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História Falling in love for the last time. - Give Me Love.


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Cheeeeeguei. Ok, demorei porque estava ocupada com algumas coisas e surtando com a Dona Jauregui no twitter com aqueles videos e... Enfim, está ai o Cap, espero que gostem. <3

Capítulo 8 - Give Me Love.


 

Ficamos não sei quantos anos na fila para comprar os ingressos do show do Ed. Lauren já estava estressada, se ela pudesse tenho certeza que teria xingado Deus e o mundo. Depois de muito blábláblá, conseguimos comprar os ingressos e saímos de lá mais animadas que coelho na páscoa.

Chegamos ao hotel e fomos logo pedindo algo para comer, minha barriga estava roncando. Enquanto eu tomava banho, Lauren ficou arrumando a bagunça que havíamos deixado no quarto antes de sairmos para fazer turismo, como ela tinha mais jeito com aquilo, deixei por conta dela. Quando voltei a comida já estava lá, nada mais e nada menos que strogonoff, eu literalmente amava aquilo.

Depois de comer o máximo que conseguimos, caímos as duas na cama rindo de qualquer merda que veio à cabeça, acho que comer demais causa alucinações nas pessoas. Eu ia puxar um papo novo quando o celular de Lauren tocou, fazendo-a dar um pulo da cama. Suspirei frustrada, sempre tinha alguém para atrapalhar.

: - Ei, DJ.

A ouvi gritar um pouco afastada de mim. Dinah Jane me pagaria caro por todas as interrupções.

Enquanto Lauren falava no celular, peguei o meu e entrei no Twitter um pouco. Comecei a rir dos comentários, eles estavam literalmente morrendo com nossas fotos de Paris, imagina se eles soubessem que fiz massagem nas costas de Lauren depois dela tirar a blusa na minha frente? Fiquei rindo sozinha por um bom tempo, nossos fãs eram loucos. Mal sabiam eles que estavam cobertos de razão.

Depois de longos minutos ela voltou para a cama com um sorriso no rosto, eu já havia guardado meu Iphone.

: - O que DJ queria? – Perguntei me virando de lado.

: - Falar que não sabe como parar de fazer sexo. – Lauren fez uma careta e eu ri. – Eu não mereço ouvir isso.

: - Sério que aquela safada ligou só pra falar isso? – Perguntei em choque.

: - Não, eu que só mencionei essa parte. – Ela me mostrou a língua. Senti vontade de chupar. É, acabei corando. – Ligou pra saber como estávamos, perguntou o que estamos achando de Paris e que se tudo der certo, ela vai ver se consegue vir semana que vem pra cá.

: - Sério?

Fiquei animada, seria bom ter Dinah conosco, já que Ally e Mani morreram no tal do Spa.

: - Uhum. – Laur ergueu a sobrancelha enquanto coçava a nuca. – Espero que ela não traga o Siope, porque imagina só ter que passar a noite ouvindo a cama ranger? Não sou obrigada.

Cai na gargalhada e lhe taquei o travesseiro.

: - Ai, por favor, isso foi desnecessário. – Ela riu toda gostosa, corando.

: - Desnecessário será se ela trouxer o Siope, falo mesmo.

: - Você não gosta de ver a felicidade alheia, eu já percebi isso, Jauregui. – Fiz cara de chocada e ganhei uma mordida no braço. Maldita – Ai.

: - Gosto de ver a felicidade, não a transa alheia. – Esfreguei meu braço rapidamente. Estava doendo mesmo. – Deixo dito que se a transa não é comigo prefiro não ficar sabendo e nem ouvindo, ainda mais da DJ que é quase uma irmã.

Tive que piscar umas dez vezes seguidas para assimilar o que ela havia dito. Eu queria rir, mas reprimi minha risada para olhá-la séria.

: - Quer dizer então que você é daquelas que só você pode transar? Ninguém mais na Terra transa, só Lauren Jauregui.

Estreitei os olhos e ela me devolveu o olhar.

: - Eu vou me calar, Cabello, porque eu não quero ter que ser indelicada com você.

Um sorriso safado cresceu no canto de sua boca quando ela jogou seu cabelo para o lado. Ave Maria.  

: - Você é uma arregona.

: - Sou uma o quê?

Eu praguejei todos os santos por ter dito aquilo. Lauren já estava de quatro na cama engatinhando em minha direção e eu sabia o que viria a seguir.

