1. Spirit Fanfics >
  2. Hyuuga >
  3. Capítulo XII - Vingança

História Hyuuga - Capítulo XII - Vingança


Escrita por: Emeraude

Notas do Autor


Olá a todos e desculpem o atraso! Lamento ter estado tão ausente, mas, pra quem teve curiosidade, tenho dado notícias nos meus jornais. Um pequeno contra-tempo aconteceu entretanto e, por isso, não pude postar mais cedo.

Sendo assim, estamos quase na recta final, mas muita coisa ainda vai acontecer. Por isso fiquem atentos e boa leitura!

Bjs

Capítulo 12 - Capítulo XII - Vingança


Itachi estava sentado ao volante do seu carro descapotável vermelho. Ia o mais rápido que podia até à mais afamada redacção de jornal de Konoha, o Konoha News.

A pedido de seu pai, ele ia falar com o jornalista Naruto Uzumaki. O assunto era sério e ambos pretendiam que aquela conversa corresse às mil maravilhas, esperando que senhor Uzumaki aceitasse a proposta que lhe seria feita.

Tinha de se despachar. Agora todos os segundos contavam para que tudo corresse a favor da família Uchiha.

[…]

- Bom dia. Podia dizer-me onde posso encontrar o senhor Uzumaki? Sei que ele trabalha nesta redacção.

- O Naruto?

Itachi apanhara a todos os jornalistas do Konoha News de surpresa. Afinal, não era comum uma pessoa elegante entrar por aquela porta. Pelo menos entrar naquele ambiente, no qual reinava o barulho e a confusão.

Konan também se mostrava surpresa, pois havia sido com ela que o primogénito Uchiha se havia pronunciado.

- Sim…ele trabalha aqui.

- Então…pode-me levar até ele? – pediu educadamente.

Konan apenas assentiu, indicando-lhe para que a seguisse que ela mesma o iria levar até ele. «O que será que ele quer com o Naruto? Coisa boa não deve ser vinda deste tipo.».

- Espere-me aqui, por favor. – disse enquanto paravam diante da porta do gabinete do Uzumaki – Tenho de ver se o Naruto aceita recebê-lo. Com sua licença.

E, sem mais demoras, ela entrou no gabinete dele que, por sinal, estava uma bagunça. Pelo menos a sua secretária. Nela tinha um monte de papelada espalhada e o computador portátil, no qual ele não parava de teclar.

- Estou a ver que estás ocupado.

- Ah! És tu, Konan! – exclamou, Naruto, assim que deu pela sua presença – Sim. Estou ocupado. Por isso, seja lá o que for que vieste aqui fazer, fá-lo rápido. Ainda tenho muito trabalho pela frente.

- Venho apenas dizer-te que tens visitas.

- Visitas? – parou o que estava a fazer. – A Hinata? – perguntou com o coração na boca.

- Não.

Naruto mostrou-se desiludido. E da desilusão passou para o ataque.

- O Gaara?

- Não. - «Pelo jeito com que ele mencionou o nome, Gaara no Sabaku deve ter sido uma das causas para o seu actual comportamento. Eu bem que desconfiava!» - Não é o Gaara. Acredita. Até eu fiquei surpreendida.

- Sim…! E que tal deixarmos de rodeios e irmos ao assunto?

- Itachi Uchiha. A pessoa que está aí para falar contigo é o Itachi Uchiha.

- Itachi Uchiha?!

Aquela apanhara-o mesmo desprevenido.

- Ele está lá fora, esperando ansiosamente por falar contigo. Para ele ter vindo aqui é porque o assunto que o trouxe é importante. Posso mandá-lo entrar?

Naruto ainda estava meio pensativo. A tentar especular o real motivo para tal visita. Mas aquilo também não ia dar em nada. O melhor seria mesmo deixá-lo entrar. Só assim é que saberia quais as suas intensões.

Suspirou.

- Tudo bem. Manda-o entrar. Vou ver o que ele quer.

