História Falling in love for the last time. - Oficialmente minha.

A semana passou rapidamente, mais rápido do que eu queria. Camila e eu saímos para fazer turismo todos os dias, estávamos apaixonadas por aquela cidade. Tiramos tantas fotos que diminuiu bastante a memória do meu Iphone. Haviam mais foto de Camz sorrindo, fazendo bico, de birra, dormindo, fazendo careta, olhando para o nada, com o cabelo voando no rosto... Haviam mais fotos dela do que outra coisa, mas tudo bem.

Depois daquela noite em que eu disse que a amava havíamos nos tornado uma pessoa só. Ela se movia, eu me movia, era engraçado de ver. Eu estava me sentindo tão feliz, tão completa.

Estava deitada na cama com ela sobre o meu peito, sua cabeça enfiada no meu pescoço onde ela fungava constantemente. Doía tanto vê-la daquele jeito, vontade de segurar no colo e nunca mais colocar no chão.

: - Ela disse “Volta, Kaki, volta pra casa.” com uma voz tão triste, Lolo, eu quis morrer.

Suspirei triste e lhe beijei a cabeça, limpando as lágrimas que escorriam por seus olhos.

: - Logo, logo voltaremos para casa e você vai poder encher ela de chamego.

 Eu disse tentando animá-la. Camila estava arrasada depois que falou com Sofi no telefone, estava me dando desespero.

: - Ainda falta muito.

Ela resmungou se apertando mais em mim.

: - Quer voltar para L.A? Assim você pode ir para Miami passar o resto das férias.

: - Não. – Ela rebateu na hora, me deixando confusa. – Não, quero ficar aqui com você, aproveitar o máximo que puder porque depois não vamos ter tempo nem de respirar. Eu só... – Fungou. – Só estou com saudades de Sofi, mas vai passar. Eu aguento.

: - Certeza? – Perguntei.

: - Uhum.

Cheirei seus cabelos e esfreguei suas costas a fim de acalmá-la, já estava tentando fazer aquilo há um bom tempo. Ficamos abraçadas por quase meia hora, minha coluna já estava começando a doer pela posição que eu estava.

: - Camz, deixe-me levantar um pouco, minha coluna está me matando de tanto tempo que fiquei nessa posição.

Eu disse de um jeito manhoso para que ela não ficasse magoada.

: - Desculpa te deixar torta.

Ela brincou secando os olhos e eu sorri selando seus lábios. Levantei-me da cama e estiquei meus braços, todo meu corpo doeu. Caramba! Não sei qual foi a placa do caminhão que me atropelou.

: - Você viu se eu fui atropelada ontem, amor?

Perguntei resmungona enquanto fazia uma careta. Camz ergueu uma sobrancelha com um ponto de interrogação no meio da cara.

: - Você bebeu? – Perguntou sorrindo.

: - Parece que fui atropelada, está tudo doendo.

: - Sedentária.

Deu-me língua e quase corri até ela para capturá-la.

: - Me dá língua de novo pra você ver se não vai ficar sem ela.

Fiz uma cara de assassina e ela caiu em uma gargalhada. Isso, meu amor, ria. Estava sentindo falta daquela risada gostosa.

: - Se eu ficar sem ela, você que vai sair prejudicada.

Ela disse enquanto me dava uma piscadela. Não sei por que, mas senti meu corpo todo responder a aquela informação. Seus lábios estavam comprimidos em um sorriso malicioso. Deslizei os dedos pelo cabelo e cruzei os braços embaixo dos seios.

: - Aé? Existem tantas coisas assim que você pode fazer com ela?

Provoquei lhe lançando aquele tipo de olhar. Camila mordeu o lábio inferior, seus dedos jogando para trás aquelas mechas de cabelo maravilhosas. Uma das coisas que mais me deixava louca nela era aquele simples gesto.

: - Hmm, com certeza, Jauregui, ela pode lhe ser muito útil. Não cometa o erro de me deixar sem ela.

Abri a boca para dizer alguma coisa, mas acabei esquecendo o que falaria. Aquela era a reação que Camila causava em mim. Balancei a cabeça algumas vezes para afastar pensamentos impuros e bufei.

: - Vou tomar um banho, ficar muito tempo na sua companhia me deixa de cabelo em pé.

Foi a minha vez de fazer uma careta para ela antes de ir para o banheiro. A ouvi dar uma gargalhada quando encostei a porta, me escorando na mesma.

