1. Spirit Fanfics >
  2. Falling in love for the last time. >
  3. Trilhas vermelhas.

História Falling in love for the last time. - Trilhas vermelhas.


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Boa noite, meninas. Não demorei muito dessa vez, não me chutem. u-u UHSAUSAH Bom, quero agradecer pelos comentários do capítulo passado, estou super feliz que vocês gostaram e que surtaram com a volta da Lolo. ♥ Vocês são lindas e fazem os melhores elogios do mundo, me fazem ganhar o dia, sorrir de verdade. Não parem nunca, eu ganho a semana com vocês. Bom, vamos lá, quero deixar claro umas coisas aqui antes de tudo. Primeiro preciso informar para algumas pessoas que não gostam de "sacanagem" para não abrir o capítulo. Digo isso porque depois fico muito chateada quando eu aviso certas coisas, a pessoa lê e mesmo assim fica falando mal no Twitter, mesmo eu tendo avisado para não ler. Enfim, usei certas palavras que não usei nas outras e algumas pessoas não gostam, solamento. Pra mim está de boa, nada PESADO, mas para algumas pessoas isso é mais do que elas suportam, então... É só não ler, certo? Não leia e evite estresse seu e meu. O resto está normal. Espero que gostem, escrevi com a mesma dedicação de sempre. E espero também que surtem com o final. Quero indicar uma música para uma cena, que no caso é " Robin Thicke - Im lost without you." Podem dar play quando o "espelho" entrar na história. UHSASUHAUAHS. É só isso. Amo vocês. ♥

Capítulo 33 - Trilhas vermelhas.


 

Senti seus braços rodearem minha cintura, seu peito se apertando contra as minhas costas. Eu sorri em êxtase, trezentas mil emoções bombardeando o meu corpo.

: - Você achou mesmo que eu iria passar mais um dia longe de você, Camz?

 Lauren beijou o pé do meu ouvido depois de sussurrar, eu podia sentir seu sorriso contra a minha pele. Separei os lábios para suspirar.

 : - Você é uma filha da mãe, para não dizer coisa pior.

 Foi tudo o que eu disse antes de descer do banco e me jogar nos braços dela, uma glória completa. Nos abraçamos com força, suspiramos longamente, nossos corações batendo juntos de um jeito insano. Éramos nós novamente, juntas, respirando no mesmo metro quadrado, as mãos tocando os lugares que foram destinadas a tocar, os corpos grudados de um jeito que seria pecado pensar em separar. Eu não conseguia raciocinar.

 : - Meu Deus, Camila. – Lauren disse com a voz abafada contra a curva do meu pescoço, sua mão direita subindo por minhas costas enquanto a outra se manteve firme na minha nuca. Meus olhos estavam fechados, eu queria sentir cada músculo dela, cada reação à mim, cada palpitação. – Que saudades. Que saudades desse teu cheiro, do teu corpo grudado em mim desse jeito. Por Deus! Que saudades.

 : - Não me solta nunca mais. – Eu pedi com a voz estraçalhada, minha mão direita caminhando para o lugar onde mais gostava de se esconder, entre os cabelos de Lauren. – Por favor, só não me solta.

 Com as mãos trêmulas ela segurou meu rosto, nossos olhos se encontraram. Senti minhas pernas fraquejarem com o que enxerguei naquele verde, um brilho monstruoso fixo em seu olhar. Nós não sorriamos, estávamos tão concentradas em nos adorar que não restava espaço para outra coisa.

 Ela estava linda, mais bonita que a imagem que minha mente conseguia se lembrar. Os cabelos levemente cacheados caindo por seus ombros, uma maquiagem forte ao redor dos olhos, sua silhueta magnificamente desenhada estava coberta por uma calça jeans branca bem apertada, uma blusinha de seda perolada e nos pés saltos pretos exuberantes. Ela também havia se arrumado para me reencontrar. Resfoleguei.

 : - Te soltar novamente não está nos meus planos, Camz. – Lauren desceu o olhar para os meus lábios, seu braço esquerdo colocado firmemente ao redor da minha cintura, nossos corpos completamente colados. – Meu plano no momento é outro.

 : - Qual?

 Perguntei trêmula, minha boca salivando com a intensidade de seu olhar na região acima do meu queixo.

 : - Esse.

 Foi tudo o que ela disse antes de me puxar pela nuca e colar sua boca na minha. Eu gemi de satisfação, meu corpo ficando mole de um jeito vergonhoso. Envolvi meus braços em seu pescoço e separei os lábios para receber sua língua aveludada, que deslizou para dentro como se tivesse voltado para o lugar que nunca deveria ter saído.

 Lauren enfiou a mão direita entre as mechas do meu cabelo com pressa, fechando seus dedos ao redor delas para puxar com certa força. Nossas línguas começaram uma batalha incansável por espaço, aquele atrito molhado e delicioso nos fazendo suspirar de segundo em segundo. Que saudades eu sentia daquela pegada, daquele gosto, daquele cheiro, daquele beijo alucinante que só ela sabia dar. Beijar Lauren era mesmo um labirinto de sensações, ela fazia você sentir tudo ao mesmo tempo, sem pausa, sem hesitação.

 Enquanto ela serpenteava a língua ao redor de meus lábios para logo depois enfiá-la de volta em minha boca, seus dedos faziam carícias delirantes no meu couro cabeludo, seu braço esquerdo ao redor da minha cintura me forçando para frente, me apertando contra ela, me aconchegando, me esfregando. Eu não sabia dizer se o gemido choroso que soltei foi por causa da mordida que ganhei no lábio inferior, ou por causa da chupadinha acompanhada daquele barulhinho gostoso que veio em seguida. Eu só sei dizer que permaneci de olhos fechados quando nossos lábios foram separados, meu corpo e minha alma entregues da melhor forma para ela, minha namorada, minha Lauren. Eu sorri. Ela suspirou.

 : - Tua boca me deixa... – Abri os olhos para encará-la, as íris em um verde mais escuro queimavam. Ela não precisava dizer, eu podia enxergar nitidamente como a deixava. E acredite, o efeito era o mesmo em mim. – Eu não vou deixar que me levem para longe de você nunca mais. Não posso suportar ficar sem teus beijos, teu cheiro, esse teu sorriso. Você não tem noção do que está me fazendo sentir agora, Camila.

 : - Eu tenho porque você está me fazendo sentir o mesmo.

