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História Mendax - Capítulo Único


Escrita por: teleporter-line

Notas do Autor


Olá, sou eu, BlackSwan vindo anunciar o debut da Teleporter-line no Social Spirit com a fic "Mendax".
O plot vinha sendo desenvolvido e aprimorado ao longo deste mês e finalmente podemos postá-la para vocês!!

Antes de lerem, se atentem àalgumas notas:::.

1 - Essa idéia é inteiramente nossa, da Teleporter-line. Não copiem. Não comparem;
2 - Algumas expressões presentes no enredo apresentam características não-cristãs. Levem em conta o enredo e não nós!!
3 - Se você é extremamente religioso ou não aprecia estóriaS envolvendo anjos e demônios, NÃO LEIA ESTA FANFIC;
4 - Lembre-se que tudo aqui se trata de Universo Alternativo. Nada é real!!

Plotada e escrita por:::. Black Swan
Betada por:::. Jinju
Agora sem mais delongas, vamos ler...

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Mendax - Capítulo Único

Era uma noite de inverno – muito mais fria que o comum, aliás – marcando nas ruas algo em torno de quatro graus Celsius negativos. Já se passava das três horas da madrugada, criando assim, um cenário desértico e um tanto quanto macabro. Afinal, poucas pessoas ousavam sair de suas casas, quando que lá fora poderiam encontrar coisas indesejadas, seres indesejados. E de fato, os boatos não mentiam. Após o relógio marcar três horas da madrugada, sair de casa não seria uma boa escolha para humanos. Esta hora é conhecida por muitos como “a hora morta” e muitos outros nomes, digamos que... Piores.

Hora morta...

Hora do demônio.

E bem, diferentes de muitas outras lendas urbanas, esta era verídica. Tanto que durante as madrugadas, há certos seis meses, D.O., um poderoso subordinado do senhor das trevas, marcava pontuais e errados encontros com Kai, um dos mais puros – talvez nem tanto assim – anjos.

E era isso que estava ocorrendo naquele exato momento.

D.O., a entidade, se encontrava no quarto de Kyungsoo, o humano o qual usava para encontrar-se com Kai, porque afinal, o tipo de encontro que mantinham, não poderia ocorrer com suas formas bem, originais. Demônios – o tipo de criatura que D.O. era – não passavam de sombras, perdidas na escuridão, preparadas a todo o momento para enganar um humano tolo o suficiente e aí então, alimentar-se de suas alegrias, suas conquistas, seus desejos... Sua alma.  A verdade era que para que demônios apenas conseguissem realizar algo que no mundo humano é chamado de possessão, precisariam de um corpo com fraqueza psicológica e impurezas dignas do inferno, como era o caso do jovem que se encontrava repousando naquele apartamento simples na capital, nem imaginando a cena que ocorreria nos próximos segundos.

Diferente dos livros que os humanos escreviam, uma possessão podia ser um fenômeno normal, visualmente falando. Quando a pessoa escolhida se encontrava inconsciente, tornava o trabalho da entidade muito mais fácil. Não havia uma luta por quem ficaria no controle, olhos revirando, ataques indesejados ou o pior... Um exorcismo.

D.O. odiava exorcistas com todas suas forças, seres patéticos que tentavam desafiar a supremacia de uma criatura tão magnífica como ele. Mas claro, poucas vezes se viu ser retirado à força, quando tentava apenas se divertir e ser automaticamente reenviado para as profundezas do Inferno, seu “lar”.

Por isso, optava em apenas usar o corpo de Kyungsoo e mesmo assim, apenas usava-o durante a madrugada, para tratar alguns assuntos com Kai.

 

 

Kai, no momento, se encontrava observando a casa do outro enquanto flutuava pelo céu escuro de inverno. Jongin era de longe uma das figuras mais doces que havia visto em todo o tempo que observava a Terra. Era um garoto gentil, esforçado, cativante e talentoso. Ele era muito bom no que fazia – durante o tempo que o observara, o jovem entrara para uma das universidades mais prestigiadas para cursar Engenharia Robótica – sempre praticava o bem quando em seu alcance e mesmo que sozinho, possuía a companhia de seus três cachorros, os quais cuidava com imenso carinho. Jongin era admirável e com certeza merecia o descanso eterno, por isso, o escolheu.