: - Para, Lauren, para que isso está ficando feio. – Eu disse enquanto respirava fundo umas três vezes. – Você está parecendo um pedófilo tentando tirar a virtude de uma criança.  

Ri negando com a cabeça e comecei a tirar minhas roupas, dando um nó frouxo em meus cabelos quando já estava nua dentro do box. Abri a água quente e me enfiei embaixo dela, meu corpo relaxando completamente, se eu ficasse de olhos fechados por muito tempo dormiria em pé. Porém, quase tive um heart attack quando Camila entrou no banheiro falando um bando de coisas ao mesmo tempo, fiquei tão assustada que me virei de frente para ela com a mão no peito. Ela parou de falar ao mesmo tempo em que me virei, paralisada. Só então fui me dar conta de que estava nua e de que ela estava vendo. Tremi dos pés à cabeça.
 
        : - Desculpe. – Ela disse baixo, seus olhos presos nos meus, eu podia notar que ela estava se controlando para não descer o olhar. Suas bochechas estavam coradas. – Eu só queria contar o que vi no Twitter sobre a...
 
         : - Por que você não vem tomar um banho comigo?

A interrompi. O quê? Eu disse aquilo mesmo? Minha mão que estava em meu peito já havia voltado para o lado de meu corpo, minha respiração estava acelerada pelo susto e mais ainda pelo o que pedi à ela. Confesso que não estava pensando muito bem, mas que se foda a razão, não é mesmo? Ela já estava me vendo sem nada, o que é uma merda a mais para quem já está fodido? Não fiz nenhum movimento para me cobrir com as mãos ou tentar pegar a toalha, decidi que queria aquilo e a queria ali comigo, sem nada, do mesmo jeito.

Camila ficou me olhando por um tempo, os lábios separados, bochechas vermelhas e respiração forte, acho que estava tentando engolir o que eu lhe disse.
 
            : - Tomar banho... Contigo? – Perguntou levando a mão até a nuca. Apenas fiz sinal de positivo com a cabeça, meu corpo imóvel. Estava começando a ficar arrepiada por estar fora da água quente, mas me impedi de me mexer. – Tem certeza?
 
Certeza? Eu só tinha certeza de uma coisa naquele momento, que eu a queria ali.
 
           : - Total.

Respondi rouca de ansiedade. Ela ainda não havia abaixado seus olhos, virou-se de lado para começar a tirar suas roupas. Fiquei a observá-la atentamente. Com certo nervoso ela ergueu a blusa que usava e a passou pela cabeça, jogando-a no chão, seu sutiã era cor de grafite. Comecei a desejar pelo próximo passo com mais vontade do que já desejei algo na vida. Camz curvou-se para retirar a calça de moletom que vestia, acompanhei com os olhos quando ela a deixou pelo chão. Sua calcinha era preta, preta e rendada. Porra, existe coisa nesse mundo mais sexy que calcinha rendada? Mordi o lábio inferior quando ela levou as mãos até o fecho de seu sutiã que ficava na frente, trocando um rápido olhar comigo antes de abri-lo. Suas mãos estavam trêmulas, eu reparei, ela estava nervosa ao extremo e eu não estava atrás, meu coração estava sambando. Quando Camila abriu o sutiã e o retirou de seu corpo, meus olhos queimaram. Ela já estava de frente pra mim, seus seios eram perfeitos, redondinhos e empinados. Não eram grandes e nem pequenos, eram do tamanho certo. Minha mão coçou para tocá-los. Dei um suspiro longo quando ela tornou a se curvar para retirar a única peça que faltava, pirei em pé dentro daquele box.
 
           : - Vem.

Estendi minha mão para ela já nua e não olhei para baixo, me recusava a ver aquela parte de longe, aquilo eu me daria o prazer de ver de perto, bem de perto. Camila estava violentamente corada, linda. Ela segurou na minha mão e logo eu a puxei para perto de mim, a fumaça provocada pela água quente dentro do box me impedindo de ver com nitidez seus olhos. Ergui meus dedos para acariciar sua bochecha, acho que eu estava um pouco hipnotizada.
 
        : - Não precisa ficar com vergonha de mim, amor.  – Sussurrei descendo meus dedos para seu pescoço. Ela suspirou levando as mãos para a minha cintura. – Você tem noção do quanto seu corpo é lindo?
 