 Eu não podia esperar mais nenhum segundo para abraçá-la de novo, por isso encurtei a distância de nossos seios e me enlacei a ela novamente, enfiando meu rosto na curva de seu pescoço e respirando fundo para sentir o meu cheiro preferido no mundo. Eu não sabia como me sentir, como controlar meu coração descompensado, como pensar em outra coisa que não fosse: Lauren está em casa, Lauren voltou pra mim. É, ela estava de volta, finalmente aquelas duas semanas diabólicas haviam terminado, finalmente eu estava respirando de forma lívida e feliz de novo. Não tinha explicação.

 Nós ficamos ali daquela forma por um bom tempo, apenas abraçadas, nos sentindo, matando um pouquinho da saudade que nos cercava. Depois de trocarmos mais alguns beijos, subimos para encontrar as meninas. Elas surtaram, quase quebraram Lauren no meio de tanto que a abraçaram, foi uma choradeira sem fim. Eu só sabia sorrir, estávamos reunidas novamente e nada poderia ser mais celestial que aquilo.

 Nos sentamos as cinco sobre os bancos altos da cozinha assim que a noite chegou ao meio, estava na hora de jantar em família depois de tanto tempo. Dinah cozinhou macarrão, Ally fez almôndegas, Mani uma salada verde, Lauren e eu nos ocupamos em arrumar a mesa, vulgo, a bancada americana. 

 : - Dinah, esse macarrão ficou tão grudado que quando eu for tentar pegar um pouco com o garfo, todos sairão juntos.

 Mani disse enquanto se sentava em um dos bancos, ao lado de Ally. Nós rimos em sincronia, era incrível que até para rir juntas exalávamos harmonia. Fifth Harmony, né?

 : - Tu quer levar um tapa na orelha agora ou depois? Pelo menos eu fiz, ok? Só não deu muito certo.

 Dinah deu de ombros puxando o pote da salada para perto de si.

 : - Está grudado, tipo muito grudado, quase fundido, mas está gostoso.

 Ally disse depois de colocar um pouco na boca, mastigando rapidamente.

 : - Vocês reclamam pra caramba, apenas comam.

 Comentei depois de mastigar uma folha de alface, Lauren rindo ao meu lado, sua mão esquerda pousada sobre minha coxa.

 : - Obrigado, Mila.

 Dinah ergueu a mão e juntas fizemos um gesto como se estivéssemos batendo.

 : - Eu senti falta dessa implicância. – Lauren riu enquanto tentava enrolar o macarrão no garfo. – Foi a pior sensação do mundo ficar longe de vocês nessa situação.

 : - Nem me fale, esses dias foram... Frustrantes. Quando Mila caiu doente na cama eu pensei seriamente em mandar você voltar.

 A voz de Ally saiu um tom mais baixo, era como se estivesse lamentando. Estávamos comendo sob uma troca de olhares intensa, fazíamos aquela análise sempre que queríamos tentar decifrar o pensamento uma das outras.

 : - Foi difícil para nós. – Mani bebeu um pouco da coca que tinha no copo vermelho antes de voltar a falar. – Sofremos por nós e por vocês. Ver Camila naquela cama doeu, sabe? E ter a certeza que você estava sofrendo da mesma forma triplicou essa ardência. Nós queremos ajudar de alguma forma, mas não sabemos como.

 Eu estava comendo de cabeça baixa, lembrar me machucava, por mais que Lauren já estivesse ali. Senti quando ela apertou minha coxa de leve, um suspiro triste escapando de sua garganta. Barulhos de garfos e facas contra os pratos eram ouvidos em todos os segundos.

 : - Eu também não sei como. – Lauren sorriu triste antes de colocar um pouco de comida na boca. Ela parou de falar apenas para mastigar, recuperando o raciocínio logo depois. – Eu não sei exatamente como será a partir de amanhã, quando voltaremos ao trabalho. Já nos afastamos antes, mas dessa vez é diferente. Dessa vez nós temos um relacionamento concreto, sabe? Somos praticamente casadas se formos levar em consideração o fato de que moramos juntas e transamos.

 As meninas sorriram enquanto comiam e eu logo olhei para Ally, para a minha surpresa ela também sorria, um pouco corada, mas sorria.

 : - Vai ser mais difícil do que antes, confesso que estou temendo.

 Lauren comeu mais um pouco quando terminou de falar. Eu bebi um gole de coca, Dinah e Normani mastigavam com os cotovelos apoiados no mármore escuro, Ally cortava uma das almôndegas que estavam em seu prato.

 : - Nós vamos conseguir, amor. Conseguimos uma vez, vamos conseguir novamente. Por mais que agora seja diferente, sei que vamos nos controlar ao máximo para não pisar na bola.

 Eu disse pousando minha mão direita sobre a sua esquerda em cima da minha coxa, acariciei de leve.

 : - Nós vamos dar uns toques se estiverem falhando. Dar um beliscão, ou um chute, um tapa. Vocês sabem que comigo as coisas funcionam assim.

 Dinah disse apontando o garfo em nossa direção, o pedacinho de almôndega que estava nele caindo sobre a mesa. Um coro de risadas divertidas inundou a cozinha, quebrando o clima tenso que havia se formado.

 : - Ai, Dinah, só Jesus na sua vida com toda essa violência.

 Ally estava rindo tanto que se engasgou quando terminou de falar, onde eu rapidamente levei minha mão esquerda até suas costas para dar alguns tapinhas.

 : - Amém, Ally.

 Manibear ergueu o corpo de acrílico vermelho como se puxasse um brinde. Estava rindo maravilhosamente, nos instigando a fazer o mesmo que ela. Quando nossos copos estavam erguidos em nossas mãos, dissemos juntas usando da harmonia que nos sobrava.

 : - Praise, Jesus.

 Fizemos um breve brinde e voltamos a comer sob risadas e sons de garfos, o assunto desconfortável ficou para trás, queríamos esquecer o futuro e viver apenas o presente da melhor forma que sabíamos fazer. Nada como estar em família para ter a certeza de que nunca ficará sozinha.

 Quando o jantar terminou, Lauren e eu pedimos licença e nos retiramos. Ouvimos inúmeros sons nasais cheios de malícia enquanto subíamos as escadas de mãos dadas. Quando chegamos a seu quarto, Lauren me deu um rápido beijo e me pediu para esperar enquanto tomava um banho. Coitada, a cara de desconforto que ela fez por ainda vestir as mesmas roupas desde que chegou de viagem me deu pena.