Kai culpava-se internamente todas as vezes que entrava naquele corpo, pois Jongin era diferente, era especial. Ele não merecia passar por tudo aquilo, toda aquela indecência. Jongin não merecia tudo aquilo de errado que Kai fazia em seu corpo. Como D.O., Kai se denominava Jongin em meio a seus encontros, pois um anjo não poderia simplesmente fazer tudo que ele fazia com D.O., tanto devido à falta de castidade, quanto ao fato de que anjos não possuem características humanas, como ditas nos mentirosos livros que os humanos incansavelmente publicavam. Eles não passavam de raios, luzes, áureas; Que demonstravam sua pureza e devoção diante a Deus, sua luz servia para espantar as trevas, o mau. Quanto mais forte e resplandecente seu brilho é, mais perto do Senhor o anjo se encontra. E digamos que o brilho de Kai seja o suficiente para exterminar toda a escuridão enquanto estivesse presente. Ele simplesmente a espantava, a exterminava. Era por isso que estava observando um Jongin sonolento adentrar seu confortável quarto. Pois Jongin não resplandecia sua áurea. Não que ela não fosse imensa e pura, é porque Kai, naquele momento, não queria afastar as trevas.

Kai não queria afastar D.O.

 

Assim mesmo que Jongin entrou em um sono profundo, o anjo lá fora se preparou para utilizar-se de seu corpo. O que ocorria quando um ser “benigno” possuía um corpo humano não era muito diferente de uma possessão, porém muito mais bem vista que a outra. Com um suspiro de Jongin, Kai entrou em seu corpo, agora se direcionando a encontrar D.O.

 

 

Fazia muito frio nas ruas e o parque, o qual D.O. – que estava no corpo de Kyungsoo – apresentava árvores com galhos congelados e o lago, que durante o verão era o lar de aves como patos e cisnes, agora, possuía apenas a companhia de uma superfície gélida.

D.O. estava em um dos bancos – levemente congelados – à espera de um jovem alto e de feições encantadoras: Jongin, que agora estava sob o uso de Kai. 

Um ser humano normal estaria provavelmente à beira do estado de hipotermia na situação em que o demônio estava. Porém, por ser tal tipo de criatura, não se incomodava com a grotesca neve que caía sobre sua – na verdade, a de Kyungsoo – pele. Demônios não sentem frio, nem calor. Muito menos sentem.

Quer dizer, não deveriam sentir.

Foi retirado de seus pensamentos quando avistou, de longe, um humano alto com vestes escuras se aproximando, fazendo-o automaticamente morder o lábio inferior por pura ansiedade.

Ele chegara. Jongin chegara. Kai chegara.

 

 

 

 

Era hora de começar a brincadeira.

 

 

Conversavam sobre assuntos normais e irrelevantes enquanto caminhavam pelas ruas, a caminho da casa de Kyungsoo, para que pudessem ter mais privacidade.

As poucas pessoas que se encontravam nas ruas, nunca imaginariam que aquele casal aparentemente gay – mesmo que não estivessem fazendo nada de mais para comprovar as hipóteses – fossem mais errados perante a sociedade do que imaginavam. Eles eram errados para a sociedade. Para o céu. Para o inferno.

Afinal, não é todo dia que um anjo se apaixona por um demônio.

Ao chegarem ao humilde apartamento, certo silêncio se estabeleceu durante o elevador, que foi quebrado logo depois por Kai:

– Eu disse para irmos para a casa de Jongin, céus... – Esta palavra em especial, fez com que o outro o seu lado gargalhasse. – Que humano você foi escolher, D.O.

– Querido Kai, a humildade não lhe agrada? – Ironizou. – Se não gosta daqui pode tratar de sentir-se agradecido, pois conheço lugares bem piores para fazer o que fazemos. – Sorriu, sarcástico. – E, aliás, se fosses tu não usarias palavras tão castas com um ser como eu ao teu lado, muito menos durante a brincadeira... Seria muito blasfemo de sua parte. Isso se fosse mais possível.