A perguntei me afastando um pouco para admirá-la. Abaixei meus olhos para seu colo, sua clavícula bem saliente chamando minha atenção, senti vontade de beijá-la, faria isso mais tarde com toda a certeza. Seus mamilos eram de uma cor única, um marrom bem claro, quase cor de doce de leite. Como podiam ser tão lindos? Para mim antes seios pareciam tudo a mesma coisa, mas os de Camila não eram iguais aos de ninguém, não mesmo. Levantei a cabeça para olhá-la nos olhos de novo, colando nossos corpos. Um arrepio me cortou a coluna, imaginei que fosse bom tê-la nua colada em mim, mas não sabia que podia ser tão vibrante. Nossos seios estavam grudados, as mãos dela subindo por minhas costas em uma caricia lenta que me fez fechar os olhos.

: - Não quero que vista roupas enquanto estivermos nesse quarto. – Ela disse sob uma respiração pesada, meus dedos fazendo círculos em sua nuca. – Não quero parar de lhe ver nua nunca mais na minha vida. Você é a mulher mais perfeita que já vi, Lauren. Vestida e sem nada.

Eu ri baixinho completamente perdida no que ela me dizia. O vapor da água quente estava começando a nos fazer suar, podia sentir os seios de Camila deslizando levemente pelos meus, aquilo me rendeu um baixo gemido.

: - Eu nunca vi outra mulher nua, mas posso apostar que nada se compara a você.

Ela estava dengosa, a voz carregada em luxúria, mais arranhada do que o normal. Será que ela tinha alguma noção do quão louca me deixava? Minhas pernas estavam trêmulas com todo aquele contato.

: - Adoro quando você fala desse jeito. – Rocei meu nariz por sua bochecha. – Me deixa de pernas bambas.

Senti quando seus dedos desmancharam o nó feito em meu cabelo, deixando com que caísse em minhas costas para logo se enfiar entre as mechas. Hiperventilei com a carícia, nossos olhos se fuzilando. Acho que de toda troca de olhares que tivemos desde que nos conhecemos, aquela estava sendo a mais intensa.

: - Eu vou mesmo te deixar de pernas bambas. – Seu hálito gostoso banhando o meu rosto. – Eu quero você, Lauren, eu não quero e não posso esperar mais. Eu quero você.

Acho que só não escorreguei com aquela frase porque uma de suas mãos me segurava pela cintura firmemente, enquanto a outra me segurava pelo cabelo. O que era a pegada de Camila? Santo Deus!

A empurrei contra a parede mais próxima e cerquei seu corpo com meus braços ao lado de seus ombros. Seus olhos estavam escuros, pupilas dilatadas, lábios separados pedindo para serem beijados, tudo nela estava convidativo.  

: - Diga da forma nua e crua o que você quer, Camila.

Seu nome foi praticamente degustado por minha boca, arrastei tanto a voz para pronunciá-lo que a ouvi gemer baixo ao se apertar mais contra mim.

: - Eu quero transar com você, Lauren, fazer amor ou qualquer outra definição que você tenha para isso. Apenas, por favor, me faça esquecer o resto do mundo hoje.

: - Eu não pretendia esperar mais de qualquer forma.

Curvei minha cabeça para o lado e a beijei, puxando-a comigo para debaixo da água quente. Gememos juntas ao entrarmos em contato com a água, nossos corpos colados, o meu contra a parede do outro lado e o de Camila na minha frente. Puxei seu cabelo e abri espaço com minha língua entre seus lábios, sendo muito bem recebida. Como lamber veludo, era essa a sensação de lamber a língua de Camila, não tinha coisa melhor.

Enquanto nos beijávamos eu não conseguia acreditar que finalmente todo aquele tormento iria acabar, Camila seria minha de todas as formas. Troquei nossas posições e a coloquei de volta na parede, minhas costas debaixo da água. Camila não largava o meu cabelo, acho que ela tinha certa tara por me segurar ali, e eu amava enlouquecidamente. Separei nossas bocas e desci minha língua por seu pescoço, e não, eu não estava medindo intensidade e toques, eu estava mesmo lambendo o pescoço dela, minha língua subia desde seu ponto de pulso até o pé de seu ouvido, intercalei com chupões e mordidas. Ela gemeu no meu ouvido, sua mão livre escorrendo nas minhas costas para apertar minha bunda, fiquei louca com aquilo. Foi minha vez de segurá-la pelo cabelo para atacar sua boca novamente, minha mão sedenta subindo de sua cintura para finalmente agarrar um de seus seios, Camila e eu ronronamos juntas pelo toque, se eu soubesse que pegar neles daquele jeito era tão gostoso já teria dado um jeito de tará-la em qualquer canto. Eu podia estar parecendo uma tarada pensando essas coisas, mas acredite, quando você tem Camila Cabello gemendo no seu ouvido você não consegue pensar mais nada além de coisas impuras.