 Enquanto ela tomava um banho, parei em frente ao grande espelho embutido em sua parede para me fitar um pouco. Meus olhos estavam brilhantes, meu rosto mais corado, mais vivo, meu cabelo levemente bagunçado, o sorriso que eu tinha nos lábios completamente feliz e satisfeito. Eu não conseguia me lembrar qual foi a última vez que me senti assim nas duas semanas que se passaram. Estava tão radiante que não existia nada naquele momento que pudesse me quebrar.

 Ergui a mão para deslizar os dedos entre minhas mechas de cabelo, os jogando para o lado, gostava tanto da imagem sexy que eu exalava quando os tinha daquele jeito, perdia um pouco aquele ar de adolescente.

 : - Esse seu vestido é maravilhoso.

 Levei um pequeno susto quando ouvi sua voz rouca atrás de mim, a observei andar em minha direção pelo espelho e logo me virei. Lauren vestia um roupão branco, cabelos soltos e secos jogados sobre seu ombro direito, pés descalços e no rosto aquele sorriso de tirar o fôlego de qualquer ser humano.

 : - Coloquei com o propósito de ouvir esse elogio.

 Eu disse mordendo o lábio inferior quando ela me envolveu pela cintura com os braços, seu corpo exalando cheiro de sabonete. Fresco, muito fresco. Suspirei e segurei seu pescoço com as mãos, massageando a região com os dedões.

 : - Estava contando os segundos pelo dia em que iria te pegar desse jeito de novo.

 Com calma e maestria, Lauren correu a ponta de seu nariz por minha bochecha, suas mãos femininas e habilidosas descendo para a minha bunda. Fechei meus olhos quando ela arrastou as unhas por ali.

 : - Estava louca de saudades. – Suspirei quando ela tocou a barra do meu vestido. – Estou enlouquecendo, para falar a verdade.

 Lauren suspirou profundamente. Eu estava de costas para o espelho, ela na minha frente, logo seus olhos estavam fixos em nosso reflexo. Eu desci minhas mãos por suas costas com um leve tremor quando ela começou a subir o meu vestido até que ele estivesse em minha cintura, deixando minha calcinha vermelha à mostra.

 : - Colocou essa calcinha pra mim?

 Perguntou com uma voz tão maliciosa que eu senti meu corpo esquentar. Não virei a cabeça pra olhar para o espelho, apenas ergui os olhos para fitar sua expressão. Seus olhos verdes estavam naquela conhecida coloração escura, seus lábios já livres do batom torcidos em um sorriso sensual.

 : - Coloquei tudo pensando em você.

 Confessei deslizando meus lábios por seu pescoço, a veia saliente latejando sob sua pele. Beijei o ponto de pulso, ela se arrepiou.

 : - Sua bunda ficou linda vestida nela. – Eu separei os lábios contra a sua pele para suspirar quando ela arranhou a minha nádega esquerda de cima à baixo. Um arrepio chacoalhou meu corpo. – Mas vai ficar mais bonita ainda sem ela.

 Com um aperto terno na mesma nádega, Lauren se colocou calmamente de joelhos aos meus pés, imitando a posição que fiquei por ela em Paris, naquela noite em que tirei sua virgindade. Engoli a saliva que se formou em minha boca quando seus dedos de unhas pintadas em azul bebê se embolaram nas laterais de minha calcinha, a descendo por minhas coxas até que tocasse meus tornozelos, onde levantei um pé de cada vez para que saísse do meu corpo.

 Eu estava hipnotizada, nossos olhos não se desviaram em nenhum momento. Usando da mesma calma ela se colocou de pé novamente, ajeitou o meu vestido em minha cintura, deslizou os dedos da mão livre pelos cabelos e sorriu de canto. Eu senti uma pontada intensa na virilha quando observei Lauren levar o tecido fino da minha calcinha até o nariz, fechando os olhos para inalar arduamente.

 : - É tão gostoso, tão... – Inalou mais uma vez antes de abrir os olhos. – Parece que tudo continuou no lugar as duas semanas que estive fora. Eu fiquei molhada da mesma forma que antes ao sentir o teu cheiro na sua calcinha.

 Não sei dizer se estava respirando ou se estava tendo um ataque cardíaco. Meu coração batia desesperado contra o meu peito, meu rosto ardia, meu corpo pelando naquela febre sexual que só ela conseguia me provocar.

 : - Isso foi excitante.

 Eu disse deslizando a língua pelos lábios sentindo todos os meus poros em alerta. Lauren soltou uma risadinha completamente erótica, seus olhos fuzilando o meu rosto.

 : - Excitante? – Concordei com a cabeça. – Você ainda não viu nada.

 Foi o que ela disse antes de largar a minha calcinha no chão, andando em direção ao abajur ao lado da cama, acendendo a luz fraquinha para logo depois desligar a do quarto, tornando a se aproximar. Se a intenção dela era me enlouquecer, conseguiu quando voltou a respirar perto de mim.

 Ela estava alguns passos de distância quando levou as mãos até o nó que prendia seu roupão, abrindo sem pressa para deixá-lo escorregar por seu corpo da mesma forma. Eu pirei em pé, meus olhos famintos descendo por aquela silhueta nua e perfeita. Os seios fartos e empinados, os mamilos rosados já estavam endurecidos, como se já tivessem recebido uma estimulação. A barriga lisa, o sexo que tanto enchia a minha boca de saliva estava completamente depilado, como sempre. As coxas levemente afastadas me deixavam ver o que eu queria ver. Céus! Ela era o meu fim. Dei um passo para frente, estava arfando pesadamente, uma palpitação frenética entre as coxas. Mordi o canto da boca antes de falar.

 : - Ay que tentación.

 Deslizei o olhar de cima até embaixo. Eu vi quando seu peito inflou, sua respiração antes controlada se alterando rapidamente.

 : - Repete.

 Sua voz saiu tão profunda e rouca que tremi sobre os joelhos.

 : - Que tentación.

 Repeti pausadamente dando mais um passo para frente. Eu não precisei avançar mais, em poucos segundos Lauren estava colada em mim, suas mãos me pegando pela bunda e me puxando para cima até que minhas pernas estivessem em torno de sua cintura. Eu gemi de surpresa e desejo, sabia que falar em espanhol com ela era jogar a bandeira da loucura. Pude comprovar meu raciocínio de uma forma mais exata quando ela me chocou contra a porta fechada com força, seu sexo encostando-se ao meu por conta de minhas coxas abraçadas em seu quadril e da ausência da minha calcinha. Gememos juntas.

