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História Hyuuga - Capítulo VIII - O Pedido de Casamento


Escrita por: Emeraude

Notas do Autor


Oi! ^^
Cá vou eu estar a me repetir, mas é assim. Vocês já sabem que as minhas postagens são mensais. hehe Desculpem pela demora! xP
Espero que gostem deste capítulo, porque a Hinata vai sofrer uma grande desilusão....
Boa leitura! xD
Bjs

Capítulo 8 - Capítulo VIII - O Pedido de Casamento


Alguns dias se haviam passado desde o seu encontro com Gaara. Naquele dia, ela e o Naruto haviam descoberto, por ele, que o clã Hyuuga tinha no banco uma fortuna avaliada em milhões de ienes e que só alguém do próprio clã poderia levantá-la. Em concreto a filha do chefe, já que aquela era a sua herança.

Se só a herdeira poderia levantar essa generosa quantia, isso queria dizer que ela poderia ser a tal. Fora o que haviam deduzido. Porque, se não o fosse, para quê o Fugaku a teria sob sua protecção?

Hinata estava muito confusa. Apesar das evidências, custava-lhe ainda acreditar que as pessoas que conhecia como pais fossem os responsáveis pelo assassinato de um clã inteiro.

Caminhava com ar ausente pelo corredor do andar de cima da casa Uchiha, a pensar na reviravolta que a sua vida havia dado, quando começou a ouvir duas vozes. Elas pareciam um tanto exaltadas e vinham do quarto do Sasuke.

Curiosa, aproximou-se da porta e pôs-se à escuta.

- Mas porquê eu, mãe? O Itachi não serve?!

- Não! Porque é de ti quem ela gosta e aceitaria na hora. – respirou fundo - Sasuke, por favor, entende a nossa situação. Podemos estar bem por agora, mas o dinheiro se escassa. Nós estávamos a contar estes anos todos com o dinheiro que a Hinata iria receber, pra ver se tínhamos uma vida mais afogada. – lançou-lhe um olhar de aborrecimento – Mas “alguém” tinha de ir contar para a miúda para não assinar o documento!

- A Hinata não é nenhuma miúda! – aproximou-se da mãe revoltado. Não gostava que ninguém ofendesse a sua amiga, muito menos a mãe. – E se estás a tentar fazer com que me sinta culpado, desengana-te. Se pudesse fazer tudo de novo, fazia-lo!

Mikoto, ofendida e zangada por ele estar a defender a bastarda, deu-lhe um estalo bem forte.

- Vê se acalmas esses ânimos, Sasuke. Eu ainda sou tua mãe e me deves respeito! Se tens a vida que tens, foi graças a nós.

Sasuke tinha a mão esquerda sobre o mesmo lado do rosto, onde a mãe o havia acertado. Ele estava surpreendido. A sua mãe nunca que lhe ousara em lhe levantar a mão, e há poucos minutos o fizera.

- M-Mãe…

- Não venhas com essa de mãe! – estava meio que impaciente. - Vais fazer aquilo que eu mandei. Vais pedir a Hinata em casamento, como eu e o teu pai decidimos, e ponto final! Se não… - cruzou os braços com ar superior - já sabes. – deu um meio sorriso -  Rua!

Hinata arregalou os olhos e levou uma mão à boca. Aos poucos, virou-se para o corredor e encostou as costas à parede ao lado da porta.

Tinha consciência de que o Sasuke que conhecia nunca que iria aceitar aquele acordo. Mas, dadas as circunstâncias, já não sabia de nada.

Os remorsos começaram a tomar conta dela. Se não fosse por ela, ele não estaria naquela situação. No entanto, de certa forma, a curiosidade foi mais forte. Queria ouvir a resposta do Sasuke. Daí que voltou a se aproximar da porta e encostou o ouvido.

Enquanto isso, do outro lado da porta, Sasuke nem sabia mais o que pensar. A sua mãe já não era a mesma, desde que soube que não poderia meter a mão na herança de Hinata. E agora estava a ameaçá-lo. A ameaça-lo! Podem crer nisso? Como é que uma mãe é capaz de fazer uma coisa dessas a um filho?