Pouco depois de Konan sair da pequena divisão, Itachi entrava e fechava a porta atrás de si. Não queria que ninguém escutasse e atrapalhasse a sua conversa com o jornalista.

- Sente-se e sinta-se à vontade.

- Obrigado.

Itachi foi até à cadeira que este lhe indicava, que era a que ficava à frente dele do outro lado da secretária, e automaticamente sentou-se.

Os dois ficaram por alguns momentos a se encararem mutuamente, até que Naruto se fez pronunciar.

- Posso saber o que quer comigo, senhor Uchiha? É que, que eu saiba, nós nunca trocámos uma palavra sequer na vida. Apenas nos vimos no tribunal aquando do julgamento de seu pai. Que aliás…você deveria estar a odiar-me por isso. Uma vez que fui uma das pessoas que testemunhou contra ele.

Aquele tom irónico da parte dele começava a irritar Itachi. Mas…tinha de ser forte. Não podia cometer nenhum deslize. O pai estava a contar com ele.

- Sim. Tem razão. Contudo é pelo meu pai que estou aqui e não por mim.

- Pelo seu pai? – perguntou, erguendo o sobrolho – Dessa não estava à espera.

Itachi sorriu.

- Pois não. É que sabe…houve um acontecimento recente que lhe suscitou o interesse e fez mudá-lo de ideias em relação a si. Acho que sabe a qual acontecimento me estou referir, não é verdade?

Desta vez foi Naruto quem não gostou do rumo da conversa.

- Como é que o soube?

- Por aí. Como jornalista devia saber que hoje em dia tudo se sabe. Imagina o que dirão os seus colegas quando souberem que foste traído pelo teu melhor amigo.

- Chega! – levantou-se exaltado – Diga logo o que é que ele quer e desanda daqui!

- Tudo bem. – chegou-se um pouco à frente, unindo as mãos sobre a secretária – O meu pai tem uma proposta para lhe fazer.

- Que tipo de proposta?

Itachi deu um pequeno sorriso.

- Uma que não vai poder recusar.

O jornalista respirou fundo. Aquilo cheirava-lhe a esturro, mas se não soubesse de que proposta se tratava, nunca saberia se o beneficiaria ou não. Era um risco que tinha de ser feito, senão podia vir a arrepender-se mais tarde.

- Tudo bem. Sou todo ouvidos.

[…]

Fugaku, sentado na sua cadeira do escritório, estava satisfeito. Finalmente estava em casa. Ele, Itachi e Naruto estavam ali reunidos. Graças ao filho mais velho conseguira fazer uma aliança com o jornalista. Ele ajudou-o a sair da prisão, fazendo com que ele fizesse passar por morto, enquanto o chefe da família Uchiha em troca o iria ajudar a vingar-se de Gaara. A morte de Fugaku Uchiha era a notícia do momento em vários jornais.

- É bom estar em casa!

- Sim, pai. – Itachi sorriu – Esta casa não é a mesma sem ti.

Fugaku concordou.

- Mas temos de ser cautelosos, Itachi. Ninguém pode-me ver aqui. Porque se não estou feito! Verão que a minha morte não passou de uma farsa.

- Tem razão, senhor Uchiha. – interpôs-se, Naruto – Temos de ser cautelosos. É por isso que não o aconselho a ficar aqui nesta casa.

- Porquê? Uma pessoa já não pode ficar escondida na sua própria casa?

- Lamento. Mas creio que é o melhor, visto que não é só o Itachi quem mora aqui.

- O Sasuke. – constatou, Fugaku, a contra gosto.

- Mas, se for ele o caso, não há o que recear. – tranquilizou, Itachi – Depois daquele triste episódio no tribunal, ele nunca está em casa. Só vem mesmo para dormir.

- Mas mesmo assim é melhor arranjarmos outro esconderijo. Tudo pode acontecer.