: - Nada. – Me afastei já explodindo em uma risada. – Eu juro que nada, eu...

Perdi a voz quando ela me puxou pela perna, sentando em cima de mim e atacando minha barriga com a maldição da cosquinha. Eu passaria o resto da semana com a barriga doendo, com toda a certeza.

 

A manhã do dia seguinte não demorou muito a chegar, logo eu já estava pulando em cima da cama para acordar Lauren que insistia em me ignorar com o travesseiro sobre a cabeça. Quando ela resolveu acordar já era pra lá de meio dia, assim passamos o resto de todo o tempo antes do show decidindo que roupa colocar. Já que estava frio não restavam muitas opções.

O show estava marcado para começar 19:00, às 17:30 Laur e eu começamos a nos arrumar.

Lauren resolveu que sair quase toda de preto era a melhor opção. Eu ri enquanto ela dava ataque para escolher as peças. Acabou colocando um vestido preto bem acima das coxas, meia calça preta, botas longas pretas e um casaco comprido branco. Acho que fiquei suspirando por aquele visual durante todo o tempo que nos restou. Tão mulher e... Deixa pra lá.

Acabei colocando uma calça de couro preta, blusa azul, sapatos de salto e um casaco igual ao de Lauren, só que preto. Eu me pegaria de verdade, pela primeira vez em toda a minha vida me senti fodidamente gostosa, e aquilo era bom, pois acho que Lauren achou o mesmo. Ficou o tempo todo me encarando sentada na cama enquanto eu terminava a maquiagem, queria sorrir, mas segurei. Quando terminei, girei sobre os meus pés e deslizei os dedos pelo cabelo perguntando o que ela achou. A vi engolir a saliva antes de sorrir e dizer que eu havia passado na fila da beleza trinta mil vezes. Nem preciso dizer que derreti, né? Não.

Depois de toda a admiração a peguei pela mão e saímos porta a fora, estava quase na hora do show do Ed. Eu estava nervosa, um frio na barriga, voltaria rouca para o hotel de tanto cantar.

Não enfrentamos problemas para entrar na casa de show, tudo estava muito bem organizado e aconchegante.

: - Será que vai encher muito?

Lauren me perguntou enquanto tomava minha mão na dela entrelaçando nossos dedos. Sorri com o gesto.

: - Não sei, Lolo, mas acho que não. – Me aproximei para falar em seu ouvido. – Vamos ficar no cantinho ali atrás, assim vamos evitar alguém de nos reconhecer e todas essas coisas.

Ela apenas concordou com a cabeça, abrindo caminho entre as pessoas que já estavam lá até que ficamos no fundo do ambiente, bem no fundo mesmo. Estava um pouco escuro por lá, quase ninguém gostava de ficar atrás em shows, então agradeci mentalmente por aquilo. Lauren encostou-se em uma pilastra atrás dela e me puxou para perto.

: - Ei, eu não vou fugir.

Eu disse risonha fazendo uma careta.

: - Não quero que ninguém olhe com desejo pra você, só de pensar em tal coisa me dá vontade de chorar, Camz.

Aquela mulher na minha frente estava vestida para matar quem fosse e estava mesmo me dizendo que choraria se alguém me olhasse com desejo?

Eu ia rir, mas me permiti ficar apenas no “awwwwn” quando a vi fazer um biquinho maravilhoso, fazendo meu coração acelerar. Ergui minha mão e apertei seu bico querendo mesmo beijá-la.

: - Para de ser boba. – Sussurrei. Suas mãos foram parar em minha cintura. – Ninguém vai olhar pra mim, mal dá para nos verem aqui. Desfaz esse bico.

Ela suspirou rendida e encolheu os ombros. Eu iria continuar todo o nosso lance quando fui interrompida por gritos. Lauren soltou minha cintura e eu me virei, o show iria começar.

“Drunk” foi a música de abertura, onde eu me movia ao ritmo da batida e cantava de olhos fechados. Amava demais aquela música, queria poder dar uma de fã louca, mas não queria chamar olhares. Vez ou outra Lauren tocava a minha cintura, pegava na minha mão, me mantinha o mais perto dela possível. Eu estava adorando aquilo, estava amando o momento.