– Como se você também não estivesse indo contra a tudo que lhe cerca... – O olhou com uma raiva explícita. O elevador havia parado e “Kyungsoo” agora se preparava para abrir a porta.

Quando a porta se mostrou aberta revelando parte do apartamento do jovem humano, Kai nem teve tempo de reagir, pois já se encontrava com um ser de aparência angelical e que no momento apresentava um grande par de olhos – agora, totalmente negros – mostrando que D.O. estava ali.

Kai, à cerca do tempo de convivência com o outro, percebera que quando este ficava necessitado, mesmo estando no corpo de Kyungsoo, mostrava suas características originais: a pupila dilatava-se de forma descomunal, a pele clara do pobre garoto passava a possuir veias em tons assustadores e sua força duplicava. E tudo isso piorava quando este se encontrava afogando-se em um prazer paranormal – que apenas conseguia com Kai.

– Eu te dei uma ideia e você a aceitou. Foi de sua escolha fazer o que fazemos. – Sorriu. – Mas vamos tratar de andar logo com isso antes que nos achem e antes que eu enlouqueça, pois, porque fora encontrar logo um humano tão atraente?

– Sei que lhe agrada... – Aproximou-se para tomar-lhe os lábios num selar afoito. – E também concordo que devemos nos apressar.

Em poucos segundos já se encontravam encostados em uma das paredes do pequeno cômodo, Kai – que agora se encontrava no corpo de Jongin – segurando firmemente na cintura de D.O. – agora, Kyungsoo – enquanto o outro se punha na ponta dos pés devido à desvantagem em relação a sua altura, para poder enfim, levar seus lábios até seus semelhantes.

– Sentiu minha falta? – D.O. perguntou, a voz carregada de malícia.

– A cada segundo – Beijou-o. Ele sorriu. Mas não era qualquer sorriso, e sim, o que tinha o feito se apaixonar e deixar-se levar diante de toda aquela situação.

– Então me jogue nessa cama e mostre o quanto sentiu minha falta – Gargalhou enquanto o maior percebia suas pupilas apresentarem indícios de dilatação.

– Com todo prazer... – Kai estranhava o jeito que se sentia ao lado do outro. Mas era bom. Perigosamente bom.

– Pra quem no início negou até não ter mais forças, acho que consegui fazer com que você cometesse muitos pecados, não? Venha, se aproxime logo. – Pediu, repetindo a frase que dissera quando se viram pela primeira vez. A voz oscilando entre o tom suave de Kyungsoo e o grave de D.O. mostrando uma excitação quase que palpável. Lembrou-se então de seu primeiro encontro com aquele ser.

“Era uma madrugava de inverno como aquela, se não lhe falhava a memória. Ele fora encarregado de descer na Terra e salvar um humano que vinha sofrendo perseguições dos seres do outro lado. Seu nome era Kyungsoo e o mesmo não vinha sendo tão bom assim. Fora enviado justamente para trazer a luz para o jovem e protegê-lo das criaturas malignas que insistiam em querer tomar sua alma.

Conseguira uma forma humana razoável para que realizasse o pedido do Mestre. Caminhava calmamente mesmo que a preocupação lhe batesse forte, mas não poderia arriscar e teria de se camuflar com cuidado, mesmo que já fosse tão tarde...

02:30, observou dentro de um bar qualquer.

Ainda tinha mais meia hora para que pudesse chegar...

Perdeu-se nas ruas e tentou se afastar de diversos jovens que se encontravam nas ruas, os quais sequer imaginavam o perigo que estavam correndo. Caminhou por um longo tempo, pois estava acostumado a observar tudo aquilo digamos que, de outro ângulo. Depois que cansar-se de procurar, encontrou o simples apartamento no centro da cidade. Já havia perdido a noção de tempo e torcia consigo para que não fosse tarde demais – para o futuro do garoto, é claro.