 Curvei a cabeça para cima e cravei as minhas unhas em seus ombros com força, não aguentava mais, queria que o mundo fosse para o inferno, porque com toda a certeza eu iria para o céu.

 : - Me gustaría pasar la noche dándole.

 Eu disse descendo minhas unhas por suas costas, arranhando mesmo. Quem disse que eu queria carinho e fazer amor? Não, aquela noite eu queria foder, trepar ou qualquer outra coisa que envolvesse aquela garota me deixando marcas por uma semana. Eu queria algo que matasse a saudade e o desejo descontrolado que eu sentia dela. Eu queria Lauren exatamente do jeito que ela ficou ao me ouvir, nervosa e rude, excitada e suada, praticamente rugindo em selvageria quando me beijou, enfiando a língua dentro da minha boca com tanta vontade que me fez vibrar. Agarrei em seus cabelos e puxei sem hesitar, suas mãos me segurando pela bunda e suas unhas cravadas bem ali. Chupei sua língua quente com devoção quando senti minhas costas baterem novamente contra a porta, o barulho do choque me fazendo sorrir extasiada. 

 : - Porra!

 Eu exclamei entre gemidos quando Lauren desceu sua boca para o meu pescoço, colocando-me no chão para subir meu vestido por meu corpo, chupando e mordendo bem no meu ponto de pulso. Nos separamos alguns centímetros apenas para que o vestido saísse do caminho, indo parar em qualquer lugar naquele chão. Logo ela me agarrou de novo, seu corpo nu moldado ao meu coberto apenas pelo sutiã preto, sua língua quente traçando caminho de fogo na minha clavícula, minha mão direita à segurando pelos cabelos enquanto a esquerda rumava para baixo.

 A empurrei para trás sem cortar o contato de sua boca com a minha pele e levei as mãos até o fecho do meu sutiã, abrindo e retirando com pressa, a calma não era nada bem-vinda naquele momento.

 

Lauren POV.

 Se existe uma coisa que você precisa aprender sobre Camila, é que não importa o que ela faça, você vai perder o controle sempre. Fiquei louca quando ouvi aquela frase em espanhol sair de sua boca, cantamos tantas vezes sobre os palcos, mas ouvir dentro de um quarto à meia luz era completamente diferente.

Quando a peguei pela bunda e a empurrei contra a porta, minha intenção era manter o controle da situação. Mas veja só você, eu já estava deitada sobre a cama com ela em cima de mim, sua boca quente ao redor do meu mamilo direito me fazendo gemer enlouquecida. Camila me fazia virar uma completa passiva nas mãos dela de forma rápida e eficiente, ela sabia exatamente onde tocar para me desarmar. Talvez você pense que a ativa sou eu, não é? Pois então, acho que você está enganada, porque se formos levar em consideração o jeito que ela estava me fazendo gemer naquele momento, o termo passiva escandalosa era usado exclusivamente pra mim.

: - Com força, Camila... – Levei a cabeça para trás e curvei a coluna. – Chupa com força.

 Pedi perdida em sensações enquanto segurava seus cabelos com uma das mãos, me contorcendo ao sentir sua língua bailando em meus mamilos doloridos por conta do tesão. Ela chupou cada um deles do jeito que pedi, com força e exatidão, devagar e rápido, sugando e mordendo. A boca dela era deliciosa demais, se beijar já era uma carta para ficar molhada, imagina tê-la chupando sua pele?

 Desci minhas unhas por suas costas até que estivessem em sua bunda, meu lábio inferior mordido e minha coluna curvada. Quando Camila mordeu com a pontinha dos dentes meu mamilo esquerdo, minha mão rapidamente acertou um tapa estalado em sua nádega direita. Ela beijou todo o meu corpo e subiu a boca por meu colo, se ajeitando no meio das minhas pernas enquanto deslizava a língua por meu pescoço, queixo, por entre os meus lábios a procura da minha própria língua. Iniciamos um beijo delicioso e desesperado, minhas duas mãos sobre seu quadril a forçando para baixo. Estávamos suadas por conta da intensidade de nossos movimentos, não tínhamos calma, a agitação era nítida e necessária.

 Camila começou a rebolar entre as minhas pernas, puxou os meus joelhos para cima e afastou as minhas coxas o máximo que pode, antes de se esfregar em mim de uma forma tão deliciosa que me fez separar nossas bocas para gemer alto, rouca.

 : - Eu gosto quando você fica molhada desse jeito. – Ela disse no meu ouvido, suas mãos agarradas nos meus cabelos, seus gemidos arranhados saindo livres. Seus movimentos faziam seu clitóris deslizar pelo meu de cima para baixo, de um lado para o outro. Eu estava louca.  – Eu fico com vontade de te chupar a noite inteira.

 Empurrei meu quadril para cima e mordi seu ombro, minha mão esquerda subindo por suas costas suadas para se enfiar entre seus cabelos.

 : - Eu quero gozar na sua boca. – Coloquei a pontinha da língua para fora e suguei seu lábio inferior sem parar de gemer, era impossível, ela não cessava as reboladas certeiras de seu sexo sobre o meu. Eu nunca conheci alguém que sabia tanto o que fazia como ela. – Oh! Camila... Mais rápido, esfrega mais rápido, por favor.

 : - Não. – Ela riu completamente excitada no meu ouvido antes de chupar o lóbulo, parando seus movimentos. Quase gritei, o desespero foi tão grande que comecei a tentar me mover embaixo dela em um surto. Como ela ousava parar o que estava fazendo? – Primeiro eu vou te chupar, depois eu vou te comer.

 Abri os olhos e encarei seu rosto, minha respiração furiosa fazendo meu peito subir e descer.

 : - E depois eu vou te foder.

 Coloquei para fora com a mesma intensidade, aquelas palavras sujas nos deixando em um nível de tesão inimaginável. Se eu soubesse que aquilo poderia causar tanta pressão, já teria transado de forma suja com Camila há muito tempo. Seus olhos castanhos brilhavam mais escuros do que o normal, quentes, maliciosos. Ela arfou antes de me dar um tapa na coxa, puxando meu lábio inferior entre os dentes para se pronunciar.

 : - Vira, fica de quatro pra mim.

 Eu sorri completamente rendida a falta de pudor daquela garota e me virei assim que ela me deu espaço. Fiquei de quatro sobre a minha cama com os braços completamente trêmulos, meus cabelos caindo como uma cortina ao lado do meu rosto, balançando suavemente. Eu observei por cima do ombro direito quando Camila se ajoelhou atrás de mim, o lábio inferior mordido daquele jeito que me tirava do sério.