Nunca pensou que ela pudesse ficar assim tão desesperada. Por ele, recusava de imediato o que ela lhe pedira. Não, ordenara. Mas estava dividido. Entre o amor da sua vida e a lealdade para com a sua família. O que fazer?

Um pequeno sorriso se fez brotar dos seus lábios, o que havia colocado Mikoto desconfiada. Ele já se havia decidido.

Ergueu o rosto decidido, ainda a sorrir.

- Pelos vistos estou a ver que já te decidiste. – disse toda desdenhosa – E então, qual vai ser a resposta?

- Ok. – Mikoto ergueu o sobrolho – Eu aceito me casar com a Hinata.

Hinata abanou a cabeça de forma energética. Estava chocada. Os olhos já começavam a estar húmidos. Como é que ele era capaz de aceitá-lo? Sabia que ele estava entre a espada e a parede, mas ao menos ainda tinha esperança de que ele viesse a negá-lo. Sentia-se de certa forma traída.

Para que ninguém ouvisse os seus soluços abafados pela mão, Hinata correu até ao seu quarto. Não queria ouvir mais nada. Apenas queria chorar sem parar, sozinha com o seu sofrimento, deitada na sua cama.

No entanto, ela não ouvira o que foi dito a seguir, porque Sasuke não tinha ainda dito tudo.

- Aceito me casar com a Hinata. E até chegarei a fazer o pedido hoje. – deu um olhar de advertência à mãe – Mas não penses que o faço só porque me puseste entre a espada e parede. Se o faço é porque… - a expressão do seu rosto se suavizou – é porque a amo. E quero tirá-la desta casa, fazendo dela a mulher mais feliz do mundo.

Mikoto fez um gesto com a mão de indiferença. Já estava feliz por ele ter concordado.

- Como querias.

[…]

Mais tarde, depois do jantar, Sasuke bateu à porta do quarto de Hinata, que estava a vestir uma camisa de dormir branca.

- Hinata. Posso entrar? É que desejava muito falar contigo sobre uma coisa.

- Sim. Podes entrar. – respondeu depois de se acabar de vestir.

A voz dela pareceu-lhe meio tremida ou seria só impressão sua? Melhor entrar e verificar por ele próprio.

Hinata ainda estava triste, mas já se tinha de certa forma recuperado do profundo abalo que sentira umas horas atrás.

Quando Sasuke entrou, ela estava de frente para o espelho grande e oval, que estava a um canto perto da janela, a pentear os seus lindos e longos cabelos.

Aproximou-se dela e pôde ver do outro lado do espelho que ela estava um tanto em baixo.

- Estás bem, Hinata?

- Sim…Sasuke… - aclarou a voz – Sim. Estou bem. Não te preocupes.

Sasuke tocou-lhe no ombro e fê-la virar-se para ele. A preocupação estava-lhe estampada no rosto, enquanto levava uma mão para o seu delicado rosto.

- Hinata…não é isso o que o teu rosto diz…

Hinata não conseguia tirar os olhos dos dele. Mas, ao lembrar-se do que ele disse à mãe dele, tratou logo de desviá-lo.

- Bom… - afastou-se dele um pouco e aproximou-se da cama, sentando-se nela – E o que é que querias falar comigo?

Sasuke soltou um longo suspiro. Ela sabia mudar de assunto muito bem.

- Sabes que eu gosto de ti, não sabes? – perguntou, enquanto se sentava também na cama a seu lado. Ela acenou que sim, embora o seu coração ia-se apertando. – E que, apesar de tudo, eu sempre te apoiei e, de todos, sou aquele que deseja a tua felicidade mais do que ninguém.

- Eu sei, mas…aonde queres chegar com tudo isso?

Sasuke deu um meio sorriso.