Quando começou a tocar “Lego House” eu quis chorar, tantas vezes nós havíamos cantado aquela música, era como estar dentro do estúdio de olhos fechados. As pessoas ao nosso redor cantavam alto, braços erguidos, sentimentos para fora, podia sentir a voz rouca de Lauren cantando ao meu lado. A olhei e ela tinha seus olhos fechados, seus lábios lindos torcidos em um sorriso, o cabelo jogado para lado. Eu poderia me esquecer do mundo e me sentar para admirar aquela cena. Mas quando achei que as coisas não podiam ficar melhores, Ed Sheeran começa a tocar “Give Me Love”. Meu coração acelerou quando Lauren me fitou, eu juro que se não tivesse encostada na parede teria tropeçado em meus saltos.

“Give me love like her...”

(Me dê amor como ela)

Eu me senti estranha, confesso que aquele olhar estava me deixando de pernas bambas. Todos cantavam e gritavam e tudo o que fazíamos era uma intensa troca de olhares. Os verdes nos castanhos. Será que alguma vez na sua vida você já sentiu intensidade igual?

“Give a little time to me or burn this out

We'll play hide and seek to turn this around…”

(Me dê um pouco de tempo ou queime isso,

Vamos brincar de esconde-esconde para virar isto)

Meu corpo tremeu quando Lauren me pegou pela cintura até que tivesse nossos corpos colados. Ela estava quente, eu pude sentir quando sua mão tocou minha bochecha, deslizando uma mecha de cabelo atrás de minha orelha. Meus olhos estavam perdidos nos seus, minha boca salivando, eu mal sabia o que fazer com minhas mãos. Eu não estava esperando por aquilo, ela não tinha o direito de me maltratar daquele jeito. Seu corpo trêmulo mostrava-me que ela estava tão nervosa quanto eu, mas não me deixava pensar que iria recuar.

“All I want is the taste that your lips allow

My, my, my, my, oh give me love…

(Tudo que quero é o sabor que seus lábios permitem

Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor)

Em questão de segundos sua mão livre estava entre meus cabelos, agarrando as mechas perto da minha nuca. Separei os lábios para suspirar, eu imaginava que ela tivesse uma pegada gostosa, mas o adjetivo era pouco perto do que ela estava fazendo comigo.

: - Lauren...

Sussurrei com o pouco da razão que me sobrava. Subi minhas mãos por seus braços.

: - Por favor, Camila, não diz nada agora.

Foi tudo o que consegui ouvir dela em meio a música antes de ter seus lábios nos meus. A sensação foi enlouquecedora, uma corrente elétrica balançou o meu corpo intensamente. Acho que morri trinta vezes quando Lauren deslizou sua língua quente e aveludada para dentro da minha boca. Ah! Santo Deus. Suspirei entre seus lábios e levei minhas mãos até seu pescoço quando ela puxou meu cabelo, onde começamos um gostoso beijo de língua.

Quer saber qual é a sensação de beijar Lauren Jauregui? Nem eu sabia descrever. Havia esperado tanto por aquele momento e a tinha ali bem na minha frente, uma mão maltratando meus cabelos enquanto a outra me acariciava a carne da cintura, sua língua deslizando deliciosamente contra a minha, seu cheiro entrando por minhas narinas e me deixando completamente tonta. Eu estava louca. Havia beijado apenas uma vez em todos os meus dezessete anos, e posso falar com toda a certeza que nada podia se comparar ao beijo de Lauren, nada. Ela era um vulcão em chamas. Quando nossos pulmões começaram a reclamar pela falta de ar, Lauren finalizou nosso beijo com uma mordida em meu lábio inferior, me fazendo gemer baixinho. Encarei seus olhos que estavam escuros, nunca os vi antes daquele jeito. Acho que o Ed ainda cantava, eu não sabia dizer, não sabia ouvir mais nada. Meus lábios estavam formigando, era cheiro de Lauren em todos os cantos do meu rosto. Sorri encostando nossas testas.

: - Você acabou mesmo de fazer isso?

Perguntei com as mãos perdidas em suas costas. Era bom demais pra ser verdade. O coração dela batia desesperadamente contra o meu peito, o meu não muito atrás.

: - Vamos embora. – Sua voz era um poço de rouquidão. Tremi-me dos pés à cabeça. – Por favor, vamos voltar para o hotel.

Abri os olhos para encará-la.

: - O que foi? Você ficou chateada pelo o que acabou de acontecer ou algo do tipo?

Perguntei temerosa e ela segurou meu rosto entre as mãos.

