devesse ir tão longe, só queria garantir que seu parceiro que parecia uma mula de tão teimoso, não ficasse a mercê dos coquetéis de hormônios que eram os garotos de Hogwarts.


Quando finalmente chegou ao topo das escadarias parou abruptamente sentindo seu coração palpitar assim como... O volume em suas calças. Merlin... Ele nunca havia visto algo tão perfeito assim. Potter se encontrava inclinado, apoiado nas grades de proteção da torre, a luz do luar fazia sua pela brilhar de uma forma belíssima e seus olhos estavam fechados apreciando o vendo que fazia seus cabelos esvoaçarem, porém, essa não era nem de longe e melhor parte. A... Inclinação. Fez o traseiro de Potter ficar... Inclinado, vamos assim dizer. Draco teve que se segurar para não ir lá naquele momento e dar um tapa forte naquele bumbum que parecia macio ao toque e redondo e... Um pouco maior do que seria proporcional. 


Olhando pra cima e contando até dez. Draco se pronunciou, antes que acabasse fazendo besteiras.


      — Potter. 


                                                          oOo


      — Potter.


Harry quase teve uma parada cardíaca de susto, estava tão relaxado que a voz atrás de si quase o fez cair torre baixo. Virou e colou-se na grade de proteção, observando quem havia chegado e...


      — M-Malfoy...? — Harry murmurou.


O que havia de errado aqui? Malfoy parecia um cão farejador ou algo assim, de que outra forma ele o encontraria em lugares e horas tão improváveis? Ou... Ele só gostasse de passear também? Talvez? De qualquer forma, Harry não sabia o que sentir agora, apenas o encarou, vendo que estava logo em frente a escada e que provavelmente a única saída seria pulando.


      — Quão burro você pode ser Potter? — Draco falou entre os dentes cerrados. — Fica andando por aí sozinho, como se fosse o dono da escola, sem se importar com o que pode acontecer, realmente não liga, ou gosta do que fazem? Como aquele garoto no corredor outro dia.


Harry arregalou os olhos com as palavras cheias de... Raiva, talvez? Do outro. Abriu e fechou a boca algumas vezes quase como um peixe sem saber o que falar. Como aquele loiro aguado podia lhe dizer isso? Que ele gostava daquilo? Era simplesmente a coisa mais horrível do mundo. A sensação de estar sujo e o mal estar e a dor... Mordeu os lábios desviando o olhar. Mas ainda estava com um pouco de raiva do modo que estava sendo tratado.


      — É claro que eu não gosto! — Ele exclamou em defesa. — N-Não sabe como me sinto e não sabe do que está falando! 


Quando o loiro não falou nada apenas estreitou os olhos, ele continuou.


      — Eu... Eu estou realmente agradecido pela.... Ajuda, mas... Isso não lhe dá o direito de falar assim comigo! Saia da minha frente Malfoy, não devo nada da minha vida a você.


                                                      oOo


Draco colocou mais angustia naquelas palavras do que queria, mas não podia aguentar. E se não fosse ele quem tivesse chegado na torre? Certamente Potter agora estaria sendo... Seu pensamento foi cortado com as palavras seguintes.


      — É claro que eu não gosto! — Ouviu o outro falar. — N-Não sabe como me sinto e não sabe do que está falando! 


Na verdade ele queria saber como ele se sentia, tudo que queria era poder ter uma conversa com Potter sem que eles ficassem trocando farpas ou que o outro não estivesse a ponto de desmaiar. A algum tempo Draco tinha aprendido a conviver com esses pensamentos. Pensamentos que aceitavam o testa-rachada e que o queriam ele pro perto. Talvez tenha sido quando descobriu que ela era seu parceiro. 


Cause you are the piece of me
(Porque você é um pedaço de mim)
I wish I didn't need
(Eu desejo que não o precisasse)
Chasing relentlessly
(Perseguindo implacavelmente)
Still fight, and I don't know why
(Ainda luto sem saber por que)


      — Eu... Eu estou realmente agradecido pela.... Ajuda, mas... Isso não lhe dá o direito de falar assim comigo! Saia da minha frente Malfoy, não devo nada da minha vida a você.


Viu o outro andar em sua direção, o rosto erguido mais a insegurança visíveis nos olhos esmeralda. Droga não podia aguentar mais isso, tinha que fazer alguma coisa agora, ele era Draco Malfoy. Ouviu passos se distanciando atrás de si e mesmo se quisesse não controlaria as palavras que iriam sair de sua boca.


      — Potter, por favor, não vá. — Imediatamente os passos pararam e então ele se virou, fitando com seriedade os olhos verdes que se encontravam confusos e inseguros. — Eu... Você é o meu parceiro.


If our love is tragedy, why are you my remedy?
(Se o nosso amor é uma tragédia, por que você é meu remédio?)
If our love's insanity, why are you my clarity?
(Se o nosso amor é insanidade, por que você é minha clareza?)
 


Notas Finais


Então, poisé né... No próximo capítulo tem o desenrolar dessa conversa, o que será que acontece? Será que Harry vai finalmente se entregar aos prazeres da carne? (e que carne >.<')

Não se esqueçam de comentar, é de graça e indolor. Bjs!


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