Quando chegou ao local decidiu livrar-se de sua forma humana, julgando ser melhor para que entrasse sem maiores suspeitas, afinal assim, não teria de passar por uma portaria e mentir ou algo do gênero – coisa qual detestava. Procurou seguir da forma mais rápida possível e quando adentrou o local, preocupou-se.

Havia silêncio...

Um silêncio medonho. Além de uma áurea inconfundível...

Ele havia chegado tarde demais.

O silêncio, citado antes, fora quebrado por uma voz composta por diversos tons e oscilações. Pela primeira vez em tantos anos, sentiu uma pontada de receio ao tentar salvar algum humano.

– Você chegou tarde demais, anjo. – Tal palavra fora dita com certo desprezo. – Não dá mais pra salvar esse daqui. O usarei pra brincar um pouquinho, venha aproxime-se.

Ele fez o que foi pedido quase que mecanicamente.

O “humano” se encontrava sentado na beirada da cama, com a cabeça baixa, impossibilitando de olhá-lo nos olhos. Sua pele era leitosa, fios negros que no momento se encontravam bagunçados e acompanhando o vento gélido que adentrava a janela e preenchia toda sua cabeça, descendo um pouco entre a nuca e caindo levemente sobre os olhos.

– Olhe-me. – Kai disse firme. Ele ergueu o olhar e o anjo teve que se esforçar pra não suplicar a Deus, seu Mestre, para que não precisasse cumprir aquela missão. Os olhos daquele humano eram realmente muito expressivos, grandes, e agora possuíam um tom negro preenchendo o local onde uma esclera comum ocupara há certo tempo. O rosto era realmente angelical, Kai não conseguia acreditar na situação em que aquele ser se encontrava ao observá-lo e perceber a beleza em sua face. E pela primeira vez, sentiu pena de um humano que tentava recuperar. Na verdade, sentiu muitas outras coisas.

– Céus, você está realmente possuído. – Pigarreou tentando – em vão – afastar aqueles pensamentos. Percebeu que a palavra “Céu” lhe fazia efeito, pois este se contorceu.

– Não ouse usar essa palavra outra vez – Vociferou, as vozes brigando dentro do corpo miúdo sobre a cama, veias de cores assustadoras lhe brotando na face. E ele continuava lindo...

Perigosamente lindo.

– Não se esqueça de que seres como eu leem mentes, caro anjo – Sorriu. Seu sorriso era cordiforme – Quero lhe propor uma brincadeira.

E foi ali que as “brincadeiras” começaram...

E foi assim que se apaixonaram...

E foi por isso que eles estavam onde estavam naquele momento”

– Kai? – D.O. perguntou, com a impaciência na voz beirando ao extremo.

– Sim, me desculpe. Distraí-me. – Olhou ao redor, visivelmente envergonhado.

– Não tente me enganar. Você insiste em esquecer que leio mentes – Beijou-lhe os lábios. – E eu sei que pensava em mim, em nós.

Ao ouvir o menor pronunciar tais palavras, era como se por um instante, tudo aquilo fosse certo e eles são não  fossem respectivamente um anjo e um demônio lutando incansavelmente por um amor que tinha uma lista imensa de razões para dar errado. Por um momento, ele pensou que aquele era seu lugar, com aquele ser aninhado em seus braços.

– E eu estava mesmo – Respondeu entre a boca do outro, as respirações se chocando. – Mas se sabia, por que me perguntou?

– Porque eu queria ouvir na sua voz, porque digamos que esta não seja sua boca. – Brincou. – Sempre parece mais certo quando sai daí. – Apontou para os lábios do maior e em seguida para o peitoral, na direção do coração. – Porque eu também sei que sai daqui.

– Olhe só se não temos uma criatura das trevas sendo um bobo apaixonado diante dos meus olhos? Quer dizer, dos olhos de Jongin. Apenas os peguei emprestado. – Encarou-o.

– Não poderia ter escolhido humano melhor – D.O. sorriu e cerrou os olhos quando sentiu lábios grossos molestando “seu” pescoço. – Ah, vamos logo para o quarto...

Uhum... – Disse sem soltar o pescoço do pequeno que rapidamente envolveu suas pernas na cintura do outro, que caminhava rapidamente até o quarto.