 Suas unhas subiram arranhando minhas coxas, uma ardência deliciosa por onde elas passavam. Fechei meus olhos e suspirei, sua boca quente logo estava deslizando por uma de minhas nádegas, aquela língua aveludada e eficiente lambendo todos os espaços disponíveis, me fazendo gemer, arrepiar, me contorcer.

 A mão de Camila se enfiou entre as minhas coxas, ela tocou o meu clitóris com dois de seus dedos ao mesmo tempo em que enfiou a língua na entrada encharcada do meu sexo. Um pequeno grito seguido de um gemido longo escapou da minha garganta, meus dedos torcendo o lençol da minha cama, meus joelhos tremendo naquela posição, meu corpo indo para frente enquanto ela literalmente me comia apenas com a língua. A sensação era maravilhosa, eu sentia todos os meus músculos internos se expandindo para recebê-la, voltando ao normal quando ela por um pecado retirava a língua, tornando a se expandir quando ela enfiava de novo. Aquela posição era completamente satisfatória para receber um oral, levando em consideração a habilidade que Camila tinha com aquela boca, era apenas um ponto a mais.

 Seus dedos ágeis me masturbavam fervorosamente, sua mão livre acertou um tapa na minha bunda quando eu empurrei meu quadril para trás, aprofundando o contato que tinha de sua língua dentro de mim. Eu não podia controlar mais meus gemidos, eles saíam altos e sem vergonha, com toda a certeza eu estava com aquela expressão de orgasmo que me faz ficar com os lábios torcidos em um O bem redondo.

 : - Me bate, Camila. – Gemi levando a cabeça para trás, estava adorando todos aqueles tapas que faziam minha pele arder, toda aquela brutalidade que me causava todas as sensações ao mesmo tempo. – Vai, me arranha com força.

 O que você acha que ela fez? É claro que atendeu ao meu pedido com tamanha dedicação. Camila retirou a língua de dentro da minha entrada apertada apenas para começar a lamber em torno, chupar os pequenos lábios, descer a língua até meu clitóris, voltar com a língua para o centro da umidade, aumentar o ritmo da fricção deliciosa que mantinha em meu nervo inchado. O barulho de seus tapas em minhas coxas cada vez mais alto, os sons de sucção em meu sexo me deixando fraca, eu não aguentaria mais nem dois minutos, não tinha mais forças para me manter naquela posição e muito menos segurar o orgasmo.

 : - Eu vou gozar, Camila. – Avisei fechando os olhos com força, aquela vibração familiar no centro do meu corpo. Meu quadril se agitando de um lado para o outro, eu estava rebolando com aquela língua maravilhosa dentro de mim. – Eu vou gozar pra você bem gostoso, Camz. Não para, por favor... Oh, porra.

 Gemi alto, gritei praticamente. Meu coração deu um solavanco doloroso antes de explodir em batidas desesperadas. Aqueles espasmos musculares insuportáveis me atingiram em cheio, as contrações no interior da minha vagina me fazendo choramingar de prazer. Eu podia sentir meu líquido melado e quente jorrando nos lábios de Camila, ela não parou em nenhum segundo, estava lá afoita contra a minha carne, bebendo e lambendo, chupando e me masturbando sem pausa, sem calma.

 Meus olhos estavam molhados enquanto eu me deliciava com o orgasmo que me atormentava, algo tão intenso que tentei me lembrar de onde estávamos e não consegui. Meus braços fraquejaram e eu me joguei para frente, deitando meu seios sobre a cama e o quadril empinado, não queria que Camila parece, queria aquela língua dentro de mim o máximo de tempo possível. Sorri satisfeita conta o lençol e o puxei entre os dedos, mexendo meu corpo suavemente. Com um último som de sucção, Camila retirou sua boca do meu sexo, mordendo com força a parte detrás da minha coxa direita. Gemi de dor e prazer, as duas coisas juntas podem te levar a um mundo desconhecido maravilhosamente gostoso.  

 : - Vem aqui. – Ela disse exasperada me puxando pelo cabelo, eu mal podia respirar. – Eu não mandei você deitar. Senta.  

 Ela não pediu, ordenou. Descolei meu corpo do colchão e me sentei, estava adorando obedecê-la. Como é que você poderia me defender quando alguém me chamasse de passiva depois disso? Não dava, eu não tinha mais moral pra nada.

 Sentamos-nos uma de frente para a outra na cama, suas coxas abertas sobre as minhas coxas marcadas por seus dedos, sua boca deliciosa grudada na minha, nossas línguas insaciáveis brigando por um espaço que não existia. Minhas mãos vagando por seus seios, apertando os mamilos sensíveis, massageando a carne macia, beliscando de leve vez ou outra apenas para que ela pudesse sentir na mesma intensidade o que eu senti. Eu estava disposta a chupar cada cantinho do corpo dela, mas Camila não parecia muito paciente em esperar, comprovei isso quando ela tirou minha mão direita de seu seio e empurrou para baixo, me fazendo tocar seu sexo inundado. Gemi contra seus lábios, minha cabeça girando.

 : - Me come. – Sua voz mais rouca que o normal, seus lábios deslizando em minha bochecha de encontro ao meu ouvido. – Me fode, Lauren. Agora. Me faz gritar, me faz gemer como uma vadia pra você.

 Porra. Porra. Porra. Porra foi a única palavra que eu consegui pensar naquele momento. Ter Camila falando putaria daquele jeito no meu ouvido foi o fim da linha, você não pode imaginar o jeito que meu corpo reagiu. Eu rapidamente embolei minha mão em seus cabelos, puxando sua cabeça um pouco para trás. Seu pescoço suado à mostra, a luz fraca do abajur deixando sua pele levemente alaranjada. Coloquei a língua para fora e lambi desde seu ponto de pulso até seu queixo, enfiando dois de meus dedos dentro dela sem aviso, sem dó. Camila gemeu alto, suas unhas sendo cravadas em minhas costas.

 : - Você quer gemer feito uma vadia, não quer? – Sussurrei louca de tesão no ouvido dela, meus dedos entrando fundo, saindo rápido. – Então eu vou te foder como uma vadia, Camila, minha vadia.

 É lógico que eu não poderia deixar de frisar que ela era minha, ela tinha que entender que ela poderia ser uma puta na cama todos os dias, mas seria a minha puta, exclusivamente minha, de mais ninguém.  

 : - Sua...Vadia.