- Sempre tão directa. Essa é que é a minha Hinata. – vendo que ela ainda estava a olhar para ele à espera de uma resposta, ele não teve outra opção se não parar com aquilo e ir também directo ao assunto. – Eu gosto muito de ti, Hinata. - pousou uma mão sobre as dela, que estavam pousadas no seu colo – Mais do que um mero irmão pode gostar de sua irmã. Sei que estou prestes a cometer a maior loucura da minha vida, mas…

Aquilo fez com que todos os sentidos dela entrassem em alerta. «Será que ele vai mesmo pedir-me em casamento?», interrogou-se, enquanto ele se levantava e de seguida se ajoelhava à sua frente, sem nunca lhe largar as mãos.

- Hinata. Queres casar comigo?

Ao ouvir aquela pergunta, ela ficou muda e petrificada. O seu mundo ruiu, despedaçou-se, estilhaçou-se.

- S-Sasuke…

Sasuke entrou em pânico quando duas lágrimas deslizaram pelas suas faces abaixo.

- Hinata. O que se passa? Perguntei algo que não devia?

A recente Hyuuga fechou os olhos e escondeu o rosto. Não queria que ele soubesse o quanto ela estava magoada com aquela pergunta.

- Hinata. Olha para mim. Por favor… - pediu, enquanto tentava fazer com que ela virasse o rosto na sua direcção. Mas fora em vão.

- Porque me pediste em casamento…?

- Porquê? Que pergunta, Hinata. – sorriu – Porque gosto de ti e quero que sejas feliz ao meu lado.

- Mentiroso!

- Hã?!

Hinata levantou-se, afastando-se dele e daquele sufoco, e virou-lhe as costas.

- Disse que eras um mentiroso.

- Não entendo, Hinata. Quando digo que gosto de ti, não estou a mentir. É a mais pura verdade. – aproximou-se dela – Eu mais do que ninguém quero…

- Cala-te! - exclamou, encolhendo-se e levando as mãos aos ouvidos – Cala-te…

- Hinata… - tocou-lhe no ombro direito, mas ela rejeitou o seu contacto, deixando-o sem reacção.

- Não me toques! – Virou-se rápido para ele e, rapidamente, deu-lhe uma chapada na cara. Sasuke. – Nunca mais me toques! Não passas de um vendido! – acusou-o.

Sasuke estava destroçado. O que teria a acontecido para a Hinata estar naquele estado? Ela nunca agiu assim. Muito menos para com ele. «Irónico…é o segundo estalo que eu levo hoje de uma mulher da minha vida de quem eu gosto muito.».

Mas assim que ouviu aquela palavra, “vendido”, não soube ao certo o que ela quereria dizer com aquilo.

- Vendido? Como assim?

- Pensavas que eu nunca iria descobrir esse vosso plano?

- Plano? Qual plano?

Cada vez estava a perceber menos daquela conversa.

- Tu só me pediste em casamento por causa da minha herança. Porque sou uma Hyuuga.

- Hinata…não é bem assim…

- Eu ouvi, Sasuke! Não o tentes negar! Eu ouvi a conversa que tiveste com a tua mãe hoje no teu quarto. Como os teus pais não podem deitar mais a mão à herança, decidiram confiar-te essa tarefa, porque acharam que eu iria cair que nem uma patinha nessa armadilha. – soltou um pequeno riso trémulo – Mas o problema nem foi esse. O problema foi que a pessoa que eu pensava que nunca me iria desiludir, conseguiu fazê-lo a dobrar no momento em que aceitou fazer o que eles lhe ordenaram. – lágrimas voltavam a querer sair-lhe dos olhos – Não tens dignidade, Sasuke…?

Sasuke ficou abatido. Era certo que ela tinha razão. Que ele tinha aceitado aquilo, mas não pelas razões que ela tinha apontado.

- Lamento…

Depois, não querendo mais olhar para a cara dele, dirigiu-se para a porta do quarto e a abriu, dando-lhe a entender de que não o queria mais ali.

- Sai, Sasuke… Por favor…sai…

Sasuke fez-lhe a vontade. Dirigiu-se até à porta, mas antes de sair ainda lhe deu uma última palavra.

- Hinata. Eu não quero a tua herança. Se fiz o que fiz foi porque – olhou para os olhos dela, vermelhos por causa das lágrimas – eu te amo.