Fugaku e Itachi trocaram um olhar cúmplice até o patriarca da família soltar um longo suspiro.

- Tudo bem, senhor Uzumaki. Comece logo a providenciar um novo esconderijo para mim. «Se é para ter a minha vingança contra a Hyuuga que assim seja!».

- Muito bem. Vou já tratar disso. – ia a sair mas algo o deteve – Ah! E senhor Uchiha? – Fugaku encarou-o com semblante sério – Não se esqueça daquilo que combinamos. Já fiz a minha parte, agora falta o senhor fazer a sua. Tudo o que mais quero é ter a Hinata do meu lado.

Fugaku sorriu sinuosamente.

- Não se preocupe, senhor Uzumaki. Sou um homem de palavra.

Depois dele se ter ido embora, Itachi virou-se para o pai.

- Pai. Vais mesmo cumprir o trato?

- O que é que achas? – perguntou de forma presunçosa – É claro que não! Vou deixá-lo pensar que o estamos a ajudar. Que ao raptarmos a Hinata estaremos a magoar, a torturar, o advogado de meia-leca, atraindo-o assim para uma armadilha, quando na verdade…quando na verdade o que queremos é outra coisa completamente distinta. Não te parece, Itachi?

Pai e filho, após se encararem por alguns instantes com sorrisos maldosos em seus rostos, começaram-se a rir do que havia sido dito. Tudo estava a correr conforme o planeado.

[…]

Sasuke estava transtornado. Acabara de saber que o pai estava vivo e o que planejava contra Hinata. Sabia que era feio ouvir atrás das portas, mas…bendita a hora que tinha vindo mais cedo para casa devido ao cansaço.

Hinata! Tinha de lhe dizer a verdade. Por tudo o que era mais sagrado, tinha de lhe contar tudo, senão se iria perdoar se alguma coisa lhe viesse acontecer...

[…]

Gaara estava no seu escritório. Sentado em frente da sua secretária a dar uma revisão em uns papéis importantes. Hinata estava com ele. Voltada para a janela e de olhar perdido.

- Hina. – suspirou frustrado, pousando os papéis na secretária – Ainda estás a pensar na morte do Uchiha?

- Sim. – envolveu-se com os braços, abraçando-se a si própria – Sei que ele está morto, mas…mesmo depois de tudo o que ele me fez…ele continua a ser o meu pai, Gaara. O homem que me criou.

Gaara, que já se tinha levantado, abraçou-a por trás de forma carinhosa, encaixando o seu rosto na curvatura do pescoço dela.

- Eu sei. É por isso que estarei sempre do teu lado.

- Gaara…

Assim que ela virara a cabeça para o encarar nos olhos, o advogado foi aproximando a sua boca da dela, acariciando-a com os lábios. Sentindo que ela aos poucos se estava a entregar, aprofundou o beijo.

- Doutor Gaara. É a Ino. – a voz da Yamanaka se fez soar pelo intercomunicador - Lamento se estou a interromper alguma coisa…

«Já interrompeu!», pensou frustrado.

- Fala, Ino!

- Era só para dizer que está aqui um jovem que quer falar com a Hinata.

Os dois se olharam curiosos.

- Quem?

- Sasuke Uchiha.

- Ok. – disse após pensar um pouco – Mande-o entrar.

Passado um bocado ouviu-se a porta a abrir. Por ela passou um rapaz moreno e com um ar um tanto cansado. Parecia que tinha estado a correr.

- Sasuke.

- Hinata.

Assim que se olharam, um certo desconforto se havia abatido entre eles. Talvez porque aquela fosse a primeira vez, desde o julgamento, que estavam frente a frente.

A Hyuuga sorriu.

- Sasuke. Que saudades. – aproximou-se dele e o abraçou – Como tens passado?

- Nada bem. – desviou por momentos o olhar na direcção do Gaara e depois retomou-o para a amiga - A minha vida tem sido uma tremenda confusão depois que o meu pai foi preso.