Deitou-o lentamente no móvel macio, ficando por cima e trocando olhares cheios de desejo, que chegavam a eriçar os fios da nuca. Como bom leitor de mentes, o ser demoníaco repousou sua mão ali, afagando enquanto aproximava o rosto bem desenhado junto ao seu, num encaixe quase que perfeito.

Beijaram-se de modo calmo e sensual, percebendo a temperatura do corpo aumentar gradativamente. Kai colocava uma de suas mãos dentro da camisa do moletom que o outro vestia, alisando seu abdômen, vez ou outra subindo até os mamilos e descendo até a barra da calça, arrancando suspiros em meio ao beijo.

 – Ah – D.O. gemeu arrastado – Vamos logo com isso.

– Pra quê tanta pressa? – Respondeu rouco, enquanto prendia o lóbulo da orelha alheia entre os dentes. – Se fizermos com pressa, não terá diversão.

– Você tem razão... – Murmurou enquanto tinha um travesso anjo brincando com seus mamilos – Ande, se desfaça das roupas.

Ambos arrancaram quase que de forma animalesca suas peças de roupas, ficando apenas com a peça íntima masculina e voltando a se deitar.

Resolveram dar início a uma sessão de beijos surpreendentes e que arrancavam suspiros – principalmente do menor – e arrepios quando se encontravam com o lábio preso entre os dentes do parceiro.

O anjo voltou a aproveitar-se do pescoço alvo do outro, distribuindo beijos, lambidas e chupões leves na região, ouvindo-o gemer manhoso no pé de seu ouvido, estimulando-o.

Subiu levemente a blusa que o outro vestia, arranhando de leve a pele da barriga alva do menor. Arranhou levemente a superfície com as curtas unhas, mesmo assim marcando-a e causando leves arrepios no outro.

Continuou com o movimento, vez ou outra aumentando a força e velocidade dos arranhões, fazendo com que algumas palavras desconexas saírem da boca cordiforme do ser abaixo de si, escaparem.

– Você sabe o que fazer, então faça logo – Ouviu o outro suplicar, manhoso, enquanto puxava com certa força, os fios de sua nuca.

– Sempre com pressa – Zombou, fingindo falsa tristeza.

– Ah, vá logo.

E assim começaram mais uma noite de amor intenso, doentio. Quase palpável. Kai tocava D.O. com gentileza, delicadeza, enquanto o mesmo lhe descontava mordidas e arranhões devido ao prazer em que quase se sufocavam.

Amaram-se e proferiram arranhões até que sangue demasiadamente escarlate escorresse por ambas as costas – e quase que automaticamente fosse cicatrizado devido ao tipo de ser que dominava os corpos – e caíram exaustos na cama, cobertos de sêmen e suor.

Amavam-se. Um amor doentio;

Acima de barreiras;

Um amor que queimava e ardia,

 Assim como as chamas do Inferno.

Mal sabiam eles que não eram os únicos a terem conhecimento desta história...

 

 

 

 

 

 

 

Após aquela noite, houve uma grande reunião. Os humanos temeram, pois os Céus trovejavam como nunca. As Trevas comemoravam absortas em excitação e chamas flamejavam. Viram penas e asas desfazerem-se diante de Deus.

Um choro.

Uma súplica.

Um anjo caído.

 

 

Kai sentiu-se sujo e logo se viu diante da escuridão, chamas ao seu redor e um grande portão se abrindo, revelando o aspecto de seu novo lar. Seu novo mestre não fora o primeiro a lhe recepcionar e muito menos viu as teimosas lágrimas que insistiam em cair. Ao invés disso, uma áurea conhecida e amada “sorriu-lhe” e disse-lhe:

 – Vamos Kai, não há o que temer. Aqui onde estamos, o que fazemos não é errado. – Gargalhou com a voz transbordando malícia, ecoando pelos sete ventos.

Kai ainda o amava.

E D.O., de sua forma,

Amava Kai inegavelmente.

Era recíproco. Incondicional.

 

 

 

 

 

 

Quatro anos após os acontecimentos...