: - Não, eu nunca me senti melhor que isso antes, Camz. – Sorri levando minhas mãos por cima das suas. – Eu quero ir embora, eu quero ficar sozinha com você, eu quero beijar sua boca de novo. – Fechei os olhos para ouvi-la, todo aquele jogo estava me deixando arrepiada. – Mas eu quero entre quatro paredes, só eu e você. Vamos embora, por favor, eu não posso esperar mais.

E eu tinha como negar? Eu tinha como dizer não a dona dos olhos mais lindos do mundo? A abracei com força antes de segurar em sua mão, a puxando e deixando para trás o show, as pessoas, o mundo. Eu a queria e daria o que fosse para tê-la suspirando colada ao meu corpo de novo.

 

POV Lauren.

Camz e eu deixamos o Show do Ed para trás e pegamos um taxi rumo ao hotel. Meu corpo estava em chamas, minha cabeça processando minha atitude, meu coração batendo na minha garganta. Eu queria colocar a cabeça pela janela do taxi e gritar um “Fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuck” bem alto. Como é que pude esperar tanto para fazer aquilo? Quanto tempo eu perdi criando medo ao invés de me jogar de cabeça em tudo o que eu sentia. Passei todos aqueles meses tentando fugir das minhas certezas, correndo para o mais longe possível do que sentia por aquela garota e em questão de segundos tudo foi por ralo a baixo.

Camila me enlouquecia, me deixava em um estado tão grande de distúrbio mental que mordi o lábio parar reprimir uma risada. Do que eu iria rir? De felicidade, estava certa de que não podia existir coisa melhor no mundo do que me entregar em alma para Camila Cabello.

Quando chegamos no hotel e entramos em nosso quarto, a apertei contra a porta fechada e grudei nossos lábios. Eu não tinha mais calma, só queria beijá-la com todo o fervor, queria provar sua língua até que ela estivesse sem ar nos pulmões. Seu gosto era maravilhoso, eu poderia passar o resto dos anos degustando dele.

Camila agarrou meu cabelo com uma das mãos, puxando com força enquanto a outra me apertava contra seu corpo. Gemi baixo com a sensação. Paris podia estar fazendo o frio que fosse lá fora, mas dentro daquele quarto eu aposto que chegaria fácil aos quarenta graus. Quando o ar me faltou, chupei seu lábio inferior lentamente a ouvindo suspirar.

: - Beijar a tua boca me deixou sem juízo, Camila. – Ela era tão fodidamente má que colocou a ponta da língua para fora, me fazendo chupá-la com gosto. – É quase um frenesi.

: - Se me permiti confessar uma coisa, Jauregui... – O castanho de seus olhos estava queimando. Ela era linda, linda. Aquele cabelo perfeito e cheiroso, a boca vermelha e macia, a língua quente e saborosa. Puta merda, onde você estava que deixou tudo isso longe de você por tanto tempo, Lauren? Perguntei a mim mesma enquanto a admirava.

: - Confesse.

Pedi baixinho e ela sorriu entre uma respiração cortada, puxando-me pelo casaco para colar sua boca na minha novamente, dizendo entre meus lábios.

: - Você me deixou molhada.

Aquele momento que se você ainda guarda um pouco de sanidade, ela passa a não existir mais. Aquela informação fez a região abaixo do meu umbigo formigar mais do que já estava.

Respirei fundo e a olhei nos olhos enquanto envolvia meus braços em sua cintura.

: - Era por isso que eu tinha tanto medo de te beijar.

Camz mordeu o lábio inferior, seus dedos correndo minha nuca.

: - Por quê?

: - Porque eu sabia que quando isso acontecesse não iria ter mais volta.

Confessei sem desviar nossos olhares.

: - E você quer voltar?

Voltar? Voltar pra onde? Voltar para o mundo onde não se pode beijar Camila Cabello e sentir o coração acelerar por tê-la tão perto? Não, não mesmo.

: - Nunca. – Sorri quando colei nossas testas. – Nunca, Camz.

: - Acho que vou acrescentar essa noite no topo da lista das dez melhores noites da minha vida.

: - Deixa para ver o resultado depois, a nossa noite mal começou.

Colei nossos lábios de novo, não queria perder tempo falando quando podia mostrar à ela o que causava em mim. Eu sempre tive certeza de que estava incondicionalmente apaixonada por Camila, mas não sabia que podia considerar todo aquele momento como o mais verdadeiro que já vivi em dezoito anos, e eu não queria que tivesse volta.  



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