- Eu sei. E muito mais agora que ele está morto, não?

- Não! – exclamou sobressaltado, deixando os outros surpresos – É exactamente sobre isso que vim falar contigo.

- C-Como assim, Sasuke? E-Eu não estou a entender…

- O meu pai não está morto, Hinata. – os outros dois mostraram-se surpresos – Descobriu-o ainda há pouco em casa. Sem querer, descobri que no escritório estava a decorrer uma conversa. Pelas vozes pude perceber que se tratavam do Itachi, do meu pai, o que me deixou surpreso, e daquele teu amigo jornalista. O que te ajudou a desvendar o teu passado.

- O Naruto? – perguntou, Gaara, surpreso.

- Sim. – confirmou – Pelo que pude ouvir atrás da porta, esse tal de Naruto terá ajudado o meu pai a fugir da prisão. E ele ainda continua a ajudá-lo. Neste momento deve estar à procura de um novo esconderijo para ele, porque se ficasse lá em casa seria perigoso. – Hinata teve de se sentar. Aquilo era demais para ela. – E ainda há mais. O vosso amigo não faz isto por livre e espontânea vontade. Ele deve ter feito algum acordo com o meu pai, porque ele espera dele algo em troca. Não sei bem o quê. A única coisa que sei é que tu, Hinata, estás metida no meio disso.

- Não posso acreditar… - respondeu a Hyuuga levando uma mão à boca e com os olhos húmidos.

- Eu também não quis no momento. Afinal o meu pai conseguiu enganar todo mundo.

- Não é isso! – exclamou indignada – No que não estou acreditar é no que me acabaste de dizer!

- Hinata…?!

- Achas mesmo que vou acreditar que o Naruto esteja metido com o teu pai?! Isto supondo que ele esteja vivo! Ele, mais do que ninguém, sabia o que passei nas mãos dele. O tipo de monstro que ele era. Logo duvido que ele fizesse tal coisa!

- Eu também sei pelo que tu passaste, Hinata. Sei que é difícil de acreditar numa coisa destas, mas é a mais pura verdade.

- Mentira! Mentira! – Hinata, nervosa, tapou os ouvidos com as mãos e abanou a cabeça de um lado para o outro – Não quero ouvir mais mentiras, Sasuke!

- Hinata…escuta…

- Sai! Sai, Sasuke! – gritou desesperada, apontando com o dedo indicador da mão direita na direcção da porta – Sai e nunca mais…

- Hinata!

Com o estado de nervos em que estava, Hinata acabou por desmaiar, deixando Sasuke e Gaara preocupados.

- Ela está bem, Sasuke. – disse após a examinar – Foi apenas um desmaio. – pegou nela e pousou-a delicadamente no sofá – Sasuke. – virou-se para o rapaz – Obrigado por vires aqui contar-nos o que ouviste. Sei que as tuas intensões foram boas, mas, como vês, a Hinata não está bem.

Sasuke suspirou frustrado. Frustrado por se ter de ir embora sem ajudar a amiga e, também, por esta não ter acreditado nele.

- Ok. É melhor ir indo mesmo. Mas… - esperou que Gaara o encarasse para assim prosseguir – Sei o que ouvi, Gaara. Por isso tomem cuidado.

- Pode deixar. Do que depender de mim, nós os dois teremos cuidado.

Assim que ele saiu por aquela porta, o advogado sentou-se num dos braços do sofá e começou a pensar. A reflectir sobre tudo aquilo que havia sido dito naquele mesmo escritório há minutos atrás. O Sasuke parecia estar a dizer a verdade. Estava tão seguro de si…

Respirou fundo.

Pelo bem da Hinata, era melhor começar a averiguar toda essa história.

Notas Finais


E aí está mais um capítulo. Fugaku está de volta e mais malvado do que antes. O que será da pobre Hinata agora? Só lendo o próximo para saberem! ^^
[b]Próximo capítulo:[/b] [i]Traição[/i].


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...