: - Lauren...

Sua voz saia rouca e com dificuldade, eu podia sentir o quanto ela estava excitada. Será que mais do que eu? Porque eu não estava mais em mim.

: - Hmmm.

Murmurei com a boca ocupada em sua clavícula.

: - Vamos para a cama, agora.

Sem hesitar desliguei o chuveiro e a virei de costas para mim, colando meus seios em suas costas e envolvendo sua cintura com os braços. Enquanto caminhávamos molhadas para o quarto, eu me ocupava em beijar sua nuca, massagear seus seios, morder seu ombro, sussurrar em seu ouvido o quanto ela estava me deixando louca.

Caímos na cama e eu me deitei um pouco de lado por cima dela, uma de suas coxas entre minhas pernas. Segurei atrás de seu joelho e ela largou a perna livre em cima do meu quadril, instantaneamente forçando meu sexo em sua coxa. Gemi um pouco mais alto com o contato direto, o que fez Camila arranhar minhas costas com o pouco de unha que ela tinha.

Desci beijos molhados por seu pescoço, ombro e colo até chegar em seu seio direito. Ergui o dedo indicador e circulei o mamilo rígido lentamente em uma carícia leve. Camila mordeu o lábio inferior e fechou os olhos, estava adorando todas as expressões de prazer que ela estava me mostrando. Substitui o dedo por minha língua e a ouvir gemer, comecei a chupar bem devagar, minha mão livre correndo sua coxa esquerda de cima à bunda, onde eu apertava toda vez que chegava lá. Fiquei naquilo por um tempo e me estiquei um pouco para fazer o mesmo no outro. Camila vira e mexe esfregava sua coxa no meio das minhas pernas, eu estava surtando com aquilo, se ela ficasse esfregando por muito tempo...

Fechei os olhos com força para não pensar enquanto descia por sua barriga. Ela se apoiou nos cotovelos para me olhar, e lembra quando eu disse que ser observada enquanto dou prazer a uma pessoa é fodidamente excitante? Pois é. A olhei enquanto passava minha língua por sua barriga e lhe dei uma piscadela, recebi um sorriso malicioso entre um gemido em troca. Dividi beijos e pequenas lambidas em cada uma de suas pernas, começando pelos tornozelos e terminando bem pertinho da virilha, toda vez que eu chegava perto o cheiro dela me entorpecia. Sem aguentar mais me deitei perto do final da cama e a olhei, Camila tinha no rosto uma expressão inexplicável, seus olhos castanhos me fuzilando.

: - Afasta as pernas pra mim. – Pedi tão rouca que mal reconheci minha voz. Ela fechou os olhos com uma mordida de lábios e afastou um pouco as pernas, mas não era o bastante pra mim. – Mais, afaste mais.

Joguei para trás os cabelos que caíam em meu rosto e a vi afastar as pernas o máximo que conseguiu. Meu Deus! Acho que fiquei olhando-a naquela posição por longos minutos, só me dei conta de que estava hipnotizada com o que via quando a vi se mexer inquieta na cama, ansiosa.

Aproximei-me mais e fechei meus olhos para sentir seu cheiro, era tão feminino e doce que me deixou tonta, jamais me cansaria daquilo. Camila estava completamente molhada, me senti ainda mais excitada ao constatar aquilo. Minha boca salivou e eu não pude esperar mais para matar minha vontade, segurei em suas coxas e lambi desde sua pequena entrada até seu pequeno clitóris. Ela gemeu alto, eu gemi da mesma forma. O gosto era... Não tinha explicação para o gosto dela, eu só sabia que queria mais e mais. Eu nunca havia transado com ninguém em toda a minha vida, era a minha primeira vez e a primeira vez dela, e parecia que eu já havia feito aquilo tantas vezes que me senti eufórica. Estava sentindo todo meu corpo queimar enquanto circulava seu clitóris inchado com a língua, ora chupando, ora lambendo, ora beijando, eu estava me deliciando o tanto que ela.

Suas mãos estavam torcendo o lençol, sua cabeça erguida para trás, seu peito subindo e descendo em uma respiração forte, e seus gemidos arranhados saltando pela garganta. Ouvi-la era loucura, a loucura mais delicia do mundo.

: - Lauren... – Ela gemeu meu nome e pegou no meu cabelo. – Ah, por favor... Por favor.