 

Era uma manhã atipicamente fria na capital, obrigando a população em massa que saíra de suas casas para seus respectivos empregos e escolas, a usarem diversas camadas de roupa sobre a pele.

Jongin não se encontrava diferente: O jovem adulto – havia conquistado a fase adulta há pouco tempo – se encontrava com longo e pesado casaco enquanto alternava em dar apressados passos a caminho da universidade e dar generosas goladas no grande e – quase – fervente copo de café em suas mãos. Era o primeiro dia de seu último ano de faculdade e este se encontrava ansioso para a finalização do curso que estava há cinco anos. Era um aluno considerado por muitos, brilhante, facilmente se destacando na classe e obviamente, já possuía diversas oportunidades de emprego lhe aguardando.

Distraído com os pensamentos e dúvidas sobre coisas como a nova grade curricular do curso e ter de chegar a tempo, nem se deu conta de que esbarrara em alguém. Outro homem, mais precisamente.

Devido ao baque, seu café caíra sobre sua própria roupa e graças à grossa camada de roupas que vestia, não o queimou. Porém, o pequeno ser a sua frente, encontrava-se diferente. Era explícita que a sorte não era sua aliada, pois possuía uma série de papéis espalhadas pela calçada e meio-fio, cujos alguns papéis possuíam gotículas de café enfeitando sua superfície. Ele estava visivelmente irritado, nem sequer lhe dirigindo a palavra e muito menos, um olhar. Quando estendeu a mão para recolher algumas folhas que tentavam voar pelas ruas e teve sua mão bruscamente afastada, que pode enfim ouvir sua grave – porém suave – soar:

– Não precisa me ajudar, você... – Ergueu o olhar e por alguns instantes, entrarem em sintonia e passaram a habitar um mundo só deles. Os olhares se cruzaram, ambos os peitos aqueceram-se e algo extremamente similar a uma corrente elétrica passou por ambos os corpos. O outro recuperou o fôlego e tornou a falar -... Já ajudou demais.

– Parece que alguém aqui ficou sem palavras – Fez uma observação, deixando o outro levemente enrubescido. – Qual seu nome?

– Kyungsoo. Do Kyungsoo. E o seu?

– Kim Jongin, prazer – Sorriu, caloroso. – Pois bem Do Kyungsoo, – O outro jurou que este falava de forma provocativa. – Não foi minha intenção. Estava ocupado demais preocupado com o horário. Posso ter suas desculpas? – Perguntou brincalhão, simulando uma reverência.

– Perfeitamente! – Disse Kyungsoo entrando no clima da brincadeira do outro, sorrindo pela primeira vez durante o diálogo. Jongin tremeu e pareceu congelar por um instante, assustando-o.

Aquele sorriso cordiforme...

Jongin jurava já tê-lo visto antes...

Não por causa de sua memória falha...

Sabia por que seu coração já havia palpitado daquela forma antes...

– Jongin? Você está bem? – Perguntou ao perceber que o outro estava aéreo.

– Você é muito bonito, Do Kyungsoo – Disse sem pensar. Consertaria talvez, mas ao ver aquelas bochechas alvas e salientes recebendo uma pincelada de um tom escarlate, desistiu em negar. Ele era realmente muito bonito e frágil ao olhar.

– Não diga bobagens... – Disse visivelmente envergonhado.

– Eu não disse bobagens! – Fingiu irritação. O coração do outro falhou em uma batida. – Eu disse apenas a verdade.

 

Ambos sentiram o peito quente com aquela sensação calorosa que somente amar e ser amado pode trazer.

O amor nasce quando menos se espera e onde menos se espera... Nas ruas, nos céus, entre adultos, crianças, entre um anjo e um demônio...

O amor desde que seja cuidado com carinho e atenção, não se vai.

Permanece intacto.

Forte.

Quando se ama de verdade, este sentimento é imutável...

Incondicional...

Eterno.

 

 


Notas Finais


Bem.. é isso. Gostaram??

Reclamações, elogios, perguntas... Mande pra gente nos comentários!!!
Obrigada à todos que leram e esperem mais projetos da Teleporter-line!!
- Black Swan


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