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História Carnage - Epílogo


Escrita por: VenusNoir

Notas do Autor


Finalmente, o fim!!!! Eu ia escrever um texto mega grande sobre como surgiu Carnage e as razões pelas quais eu decidi escrever essa fic, mas daí eu vi que ia ser puro word vomit e que na real ninguém ia ficar a fim de ler aquilo hue. Então eu só vou agradecer a todo mundo que leu/favoritou/acompanhou a fic, que me deu estímulo via review/twitter/ask.fm/facebook. Sério, muito obrigada, gente. ): Vocês são tão legais. <3 Vou sentir tanta saudade de escrever Carnage quanto vou sentir saudade dos leitores dela? A verdadeira definição de poucos e bons. sdfjhds
No mais, sugiro que vocês leiam esse capítulo escutando a música que tá nas notas finais. Lá também têm outras coisas que podem interessar, idek.
Enfim, boa leitura e mais uma vez obg. <3

Capítulo 14 - Epílogo


Foi só quando chegou ao saguão do aeroporto que Baekhyun se deixou enfim soltar o suspiro que prendera por vários minutos. Tinha parado de acompanhar Kyungsoo. O ex-cristão já atravessa as portas automáticas do JFK, empurrando o carrinho com a mala alheia. Baekhyun segurava uma valise pequena, mas a colocou no chão e, instintivamente, sem atinar muito para o que fazia, abraçou o próprio corpo. Talvez por notar que o outro ficara para trás, Kyungsoo o buscou e, não o encontrando a seu lado, girou nos calcanhares. Baekhyun estava plantado num canto, toda a gente indo e vindo à sua frente e às suas costas, no entanto ele não estava assim tão distante, de modo que, mesmo naquele apinhado de gente apressada, ele se destacava fácil e claro. Como se houvesse uma aura o revestindo, fazendo com que ele resplandecesse debilmente, um brilho tênue e fugidio que se extinguiu assim que Kyungsoo repousou o olhar nele.

 

Percebendo que o mais novo o esperava, seus lábios se moveram num sorriso tão melancólico e límpido. Uma expressão sutil que de uma vez informou a Kyungsoo tudo o que ele precisava saber. O que não quis ouvir por telefone ou ler por cartas. No terceiro mês, quando já tinha permissão para ter contato direto com pessoas de fora, Baekhyun havia telefonado para Kyungsoo um sem-número de vezes. Na mesma época, passaram a trocar correspondências, as longas missivas chegavam numa torrente de papel em seus respectivos endereços – Kyungsoo em Nova Iorque, Baekhyun numa colônia psiquiátrica nos arredores de Seul – e serviam sobretudo para aquecer o coração deles. Não para falar sobre a rotina ou qualquer outro tipo de amenidade. Eles contavam sobre o tempo e como ele estranhamente parecia estar de acordo com seus sentimentos mais recônditos. Sobre os pensamentos e sonhos e lembranças que nunca antes haviam compartilhado com outrem. Era natural e confortável de uma forma que sequer parecia que estavam se dirigindo a outra pessoa. Parecia mesmo que falavam aquilo para si mesmo.

 

Baekhyun passou a se conhecer na mesma medida em que conheceu Kyungsoo. E agora eles estavam ali, depois de quase um ano, nove meses, por Deus! Quanto tempo. Olhando para Kyungsoo, tinha a impressão de fitar uma criatura diferente. Totalmente nova, mas estranhamente familiar. Por um instante, parou e pensou porquê Kyungsoo escolhera justo Nova Iorque para ser seu refúgio, o lugar que, nas palavras dele, nunca ninguém o iria encontrar. Tinha alugado um apartamento no Brooklyn, não tão longe de Mahnattan. Ele havia fugido para o centro do mundo. Topar com ele ali, por acaso, seria como achar uma agulha no palheiro. Aquela metrópole o acolhia, o tornava tão anônimo quanto gostaria de ser. Quase um fantasma. Ainda assim, havia muitos holofotes sobre ela.

 

Baekhyun abaixou-se e pegou sua valise de novo. Adiantou-se até Kyungsoo e eles caminharam rumo à saída. Sob a chuva grossa de um outubro particularmente chuvoso, Kyungsoo abriu seu guarda-chuva. Não tardou muito até que um táxi vago chegasse e os apanhasse. No assento de trás, Baekhyun buscou cego a mão de Kyungsoo; a apertou contra a sua e seus olhos vaguearam até se deter nos de seu amante. No silêncio e através daquele toque simplório, mas incrivelmente amoroso e intenso, havia segredo e havia amor. E promessas. Redenção.

 

Quando chegaram ao quarto-e-sala de Kyungsoo, eles se beijaram de pálpebras cerradas com força, largando as malas em qualquer lugar, tirando a roupa com pressa. Som e fúria. Não foi como nenhuma das outras vezes. Nunca mais seria. Kyungsoo, sobre o colo de Baekhyun, sussurrou que o amava. Baekhyun sentia o quanto aquilo era verdade.

 

A noite toda eles se amaram e o reconhecimento tardio de seus corpos foi feito pelas pontas dos dedos mornos e embebidas de paixão e excitação. Atravessaram a madrugada insones e febris. Baekhyun ouviu tantas coisas. Disse mais um bocado de outras coisas. Só de olhar para Kyungsoo sua boca secava e sua mente entrava em pane. Tinha sem dúvida o mesmo efeito sobre ele.

 

O que será de amanhã?, acho que ele se fez essa pergunta no alvorecer daquele dia ou num crepúsculo de uma tarde qualquer de primavera. O que será de amanhã, sempre uma dúvida. Mas os dias eram só uma sequência das noites anteriores. A evolução delas. Kyungsoo o amava. Contanto tivesse essa certeza, estaria bem.

 

Eles seriam felizes. 


Notas Finais




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