Levei a ponta do dedo indicador até seu clitóris e fiquei a massageá-lo enquanto me concentrava em colocar e tirar minha língua da entrada apertada que ela tinha. Saber que eu estava sendo a primeira pessoa a encaminhar Camila para um orgasmo me deixava... Fuck. Quando senti que ela iria gozar, coloquei a boca em seu clitóris de novo, mantendo o ritmo e a pressão. As pernas de Camila se fecharam em torno do meu pescoço por impulso, onde eu logo as segurei. Ela estava gozando, estava gozando pra mim, ela estava gozando na minha boca. Eu quase gozei junto quando ela gemeu alto o bastante para acordar quem quer que fosse naquele hotel. Seu corpo todo convulsionava, ela estava tentando a todo custo fechar as pernas para acalmar a sensação, mas não deixei, queria que ela sentisse até o último tremor.

Depois de provar o máximo que consegui do gosto delicioso que ela tinha, fui subindo por seu corpo suado e trêmulo com beijos molhados, parando em sua boca e a beijando com intensidade. Camila se agarrou em meus cabelos, podia sentir seus braços fracos me envolvendo. Separei nossas bocas para lhe olhar nos olhos, serenos e brilhantes.

: - Você tem um gosto muito gostoso, Cabello. – Afaguei seus cabelos. – Posso me acostumar com ele em minha boca todos os dias.

Sussurrei com um sorriso no canto dos lábios e ela riu corada, me perdi em sua risada.

: - O que você fez comigo? – Soltou meus cabelos e jogou os braços para trás, acima de sua cabeça. – Eu estou tão mole que mal consigo formular palavras.

: - Acho que te dei um orgasmo, amor.

Respondi o que ela já sabia e corri minha mão por sua barriga lisinha enquanto sorria.

: - Uhum, e acho que está na hora de te deixar de pernas bambas, Jauregui.

 Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, Camila estava sobre mim, sua boca na minha e suas mãos correndo qualquer espaço livre de meu corpo. Minha cabeça rodava e eu só conseguia pensar no quão linda ela era, no quão minha ela havia sido. Perdi noção de qualquer coisa quando ela desceu por meu pescoço, sua língua quente maltratando minha pele arrepiada. Ela tinha uma pegada forte e possessiva, e aquilo estava me deixando inconsciente. Quem olha Camila pensa que ela é sempre toda mimimi e blábláblá, mas acredite, a menina tem uma pegada que vou te contar.

Eu estava de olhos abertos e fixos em seu rosto quando ela abocanhou um de meus seios, seus dedos brincando com o meu outro mamilo, vê-la fazer aquilo era intenso demais. Não aguentei e gemi alto, curvando a coluna para me oferecer à ela o máximo que pudesse, queria sentir tudo e não perder nada. A agarrei pelos cabelos e puxei com força, estava me contorcendo com ela descendo a língua por minha barriga depois de fazer o mesmo com meu outro seio. Senhor, por tudo o que me é mais sagrado nessa vida, existe algo melhor do que transar com a garota que você ama? Eu sei que não há resposta, porque não há nada melhor que isso.

Camila estava de joelhos entre as minhas pernas me encarando com aquele olhar que me dava arrepios. Da forma mais lenta que eu julguei ser, ela deslizou o dedo no meu sexo encharcado, levando-o até entre os lábios no segundo depois, chupando. Minha visão ficou turva e eu senti que poderia morrer, a cena era tão erótica que se ela fizesse de novo eu gozaria no mesmo momento. Não podia ser a primeira vez dela, não era possível. 

: - Oh!

Gemi fechando os olhos com força. Logo senti sua respiração no meio das minhas pernas, suas mãos massageando minhas coxas. Levei a mão até entre minhas mechas de cabelo e agarrei o mais forte que consegui.

: - Hmmm.

Ela murmurou enquanto distribuía beijos na minha virilha. Camila queria me matar, era a única explicação.

: - Amor, por favor. – Resmunguei em desespero. – Eu não posso esperar mais, acho que não vou aguentar mais nenhum...

E não precisei dizer mais nada, ela já estava envolvendo meu clitóris com a língua ternamente. Minha boca se abriu em um perfeito O, o som ficou preso na minha garganta e tudo o que fiz foi morder minha mão com força para reprimir a vontade de gritar. Que. Cacete. De. Boca. Gostosa. Ela. Tinha. Para. Fazer. Aquilo. Minha cabeça trabalhava para tentar segurar o orgasmo o máximo que eu podia enquanto ela me chupava gostosamente. Eu estava suando, gemendo que nem louca, me contorcendo na cama, rebolando em sua boca, puxando seus cabelos, arrastando meus pés em suas costas, mordendo meus lábios e quanto tudo começou a ficar preto na minha cabeça, e eu pensei que iria explodir, Camila parou o que fazia e subiu rapidamente, deitando-se entre minhas pernas.