Saiu. E foi então que a Hinata desabou no chão. Encolheu-se, encostando o queixo por entre os joelhos, e chorou, chorou… Chorou tanto pela sua alma, que, naquela altura, estava arranhada, maltratada. O seu melhor amigo, aquela pessoa que mais confiava, havia-lhe apunhalado justo no coração.

Ser uma Hyuuga era uma maldição! Sofrera toda a vida nas mãos de uma família que só tinha em olho a sua herança e, agora, levaram o filho mais novo na sua conversa. O único que estava do seu lado. Será que eles não tinham noção de que ela também era um ser humano com sentimentos, ora bolas!

Entre soluços disse pró o nada.

- Como eu gostava de não ser uma Hyuuga…

[…]

No dia seguinte, ao final da tarde, Gaara estava no seu escritório a acabar uns pormenores de um processo que lhe havia causado alguns problemas, quando uma mulher lhe apareceu de rompante lá, seguida pela sua secretária que parecia um tanto atrapalhada.

- Desculpe, senhor Gaara. Mas ela foi entrando. Não tive como a impedir e…

- Não te preocupes, Ino. – sorriu na direcção da porta, que era onde ela se encontrava – Podes ir.

Assim que Ino se foi embora, Gaara olhou para aquela mulher que estava diante dele. Hinata Uchiha. Ou melhor, Hinata Hyuuga. Ela mesmo furiosa e com aquele longo cabelo revolto pelo vento, ainda lhe dava um ar ainda mais belo.

- Olá, Hinata. A que devo a honra de tal aparição? E, ainda por cima, sem o Naruto.

- O Naruto não é pra aqui chamado. – ele arqueou o sobrolho – Se vim aqui foi porque quis vir por conta própria e, além do mais, não devo satisfações a ninguém. – aproximou-se da sua secretária, sentou-se e envolveu-lhe uma das mãos entre as suas – Gaara. Eu aceito.

- Aceita… - «Será que ela aceitou aquilo que eu estou a pensar que aceitou?» - Aceita o quê?

- É sobre aquilo que nós falamos na última vez que estive aqui. Dessa vez estava acompanhada do Naruto. E, então, nós falamos sobre a minha situação. Sobre a conta e tal e do que deveria fazer a seguir.

- Sim. Aconselhei-a a levantar um processo contra os Uchiha. Provar em tribunal que Fugaku Uchiha é o principal responsável do assassinato do clã Hyuuga e assim teres total controlo sobre os teus bens. Sem impedimentos.

- Sim! Na altura tive dúvidas, porque afinal, apesar de tudo, eles foram a minha família estes anos todos. Mas agora… - mordeu o lábio inferior, soltou um longo suspiro e depois o olhou nos olhos com ar sério. – eu aceito ir com este processo adiante. Quero que ele pague por tudo o que fez. Todos eles! – a sua voz era mortífera – Ajudas-me?

Gaara sentiu uma grande mudança de atitude nela desde a última vez que a vira. Não sabia o que havia acontecido, mas ainda bem que o acontecera. Porque ela aceitara o que lhe propusera.

Deu um pequeno sorriso. «Tal como pensava. Este vai ser o melhor caso da minha carreira!».

- Sim, eu ajudo-te. – respondeu, por fim, passando a ser ele quem agora cobria as mãos da Hyuuga com as suas e a olhava nos olhos. – Não te preocupes. Quando aceito um caso, vou até ao fim com ele.

Hinata levou a boca às mãos que estava sobre as suas e depositou um beijo no meio delas.

- Obrigada.

Ambos sorriam. Deu-se, então, inicio a uma nova etapa da vida da Hinata. Não iria ser nada fácil, mas ao menos não estava sozinha. Tinha o Naruto e o Gaara. Com eles seria capaz de enfrentar o que ainda estava por vir. Teria de ser forte.

Contudo…apesar de tudo aquilo, continuava a achar o sobrenome Hyuuga uma maldição…uma terrível maldição…e que não parecia ter fim…


Notas Finais


Pobre Hinata. Nunca mais tem paz. Mas tudo isso vai mudar com o começo deste processo. Está a tentar a dar a volta por cima. ^^
Bjs e até ao próximo capítulo! xD


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