 Repetiu em transe, gemidos altos e arranhados saindo afoitos de sua garganta. Camila curvou a coluna para trás, apoiando as mãos sobre o colchão atrás do corpo. Os olhos fechados, os lábios molhados separados, queixo erguido e seios completamente expostos pra mim. Não pensei duas vezes antes de abaixar a cabeça para chupá-los, um de cada vez, usando a mesma intensidade que usava em meus dedos.

 : - Mais rápido, Lauren. Oh... Mete mais rápido.

 Puta merda, ela me mataria, aquilo era verídico. Envolvi sua cintura com o braço esquerdo e puxei seu quadril para frente ao mesmo tempo em que enfiei meus dedos bem fundo, com força mesmo, tirando em seguida, enfiando de novo. Ela gemia descontrolada, erguendo a coluna para se agarrar em meus cabelos, puxando com mãos trêmulas, rebolando no meu colo e me deixando cega.

 Seus seios movendo-se gloriosamente perto do meu rosto enquanto ela ia para frente e para trás, para cima e para baixo, a posição que minha mão estava entre suas coxas fazia uma pressão alucinante no meu clitóris. Eu estava gemendo junto perdida em um prazer que só ela conseguia me proporcionar.

 : - Camila... – Mordi seu pescoço, escorreguei minha mão livre por suas costas e apertei sua bunda, guiando seus movimentos de vai e vem sobre mim. Meus dedos escorregando naquela umidade esplêndida, era como enfiá-los em um pote de gelatina, era aquela a sensação de ter os dedos dentro de Camila, apenas mais quente. – Você é tão apertada, isso é... Oh, merda.

 Eu gemi quando ela chupou o lóbulo da minha orelha, nossos corpos suados deslizando com o seu rebolar frenético.

 : - Você fode tão gostoso. – Jogou a cabeça para trás e desceu as unhas por meus ombros. Sua voz quase não saía de tanto que ela gemia. – E eu vou gozar da mesma forma nos teus dedos.

 : - Então goza, Camila. – Pronunciei o nome dela com tanto tesão que não pude evitar o gemido de satisfação. Subi minha mão com pressa para segurá-la pelos cabelos, meus dedos naquele momento colocados dentro dela o mais fundo que consegui, massageando a parede superior de sua vagina, bem no pequeno ponto esponjoso. Movendo-se rápido e com exatidão, eu o sentia inchar cada vez mais, apertando de forma deliciosa os meus dedos naquele caminho estreito. – Goza pra mim, eu estou louca para sentir. Vamos...

 O meu pedido prontamente foi atendido, seu corpo começou a convulsionar tanto que eu a abracei com o braço livre, grudando seu peito no meu sem parar meus movimentos.

 : - Oh! Dios. Hmmm. – Ela gemeu em espanhol. Fuck! Ela gemeu em espanhol no meu ouvido enquanto se apertava arduamente ao redor dos meus dedos. Eu estava saboreando a minha morte ocasionada pelo tesão. – Lauren...

 Camila estava gozando maravilhosamente em cima de mim, seu líquido quente escorrendo por minha mão, aquele cheiro maravilhoso me deixando entorpecida. Ela gemia alto e sem pudor, rebolando de um lado para o outro aproveitando cada segundo do que eu havia proporcionado.

 Meus lábios estavam em seu pescoço, beijando e lambendo enquanto eu me deixava gemer junto, alucinada, perdida, quase uma verdadeira drogada. Fui parando os movimentos de meus dedos conforme seus gemidos foram diminuindo, nossas respirações alteradas em perfeita harmonia. Subi minha boca e a beijei com ânsia, paixão, vontade. Beijamos-nos com sede, o desejo insano em cada suspiro e gemido restante.

 Parei de beijá-la assim que retirei meus dedos de dentro dela, erguendo a mão na altura de meu rosto sob seu olhar intenso. Mordi o lábio inferior antes de levar o dedo indicador para dentro da boca, chupando desde o início até a pontinha. Fiz o mesmo com o dedo do meio, aquele gosto feminino e maravilhoso me deixando tonta. Jamais lavaria a mão antes de limpar qualquer vestígio daquele líquido com a boca. Camila me observava atônica, uma expressão sensacional, êxtase. Segurei nossos olhares até terminar a minha degustação, passando a língua pelos lábios assim que abaixei minha mão, a colocando sobre sua coxa.

 : - Você é uma delícia, Cabello.

 Eu disse à ela com uma piscadela, um sorriso malicioso nascendo no canto de seus lábios.

 : - Acho melhor você parar antes que eu te faça gozar de novo, não brinque comigo.

 Eu joguei a cabeça para trás em uma risada divertida e envolvente, aquele mesmo sorriso ainda em seus lábios. Suspirei antes de pegá-la pela cintura e nos deitar na cama, meu corpo de lado sobre ela.

 : - Você foi uma bela de uma vadia de luxo, eu poderia juntar dez mil dólares para pagar um programa se você não fosse apenas minha.

 Camila riu de um jeito que me deixou encantada, a língua rosada entre os dentes, o nariz se enrugando daquele jeito de sempre. Seus dedos colocaram uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha, sua perna esquerda abraçando o meu quadril.

 : - Eu iria fazer um preço mais barato pra você, amor, ou quem sabe te daria de graça? Quem sabe.

 Eu ri apaixonada e subi meus dedos pela lateral de seu corpo, abaixando a cabeça para beijar sua boca rapidamente. Seus cabelos castanhos espalhados pelo meu travesseiro

 : - Você me daria de qualquer jeito, se não fosse por livre e espontânea vontade eu te pegaria a força, iria te fazer querer de todas as maneiras. – Chupei seu lábio inferior, suas mãos ágeis descendo por minhas costas. – A tua sorte é que você é exclusivamente minha, jamais vai encontrar alguém que faça mais gostoso do que eu, jamais.

 : - Eu tenho plena e total consciência disso, e sinceramente acho que já podemos começar outro programa. Dessa vez trocaremos os papéis, a vadia será você, eu pagarei. – Com uma velocidade que me fez resfolegar, Camila girou nossos corpos e se sentou sobre o meu quadril, erguendo a mão para enfiá-las entre seus cabelos, aquela cara sexy que me acendeu completamente. – Pagarei com meus dedos e minha língua.

 Baixou-se sobre o meu corpo e grudou nossos seios, minha visão estava turva.