: - O quê? – Reclamei cravando minhas unhas em suas costas em desespero. – Pelo amor de Deus, não faz isso comigo, eu estava quase lá.

Estava quase chorando enquanto ela me olhava sorridente, os lábios vermelhos e uma de suas mãos afastando minhas pernas.

: - Ei, calma. – Lambeu meu pescoço antes de me olhar nos olhos novamente. – Eu quero tentar uma coisa, amor.

Disse toda safada me arrancando suspiros. Imagina ai você Camila com a cara mais safada do mundo. Eu ia perguntar o que ela queria tentar, mas logo percebi quando ela se posicionou melhor entre as minhas pernas para colar seu sexo molhado ao meu. Perdi o ar dos pulmões. Seu sorriso se transformou em lábios torcidos prontos para soltar gemidos.

: - Eu quero tentar isso, Lauren... – Ela disse baixinho antes de se movimentar para cima, depois para baixo. Ah, merda! Fechei os olhos e gemi ao levar a cabeça para trás, aquilo era tão, tão, tão bom. Percebi que não era preciso penetração alguma para se morrer de prazer, a sensação de ter seu sexo roçando-se ao meu me fazia esquecer qualquer coisa. – Você gosta? Está gostoso assim? Diz pra mim.

Ela perguntou enquanto gemia, seus movimentos eram ritmados e intensos. Para cima, para baixo, para um lado, para o outro. Desci a mão por suas costas e agarrei em sua bunda forçando seu quadril para baixo, queria sentir seu quadril deslocando-se gostosamente enquanto ela rebolava entre as minhas pernas.

: - Eu amo. – Gemi completamente perdida em sensações. – Por favor, não para. Camila... Hmmm!

: - Lauren!

Ela estava gemendo meu nome bem no pé do meu ouvido, suas mãos agarradas em meus cabelos e as minhas subindo e descendo por suas costas, nuca, qualquer lugar onde eu pudesse me agarrar.

A sensação familiar se aproximou novamente, comecei a sentir aquela pressão gostosa no meu ventre.

: - Olha pra mim. – Sua voz era quase desesperada, ela não parou os movimentos por nenhum instante. Eu nem sabia mais quem nós éramos. – Abra seus olhos pra mim, amor... Agora.

A obedeci e abri meus olhos a encarando, estava difícil mantê-los daquele jeito.

: - Eu quero gozar com você. – Sussurrou segurando nossos olhares, meu corpo todo vibrou com aquela frase, eu não podia aguentar mais. – Eu quero que você goze olhando pra mim... Só pra mim.

Sabe quando você sente que estão tirando o chão debaixo de seus pés? Pois é, eu senti aquilo no momento em que explodi no orgasmo mais gostoso que já havia tido na vida. Meu corpo e o de Camila tremendo juntos naquela sensação deliciosa, nossos olhos abertos enquanto admirávamos uma a outra em nossas próprias expressões de prazer. A sintonia foi tanta que até o gemido longo que soltamos juntas terminou ao mesmo tempo. Ela foi parando os movimentos lentamente, meu corpo todo mole, minhas pernas sem forças. Subi minhas mãos com dificuldade e segurei seu rosto suado a olhando.

: - Eu te amo, Camila. – Engoli a saliva que havia se formado em minha boca. – Você é a garota mais incrível do mundo.

Ela sorriu cansada e selou nossos lábios com um longo suspiro, meu coração estava tão acelerado e completo.

: - Eu também te amo. – Com calma ela pegou minha mão dando um beijinho, para logo depois colocada em seu seio esquerdo. Seu coração estava dando pulos. – E saiba que isso, só quem faz comigo é você. Eu não poderia ter tido uma primeira vez melhor. Obrigada.

Abaixou a cabeça e se deitou em meus seios, apenas a abracei com toda a força que consegui, estava feliz demais para deixá-la sair. Ela era oficialmente minha, eu era oficialmente dela, o que mais eu poderia querer? Tudo havia saído tão perfeito que comecei a sorrir, não havíamos planejado nada e aquilo me deixou mais contente ainda. Lembra quando eu disse que minha relação com Camila era sempre uma surpresa constante? Eu não estava mentindo.