 : - Eu vou te foder bem gostoso como fez comigo. Aposto que você sabe ser uma puta muito mais experiente, Michelle Morgado. Nome e sobrenome você já tem, o resto é pratica. Estou pagando pra ver.

 Depois disso ela me beijou, quente e selvagem, seus cabelos caindo ao lado do meu rosto e sua língua traiçoeira me deixando mole. Nós começamos tudo de novo naquela madrugada, perdi as contas de quantas vezes voltamos a gozar juntas, gemer juntas, choramingar juntas. Trocamos os papéis o tempo todo, pagamos por prazer com nossa sanidade durante todos os minutos que se passaram. A saudade foi virando passado, as lembranças dos dias que ficamos separadas sendo esquecidas em cada beijo, cada murmúrio. Nós estávamos juntas de novo em cima da cama e fora dela, o que mais eu poderia pedir a não ser por sua boca e suas palavras? Eu a amava e a desejava demais para pensar em qualquer outra coisa.

 

Camila POV.

 Virei-me na cama sentindo todos os músculos do meu corpo doerem. Torci o nariz em reprovação quando estiquei meus braços em cima da minha cabeça, minha coluna estalando. Abri os olhos e fitei ao meu redor, estava sozinha na cama bagunçada, o quarto um pouco escuro por causa das cortinas negras. Soltei uma risada pelo nariz ao me lembrar da noite passada, meu corpo me fazendo notar que tudo foi mais do que real.

Lutando muito com a preguiça, me sentei e coloquei meus pés para fora da cama, abaixei os olhos para as minhas coxas e observei pequenos arranhões descendo pelas laterais, trilhas vermelhas por todo o meu quadril, mais arranhões na minha barriga, meus seios doloridos e sensíveis. Marcas feitas por Lauren na minha pele como se marcasse território, marcando o que era dela por direito e destino. Ela poderia repetir aquilo quantas vezes quisesse, pois eu adorei ser maltratada por suas mãos a madrugada inteira.

 Se não me engano nós transamos cinco vezes seguidas, terminamos jogadas na cama sem forças para abrir os olhos, dormimos depois de trocar um “eu te amo” sonolento e fraco, na mesma posição. Foi por conta disso que notei o desconforto ardente entre as pernas quando me levantei, andei devagar porque meus músculos estavam rígidos. Eu fui caminhando para o banheiro sob uma risada satisfeita, não havia desconforto certo para quem estava com saudades. Tomei um banho quente e relaxei, fiz minha higiene e rumei para a sala, olhei no relógio e ele maracá 9:30. Ainda acordamos cedo, milagre!

 As meninas ainda dormiam, eu sabia disso, mas estava à procura de Lauren. Senti um cheiro delicioso de panquecas vindo da cozinha, minha barriga roncou no mesmo momento. Passei a mão pelo vestidinho folgado que eu usava e apertei o passo, parando na entrada da cozinha. O que vi lá me fez suspirar.

 Lauren estava de frente para o fogão, de costas para mim, tinha uma colher de madeira em uma das mãos e o dedo indicador da mão esquerda na boca, parecia provar alguma coisa. Mas o que me fez suspirar foi o que ela vestia, nada mais e nada menos que um blusão branco e aquela cueca boxer preta que ela ganhou quando fomos nos apresentar na Ellen. O tecido estava levemente esticado em seu corpo por conta do tamanho da bunda, uma bela de uma bunda grande e empinada, a cueca completamente coladinha. Mordi o lábio inferior e passei as mãos no cabelo quando comecei a me aproximar devagar para não chamar sua atenção. Parei atrás dela e envolvi sua cintura com os braços, colando meu corpo em suas costas. Lauren tremeu de leve em um pequeno susto, me fazendo rir.

 : - Você quer me matar?

 Perguntou-me com o coração acelerado enquanto me olhava de lado, sorrindo.

 : - Não, quero dizer que você está uma delícia nessa cueca masculina.

 Beijei seu ombro por cima do blusão e ela se virou, erguendo as mãos para não tocar em mim.

 : - Para de ser safada logo pela manhã, ou eu vou acabar deixando a comida queimar para te colocar sentada nessa bancada e... Você sabe.

 Ela dizia rindo, balançando a cabeça em positivo enquanto tentava se afastar. Não deixei, puxei-a para mim pela gola do blusão branco e colei nossas bocas, deslizando minha língua por entre seus lábios para dar um beijo bem gostoso de bom dia. Quando terminei com a mão em seus cabelos, Lauren ofegou balançando a cabeça em negação. Sorri e a empurrei para longe.

 : - Pronto, já pode voltar para a sua comida.

 Eu ia me afastar para pegar um copo de água na geladeira quando ela me puxou pela cintura de encontro ao seu corpo. Eu ri de surpresa.

 : - Está pensando que vai pra onde? Nã-nã-não, Camz, não vai me provocar e sair assim.

 Em um movimento rápido ela me puxou para cima e me colocou sentada sobre a bancada, se posicionando entre as minhas pernas. O chocolate borbulhando dentro da panela no fogão, a colher de madeira que antes estava em sua mão jogada no chão, suas mãos se enfiando embaixo do meu vestido de forma atrevida. Eu só sorria e suspirava, me deliciando com aquele desejo interminável. O cheiro de chocolate queimando me fazendo torcer o nariz, mas não me importei, contando que ela não tirasse sua boca da minha pele.

 : - Você vai precisar ser um pouco mais carinhosa nesse momento, Lo... Eu estou dolorida em todos os cantos.

 Confessei rindo um pouco rouca enquanto deslizava minhas mãos por dentro de seu blusão, alcançando seus seios. Massageei os dois lhe arrancando suspiros.

 : - Ah, amor, desculpe por ter feito com tanta força. Prometo que serei mais razoável da próxima vez que você exigir selvageria.

 Ela me respondeu rindo descendo beijos por meu pescoço.

 : - Eu não me importo, na verdade eu gostaria de te ter sempre assim.

 As mãos de Lauren já estavam driblando a borda da minha calcinha, eu prendi a respiração e afastei mais as pernas.

 : - Seja rápida. – Pedi baixinho.

 : - Serei.

 Ela disse antes de enfiar os dedos ágeis dentro da minha calcinha, seus olhos verdes queimando sob o meu olhar. Eu iria gemer de prazer entre seus lábios se não tivesse levado o maior susto que já levei em toda a minha vida.

 : - Mas gente...

 A voz de Normani inundou a cozinha, Lauren deu um pulo para trás, chocando o corpo contra o fogão e derrubando a panelinha de chocolate fervente sobre ele. Eu ajeitei o meu vestido com pressa, minhas bochechas ardiam tanto que pensei estar em chamas. A cara de Normani era hilária, era como se estivesse vendo um pornô.

 : - Merda, Mani.

 Lauren disse passando a mão pelo cabelo completamente exasperada, eu bem sabia como ela ficava quando alguém interrompia momentos como aquele.

 : - Gente, vocês estavam... Lauren, você estava...

 : - Eu iria se você não tivesse entrado na cozinha.

 Lauren rolou os olhos e riu, andando até a pia para pegar um pequeno paninho branco. Eu não sabia onde enfiar a minha cara.

 : - Mani, relaxa.

 Eu disse pulando com dificuldade da bancada.

 : - Relaxar vai ser meio difícil agora, já que eu acabei de presenciar uma quase cena de sexo na bancada da cozinha.

 Normani piscou estática e andou até a geladeira, abrindo. Lauren tentava muito sem jeito limpar o fogão que havia sujado, eu só sabia rir sem graça enquanto tentava tirar aquela minha cara de "quero sexo".

 : - Relaxar e dormir foi muito difícil essa noite, a propósito. – Logo era a voz de Dinah que se fazia presente, desviei os olhos de Lauren para olhá-la e ela estava com a maior cara de sono do mundo. Tinha como a situação ser mais constrangedora? – Eu realmente acho que o quarto de vocês deveria ter isolamento acústico, na verdade vocês deveriam transar no estúdio, porque os gemidos que escutei essa noite... Não é brincadeira não.

 Dinah virou um copo de água e eu só não me escondi embaixo da pia porque não dava. Normani ria de se apoiar na geladeira, Lauren ria sem graça enquanto lavava o pano.

 : - Olha, Mila deve ser muito boa de cama, porque a intensidade dos gritos da Lauren me deixou tensa.

 Mani virou um copo de água assim como Dinah. Eu me arrastei pela cozinha e praticamente me escondi atrás do corpo de Lauren, enfiando meu rosto em sem pescoço. Ela largou o pano, a torneira ligada e me abraçou entre risadas. Ai, que vergonha.

 : - Mani, isso foi muito lésbico.

 Dinah comentou rindo enquanto a dava um empurrão no ombro.

 : - Também acho, ficou excitada com os meus gemidos. Quando eu penso que essa casa não pode ficar mais lésbica, fica.

 Lauren comentou rindo depois de dar um beijinho em meus cabelos, acariciando minhas costas.

 : - Eu não fiquei excitada com os gemidos de ninguém, ok? Talvez eu tenha ficado um pouco, mas... Ah! A culpa é de vocês que ficam gemendo para todo mundo ouvir.

 Desgrudei meu rosto do pescoço de Lauren e puxei seus braços para que ela pudesse me abraçar por trás, largando o queixo em meu ombro.

 : - Mani, depois teremos uma conversinha, não gostei de saber que você se excitou com os gemidos da minha mulher.

 Eu disse sem conter a risada, se Normani pudesse arrancar a cabeça do pescoço, tenho certeza que teria arrancado.

 : - Ai, vão pra merda vocês.

 Ela nos deu língua e virou as costas para sair da cozinha. Dinah, Lauren e eu explodimos em uma gargalhada, nada melhor do que começar a manhã daquele jeito.

 Quando a tarde caiu, estávamos sentadas no sofá da casa de Simon, esperando que ele voltasse de uma ligação para começar a reunião que sempre tínhamos antes de cada Tour. Eu estava com a cabeça no ombro de Lauren e as pernas dobradas sobre o sofá. Dinah deitada no colo de Ally e Mani no chão na minha frente. Simon demorou mais uns dez minutos para voltar, eu já estava bocejando quando o vi entrar na sala, aquele sorriso de sempre no rosto.

 : - Desculpe a demora, meninas, podemos começar agora.

 Sentou-se na mesinha de centro na nossa frente e eu me ajeitei no sofá, passando a mão pelo cabelo.

 : - Graças a Deus, já estava dormindo.

 Dinah bocejou e esticou os braços, nós rimos da cara que ela fez. Tadinha, não tinha dormido a noite.

 : - Bom, primeiro vou dizer que essa Tour será um pouquinho mais longa, três shows a mais que a última. Vamos acrescentar duas músicas na playlist, cover’s. – Interessante, eu estava começando a gostar da volta para o trabalho, bom, apenas por aquele lado, porque pelo outro... – O país que vai receber a Tour é bem diferente dos países que vocês estão acostumadas, por isso iremos ter uma longa conversa sobre como se comportar... – Simon olhou para mim e Lauren ao dizer aquilo. Sorrimos sem graça. – O que podem fazer e o que não podem, não podemos ter nenhum problema com a estadia de vocês por lá. O fandom Harmonizer é muito maior nesse país, portanto, a pressão será triplicada.

 : - Lá onde? Qual vai ser o país? Fala logo que estou nervosa, Simon.

 Mani disse batendo palmas. Simon riu e negou com a cabeça, passando a mão pela nuca.

 : - Brasil. Vocês embarcam daqui a uma semana pra lá. Em breve estarão em solo brasileiro, garotas. Os ingressos serão colocados à venda ainda essa semana, já que hoje iremos soltar as datas no Twitter oficial de vocês. Serão dez shows, vocês devem ficar mais ou menos uns dezessete dias por lá, já que terão alguns dedicados somente para tarde de autógrafos e coletivas. Amanhã de manhã bem cedo começam os ensaios, temos uma semana para deixar tudo perfeito em relação às coisas novas que serão acrescentadas, já que o resto vocês já tiram de letra. O tempo é pouco, mas vocês são Fifth Harmony, não há nada que não possam fazer.

 Nós ficamos em silêncio e tenho certeza que estávamos pensando a mesma coisa. Puta merda. Era o nosso sonho ir para o Brasil, um sonho que parecia tão distante há um ano e naquele momento estávamos ouvindo que em breve estaríamos lá. Os harmonizers brasileiros iriam pirar, eles literalmente iriam rolar no chão, como gostavam de falar. Se nós, Fifth Harmony, estávamos em transe de tamanha surpresa, imagina eles? Eu estava enlouquecendo para entrar no Twitter e surtar com eles. Brasil era o nosso novo destino naquele Outubro, e eu tinha a certeza que faríamos a nossa passagem por lá ser inesquecível. 


Notas Finais


@gimavis_ deixando meu Twitter mais uma vez para quem quiser falar comigo por lá. ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...